(Cris)
Acho que realmente passei dos limites, mas também, as pessoas fazem um monte com a Anny e ela parece não se importar. Não vou negar que realmente foi divertido, mas sabia que tinha pegado pesado. Ao descer as escadas me encontrei com Luciana. Tentei passar como se ela estivesse ali.
(Luciana): Tudo isso é sua culpa!
(Cris): Bom dia! Falou comigo moça?
(Luciana):Não seja debochada! Antes que faça uma besteira com você, eu vou sair daqui!
(Cris): Meu carro tá lá em baixo quer carona?
Sei que estava indo longe de mais, por esse motivo me retirei antes que ela pudesse definitivamente perder a cabeça. Ao chegar ao laboratório fui direto entregar os exames coletados, falei rapidinho com o pessoal e fui para minha sala, tinha muitas coisas para resolver e terminar a apresentação do projeto da Anny. Quase uma hora depois ela chegou, tava tão leve, usava um vestido na altura dos joelhos, cabelos presos apenas para tirar dos olhos, eles estavam bem marcantes, seu cheiro era o mesmo de dez anos atrás, ela usava Glamour o cheiro era o mesmo, depois de tantos anos era o mesmo. Eu a olhava e sorria, não como uma idiota, mas de uma maneira que mostrava o quanto fiquei feliz em ver ela novamente.
(Anny): Tô bonita?
(Cris): Você é bonita! E esse tênis ficou ótimo com esse vestido!
(Anny): Esse tempo fora te deixou metida!
(Cris): Agora apreciar uma roupa é ser metida?
(Anny): Desculpa, não tô acostumada com você falando de moda!
(Cris): Oxi! Ainda digo mais, passa o dedo de leve no nariz, o iluminador não está combinando!
(Anny): Vai a merda Cris!
(Cris): Tô zoando, ficou ótima! Inclusive eu marcava um almoço!
(Anny): Olha você anda muito soltinha!
(Cariny): Bom dia novamente! Desculpe atrapalhar, Cris, tem uma moça aqui lhe procurando!
(Cris): Nomes Cariny, quero nomes!
(Cariny): Ih! Ela disse que é surpresa!
(Cris): Entra aqui!
(Cariny): Mas e...
(Cris): Seja quem for vai esperar[falou em um tom mais alto] Agora me conta como ela é?
(Cariny): Ela é muito bonita! Parece que é de fora!
(Cris): Manda ela entrar, já sei quem é!
Me escondi atrás da porta, foi quando ela passou por mim, ela olhou fixamente para Anny, que continuava a olhar para o computador.
-Bom dia! Você deve ser a Anny! Cris deixa de ser criança e sai de trás da porta!
(Cris): Poxa Cíntia, custava deixar eu fazer a surpresa?
(Cintia): Surpresa é ver sua mão sem aliança!
(Cris): Passou a moda de pegar mulher quando se tem aliança!
(Cintia): Cala a boca Cris! Minha nossa como você aguenta?[olhou fixo para Anny]
(Anny): Só não levar a sério, ela sempre foi muito brincalhona!
(Cintia): É verdade, meu amor eu te espero em casa! Estou com saudade do José!
(Cris): O José está na escola! Em casa só está minha mãe!
(Cintia): Ótimo! Preciso ver minha sogra.
(Cris): Primeiro é ex sogra, até onde eu sei!
(Anny): Com licença, João tá me chamando na sala de exames!
(Cris): Fica a vontade!
Quando ela saiu, Cintia veio em minha direção, baixou até ficar na altura dos meus olhos, apoio as mãos em cada braço da cadeira.
(Cintia): Quer dizer que não temos mais nada?[deu um beijo no pescoço foi cheirando até o maxilar e deu uma leve mordida]. Eu não lembro de ter terminado!
(Cris): Você escolheu o seu trabalho, eu sei que vim para o Brasil, por muitos motivos, inclusive me afastar!
(Cintia): Isso não é verdade! Eu sempre quis o melhor para vocês!
(Cris): Sua presença era importante sabia?
(Cintia): Era?[me deixou sem saída, sentou em meu colo e me beijou].
Mesmo com pouco tempo no Brasil, eu já não tinha relação ou qualquer gesto de carinho a quase um ano, o beijo dela era quente, cheio de desejo, ela separou o beijo e me olhou, parecia que esperava aquilo a muito tempo.
(Cintia): Vamos sair daqui, por favor!
(Cris): Mas eu...
(Cintia): Please baby!
(Cris): Não! Eu tenho coisas para fazer!
Ela levantou do meu colo, com os olhos cheios de raiva, bufou, deu as costas e saiu. Anny entrou em seguida. Me olhou e gargalhou alto.
(Cris): Do que você tá rindo? [Sai de perto da minha mesa e fui até a poltrona próxima ao sofá]
Anny saiu da sala em segundos voltou, eu continuei sentada, recompondo do que Cintia acabara de fazer. Ela nunca tinha feito esse tipo de coisa, estava estranha, quem geralmente agia da maneira que ela agiu, era eu.
(Anny): Tá tudo bem?[ falou estendendo um copo com agua].
(Cris): Tá! Obrigada!
(Anny): Espero muito que tudo saia, da maneira que eu quero!
(Cris): Como assim?
Ela encaixou como se montasse em uma égua, pegou meu cabelo como um rédea e ali me dominou como antes, estava ali, com o pescoço exposto, ela cheirou e quando nossos olhos encontraram, ela respirou fundo.
(Anny): Espero muito que você não esteja com ela!
(Cris): Se eu tivesse, você não estaria no meu colo!
E essas foram as últimas palavras, acho que ouvi o telefone tocando, ou alguém batendo na porta, mas isso não era mais importante, o beijo foi quente, como antes, ela realmente tirou meu fôlego, separou do beijo por um momento, suas mãos ainda seguravam meu rosto, minhas mãos estavam paradas em sua cintura, os olhos se encontraram, ela mordeu o lábio inferior, inclinou e voltou a me beijar, não resisti, apertei sua bunda, com as duas mãos e ela rebolou no meu colo, enquanto dá um gemido abafado, com uma respiração mais forte.
[Anny]
Sai da sala a primeira vez por achar a petulância daquela Cintia, ia estragar meu dia que por acaso estava tentando deixar melhor. Quando estava voltando cruzei com ela novamente, dessa vez cuspindo fogo das ventas, fui até a sala e Cris tava tentando se acalmar. Sabia que algo tinha acontecido, quando ela sentou na poltrona, não resisti, já estava de mais, ela parecia chateada, fui lá fora e pedi que Cariny não deixar ninguém entrar, passei já trancando a porta. Montei nela e ali mesmo e a beijei, o beijo era entregue repleto de desejo e urgência, ao mesmo tempo, minha mocinha pulsava, quando ela apertou minha bunda não resisti,, rebolei como precisasse daquele contato, suas mãos passeavam pelo meu corpo, indo por baixo do vestido até o meio das costas, me puxava pra mais próximo me querer dentro dela, minha mãos desceram em direção às suas costas e subi arranhando cada pedaço que pudi.
(Cris): Melhor a gente parar!
(Anny): Como é que é?
Ela parou respirou fundo, os olhos ainda estava em chamas, mas ela parecia controlar. Segurou minhas mãos as beijou.
(Cris): Olha, desculpa! Não era assim nos meus sonhos!
(Anny): Você...
(Cris): Vamos fazer assim, resolvemos nossas vidas e voltamos a conversar sobre.
(Anny): Certo!
Lhe dei um selinho e quando ia sair.
(Cris): Perai! Me dá um beijo de verdade!
O telefone toca.