Ela era a razão da cobiça da maioria dos rapazes que viviam ao seu redor prontos para dar o bote e sair-se bem; Priscila era uma linda gordinha loira natural cujas roupas insinuantes punham os homens em estado de loucura com seus olhares gulosos e suas provocações sempre maledicentes; mesmo assim, ela não dava a menor bola para eles; Priscila nutria um desejo oculto por homens mais velhos cuja experiência, muitas vezes, superava a juventude e a impetuosidade; todavia suas chances de conseguir o que queria estavam muito distantes por conta da intervenção paterna sempre firme e vigilante. Honório, seu pai não lhe dava trégua controlando-a com rédea curta e sempre de olho nos afoitos incautos.
Mesmo assim ela não se dava por vencida sempre a procura de alguém que merecesse toda a sua loirice exótica e tempestuosa e seu tesão ilimitado; porém isso também mostrava-se como uma tarefa indômita e com quase nenhum sucesso; quando o sujeito que lhe interessava não demonstrava interesse por ela, ela se via com outros que temiam a ira paterna conhecedores da fúria vingativa de Honório e não se propunham a encarar o risco pelo prêmio. Priscila sentia-se desconsolada vendo frustradas todas as suas expectativas restando-lhe aventurar com algum dos rapazes apenas para não ficar na mão (isso, literalmente!).
Certo dia Honório que era dono de uma oficina chegou em casa acompanhado de um outro homem. “Esse aqui é o Juvêncio que vai trabalhar comigo!”, anunciou ele para a filha que ao ver o sujeito não conseguiu conter a sua excitação. Juvêncio era um negro alto e forte de peito largo e cabeça raspada,olhar arguto e sorriso contido; a negritude de sua pele era algo impressionante já que parecia possuir luz própria e seus gestos ponderados e sempre muito educados não demoraram a cativar toda a atenção de Priscila. Honório disse ainda que o sujeito não tinha um lugar para ficar e que ocuparia por algum tempo a pequena edícula que ficava nos fundos da casa, anúncio que excitou ainda mais a sua filha.
Após o jantar, Juvêncio insistiu em ajudar com a limpeza da cozinha e Honório não se opôs preferindo sentar-se em sua poltrona preferida para ver televisão enquanto fumava calmamente. Inquieta com a proximidade do sujeito, Priscila não continha seu ímpeto de esfregar-se nele sempre que havia uma oportunidade fazendo com que ele se afastasse discretamente. “Óia, moça num quero encrenca com vosso pai, então não me provoca, por favô!”, disse ele em certo momento deitando por terra todas as expectativas de Priscila em descobrir os atributos dele.
Nos dias que se seguiram, Juvêncio procurou manter uma certa distância de Priscila embora sempre a ajudasse nas tarefas domésticas quando era possível; ele próprio incumbiu-se de realizar alguns reparos na edícula e por conta disso acabou se acidentando e sendo forçado a enfaixar parte da perna e do pé esquerdo quando levado por Honório ao pronto-socorro; esse acontecimento o deixou imobilizado por alguns dias. Com o aval de Honório Priscila passou a cuidar do rapaz, levando-lhe as refeições e garrafas de água.
-Nossa, Juvêncio! Acho que você tá precisando de um banho! – comentou Priscila certo dia ao entrar na edícula – Desde o acidente você não se banhou, né?
-Se apoquente com isso não, Dona Pri, logo dou meu jeito! – respondeu ele com ar emburrado.
-Vixe! Logo quando? – retrucou ela com tom reprovador – Quando nem os cachorros quiserem chegar perto de ti? De jeito nenhum! Vou dar um jeito nisso e é agora!
Priscila saiu logo retornando trazendo uma bacia com água, panos limpos, toalha e um sabonete; cuidadosamente ela molhou um dos panos ensaboando-o enquanto olhava para o sujeito que guardava no rosto uma expressão atônita. “Vamos, que não tenho o dia inteiro! Tire logo essa camiseta e esse calção imundos!”, ordenou ela com tom elevado de voz. Juvêncio exibiu um olhar esbugalhado tentando verbalizar uma resposta.
-Dona Pri …, debaixo do calção não tem mais nada! – respondeu ele com tom hesitante após alguns minutos.
-E daí? Acha que nunca vi pinto de macho? – respondeu ela com tom irônico – Vai logo!
Incapaz de manter uma postura contrária, Juvêncio deu-se por vencido tirando a camiseta e em seguida o calção; Priscila quase derrubou a bacia que mantinha no colo ao vislumbrar a pistola grande e grossa do sujeito; por alguns minutos ambos permaneceram em silêncio com o clima pesando ao redor deles; mesmo em repouso estirado sobre o ventre de Juvêncio o membro era inquietante e foi o suficiente para que Priscila sentisse sua vulva coçar e choramingar copiosamente. Ela então pôs a bacia no chão e aproximou-se do sujeito começando a esfregar o pano morno e úmido sobre seu peito indo em direção aos braços e retornando para a barriga.
A medida em que ela descia em direção ao ventre do rapaz, o membro ganhava forma alongando-se e enrijecendo a olhos vistos; tanto ela como ele sabiam que algo estava para acontecer, mas também não sabiam como lidar com as consequências. “Dona Pri, pô favô! Sou sujeito macho! Mas também sou decente! Isso não pode ser!”, balbuciou Juvêncio com tom miúdo e esbaforido mirando o rosto dela e guardando uma expressão de ansiedade.
-Juvêncio, preste atenção! – disse ela após encher-se de coragem – Quando um não quer, dois não fazem! E eu sei muito bem o que eu quero! …, e você?
Foi naquele momento que a reviravolta aconteceu; Juvêncio olhou para o rostinho alvo de olhar espevitado de Priscila e levantou-se da cama ostentando uma vistosa ereção com a glande em forma de cogumelo apontada para o rosto dela; imediatamente Priscila tomou a pistola rija em sua mão apertando-a e apetecendo de suas dimensões; sem tirar os olhos do rosto de Juvêncio ela passou a língua ao redor da glande e depois esforçou-se para envolvê-la com os lábios apertando com suavidade e arrancando um gemido rouco do rapaz que estendeu a mão acariciando seus cabelos.
Quedaram-se naquele delirante momento buscando eternizá-lo em suas mentes enquanto seus corpos clamavam um pelo outro; com gestos rápidos de suas mãos fortes, Juvêncio afastou-se segurando Priscila pelos braços para que ela se levantasse; com enorme zelo ele a ajudou a despir-se revelando sua nudez alva e macia, de formas generosas e curvas alucinantes; selaram um longo beijo enquanto suas mãos exploravam todos os provocantes recônditos e harmoniosos detalhes de cada um detendo-se vez por outra em algo intrigante para apreciar o toque e as sensações que corriam soltas por suas almas.
Juvêncio tomou-a pela cintura levantando-a no ar como se ela não tivesse peso; com seus braços fortes ao redor de sua cintura, ele mirou os peitos fartos com mamilos durinhos e apetitosos suplicando para serem saboreados como mereciam e surpreendeu-se quando ela própria os ofereceu a ele com suas próprias mãos. Juvêncio tomou-os em sua boca sugando cada um deles alternadamente arrancando gemidos sibilados de sua parceira que acariciava sua cabeça incentivando que prosseguisse na carícia sem receio.
Enquanto gemia em desvario pela boca ávida de Juvêncio saboreando suas mamas, Priscila sentiu a glande inchada roçar sua grutinha causando uma sucessão de delirantes arrepios que a fizeram enlouquecer de desejo ansiando ser penetrada por aquela colossal piroca; ela gingou de um lado para o outro tentando um encaixe mas sem sucesso. “Ai! Juvêncio! Não aguento mais! Vem me foder! Eu te quero!”, sussurrou ela no ouvido do parceiro em tom de súplica; ao ouvir aquele pedido o sujeito mirou o rosto de Priscila com uma expressão hesitante.
-Ocê sabe onde isso vai dar, num sabe? – perguntou ele com ar solene mirando o fundo dos olhinhos de Priscila cuja expressão era pura ansiedade.
-Sei sim! E você também sabe! – ela respondeu com tom enfático – Mas se você desistir agora fique sabendo que eu não vou desistir de você!
-Tá bom então – disse ele abrindo um sorriso sincero – Só que como eu tô prejudicado, é melhor você ficar por cima; se doer muito e você quiser parar.
-Eu não vou parar! – respondeu Priscila com tom irritadiço – E nem você vai parar; vai, me põe no chão e deita na cama!
Juvêncio obedeceu e ao deitar-se cuidou de segurar o membro pela base; Priscila mirou aquele descalabro em riste e sentiu sua vulva pulsar forte; ela então subiu sobre ele e repuxou as nádegas gordas arriando na direção do bruto; ao sentir seu toque, Priscila rebolou um pouco antes de descer o suficiente para que a cabeçorra alargasse sua gruta irrompendo para seu interior; foi uma sensação tão intensa que ela não conteve um gritinho histérico fazendo Juvêncio segurar sua cintura impedindo que ela prosseguisse. Ela olhou para o rosto dele e sorriu apoiando suas mãos sobre o peito largo e musculoso prosseguindo em sua entrega.
Quando viu-se preenchida pelo mastro, Priscila deleitou-se com um orgasmo desavisado que a fez gemer longamente; permaneceu imóvel por alguns minutos saboreando aquela sensação indescritível de ver-se possuída por um homem cuja virilidade era impressionante; não demorou a iniciar movimentos de sobe e desce movendo cintura e quadris ainda apoiada sobre o peito dele oferecendo-lhe os peitos fartos à sua boca ávida e sedenta. O que se sucedeu foi algo inenarrável, pois Priscila experimentou uma incrível onda de orgasmos alucinantes que se sucediam sem parar turvando seus sentidos e afastando a racionalidade para longe de sua mente. E quanto mais ela se movia para cima a para baixo, mais ondas orgásmicas varriam seu corpo causando arrepios, espasmos e contrações musculares involuntárias.
Naquele momento ambos surpreendiam-se com o desempenho de seus corpos que pareciam dominados por uma energia que os transcendia selando aquela entrega como a primeira de muitas. E mesmo quando Juvêncio grunhiu retesando seus músculos anunciando o início do fim, Priscila não sentiu receio preparando-se para receber o merecido prêmio por toda aquela abundância de prazer que ele lhe proporcionara; segurando-a firmemente pela cintura, Juvêncio projetou sua pélvis para cima algumas vezes até esguichar seus jatos de sêmen encharcando as entranhas de sua parceira. Suados, ofegantes e exaustos eles permaneceram engatados até que tudo se consumasse para depois cochilarem agarradinhos.
Daquele dia em diante o casal passou a desfrutar de encontros furtivos sempre que era possível e sempre longe dos olhos de Honório que de nada desconfiava. Uma madrugada Priscila pediu a Juvêncio que consumasse sua relação deflorando seu selinho anal; o rapaz ainda insistiu em saber se era realmente isso que ela queria temendo o risco de machucá-la. “Preciso ser inteiramente tua de uma vez por todas!”, foi a resposta que recebeu. Ela se pôs em decúbito dorsal flexionado sobre a cama e Juvêncio afastou as nádegas linguando o rego e o pequeno orifício; depois besuntou seu membro com saliva até deixá-lo babado e partiu para o doce embate.
Logo de início, a penetração provocou muito mais dor que prazer, mas Priscila não queria dar-se por derrotada e exigiu que Juvêncio não recuasse de maneira alguma; com apenas metade do membro enterrado em seu anelzinho dolorosamente alargado, ela pediu que ele mantivesse a posição enquanto ela recuava o corpo movendo-se para trás e para frente até conseguir agasalhar o membro por inteiro; os movimentos que se seguiram ainda provocavam mais dor, porém a medida em que a cópula tornava-se mais intensa Priscila viu a dor ser lentamente substituída por um inexplicável prazer que varria suas entranhas; ao ver que sua parceira deliciava-se com a cópula anal, Juvêncio tornou seus movimentos mais rápidos e profundos com cada novo golpe chacoalhar o corpo de Priscila que já não controlava mais seus gritos e gemidos usufruindo de uma plenitude ímpar. E mais uma vez o gozo volumoso do macho eclodiu inundando as entranhas de Priscila chegando a vazar pelas bordas do selo rompido. E naquela noite eles dormiram juntos com ela somente afastando-se dele quando a alvorada anunciou sua chegada.
Sabedores de que haviam trilhado um caminho sem volta Priscila e Juvêncio passaram a pensar no que deveria ser feito a seguir. Maquinaram um plano e em segredo prepararam-se para pô-lo em ação assim que fosse possível. Certa noite, Honório chegou em casa e viu-se sozinho; procurou pela filha e pelo ajudante, logo concluindo que eles haviam fugido; sobre a mesa da cozinha um bilhete endereçado a ele repousava em paciente espera; trêmulo ele o pegou e começou a ler. “Querido papai, me perdoe pelo que eu e Juvêncio estamos fazendo, mas creia que é o melhor nesse momento. Sei que jamais vai me perdoar e eu não o condeno por isso. Quero que saiba de meu carinho por ti e também pela necessidade que tenho de viver uma vida plena ao lado de um homem que me completa por inteiro. Beijos a ti, da sempre tua Priscila”.