Eu nunca vou esquecer a empregada que minha mãe contratou — Parte 4

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Heterossexual
Contém 2082 palavras
Data: 23/01/2023 11:42:01

Minha mãe voltou a falar de São Paulo, o dia e a hora em que iríamos viajar. Eu continuava desaprovando tudo.

“Então, eu posso fazer o seguinte: vou primeiro com seu pai, você resolve suas pendências aqui e viaja quando puder..., mas lembre-se que esta casa vai ser vendida, e os compradores sempre pedem 30 dias para reparos. Vai ser uma oportunidade ótima para você começar a entender a vida.”

Eu não posso dizer que não tenha gostado da ideia. Por um lado existia a esperança da Vilma aparecer, mandar mensagem, me desbloquear — é, ela me bloqueou no WhatsApp —, ou quem sabe, transar com ela como fazíamos há poucos dias de toda essa situação repentina.

Nada aconteceu nas semanas seguintes. Na viagem, quando estava com a Alice, ficamos naquele “chove, mas não molha” — o que me deixou um pouco irritado. Com a Vilma tudo era mais direto, rápido, sem arrodeio. Alice era virgem, uma garota de família muito tímida, e gostava de mim, eu já tinha percebido. Ela fez minhas lições de casa por quase toda a semana, me acordava para irmos à escola juntos, me alertava sobre a academia, fazia tudo por mim. E pior: eu não estava me importando com isso. A vida é muito estranha. A Vilma insistia em permear meus pensamentos com todo aquele corpão de mulher madura dela, aquela buceta inchada, aquele cheiro incrível, a pele tão perfeita dela, a bunda grande, seus cabelos negros e rosto safado, sem nenhum defeito. Nossa! Estou de pau duro agora, só de lembrar.

Fui readmitido no time da escola.

“Então, Patrick, como está de saúde”, disse Hélio, nosso professor.

“Estou ótimo!” Falei extremamente envergonhado, pois os motivos foram repassados pelo médico — e o pior, os motivos errados. Eu deveria ter dito: “não, professor, eu não bati 10 punhetas, eu transei quatro vezes com a empregada em um dia, e à noite, eu ainda gozei mais duas vezes pensando nela.”

“Que bom, porque você vai ficar na linha de frente do time. Espero que obtenham sucesso na liga escolar e tragam os troféus.”

“Troféus? E são quantos jogos?”

“O interiorano, o escolar e o estadual”, ele falou empolgado.

“Estadual?” Falei sem acreditar.

“Isso mesmo, o estadual”, ele ficou calado por um tempo. “Ah, mas tem um outro assunto que não discutimos, que é sobre sua ida definitiva para São Paulo. Sua mãe esteve ontem na escola. Mas ainda não me informei sobre os detalhes. Tinha esquecido disso! Como vai ficar isso?”

Aquilo me deu um certo desânimo. O campeonato estadual era tudo que eu queria. Se vocês jogam em um time extremamente competitivo, em uma posição invejável, entenderão o que eu estou falando. Era meu sonho desde o quarto ano do fundamental, quando comecei a jogar no infantil. São Paulo também era meu desejo por muito tempo, principalmente pelas mensagens que trocava com minha prima Larissa. Nossa! Essa é outra história complicada — mas deixemos para outro capítulo.

“Quando viajarão?” Perguntou Hélio, o professor, um tanto decepcionado.

“Professor, para lhe ser sincero, eu não quero ir”, falei muito direto.

“Mas é algo que você tem escolha?”

“Infelizmente não, mas recebi algumas semanas ou meses da minha mãe. Acredito que nesse final de semana ela já esteja em São Paulo”. Minha indecisão sobre ir ou não dependia unicamente e exclusivamente da Vilma — ainda dependia disso, infelizmente.

“É algo que você conversa com alguém? Pode contar comigo!”

“É algo complicado...” disse a ele. Parei para pensar um pouco e resolvi pedir um conselho. Professor Hélio sempre foi muito sério com a gente. Era quase um de nós. “É que eu tive um lance com a empregada da minha casa. Transamos, nos apaixonamos, pelo menos eu me apaixonei por ela...”

“Vocês transaram?” Ele parecia incrédulo.

“Pois é!”

“O problema é maior do que eu imaginei”, ele cruzou os braços para me ouvir.

“Ela gostou desse corpinho né”, falei engraçado. “Quem iria resistir a esse corpinho, professor”, continuei falando engraçado.

“Acho que você não entendeu o problema nisso tudo”, ele falou sério.

“É eu sei por partes.”

“Ainda estão se vendo?”

“Ela sumiu!”

“Caramba, então é ainda pior”, ele estava realmente sério.

“Mas não ache que foi sedução não, foi eu quem avancei o sinal com ela. Ela sempre me rejeitou. Não sei explicar, mas ela era louca em mim.”

“Estou com medo de perguntar, mas qual a idade dela?” Ele arregalou os olhos.

“Mais de 30”, sorri amargo.

“Quase o dobro da sua idade! Loucura, Patrick, loucura!”

“É, pensei nisso por um tempo”

“E você está gostando mesmo, não é isso?” Ele parecia ter entendido.

“Muito!” Falei cabisbaixo.

“Não podemos deixar isso te afetar não. O que você quer que eu faça para te ajudar? Quer que eu fale com ela?”

“Jamais! Deixa como está. Não sei onde ela está, e ela voltou com o pai da filha dela, ela mesma me disse...”

“Caralho!”

E nossa conversa continuou por quase uma hora. A parte boa é que ele compreendeu o meu desmaio da melhor forma. Foi até melhor eu ter dito tudo mesmo, pois ele parecia querer me ajudar com o que fosse.

A semana toda treinando para o primeiro jogo do segundo semestre, e lá estava Alice me olhando enquanto treinava.

“Você é foda!” Ela gritava, quando eu marcava um gol; eu sorria amargo para ela, como se fosse estranho, embora não fosse.

No primeiro jogo Alice estava lá, do lado das minhas coisas guardando tudo, e dobrando minha roupa. Ela levou o irmão mais velho para o jogo, ou vice e versa, pois é um detalhe que eu não me importei em saber. Marcaram 1 gol no nosso time, e quase perdemos. Empatamos nos últimos quinze minutos — gol do Cabeção —; no final, quando cruzaram a bola, eu marquei de cabeça o seguindo, selando nossa primeira vitória no campeonato escolar. Era um torneio rápido, e ganhamos todos os jogos.

“Rapaz, como joga bem o teu namorado”, disse o irmão da Alice. Olhei para a Alice e ela estava procurando um lugar dentro da bolsa preta dela para entrar (risos). Sorri envergonhado também, mas percebi que ele estava mesmo era provocando, pois já tinha notado o zelo dela por mim, e o respeito que eu tinha por ela. “Então, quando vai almoçar lá em casa?”

“Eu?” Falei muito desorientado (risos).

“Vamos, Patrick, você tem que assinar as aulas de amanhã”, ela me puxou rápido, nos distanciando do irmão dela, que estava sorrindo para nós.

“Seu irmão é uma figura”, falei.

“Eu que o diga”, ela falou, sem olhar no meu rosto.

“Gostou do jogo?” Perguntei.

“Amei”, ela continuava a falar andando na frente, sem olhar para mim.

“Que calor!” Tirei a camisa.

“Tá mesmo, nossa!” Ela disse, começando a olhar de relance o meu corpo.

“Ei, espera” puxei ela, no meio do caminho até a entrada da escola.

“O que foi?” Ela parecia mais preocupado em me ajudar do que em falar comigo. “Rápido, Patrick, vão fechar a secretaria”.

“Obrigado por tudo, você é muito especial pra mim, Alice”, olhei bem no fundo dos olhos dela, e a quis beijar, mas fiquei com receio, pois tinha muito movimento por perto. Ela me olhou com aqueles olhos grandes dela, aquele cabelo encaracolado lindo que eu nunca tinha percebido como era bonito, aquele rostinho magro e bem desenhado, aquelas covinhas no rosto, aqueles lábios com aquele batom vermelho clarinho, e aquele cheiro dela, mesmo com aquela roupa da escola feia, ela ficava linda. Ela não sabia o que dizer e não disse nada, apenas ficou me olhando, respirando forte, talvez imaginando que eu a fosse beijar. Mas não o fiz.

“Vamos?” Ela falou, sem toda aquela euforia de antes.

“Vamos.” E andamos.

Quando cheguei em casa tomei um banho. O quarto da minha mãe estava quase sem nada, pois ela já tinha despachado muitas coisas pessoais dela para a transportadora. A casa parecia completa ainda, menos o quarto dela e suas coisas pessoais, o que achei um tanto estranho. Pensei: “ela vai deixar os móveis e tudo o mais para eu resolver?” Só que, quando eu menos esperei, ouvi uma voz ao longe. Era ela: Vilma! “Não pode ser”, pensei na mesma hora.

“Filho, vou antecipar a viagem. Vou viajar hoje, às três da manhã. Vá falar com o seu pai, ele está na piscina.” Quis ir, mas sabia que poderia encontrar a Vilma por lá. Criei forças e me segurei. Ao chegar lá, ele estava na piscina, apenas com a cabeça de fora, fumando um dos seus charutos e tomando Whisky.

“O verdadeiro turista da família”, acenei para ele.

“Oi, filhão!” Gritou dela. Vilma estava limpando a área de alimentação da piscina, e percebi que ela tinha apressado, virada de costas, sem falar com ninguém. Olhei para ela algumas vezes, e realmente era ela.

“Empolgado com São Paulo?” Falei.

“Quem não se empolga com São Paulo? Você? Pois eu soube que está querendo ficar aqui, a todo custo. Não vai me dizer que é uma namoradinha?” Ele adorava me deixar constrangido.

“Antes fosse, pai”, falei para que a Vilma ouvisse.

“Então? Por que está trocando uma casa três vezes maior que esta, carro próprio, academia, um espaço enorme para futsal e campo por esta?”

“Coisas da vida, pai. Não posso perder a chance de ser campeão pelo estadual da escola. Sou o artilheiro.”

“Hora, filho, são coisas da escola, coisas que vão passar.” Ele apagou o charuto, andou até as escadas da piscina e veio até mim. “Vem aqui”, me puxou para o lugar onde a Vilma estava. “Olha só, um homem tem que decidir deixar tudo só se for por uma mulher, fora isso, ele não consegue tomar boas decisões nos negócios ou em qualquer situação da vida. Mulheres sim, elas geralmente têm o poder de nos deixarmos completamente hipnotizados, sabe...”

“É pai, você tem gabarito para dizer o que está dizendo..., não sei como ainda está com a mamãe.”

“Sua mãe é o amor da minha vida. E você tem que ter um amor para sua vida, estou crente nisso. Agora, se não for uma mulher, deixe tudo e venha com a gente.”

Parecia, pela primeira vez, que ele estava realmente se preocupando comigo, mas não era isso. Ele só estava falando dele mesmo, como desculpa para algo que ele imaginava ser problema meu. Triste realidade!

“Então? Vem conosco?”

“É... talvez você tenha razão.” Falei derrotado. Quis tentar esquecer a Vilma, mesmo sabendo que ela estava do meu lado; e um sentimento de impotência tomou conta de mim naquele momento, pois eu sabia que ela tinha voltado com o pai da filha dela: eu não poderia competir com isso..., a guerra estava perdida.

“Ei”, meu pai gritou para minha mãe no primeiro andar. “O garoto vai coma gente!” Ele sorriu depois disso. “Tenho mais jeito com ele que você.”

“Eu tinha falado com a Vilma sobre ela trabalhar por mais um tempo enquanto você estivesse por aqui, o que foi que ele te disse que você mudou de ideia? Agora vou ter que pagar o dinheiro para ela...”

“Não precisa”, disse Vilma, interrompendo nossa conversa. “Não se preocupe, por mim tudo bem. Já que vocês vão viajar agora, não tem problema.”

“Me desculpe, minha amiga”, disse minha mãe.

“Oi, Vilma”, falei, quase cabisbaixo.

“Oi, Patrick”, ela falou com aquela voz suave.

Minha mente explodiu com essa informação adicional. Então Vilma iria trabalhar só para mim? Nossa! Como as coisas são malucas. Ao mesmo tempo tinha a Alice agora, eu pensava nela também, e queria a Vilma de alguma forma. Não sei explicar esse misto de sentimento.

“Patrick, tem uma moça na porta querendo falar com você, ela disse que é urgente”, Vilma me avisou.

“Ela não disse o nome?” Perguntei.

“Não, mas ela é quase loira, cabelos encaracolados. É sua namorada?” Vilma perguntou.

“Namorada? Não, não! Amiga!” Parecia ter medo de falar. Estava muito confuso. “Pede pra ela entrar, por favor.”

Meu pai estava sorrindo de dentro da piscina, gesticulando ironicamente, como se pensasse: “é por isso que ele não queria ir com a gente”.

Alice atravessou a piscina bem rápido, desconfiada, pois era muito tímida.

Vilma ficou olhando para ela por um tempo, e certamente estava pensando: “ele agora prefere as magrinhas novinhas gostosinhas...”

Fui com ela para o meu quarto, e quando cheguei lá, a primeira coisa que eu falei foi: “ela disse que era urgente!”

Alice me olhou, parecia não saber bem o que queria fizer, abaixou a cabeça, mas quando levantou, se jogou nos meus braços e me beijou.

Continua...

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Comentários

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Muito bom seus contos tenho acompanhado seus relatos espero a continuidade dos seus contos!!

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Ótimo,q tal postar o próximo ainda hoje

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A outra correu então a fila anda

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Vilma marcou muito a minha vida, e vocês saberão o porquê em breve. Foi complexo.

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