Costumo dizer que o avanço da idade vem sempre acompanhado de prós e de contras; em seu favor acredito que seguimos mais coerentes e menos afoitos, observando a vida sob o ponto de vista das oportunidades que ela pode nos oferecer antes que partamos dessa pra melhor; ao mesmo tempo permite também que recobremos algumas memórias que servem de comprovação de que quando as oportunidades surgiam nós a aproveitávamos sem medo de sermos felizes. Foi assim que me lembrei de uma acontecimento ainda na adolescência cujo resultado foi imensamente profícuo e que ocorreu em minha terra natal; nasci e cresci em uma cidadezinha do interior do estado que ainda mantinha aquele aspecto provinciano e cujo ar bucólico provocava um enorme anseio nos mais jovens de escafeder-se dali o mais rápido possível para não acabar contaminado por esse clima aparentemente tóxico (e o tempo diria como isso é uma falácia!)
Como toda a cidadezinha que se preze aquela também tinha sua “casa da luz vermelha”, um ambiente onde os homens reencontravam o sonho da liberdade antes do casamento e que as mulheres apenas toleravam; no meu caso esse local era controlado por uma mulher chamada Noêmia cuja notoriedade era conhecida para além dos limites geográficos, já que altos membros da política regional eram seus assíduos frequentadores. Noêmia era uma mulher de uns sessenta anos, gorda, peituda e sempre com uma expressão de ironia iluminando seu rosto pouco enrugado e olhos sempre argutos para obter alguma vantagem em seus negócios.
Todos os dias, ao término das aulas do período matutino eu voltava para minha casa e no caminho a passagem pelo estabelecimento de Dona Noêmia era obrigatório sendo que habitualmente ela sempre estava sentada em sua cadeira de balanço na ampla varanda do imóvel; nesse dia, olhei para ela e percebi que ela acenava para mim como a me chamar para ter com ela; um tanto receoso caminhei até a casa e estanquei perto do primeiro degrau que dava para a varanda. “Moleque, você não é filho do Gervásio? Vem mais perto de mim para termos uma prosa!”, disse ela com sua voz rouca e pausada. Ainda tomado pela timidez acenei com a cabeça e subi o pequeno lance de degraus ficando bem próximo dela.
-Conheço bem seu pai, homem reto que tem meu respeito – começou ela a falar me encarando com aquele olhar um tanto intimidador – O negócio é o seguinte, preciso que me faça um favor e se fizer tudo direitinho dou uma boa paga! Aceita?
-Se não for nada de ruim ou desonesto faço, sim senhora! – respondi sem saber de onde viera a coragem para proferir aquelas palavras.
-Gostei da tua sinceridade, rapaz – retrucou ela com tom sério – Preciso que tu vá até a botica do Zé Felipe e busque uma encomenda pra mim …, está tudo pago! É só pegar e trazer. Entendeu?
-Entendi, sim senhora, mas porque alguém que trabalha em seu estabelecimento não pode buscar? – respondi já questionando sem ponderar o risco que corria.
-Ora! Cê sabe muito bem o que se negocia aqui, não sabe? – respondeu ela com uma indagação aparentemente óbvia – Então também sabe que ninguém daqui pode borboletear por aí sem correr perigo. Então? Como vai ser?
Aceitei a incumbência já sabendo de antemão que tudo precisava ser feito discretamente; avisei a ela que deixaria minhas coisas em casa e seguiria para a botica. Nos despedimos e ao chegar em casa devorei o almoço que já estava posto e depois disse para minha mãe que tinha um assunto escolar para resolver, mas que não demoraria, ao que ela aquiesceu sem problemas já que sempre confiara em mim. A jornada até a tal botica era uma empreitada e tanto que piorava sob o sol típico daquela região; cheguei ao meu destino com a camiseta empapada de suor e os pés doendo.
O tal Zé Felipe era um homem também de certa idade sempre de jaleco branco, parcos fios de cabelos grisalhos nas têmporas e óculos de lentes grossas que atendia os clientes com educação e urbanidade. “Ah! Sim! A encomenda da Dona Noêmia. Espere um momento!”, respondeu ele quando lhe disse o que viera buscar. Ele desapareceu nos fundos da botica retornando alguns minutos depois trazendo nas mãos um saco de papel pardo amarrado com barbantes.
-Tome cuidado no transporte meu rapaz! – asseverou-me ele ao entregar a encomenda – E diga para Noêmia que todos são manipulações e por isso precisam ficar em lugar fresco e longe do sol!
Antes que eu fosse embora, o boticário ofereceu-me um copo de suco de groselha geladinho que eu sorvi em um só gole; agradeci e pus-me de volta para finalizar a entrega. Noêmia não escondeu a risadinha marota ao me ver respingando suor ao mesmo tempo em que segurava o embrulho com o máximo de cuidado. Entreguei a encomenda repassando as informações dadas pelo boticário as quais ela ouviu com muita atenção. “Muito bem, meu rapaz! Agora vamos ao pagamento!”, disse ela metendo a mão no bolso do seu vestido sacando algumas notas de dinheiro amassadas e estendendo-as para mim.
-Fico agradecido, mas não careço de dinheiro – respondi encarando o rosto de Noêmia que me fitou com um misto de espanto e irritação.
-Não quer o meu dinheiro, porque – perguntou ela com tom enfurecido – Dinheiro de puta não é bom pra você?
-Não é isso, Dona Noêmia, por favor não me entenda mal, mas eu pensei em outro tipo de pagamento – respondi com firmeza e educação.
-Hummm, acho que entendi – retrucou ela amenizando o tom e exibindo um olhar de safadeza – Acho que você nunca brincou com uma rapariga, né moleque?
Encabulado baixei a cabeça e assenti com sua pergunta. Noêmia ficou em silêncio antes de começar a rir e em seguida gargalhar sem parar; levantei o rosto e mostrei-lhe minha expressão de revolta pelo seu escárnio, mas ela sequer me deu atenção. “Tudo bem, eu entendo. Vamos fazer o seguinte: amanhã, depois das aulas cê passa aqui, mas já avisa em casa que tem um compromisso inventado porque minha paga será um pouco demorada! Agora rapa fora!”, disse ela com tom impaciente levantando-se e fazendo menção de entrar em sua casa. Suado, assustado e excitado fui para casa pensando em minha paga! Na verdade, mal dormi naquela noite tal era minha ansiedade e excitação me vendo forçado a bater uma para aliviar tanta tensão.
Na manhã do dia seguinte, as aulas pareciam arrastar-se de uma maneira tediosa e dolorosa; finalmente quando o sinal soou pulei da carteira e corri tanto que até hoje tenho a impressão de ter sido o primeiro a irromper pelo portão de saída como se não houvesse mais ninguém ao meu redor. E qual não foi minha decepção quando ao chegar em frente a casa de Noêmia não vê-la sentada em sua cadeira de balanço na varanda, fazendo minha mente rodar em um vórtice sem fim temendo pelo pior. “Ah! Cê tá aí! Que bom que não se atrasou!”, comentou a cafetina saindo do interior da casa e vindo tomar assento no seu lugar preferencial me fitando com uma expressão marota. Por alguns minutos o silêncio imperou e eu tive a nítida impressão que o mundo parara de girar naquele momento assim como meu coração bateu forte ante a expectativa que me rodeava.
-Rosália! Ó Rosália! Vem aqui, vem! – chamou Noêmia dirigindo-se a alguém no interior da casa – Tenho um servicinho pra ti!
Repentinamente, uma mulata cuja beleza era estonteante surgiu na soleira da porta; usando um comportado vestido de chita e sandálias de salto baixo, ela exibia uma exuberância indescritível que me arrebatou de tal forma que eu não sabia o que fazer ou dizer. Rosália possuía uma beleza que para mim era tão especial que jamais seria esquecida permanecendo tatuada em minha mente; os cabelos armados como uma moldura para o rosto de olhos amendoados, lábios grossos e olhar instigante lhe concediam uma sensualidade desmedida que perante um jovem adolescente representava um prêmio há muito ambicionado. “Tô aqui, Mãinha! O que a senhora quer que eu faça?”, perguntou ela com uma voz aveludada.
-Pegue esse rapaz aqui e o leve lá pro quartinho dos fundos! – disse a cafetina com tom firme – Quero que tu mostre tudo que ele ainda não sabe sobre a vida! Rosália veio ao meu encontro e segurou minha mão, conduzindo-me para o interior da casa, onde avançamos até nosso destino; se haviam mais raparigas no recinto até hoje não sei dizer.
Assim que entramos no tal quartinho, Rosália fechou a porta e acendeu a luz afirmando que às claras tudo ficava melhor; em seguida ela ficou diante de mim com uma mão no queixo e o cotovelo apoiado sobre a outra me examinando detidamente; foram minutos escruciantes que me deixaram alarmado além de muito excitado. Ela então quebrou aquele clima insuportável vindo até mim e começando a ajudar para que eu ficasse nu; tomado uma letargia incomum deixei que Rosália tomasse as rédeas da situação e em poucos minutos eu estava nu diante dela que segurando minhas mãos fez correr seus olhos pelo meu corpo detendo-se ao vislumbrar minha pistola rija.
-Que piroca bonitinha você tem! – comentou ela com tom suave enquanto cingia a vara com sua mão apertando-a de maneira jeitosa – Vem, deita aqui que quero conhecer ela melhor!
Logo depois que me deitei sobre a cama, Rosália afastou-se um pouco começando a despir-se lentamente; foi algo por demais sensual e ainda mais quando descobri que por baixo do vestido não havia mais nenhuma peça de roupa! Olhei os seios de tamanho médio dela cuja firmeza era por demais intrigante e me contive para não saltar da cama agarrando aquelas suculências para senti-las de todas as maneiras; ela se divertiu com minha afobação e fez questão de acariciar o próprio ventre descendo até piriquita glabra dedilhando-a ostensivamente e rindo do alvoroço que seu gesto causava em mim.
Rosália então pôs-se de joelhos entre minhas pernas e cingiu o mastro pela base, descendo seu rosto até que minha glande estivesse ao alcance de seus lábios permitindo que ela desse curtas lambidas ao seu redor; ela ficou nessa carícia oral por algum tempo antes de envolver a glande em seus lábios chupando-a como se fosse um delicioso picolé. E o que veio a seguir foi ainda mais alucinante quando ela agasalhou minha piroca dentro de sua boca iniciando uma chupada ardente engolindo e cuspindo a pistola em sua boca provocando uma onda de deliciosos arrepios e espasmos que me fizeram grunhir e gemer baixinho com medo de chamar atenção de estranhos (!).
Depois de um bom tempo, Rosália subiu em meu corpo sentando-se sobre a piroca rija passando a esfregá-la com sua gruta quente e úmida antes de pedir que eu a mantivesse em pé para que ela pudesse sentar-se sobre ela; e o gesto consumou-se com a deliciosa sensação de ver meu membro sendo agasalhado pela buceta apertadinha de Rosália que logo estava a me cavalgar com um sobe e desce repleto de ímpeto delirante. A partir daquele momento eu perdi completamente a noção do mundo ao meu redor desfrutando da cavalgada alucinada de Rosália que ainda ofereceu seus peitos suculentos para meu deleite oral permitindo que eu saboreasse aqueles mamilos bicudos e durinhos. “AHHH! QUE MACHINHO PODEROSO VOCÊ! AHHH! GOZEI DEMAISSSSSSSSSSSSS! NÃO PARA, POR FAVOR QUERO MAIS! AHHH!”, gritava a mulata de olhos cerrados subindo, descendo e gingando sobre minha pistola que pulsou muito me deixando ainda mais excitado.
Infelizmente fui obrigado a atender o chamado da natureza e sem prévio alerta atingi meu ápice ejaculando profusamente dentro de Rosália que deliciou-se ainda mais em sentir os jatos de porra quente inundando sua gruta. “Afff! Que gozada mais carregadinha! Me lavou toda por dentro!”, sussurrou ela ofegante enquanto se deitava sobre mim, esperando a rola murchar e escorrer para fora de seu buraquinho melado. Sem perda de tempo Rosália correu a pegar uma bacia para tomar banho de assento pedindo que eu me vestisse depressa.
-Ah, moleque! Está satisfeito pelo que vejo! – comentou Noêmia em tom exaltado assim que sai da casa – Mas não vá se acostumando porque hoje foi apenas paga pelos seus serviços!
-Vixe, Mãinha! Por mim ele pode vir quando quiser! – retrucou Rosália toda empolgada.
-Só se sair do teu bolso, abusada! – redarguiu Noêmia já se mostrando irritada – Agora segue seu caminho, meu rapaz.
-Eu vou sim, mas se precisar de mais serviços, aceito o pagamento do mesmo modo que recebi agora! – respondi com tom de ironia seguindo de volta para casa.