- Apaga a luz. – disse o homem só de cueca.
Tadeu, também só de jockstrap, obedeceu e foi ao encontro do seu convidado. Começaram a se beijar fervorosamente enquanto as mãos dele apalpavam todo o corpo esculpido de Tadeu, ele era tudo aquilo que o seu Instagram mostrava.
***
Do lado de fora da casa, um outro garoto de 27 anos, vestido com um short jeans curto e um cropped, tocava a campainha:
- Será que está quebrada? – murmurou – Ô, Tadeu! – gritou mas ninguém o respondeu.
Começou a chuviscar, o garoto resolveu sentar e esperar em um ponto de ônibus coberto do outro lado da rua, checou o Grindr e não havia mensagem de Tadeu. Resolveu mandar outra para ele:
- Já cheguei, abre aqui.
***
Tadeu beijava o corpo do seu convidado. Do pescoço foi descendo o seu peito, barriga até chegar no pau. Tirou sua cueca e começou a beijar o órgão.
- Noss... Ah! Mama ele, vai! – o convidado sussurrava.
Tadeu começou pela cabeça e foi engolindo cada vez mais fundo.
- Oh! Oh! Caralho, que boca gostosa é essa? Engole tudo!
Tadeu obedecia chegando ao ponto de engasgar-se com a pica na boca.
***
A chuva estava um pouco mais forte quando um segundo garoto, também de 27 anos, apareceu no portão da casa de Tadeu. Ele usava um calção de futebol e uma camiseta cavada. Tocou a campainha e também não foi respondido.
- Ô, Tadeu! – gritara, mas nada.
A chuva engrossara, não dava pra voltar para casa então resolveu esperar no ponto de ônibus junto com outro garoto. Quando sentou, todo molhado, pegou o celular e abriu o Grindr.
- Fala pra ele que eu também tô aqui fora. – disse o garoto que já estava sentado no ponto.
- Oi? – respondeu o recém-chegado.
- Fala para o Tadeu que o Geraldo também já está aqui. Fala, inclusive, que eu cheguei às 16h em ponto, diferente de você.
- Como você...?
- Como eu sei que você também é gay? Eu conheço todos os gays dessa cidade, seu estilo moleque do bairro pode enganar muita gente, mas não a mim, Hiran.
- Uau! E você sabe meu nome...
- Pode crer que sim! – Geraldo tentava esconder sua irritação.
- Pelo visto nós dois fomos enrolados pelo Tadeu. Que tipo de pessoa chama dois caras ao mesmo tempo e deixa os dois na rua debaixo de chuva?
- Dois? Eu tenho certeza de que ele chamou mais gente. Ele não está sozinho lá dentro.
***
- Ai! Mais fundo, vai! – Tadeu ofegava de quatro enquanto o convidado linguava o seu cu.
- Tá gostando, sua putinha safada?
- Vem, maceta meu cuzinho!
O convidado colocou camisinha no pau e foi inserindo lentamente em Tadeu que mordia o lençol da cama:
- Caralho, que pauzão gostoso!
Quando já havia entrado completamente, o convidado começou a bombar com força:
- An! An! An! An! An! Toma, sua cachorra! – bateu na bunda de Tadeu que rebolava com vontade:
- Isso! Vai! Vai! Vai! Mais forte! Fode esse cu!
Enquanto bombava com força, o convidado pressionou a cabeça de Tadeu contra o colchão, de modo que o seu rosto ficara enterrado. Tadeu estava com pouco ar, mas gostava desse tipo de tratamento. Lhe dava tesão ser dominado por outro cara e, mesmo com o rosto abafado, não parava de gemer:
- Oh! Oh! Ai! Ah! Ah! Ah! Porra, que delícia!
O convidado tirou o pau de dentro de Tadeu e deitou na cama com ele ainda duro:
- Vem por cima!
Tadeu obedeceu engolindo todo aquele pau com o cu, cavalgava com gosto. O convidado segurou suas mãos e olhava fixamente em seus olhos:
- Geme pra mim.
- Ah! Ah! Ah! Quero esse pau todo dentro de mim!
- Isso, fala mais!
- Ninguém mais vai fuder esse cu depois de você... Ai! – em vez de prazer, a voz de Tadeu demonstrara surpresa.
- O que foi? – perguntou o convidado segurando as mãos de Tadeu.
- Senti uma pontada na cabeç... Ai! Ai, caralho! Que dor! Espera, me solta! Puta que pariu, que dor!
***
- Essa chuva que não passa pra eu ir em bora... – reclamou Hiran.
- Ir em bora? Não antes de quebrar a cara desse padrão maldito! – disse Geraldo.
Mesmo estando encolhidos no ponto de ônibus, os dois se molhavam.
- Vai fazer o quê? Invadir a casa dele? – continuou Hiran.
Geraldo nada respondeu.
- Você pode ser preso, Geraldo!
- Antes preso do que morto entalado com as verdades que eu quero dizer pro Tadeu. Gente assim não pode sair impune, deixa só essa chuva passar.
- A gente podia aproveitar esse momento para nos conhecermos melhor...
- Credo! Eu não quero transar com você. Foder um enrustido? Muita humilhação para um dia só.
- Eu não sou enrustido...
- Ok! Chega! Eu tô indo lá. – Geraldo se levantou, andou até a beira da calçada, parou e virou para Hiran – Vai deixar eu ir sozinho mesmo?
- O Tadeu é um idiota, mas eu não acho que...
- Covarde.
- Cuidado! – Hiran gritou.
Nesse momento um carro passou dentro de uma poça próxima à calçada espirrando água em Geraldo.
Antes que Geraldo pudesse reclamar, ambos ouviram um barulho alto que parecia vir da casa de Tadeu.
- Isso foi um tiro? – Hiran estava assustado.
Ambos olharam para a casa e viram quando um homem de capuz amarelo saiu correndo.
Geraldo foi em direção à casa, Hiran o seguiu. O portão estava aberto, bem como a porta da sala. Foram entrando na casa silenciosa até chegar no quarto onde encontraram o corpo de Tadeu imóvel no chão:
- AH! – Geraldo gritou e abraçou Hiran, que estava logo atrás dele, escondendo o rosto em seu peito. Hiran estava em choque, abraçou Geraldo.
Ouviram quando o carro da polícia chegou. Três policiais armados entraram no local e encontraram os dois abraçados na porta do quarto de Tadeu e esse último morto dentro do quarto.
- A gente não fez nada! – Hiran se dava conta da confusão em que haviam se metido.
- Vocês têm muito o que explicar na delegacia. Algema os dois. – o detetive Nogueira ordenou.
- Me desculpa, eu devia ter te escutado. – Geraldo, desesperado, olhava para Hiran enquanto eram algemados.
- A gente não fez nada, vai dar tudo certo, confia em mim. – Hiran tentava acalmar Geraldo.
- A partir de agora, quero os dois em silêncio. – ordenou Nogueira enquanto os outros dois policiais os colocavam no carro. – Ah, esses gays... – sussurrou o detetive.
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Começando uma história nova, espero que gostem. Me conta nos comentários!