De dona de casa a puta de bordel
Engravidei e por isso me casei com Anderson. Sempre nos demos bem na cama, ele sempre me comeu bem gostoso. Com vinte e dois anos tive um filho, fiquei ainda mais gostosona. e dois anos depois conheci Carlos, na empresa onde trabalhava. Ele um rapaz bonitinho e me senti atraída. Sempre que eu passava perto dele, vinha cheio de gracinhas para o meu lado, dizia que eu era uma loirinha linda, que ele sempre preferiu mulheres loiras como eu. Conversa vem conversar vai, terminamos indo para um motel onde ele me comeu até pela boca e pela bunda. Mas depois de um certo tempo, ele disse que gostaria de ter um relacionamento a três e que até já tinha convidado um amigo. Recusei definitivamente e terminei meu caso com Carlos.
A empresa, onde trabalho, do ramo da informática, presta serviços para uma empresa pública. Ela fica no centro de São Paulo, perto de um lugar onde prostitutas fazem ponto.
Dois dias depois que terminei com Carlos, por conta de uma forte chuva, acabou a energia do prédio e fomos dispensados um pouco mais cedo da repartição e, eu em vez de ir para casa, fui beber em um bar, bem pertinho onde prostitutas faziam ponto. O bar estava lotado e fui me sentar lá nos fundos. Vi muitas vadias entrar e sair do barzinho. Confesso que estava pensando em sexo naquele momento e me excedi na bebida e já bastante alegre, percebi três prostitutas vindo em minha direção e sem ao menos pedirem licença se sentaram na minha mesa.
Elas se vestiam com tão poucas roupas, que seus peitos e coxas ficavam quase todo a descoberto. As três já deviam passear a muito dos trinta anos e cheiravam a bebida e me pareciam estarem drogadas. Ficam me olhando, minhas roupas, meu anel e colar e, confesso que fiquei com medo de ser roubada.
- Que tu fazes aí neste cantinho, bebendo sozinha colega?
Olhei para elas e aborrecida e com um pouquinho de medo, exclamei;
- Caiam fora, eu não sou colega de puta drogada nenhuma!
Senti uma forte bofetada instalar em meu rosto e fiquei imprensada entre duas delas e vi uma navalha na mão da mais velha encostar em minha barriga e com a cara quase encostada em meu rosto, vociferar com raiva:
- Então a vadia loira invade a nossa área e ainda quer dar uma de valente!
- Eu não sou o que vocês estão pensando.... eu não....
A terceira prostituta, sentada no banco na minha frente, estendeu o pé e a ponta do sapato atingiu o meio de minhas coxas tão forte que pensei que minha buceta tinha parado atrás de mim.
A dor foi tão violenta que apenas engoli em seco e quase desfalecida, fui segurar pelas duas para não cair com a cara sobre a mesa. Percebi, sem poder impedir, que elas diluíram no copo da minha bebida alguns comprimidos e me obrigaram a beber todo o conteúdo, com alguns tabefes na cabeça.
Pude ver um homem se aproximar e falar grosso.
- Aqui não é lugar pra putas debaterem suas diferenças.... tratem as quatro de irem embora daqui... rapidinho.
Eu estava bastante atordoada, via tudo rodando em minha volta e fui assim conduzida, amparadas pelas três mulheres, não sei para onde.
Quando dei por mim, estava deitada numa cama fedida em um quartinho que cheirava a fumo e álcool. Estava nua e numa mesinha ao lado, as três prostitutas examinavam o conteúdo de minha bolsa.
A mais baixinha estava vestida com as minhas roupas e a outra usava os meus sapatos. Horrorizada vi elas rasgarem os meus documentos e embolsarem o dinheiro que eu levava para casa.
Quando viram que eu estava de olhos abertos, se aproximaram da cama e eu me encolhi toda com enorme medo.
– Agora sabemos que tu não és uma “coleguinha” da gente, mas agora é tarde para voltarmos atrás. Tens muitas coisas contigo que nós estamos tomando.
Pude ver o meu celular na mão de uma delas e uma outra usando o meu anel e os brincos. Onde eu tinha me metido... tentei argumentar com elas e, foi quando senti o peso de uma que se sentou em minha barriga e com a navalha no meu pescoço, ameaçou:
- Cale a boca, mulher.... não quero ouvir um pio teu!
Tremendo de pavor, fiquei imóvel, quando ela entregou a navalha para uma outra e começou a me surrar, com tapas em meu rosto e nos seios. Por dez minutos, em meio as suas risadas, ela não parou de me bater.
Meu rosto e o peito, pareciam estar em chamas, com tapas que a odiosa mulher desferiu. Senti que injetaram alguma coisa no meu braço e apaguei.
Pela pequena janela do quartinho, vi a luz do dia e na cama ao lado, um homem negro estava gemendo montado numa das putas. Ele saiu de cima da mulher e foi até onde eu estava e perguntou para ela.
- Tânia, quem é essa aí? Nunca a vi rodando nesta minha região!
- Uma vadia que pegamos ontem à noite, trotando fora da área dela.
- Ela está em boa forma, apesar de vocês terem feito a cara dela e o peito de saco de pancada. Eu vou a levar para o meu bordel, ela é cheinha e tem muita carne para os negros do morro.
- Podes levar, mas me dê alguma coisa por ela, cara!
- Tome aqui, vinte pratas.
Minha cabeça ainda muito confusa com as drogas que me injetaram, não tive forças para me opor e me vi sendo levada pelo negro para o tal morro que ele falou.
*****
Meu Deus....mesmo chorando, esperneando e gritando de terror, a base de porradas fui fodida por muitos homens, a maioria negros ou mulatos; desde rapazotes até velhotes.
O negro, dono do prostíbulo, me mantinha sempre drogada, dizia ele que era para me “domar”. Foi inevitável, me tornei dependente das drogas e não mais me importava ser a puta branca loirinha do bordel dele.
Isso continuou até que um bando rival invadiu o morro e eu fui levada, como troféu pelos invasores e ao lado de uma enorme fogueira, no alto do morro, fui “devorada” por uma legião de homens, que bebiam e comemoravam a conquista de um novo território. Com as drogas em meu sangue, não sei quantos deles me foderam, mas acho que mais de trinta.
Destroçada, com marcas de mordida, chupões e arranhões em cada pedacinho de meu corpo, depois de três dias e noites, sendo o depósito de esperma daqueles desgraçados, fui jogada fora, ao lado de um monte de entulhos, como se fosse um trapo velho. Na madrugada fria e chuvosa, consegui me reanimar e pegar retalhos e cobrir minha nudez. Assim mais parecendo uma bruxa, um espantalho, desci o morro e comecei a perambular pelas ruas adjacentes, descalça, com os cabelos mais parecendo ninho de rato, bastava me aproximar das pessoas e elas se afastam, da vagabunda, drogada e fedorenta.,
Me vi, suja esfarrapada, doente e magra, perambulando pelas ruas de minha cidade, pedindo esmola para poder comer e dormindo em qualquer lugar, que me abrigasse do frio e da chuva. Praticamente perdi a noção de tudo e tenho poucas lembranças do que ocorreu comigo a partir dali. Mas me lembro de catar comida nas latas de lixo dos restaurantes e disputar com outros pedintes os restos das feiras livres
Num fim de uma tarde triste e fria de inferno, encolhida sobre a marquise de um prédio, coberta por pedaços de papelão, ouvi o burburinho de muita gente que saía do prédio.... e eu reconheci o homem que papeava com um grupinho de mulheres, todos ao abrigo da chuva. Era Carlos, reconheci também Matilde, Helena e outras colegas de repartição. Como que por milagre, ao vê-los, minhas lembranças de quem eu era, retornou à minha mente
Consegui me levantar e me aproximei deles.
- Carlos, Helena.... sou eu Mariana Azevedo de Castro! Estão lembrados de mim?
Não sei a razão deles ficarem me olhando com aquelas caras espantadas, mas eu fui até uma senhora de cabelos brancos, minha chefe na repartição, estendi a mão e pedi uma esmola.
- Dona Claudete, a senhora pode me dar uns trocados.... estou com muita fome!
Fiquei muito confusa com todos em minha volta falando sem parar e fiquei tonta e desabei e se alguém não me segurasse teria caído na calçada molhada.
Acordei não sei quanto tempo depois, deitada numa cama limpa e quentinha e vi ao meu lado o meu marido Anderson e algumas de minhas colegas de repartição. Todos sorriam para mim e eu não sabia a razão disso. Sabia que tinha ficado doente, mas nada de muito grave. Eu tinha terminado meu caso com Carlos a menos de dois dias enão sei acho que fiquei doente.
Mariana não tinha noção, mas ela ficou sumida por quase dois anos e internada em coma induzido, naquele hospital por oito meses.
FIM