Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 17

Um conto erótico de Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 5189 palavras
Data: 09/01/2023 22:55:36

Ela nos parou e me encarou, mordendo os lábios, com o semblante nervoso:

- A gente conversou um punhado de coisas e, no final, ele me pediu um beijo. Disse que se eu não desse, não deixaria eu vir embora ou viria junto comigo.

- E você caiu nessa chantagem barata?

- Não! Eu fiquei irada com a baixeza dele e lhe dei um tapaço no rosto. Toda a cafeteria nos olhou. Aí eu fiquei constrangida, lógico, e ele mais ainda. Saí irada de lá e ele veio no meu encalço. Então, vi que ele realmente viria atrás de mim e vocês acabariam se desentendendo. - Disse, constrangida e temerosa para mim: - Acabei dando um beijo naquele desgraçado.

- Só isso? - Perguntei, também chateado.

- Por ele não seria! Aquele maluco queria me levar para o carro e, dali, sei lá para onde, mas eu não topei e voltei para onde você estava, olhando para trás para ter certeza que ele não me seguia.

- Tá! - Eu a olhava sem saber o que dizer, mas não estava bravo exatamente e algo me ocorreu: - Deixa eu te perguntar uma coisa: o que você sentiu?

- Raiva! Muita raiva. Foi canalhice dele, Mor. Onde já se viu isso? - Resmungou brava e zombou: - “Se não me der um beijo, não te deixo ir ou vou junto com você”. Pelo menos, ele cumpriu a palavra e sumiu.

- Não sumiu muito não. - Contrariei suas conclusões e apontei para o corredor atrás dela: - Olha ali seu amante apaixonado vindo em nossa direção.

Ela arregalou os olhos para mim e, quase que imediatamente, se virou para confirmar o que eu havia falado. Ouvi um claro “Ah, caramba!” de lamento e ela se inclinou para ir em sua direção. Segurei seu braço, não deixando que saísse de perto de mim e ela me olhou espantada, com olhos suplicantes para que eu a soltasse. Não soltei. Eu havia decidido que era chegada a hora de conhecer pessoalmente esse tal de Rick e analisar mais de perto meu mais forte “oponente”:

- Hã, moça, você deixou seu celular cair. - Disse, tentando talvez despistar o encontro e tirou o aparelho do bolso da bermuda, entregando-o a ela.

- Ah! Poxa. - Ela resmungou, pegando o aparelho e o agradeceu, talvez tentando aproveitar a deixa que ele inventou.

- Vamos deixar de palhaçada! Eu sei quem você é. - Falei para ambos.

Ela me encarou ainda mais apreensiva, mas ele nem tanto. Então, ela nos apresentou:

- Mor, esse é o Rick. Rick, esse é o meu marido, Mark.

Ele me estendeu sua mão e eu a apertei:

- Claro! - Respondi: - Até que enfim estou te conhecendo, Rick.

- Digo o mesmo. - Ele me respondeu, sem tirar os olhos dos meus.

Aliás, nesse momento um pequeno embate de dois machos começou com um querendo apertar mais a mão do outro. Nenhum dos dois arredava o pé e ficamos assim um bom tempo. Engraçado que ele, apesar de maior e aparentemente mais forte que eu, naquele momento, não parecia ser assim tão forte, ou talvez uma raiva acumulada dentro de mim me deu um “boost” a mais, colocando-me à altura ou até mesmo acima do desafio proposto:

- Gente… - Nanda nos avisou do óbvio e colocou suas mãos sobre as nossas, fazendo com que nos soltássemos quase que ao mesmo tempo.

Então, continuamos nos encarando num clima nada amistoso. Sinceramente eu estava com uma imensa vontade de socá-lo ali mesmo em público, mas certamente seria um problemão explicar o porquê daquilo numa delegacia e mais ainda para minhas filhas. Então, engoli o meu orgulho de corno ferido enquanto a Nanda falava:

- Obrigada, Rick. Desculpe pelo trabalho.

- Trabalho algum, Nanda. É sempre um prazer te reencontrar.

Nesse momento, instintivamente, cruzei meus braços, numa clara demonstração que ele estava invadindo meu espaço e abusando da sorte. Nanda, que de boba não tem nada, passou seu braço no meu, dando um indicativo subjetivo para mim e para ele quem ela havia escolhido. Além disso, ela me encarou e vi no seu olhar uma apreensão, talvez até um medo que não era justo eu deixar em seu coração. Balancei negativamente a cabeça para mim mesmo e sorri para ela que foi prontamente correspondido por ela. Voltei-me então para o tal do Rick e perguntei:

- Mais alguma coisa, Rick?

Ele engoliu a seco, olhando para ela e ela me abraçou ainda mais o braço, dizendo:

- Já conversamos, Rick. Eu fui sincera com você e bastante clara. Meu marido e minha família vêm em primeiro lugar, sempre.

- É, eu entendi. - Ele resmungou e tentou me alfinetar: - Mas, poxa, Nanda, pensei que gostasse de mim! Você me disse isso, lembra?

- Sério isso!? - Falei, agora irritado com a ousadia dele: - Você é bem abusado, não é não? Fica cercando minha esposa inclusive perto de nossas filhas. Qual é a tua, cara!?

A Nanda me apertou ainda mais forte, me repreendendo com o olhar e não perdeu a oportunidade de colocar os pingos nos “is”:

- Claro que gosto e bastante de você, mas só como um amigo. Eu acho que só usei mal as palavras com você. Sinto muito por isso. - Ela o rebateu e se voltou para mim: - E você sabe disso que eu já te contei tudo, Mor. Fui sincera com você e o que te falei falo novamente. Eu te amo! Só me confundi com ele ou com as palavras, mas agora, aqui, com vocês dois lado a lado, eu não tenho dúvida alguma. Eu te amo, Mark, ouviu? Eu te amo. Quer que eu repita mais uma vez?

- Uai! Se quiser confirmar uma vez mais, eu não vou ficar sentido, não!

- Eu te amo, seu bobo. - Ela falou uma vez mais e me deu um selinho caprichado para, depois, sorrindo me puxar a orelha e cochichar: - Mas já tá abusando também, né!? Para que fazer isso com o menino?

Não pude evitar uma risada gostosa. Aliás, eu até havia me esquecido por um momento que o Rick estava a passos da gente. Quando o encarei, ele estava com um semblante bastante chateado. Acho que a minha dor de corno havia migrado para ele. Nanda também o olhou e não tive como não reparar que ela também se incomodou com a tristeza do amante. Talvez por isso, ela tenha tocado em seu braço antes de falar:

- Tudo o que aconteceu com a gente, Rick, foi muito gostoso, mas minha família é esta aqui, meu marido e minhas filhas. Nada, nem ninguém irá mudar isso, nem mesmo você, entendeu? - Ele a olhava, mas nada respondeu, fazendo com que ela continuasse: - Espero que possamos continuar como amigos, mas se não for possível, vou lamentar muito, mas guardarei nossos bons momentos em meu coração.

Ele a olhava sem reação e agora abatido, apático. Ela também pareceu ter perdido a linha da argumentação e ficado sem saber como continuar. Então eu próprio falei:

- Amigo, entendeu?

Ele passou a me olhar, mas também nada respondia. Eu insisti:

- O bom “amigo”. - Frisei a palavra e continuei: - Bem, o bom amigo, se sabe o seu lugar, pode até continuar desfrutando de algumas regalias, entende? - Então me voltei para a Nanda que agora me olhava, surpresa e continuei falando ambos: - Nada impede que possamos, os três e juntos, aproveitar um bom momento no futuro, uai!

- Você só pode estar brincando, né!? - Ela me rebateu, brava e confusa.

- Não sou seu dono, morena! - Expliquei quase que didaticamente: - Você é quem deve fazer suas escolhas e arcar com as consequências dela. Se quer ficar comigo, ótimo, eu quero muito ficar com você, sempre quis e nada mudou isso, nem mesmo a Iara, nem mesmo o Rick, mas não tenho o direito de te amarrar a mim se você não quiser.

- Mas eu quero! - Ela insistiu.

- Ótimo! Somos dois, então. - Disse e lhe dei um selinho agora: - Nunca duvidei de você, mas que me doeu saber que você ficou confusa, mesmo que por um momento, doeu.

- Ah, para, Mark. Já passou, eu já expliquei e te pedi perdão.

- Tá bom. Desculpa.

Rick até então em silêncio, tomou a palavra:

- Talvez por isso eu tenha me apaixonado por ela. - Apesar de estranha, a explicação dele parecia ser para mim e lhe dei minha atenção: - Eu nunca vi uma mulher se entregar com tanta vontade e desprendimento para algo como a Nanda. Nunca me cobrou nada. Nunca me pediu nada. Sempre aceitou tudo o que eu lhe ofereci e até reclamava quando eu exagerava nos mimos…

- Restaurante chique demais, com muita frescura, eu não gosto mesmo. - Ela o interrompeu: - Desculpa. Pode falar.

- Então, você nunca me tratou como um Ricardão ou um riquinho mimado. Sempre foi carinhosa, interessada, interessante e isso me encantou…

- Mas eu nunca disse que queria ficar com você. Aliás, ficar sim, mas não queria namorar ou ter algo mais sério. Isso eu sempre deixei bem claro. - Ela voltou a interrompê-lo.

- Eu sei, mas é difícil não gostar de alguém assim, né? - Ele insistiu.

- Verdade! - Acabei soltando meio que sem querer, fazendo com que ambos me encarassem e me justifiquei para a Nanda: - Ele tem razão em tudo o que disse. O que você quer que eu diga?

- Pois é… - Ele continuou e se voltou para ela: - E não diga que não foi legal, diferente, porque você também sentiu algo por mim. Você me confessou isso. Disse até ter se apaixonado.

Ela ficou constrangida e não negou, apenas abaixou a cabeça, culpada por ter se deixado envolver daquela forma. Ele não havia sido rude ou descortês, mas a havia constrangido sem necessidade e isso eu precisava evitar:

- Olha, Rick, esse assunto já deu muita dor de cabeça. Ela já explicou, você também, e eu não vejo onde essa conversa vai chegar. Aliás, até vejo, mas só vai machucar ainda mais, então vamos parar por aqui, ok? Se um dia, no futuro, houver alguma possibilidade de fazermos algo juntos, nós faremos, senão tudo acaba aqui e agora. Será que estamos entendidos?

- Mas você não disse que ela é livre para decidir e… - Tentou novamente me encarar.

- Sim, ele disse. - Nanda a interrompeu, agora o encarando e, bastante séria, continuou: - E o meu marido falou por mim. Faço minhas as palavras dele, Rick. “Será que estamos entendidos?” - Fez questão de repetir minhas palavras.

- Tá! Tá… - Resmungou, contrariado: - Eu entendi. Estou sobrando.

- Hoje, agora, está sim. - Eu falei e voltei a explicar: - Dá um tempo e quem sabe no futuro.

- Mor, vamos? - Nanda me falou, dando uma leve puxada no braço: - Quero aproveitar nosso tempo juntos.

- Claro, vamos sim. - Disse e estendi minha mão para me despedir do Rick: - Foi bom te conhecer, Rick. Espero que entenda e respeite nossa decisão.

Ele apertou minha mão e me perguntou se poderia se despedir da Nanda:

- Ela é que tem que te responder isso, cara. - Falei, objetivamente.

Ela foi em sua direção e ele a abraçou, cochichando algo em seu ouvido, o que fez com que ela balançasse negativamente sua cabeça. Depois, beijou sua face e saiu andando, sem olhar para trás, até sumir de vista. Começamos a andar e eu perguntei:

- O que foi que ele cochichou no seu ouvido?

- Você já sabe.

- Fernanda Mari…

- Ah vá, Mor! - Me interrompeu, sorrindo e completou: - Disse que me ama e que não quer desistir de mim assim.

- E você?

- Eu o quê?

- Nada, Nanda! Nada… - Disse e continuei andando sem falar mais nada.

- Para! Olha pra mim. - Ela falou, parando e me segurando pelo braço: - Você ainda duvida de mim? Pelo amor de Deus, Mark! Poxa, se eu soubesse que daria tanta dor de cabeça esse treinamento, eu não…

Não deixei que terminasse e a beijei com uma vontade imensa. Eu não duvidava dela, mas meu coração não deixava de me lembrar que agora ela não era só minha sentimentalmente. Ainda assim, ela havia feito uma escolha e fora sincera, deixando isso bem claro para nós dois, aliás, nós três! Eu precisava confiar nela ou ficaria louco e foi isso que eu fiz. Quando nossos lábios se desgrudaram, um sorriso lindo iluminou seu rosto, fazendo um contraponto a uma lágrima que desceu por sua face:

- Você é boba demais, cara! - Falei, rindo na intenção de animá-la.

- Boba demais por você, Mor.

Ela me abraçou e depois de um tempinho começamos a passear novamente. Logo, encontrei uma cafeteria e nos sentamos. Pedi um café para mim e ela me confrontou imediatamente:

- E pra mim?

- Você já tomou com o seu amante… - Falei enquanto tomava um gole de minha xícara sob o olhar atônito da minha digníssima onça branca.

[...]

Estar com a minha família era tudo o que eu precisava para ser feliz. São os pequenos momentos os mais valiosos em nossas vidas e é uma pena que só os reconheçamos quando já não os temos mais. No meu caso, o destino me sorriu, colocando um homem em meu caminho que me fez e faz enxergar valor nesses pequenos momentos. É assim quando eu os vejo dormindo. É assim quando tomamos nosso café da manhã juntos e eu tenho a chance de ouvir um pouco mais dos sonhos deles. E foi assim naquela manhã no shopping, quando minhas filhas passeavam e brincavam felizes com as novidades, isso até chegarmos em frente aquele parque de diversões “indoor”, quando um sorriso malicioso tomou conta do rosto do meu marido:

- Meninas, não querem brincar um pouco? - Perguntou a elas.

Nossa caçula, naturalmente, quis ficar e brincar, já a mais velha só se animou quando viu a possibilidade de aproveitar jogos e internet. Eu sabia o que ele queria, aliás, quem ele queria e esse alguém era eu, claro! Tive certeza disso quando saímos para passear e logo ele me parou com um olhar penetrante, aproximando sua boca de minha orelha:

- Nanda, preciso ir ao banheiro.

- Como é que é!? - Perguntei decepcionada pois imaginava que seria beijada.

- “Guenta” aí um pouquinho. É só um xixi rapidinho.

Comecei a rir da situação e ele foi para um banheiro próximo. Sentei-me num banco próximo e fiquei navegando em meu celular quando uma presença se postou em minha frente: Rick. “Não acredito! Agora, não!”, pensei e já me preparei para colocá-lo para correr, mas ele foi mais rápido:

- Mas que feliz coincidência encontrá-la aqui, Nanda.

- Coincidência, Rick!? - Falei brava, já me levantando para enfrentá-lo: - Cê tá me seguindo?

- Claro que não, né, Nanda! Como eu iria saber que você estaria justamente nesse shopping, neste horário e neste local em particular?

- Tá! Tudo bem. Entendi. É melhor você ir antes que o meu marido volte e te pegue aqui conversando comigo.

- E qual o problema? Não estamos fazendo nada errado, se bem que eu adoraria fazer algumas coisinhas não muito corretas só com você.

- Está louco!? Meu marido já sofreu demais quando eu disse que… - Me calei, pois ele não precisava saber que eu havia confessado ter me apaixonado para o Mark.

- Que gosta de mim? Que quer ficar comigo? - Ele me perguntou, ansioso e sorridente.

- Claro que não, Rick, para!

- Vem tomar um café comigo, então, Nanda. Assim, ele não nos “pega no flagra”.

- Não vou. Some daqui. - Insisti.

- Então, vou ficar aqui com você. Assim, a gente já passa essa história a limpo.

- Não vai, não!

- Então, vem tomar um café comigo. Só um café. Eu sei que você gosta.

Sair dali não era uma boa opção, mas ficar e ver uma discussão ou mesmo uma briga entre os dois se iniciar, era uma pior ainda. Acabei deixando-o me convencer e saí com ele pelo corredor do shopping. Alguns bons metros adiante, encontramos uma cafeteria e nos sentamos:

- Fala logo, Rick! Eu tenho que voltar para o meu marido.

- Poxa! Eu só queria conversar um pouco com você, ouvir sua voz, ver seus olhos, sentir a sua pele. - Disse e me tocou a mão, superficialmente: - Te dizer o quanto eu te amo…

- Rick, para com isso! Nós já conversamos. Eu amo meu marido, minhas filhas e não vou abandoná-los para ficar com você. Supera isso, cara! Já tá ficando chato…

Nem cinco minutos haviam se passado e recebi uma ligação do Mark. Atendi e, nervosa com a situação, acabei desligando na sequência. Ele me ligou novamente. Atendi e pedi que me esperasse um pouquinho, pois estava resolvendo um “imprevisto”. Só não falei que ele tinha nome e um que o Mark não gostaria nadinha de ouvir. Ainda nervosa, acabei desligando sem sequer ouvir se ele aceitava me esperar ou me despedir dele, na esperança que ele entenderia depois quando eu me explicasse:

- Olha a situação em que você me coloca, Rick. O Mark vai brigar comigo por eu ter tê-lo deixado lá, sozinho. - Falei, chateada.

- Não te obriguei a nada. Só te convidei para um café e te dei a opção de ficarmos lá e esperarmos ele voltar, mas você que preferiu vir comigo e eu fico muito feliz com isso, porque prova o quanto eu importo para você.

- E eu deveria ter feito o quê? Esperar o meu marido chegar e dar de cara com você? Acabaria em discussão ou briga e isso é tudo o que nenhum de nós precisa, não é!?

- Nanda, o que eu preciso fazer para você entender que estou apaixonado por você?

- Que tal me respeitar? Isso! Respeitar minha decisão de ficar com meu marido e família parece um bom começo.

- Tudo bem. Vamos dizer que eu faça isso e depois? Como nós ficaríamos? - Perguntou e tomou um gole de seu café: - Me parece que nessa história, eu ficaria claramente em prejuízo, não acha?

- Meu Deus do céu, Rick! Eu sou casada, nós só tivemos um momento legal. Não é possível que você tenha ficado assim só por causa de uma transa. Eu não sou tudo isso, não, uai!

- Talvez você seja muito mais do que você própria consegue enxergar…

Acabamos começando uma “DR” em plena cafeteria. Algumas pessoas nos olhavam curiosas e acredito que fosse agora pelo meu tom de voz, afinal, eu estava realmente muito brava com ele pela situação em que ele havia me metido. Entramos então num círculo vicioso, em que eu tentava convencê-lo a respeitar minha decisão de ficar com minha família e ele, por sua vez, tentava me convencer de que seu amor era ainda maior e que ele poderia me fazer muito feliz do que eu já era:

- Você acha mesmo que pode ser melhor que o meu marido, Rick? - Perguntei, encarando-o séria.

- Tenho certeza absoluta! - Ele respondeu, já se animando e continuou: - É só você me dar uma chance que te farei a mulher mais feliz desse mundo.

- E se eu quiser continuar saindo com outros homens?

- E por que você iria querer sair com outros homens se eu for suficiente para você?

- Não é essa a questão. Eu perguntei se você aceitaria que eu continuasse saindo com outros homens? Aliás, você aceitaria me assistir dando para outro e te humilhando, porque eu gosto de fazer isso, às vezes, com o Mark? - Perguntei, exagerando um pouco para assustá-lo.

- Garanto que eu vou te satisfazer tão plenamente que você nem irá sentir falta de transar com outros. - Ele insistiu e vi, aí, que ele não era tão seguro de si como ele próprio imaginava.

Meu Mark, nesse ponto, sabia o seu valor e entendi então que ele tinha uma confiança tão plena em mim que homem algum poderia se igualar, sequer se aproximar dele. Sua segurança e firmeza era tudo o que eu precisava e senti imensamente sua falta agora. Aliás, olhei na tela do meu celular e vi que já haviam passado quase vinte minutos. Me despedi do Rick, por fim, e insisti para que ele respeitasse minha decisão, mas ele não respeitou e foi além:

- Mas e a gente, Nanda?

- Não tem “a gente”, Rick. - Respondi, já ficando de pé: - Não, pelo menos, sem meu marido estar junto. Se ele quiser, podemos até, quem sabe, um dia brincar juntos, mas sozinhos, acredito que nunca mais.

- Poxa, Nanda. Então, me dá, pelo menos, um beijo de “até logo”.

- “Até logo”!? Tá louco, cara? Não! Esquece disso.

- Ou isso, ou não deixo você ir embora. - Disse e sorriu, agora segurando minha mão: - Ou vou com você e me apresento ao seu marido.

Tentei puxar minha mão, mas ele a segurava firme e me puxou de volta para a mesa. O tempo passava sem piedade e o Mark já devia estar “P” da vida comigo. Como ele insistia em me segurar e não aceitava meus pedidos, não tive outra saída senão lhe dar um belo tapa no rosto, chamando ainda mais a atenção de todas as pessoas que estavam na cafeteria. Me levantei no mesmo instante e saí caminhando rápido para onde eu imaginava que o Mark ainda deveria estar “plantado”. O Rick veio rápido atrás de mim, chamando pelo meu nome e dizendo que me acompanharia. Então, para evitar um mal maior, acabei cedendo a sua chantagem barata e voltei até ele para beijá-lo. Ele me tomou em seus braços e me beijou com vontade. Por mais que eu não quisesse admitir, seu beijo era muito bom e amoleci em seus braços, deixando-me levar por mais tempo que o necessário. Quando dei por mim, afastei meu corpo do dele:

- Vem comigo, Nanda. Meu carro está logo ali, nós podemos ir para outro local mais tranquilo. Quero ficar com você.

- Rick! Mas que caramba, cara! Meu marido e minhas filhas estão aqui no shopping, poxa! Me deixa em paz. - Falei e saí correndo pelo corredor, olhando vez ou outra para trás para ter certeza de que ele não me seguia.

Um pouco adiante, vi o Mark sentado, com um semblante carregado e um olhar irado, fuzilando, inconformado, uma casquinha de sorvete em sua mão. Me aproximei dele e ele me encarou bravo, sem dizer nada, peguei-o pela mão e saí puxando-o pelo corredor do shopping, pois eu queria nos afastar ainda mais do Rick. Eu estava tensa, era óbvio e, nítido, o Mark notou, parando-nos e me fazendo confessar o porquê da minha ausência. Quando falei ter saído para tomar um café com o Rick porque queria evitar uma discussão ou uma briga entre eles, meu marido, que já estava bravo, ficou ainda mais e balançou negativamente a cabeça. Seu olhar gritava para mim: “não confiou em mim novamente, né, Nanda!”. O pior de tudo é que isso era verdade, mas não por culpa dele e sim pela minha própria insegurança.

Apesar de tudo, ele pareceu ter me entendido e isso me deu um imenso alívio que só foi interrompido quando ele me disse que o Rick estava vindo. Quando me virei, ainda na esperança de ser uma pegadinha sem graça do Mark, vi que realmente o Rick vinha andando em nossa direção. Entrei em pânico porque todo o meu esforço havia sido em vão, mas agora o Rick iria ouvir poucas e boas de mim: me afastou do meu marido deixando-o bravo comigo, me beijou sem que eu quisesse deixando-me brava comigo mesma e ainda mentiu para mim deixando-me brava com ele. Ele iria ouvir, ah, se iria! Entretanto, esqueci do fator Mark, de quem só lembrei quando senti sua mão segurar forte o meu braço, impedindo-me de sair de perto dele.

Rick se aproximou e me devolveu meu celular, esquecido na cafeteria, falando como se quisesse dissimular não me conhecer. Eu, imaginando que ele quisesse não confrontar meu marido, fui na onda. Entretanto, o Mark nos cortou deixando bem claro que estava a par de tudo e pior ainda, pois estava muito, mas muito irado conosco. Meu medo só aumentava e eu já não sabia mais o que fazer. Decidi fazer o básico e apresentá-los enfim:

- Mor, esse é o Rick. Rick, esse é o meu marido, Mark.

O tom da voz do Mark falando com o Rick e vice versa era de meter medo. Parecia que eles iriam se atracar a qualquer momento. Aliás, eles fizeram isso, guerreando um aperto de mão no meio do shopping, como se disputassem a mocinha indefesa. Intervi, colocando minhas mãos sobre as deles e pedindo que parassem com aquilo. Embora tenham se largado, continuaram se encarando como dois cães prestes a se atracarem. Eu só tentava apaziguar, tentando sair pela tangente:

- Obrigada, Rick. Desculpe pelo trabalho.

- Trabalho algum, Nanda. É sempre um prazer te reencontrar.

O tom com que Rick falava comigo destoava totalmente do que utilizava com o Mark: flores para mim, espinhos para ele! Mark notou, é claro, e cruzou os braços, emburrado e encarando o Rick de cara fechada que, por sua vez, o encarava também, mas com uma expressão que parecia ser de desdém, embora para mim demonstrasse atenção, carinho, afeto. Eu então tive a única atitude que, para mim, poderia pôr fim àquela disputa besta, me agarrando ao braço do homem que eu havia escolhido e suplicando com o olhar para o meu marido que parasse com aquilo. Ele também me olhou e me deu um belo sorriso compreendendo minha angústia, trazendo-me um pouco de paz ao meu coração.

Aliás, estranhamente ali, vendo os dois frente a frente, como que num passe de mágica, entendi que meus sentimentos pelo Rick eram nada mais que fugazes e superficiais se comparados aos que eu tenho pelo meu marido. Eu realmente havia gostado muito do Rick, mas agora já até duvidava que fosse uma paixão. Ele não era maduro, firme, seguro, como o Mark e ali eu vi que nunca trocaria o amor do meu mozão por nada que ele pudesse me oferecer e quis deixar isso bastante claro naquele momento. Então, apegando-me ainda mais ao braço do Mark, quase me deitando em seu ombro, falei para o Rick:

- Já conversamos, Rick. Eu fui sincera com você e bastante clara. Meu marido e minha família vêm em primeiro lugar, sempre.

- Mas, poxa, Nanda, pensei que gostasse de mim! Você me disse isso, lembra? - Disse Rick, sem querer se dar por vencido e ainda por cima, tentando tirar o equilíbrio do meu marido.

E quase conseguiu porque o Mark o interpelou irado nesse momento:

- Sério isso!? Você é bem abusado, não é não? Fica cercando minha esposa inclusive perto de nossas filhas. Qual é a tua, cara!?

Fiquei chateada pela forma como ele tentou me expor na frente do Mark, mais ainda pela covardia na forma como tentou atingi-lo. Talvez imaginasse que eu não tivesse contado todos os detalhes para o Mark e erro feio! Nossa cumplicidade me dava liberdade para me abrir totalmente e sem medo algum para ele, mesmo que doesse em mim ou nele, como aconteceu dessa vez. Fiz questão de novamente deixar claro para ele, aliás, para eles, qual era a minha escolha e o Rick não gostou nada de ouvir minhas palavras, mas o Mark, por sua vez, pareceu bastante satisfeito. Apesar de toda a dor que eu o fiz passar, com certeza ali, vi que ficou feliz com minha decisão.

Rick ficou cabisbaixo, mas não parecia triste, nem mesmo derrotado. Estranhei. Inclusive, voltou a falar como havia se apaixonado por mim e insistiu em jogar na minha cara, bem na frente do meu marido, que eu também havia me apaixonado por ele. Eu não tinha como negar aquilo, mas também não tinha como confirmar, porque eu sabia a dor que havia causado ao meu marido e qualquer coisa que eu dissesse, naquele momento, soaria artificial. Minha vontade era somente de me jogar num buraco e sumir da frente do Mark. Acho que ele entendeu meu constrangimento e passou a me defender mais energicamente contra os ataques do Rick, logo ele, a maior vítima de toda essa história, estava me defendendo:

- Olha, Rick, esse assunto já deu muita dor de cabeça. Ela já explicou, você também, e eu não vejo onde essa conversa vai chegar. Aliás, até vejo, mas só vai machucar ainda mais, então vamos parar por aqui, ok? Se um dia, no futuro, houver alguma possibilidade de fazermos algo juntos, nós faremos, senão tudo acaba aqui e agora. Será que estamos entendidos?

- Mas você não disse que ela é livre para decidir e…

- Sim, ele disse. - Precisei interrompê-lo, pois já estava brava com a forma com que ele confrontava o Mark, talvez tentando tirá-lo do equilíbrio: - E o meu marido falou por mim. Faço minhas as palavras dele, Rick. “Será que estamos entendidos?” - Fiz questão de repetir suas palavras.

Acabamos nos despedindo, aliás, eu terminei a conversa, e puxei meu marido para sairmos dali. Apesar de tudo, havia um silêncio chato entre a gente, quebrado pelo Mark que queria saber o que o Rick havia cochichando no meu ouvido quando nos despedimos. Pessoalmente, eu não queria falar, porque sabia que aquelas palavras significavam potenciais problemas no futuro, mas meu marido merecia a verdade:

- Disse que me ama e que não quer desistir de mim assim.

O clima continuava estranho entre a gente e eu comecei a me lamentar o dia em que fui chamada para fazer aquele treinamento, mas meu marido me deu um beijo tão forte, intenso e profundo que fez sumir tudo de ruim que eu sentia naquele momento:

- Mark, estamos no meio do shopping… - Resmunguei, sorrindo timidamente, logo eu.

- Não fizemos nada demais e, por mim, faríamos mais um pouco.

- Não! Para. Agora não, mor.

Voltamos a passear novamente e logo encontramos uma cafeteria, onde nos sentamos. O sacana do meu marido pediu um café, isso mesmo!, um único cafezinho somente para ele:

- Ah, filho da mãe. - Resmunguei, olhando brava para ele, mas, sem perder o rebolado, peguei meu celular e falei: - Pois é… E acho que vou convidar o Rick para tomar outro, já que meu marido não quer tomar comigo.

Ele começou a rir e foi até o balcão pedir mais dois cafés. Voltou à mesa, mas eu fiz questão de, antes disso, tomar todo o seu cafezinho e fiquei segurando a xícara, tentando parecer sensual, mordendo-a e o encarando:

- Meu café… - Ele resmungou para mim e eu apenas ri de sua cara.

Depois de tomarmos nosso café, juntos agora, ficamos conversando e namorando. Então, decidimos buscar nossas filhas para lanchar e voltar ao hotel porque, infelizmente, a chuva não cedia e o dia parecia estar fadado a um momento mais reservado. Miriam estava elétrica. Se normalmente ela já é ligada no “220v”, agora estava no modo trifásico de “330v”. Maryeva, sempre séria e concentrada, estava rindo aos montes e veio nos contando das travessuras da irmã, regadas a muitos tombos e traquinagens. Fomos para a praça de alimentação e depois de nos servirmos, enquanto estávamos comendo, vi o Rick sentando não muito longe de onde estávamos, sozinho e concentrado em seu celular.

Foquei em quem importava e ele estava fora do meu círculo de importância. Namorei meu marido, brinquei com minhas filhas e depois voltamos para o hotel, onde poderíamos, enfim, ficar em paz. Ledo engano! Assim que chegamos, Aline veio correndo me avisar que o seu Paulo estava me procurando para tratar de uma denúncia feita pela Verônica e me entregou um bilhete com o telefone dele, pedindo que eu ligasse com urgência. Olhei para o Mark, assim que ela se retirou, e minha vontade de chorar estava estampada em meu rosto:

- Vou com você. - Ele falou, tentando me acalmar: - Não há nada que um cafezinho e uma boa conversa não consigam resolver.

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 272Seguidores: 634Seguindo: 24Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Que mala esse tal de Rick, sujeito insuportável. O detesto profundamente.

Tirando o Rick, ⭐⭐⭐

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Ancião pelo próximo capítulo. Continue postando não deixe os comentários desanimar vcs. Parabéns por está dividindo conosco sua história.

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Apenas complementando o que falei no capítulo passado, o Rick não entendeu nada do que significa um casal "liberal". O cara entende que a Nanda transa com outros parceiros porque o Mark não a satisfaz plenamente. Acredita que ele vai trepar tão bem com a Nanda que ela não vai querer trepar com outros homens. Porra, o cara é arrogante demais. Me perdoe Nanda, mas vc tá dando muita linha pra esse cara. Diferente da Denize, que tb conquistou a Nanda e em nenhum momento a desrespeitou, esse cara está claramente afrontando o Mark. Não sei como foi essa transa entre vcs, se foram os 3 juntos ou só vc e ele, mas isso tinha tudo para acabar mal, pois o cara claramente está tentando diminuir ou subjugar o Mark... isso ficou claro na conversa entre vcs no "cafezinho" e depois quando os dois se confrontaram. Complicado isso... e a culpa disso tudo, ao meu ver, não é somente do Rick não... a Nanda fez o certo, fechou a porta, mas deixou as janelas abertas, correspondendo a um beijo ardente no meio do shopping, no mesmo ambiente onde suas filhas e o Mark estavam... Sei que foi no calor do momento, mas se o Mark tivesse ido atrás de vc e visse, isso poderia acabar muito mal... deu linha demais... Mas o importante é que no fim deu tudo certo e vida que segue.

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Como imaginei a Nanda analisando os dois frente a frente chegou a conclusão que amor é diferente de paixão.

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Não temos q crucificar só o Rick, a Nanda tb tem uma parcela de culpa quando se revelou apaixonada por ele. O cara criou expectativa positivas a seu favor, ela se entregou a ele e elogiava aplica do cara o tempo td. Então os dois são culpados por isso, ele por ser insistente e ela por dar esperança a ele

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Nanda que confusão foi está heim, que cara sem noção este Rick,querer vc a força e tira vc de sua família, sujeito como estes são nojentos assim como o Marcos,pensam porque tem dinheiro e rico acha que mulher e objetos, dr Mark foi muito diplomata com Rick,se fosse eu já deixaria meu cartão de visita na cara dele,e na delegacia era só dizer que vc foi assediada e fim,e agora a Verônica que fdm, vamos ver o que ela aprontou,bjs amiga

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Manda esse Rick procurar a noção dele onde ele perdeu! Que cara mais mala e sem noção!

O cara se acha a última bolacha do pacote e não aceita a decisão tomada!

Adorei casal! Parabéns!

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Está muito claro q Nanda só não larga o Mark pq tem as filhas na jogada, ela sempre apronta colocando o casal em situações difíceis. Mark por outro lado sabe o q quer, ama a esposa, as filhas eis encontros com outras amantes não passa de diversão. Por isso falo q o mundo liberal não é pra tds, tem q ter muita coragem. Mark sigo torcendo por vc.

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Tava demorando para o Rick aprontar, provavelmente era ele no celular fazendo a caveira da Nanda para o amiguinho dele Paulo. Vai ter muita dor de cabeça.

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E assim o problema da próxima temporada vai se fortalecendo: Paulo. To vendo que esse "véio" vai ser pior que o Rick e olha que pra isso é difícil...

Nanda e Mark, essa vida liberal de vocês é mais tortuosa que boa viu? Sei nem como vocês desistiram.

Ótimo conto e aguardo ansioso os próximos.

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Afinal esse Paulo não é o que viu e ofereceu trabalho para a Nanda quando ela fez a performance com o stripper na boate, que disse que pagava o que ela pedisse por uma noite com ela?!? Se for o mesmo, com certeza irá querer tirar proveito dessa denúncia e irá chantagear a Nanda também!!

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Ao meu ver a denuncia deve ser alguma conduta inapropriada. Se for assim, é simples de resolver. Ela não precisa se sujeitar. Agora se for algo relacionado ao emprego, aí fica mais tenso.

Deve ser algo sobre levar a familia pra lá e a Veronica deve ter inventado que ela colocou a estadia da familia na conta da empresa.

Nao imagino outra coisa que possa prejudicar atraves de chantagem. E esse Paulo parece ser um cara direito. Nao faria isso com ela tambem.

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Rick segue a lógica do eleitor do Bolsonaro! Daqueles que não aceitam a derrota, vão para frente dos quateis pedir golpe e cometem atos terroristas em nome do "mito". O que os bolsonaristas e o Rick não percebem é que seu inconformismo com a derrota inviabilizam uma nova oportunidade. Em suma: "Perdeu mané".

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Apesar de eu não ser muito a favor da violência, acho que se rolasse uma porradaria aí, a situação teria sido resolvida de vez. Vocês tiveram muita compreensão com esse folgado, mesmo depois de tudo o cara ainda fala mais uma graça no final e não aceita que perdeu... chega a ser obsessivo esse jeito dele. Ainda bem que no final deu certo, porque alguém com característica assim as vezes é bem perigoso

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Outra coisa que esqueci: se não me falha a memória, o único cara que até agora realmente respeitou o casal sem ser um fdp foi o alemão, que entendeu o relacionamento de vocês e ainda ajudou com a câmera pro casal curtir o momento mesmo que a distância, não inventou de fazer comentários maldosos e não se sentiu superior em nenhum momento. O resto foi um pior que o outro.

Curto demais essa história de vocês, mas nunca teria a coragem de entrar nesse mundo liberal... tem muito fdp no mundo que tenta acabar com o relacionamento alheio (principalmente homem)

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Rick se mostrou o verdadeiro riquinho mimado, que não conseguiu um brinquedinho e vai ficar fazendo pirraça até conseguir o que quer, já a cobra da Veronica essa merece apanhar de gato morto até o gato miar.

Dr. Mark já está na hora de voltar a rotina de publicações, ano novo vida nova, afinal ficamos apreensivos pela continuidade. Observe só "cobranos" de quem tem intertenimento a oferecer!! 3 estrelas¡!

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3 estrelas e sem comentários!!!!! Excelente!!!! Continuo achando o Rick mais babaca do que no final do capítulo passado. É muito folgado mesmo. Kkkkkk

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Muito legal, esse casal é maravilhoso, sempre torcendo por vocês!! Vê se não demora a postar, a gente que gosta, fica super ansioso!

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gente que doideira, esse cara vai dar muita dor de cabeça, a Veronica então baita falsa, esta se moendo de inveja...

muito com capitulo

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