7. As marcas da traição
Estávamos ali naquela casa de praia no litoral do Estado do Rio de Janeiro, alugada por quatro casais de amigos. Era para passar um mês daquelas férias de passagem de ano.
Geralmente nos finais de semana vários outros casais e amigos solteiros apareciam e ficavam lá, dormiam os homens na garagem onde se improvisava um quarto com colchonetes, e as mulheres dormiam em colchonetes na sala. Nos quartos, apenas os quatro casais que alugaram a casa. Eu e o Sidney éramos um desses. Nosso quarto tinha suíte. Naquele final de semana estavam mais quatro mulheres solteiras e mais três amigos homens que ficavam na garagem. A cidade era bem pequena. A casa ficava no centro de um terreno gramado e com jardim, numa esquina, a uma quadra antes de chegar na praia. Tinha uma varanda grande nos fundos da casa com mesa de pingue-pongue, e outra de sinuca. Muitos jogavam baralho em mesinhas colocadas na varanda da frente. Sempre apareciam alguns conhecidos que viviam na cidade e se juntavam à nossa turma que às vezes passava das vinte pessoas. Fazíamos batidas de limão, maracujá, coco e laranja. Fora as cervejas que se consumia sem restrições. Todos contribuíam com as compras. Um ambiente movimentado e com gente muito divertida. A folia se estendia até bem tarde da noite, tanto no sábado como no domingo. A turma só ia dormir amanhecendo o dia.
Desde o sábado, que eu estava meio chateada com o Sidney, pois ele se sentia alegre, comunicativo, participava dos jogos e todos se mostravam muito simpáticos com ele. O magnetismo dele, seu espírito brincalhão e criativo, atraía a atenção e ele acabava sendo sempre a estrela da turma. Aquele que todos admiravam e gostavam de chamar para jogos e rodas de samba. Eu justamente por isso estava me sentindo meio anulada.
Sidney passou o sábado de sol surfando, e eu fiquei na praia, me bronzeando. E tinha um dos amigos solteiros, na verdade, amigo de um dos casais que alugaram a casa com a gente, que sempre me olhava com uma certa malícia. Era o Gerson, um loiro forte, bronzeado de sol, surfista também, que no sábado, estranhamente, em vez de acompanhar os demais surfistas, ficou pouco no mar e veio se esquentar na praia conversando. Eu percebi que ele fazia aquilo de propósito para ficar me paquerando, e me senti admirada e desejada. Não tinha nenhuma intenção de fazer nada, estava acostumada a ser olhada, desejada, e não me importava muito. Mas, naquele dia, especialmente, aquela paquera disfarçada, discreta, e insinuante, me excitou um pouco. Quando as pessoas resolveram voltar para a casa e preparar o almoço, que sempre saía bem tarde, eu resolvi ficar mais na praia.
O Gerson então se aproximou e puxou conversa. E eu fui dando corda. Estava adorando provocar e ele foi se entusiasmando. Pouco depois ele se ofereceu para passar óleo bronzeador no meu corpo e eu deixei. Eu estava deitada de bruços, e havia soltado o laço do biquíni nas costas, para não deixar marcas. Fiquei deitada e ele foi espalhando o bronzeador com gestos suaves. Minha pele se arrepiou e ele pode notar. Como eu não falei nada ele continuou, e sua mão foi descendo das costas para a lombar, depois passava nas laterais das ancas, perto do lacinho da tanguinha do biquíni. Era um biquininho de crochê, bem pequenino que atrás era praticamente um fio dental. Eu estava acostumada a usar daquele jeito. Mas as mãos dele foram descendo, passaram sobre as nádegas expostas, e desceram para as coxas. Era mesmo um ato normal de espalhar o bronzeador, mas havia toda uma energia sensual que ele colocava no gesto, que foi me incendiando. Eu estava totalmente arrepiada e ele no maior descaramento perguntou:
— Ficou excitada?
Eu ainda meio sem jeito respondi:
— Hum, hum.
Então ele ficou um pouco em silêncio, respirando fundo, e eu percebi que ele estava excitado também. Como eu não disse mais nada, ele falou:
— Impossível chegar perto de você e não ficar excitado. Você é uma tentação.
Eu não queria ser grosseira, sabia que ele estava se insinuando, não pensava em fazer nada com ele, mas ao mesmo tempo era gostosa aquela brincadeira discreta de sedução. Eu falei:
— Eu sou casada.
Ele sorriu e disse:
— Eu não sou ciumento. E acho que o seu marido também não.
Intrigada com aquela afirmação eu perguntei:
— O que leva você a pensar isso?
Ele continuava a passar a mão nas minhas pernas, espalhando o óleo de bronzear.
— Todos sabem que vocês são bem liberais. Minha amiga já me contou que acampou com vocês no sítio, e todos ficaram sem roupa o fim de semana inteiro, e depois faziam sexo na presença dos outros.
Era verdade. Mas eu esclareci:
— Mas era no escuro, com a luz apagada.
Ele riu e depois debochou:
— Ela contou que havia uma luz que entrava de fora, e dava para se verem no meio da penumbra. Disse que foi muito excitante. Ela gozou horrores vendo você e o Sidney trepando.
Eu me recordava dessa ocasião. Tinha sido realmente muito excitante para todos:
— Mas ela também transou com o namorado. Eu vi.
Ele sorriu e ficou quieto. Me observava e eu deitada de bruços só me virava um pouco para olhar ele agachado ao lado da minha esteira. Estava gostando daquilo. Eu falei:
— Como você sabe tanto?
Gerson deu outro sorrisinho maroto e exclamou:
— Eu também tive uma experiência desse tipo. Adorei, mas minha namorada não curtiu e deu errado. Acabou acabando.
Na hora eu respondi o que veio na cabeça:
— Boba ela. Perdeu, né?
Ele não deu continuidade, apenas perguntou:
— Vocês já fizeram ménage, ou troca de casais?
— Não, não fizemos.
— Você não tem curiosidade?
Eu estava conversando sem me ocultar, era uma das minhas características, ser sempre muito sincera:
— Sim, às vezes. Mas não depende só de um.
Ele se ajeitou e se sentou ao meu lado na esteira. Olhando de frente para o mar. Talvez quisesse vigiar se o Sidney voltasse, mas na hora eu não desconfiei daquilo, apenas achei que ele estava gostando de falar comigo. Sabia que ele buscava mais intimidade e eu achava que poderia colocar os limites na hora que desejasse. Ainda não tinha nenhuma maldade. Mas me agradava o interesse dele. Acho até que era normal e aceitável aquilo, nada estávamos fazendo de errado, apenas conversando. Mas havia um clima de sedução e eu já havia sentido.
— Mas se dependesse de você? Você teria coragem?
— Acho que sim, mas depende.
Ele disse:
— Eu acho que o Sidney aceita numa boa. Basta você querer.
Eu estava curiosa para saber onde ele queria chegar:
— Por que diz isso?
Foi quando ele colocou de volta a mão sobre a minha coxa, perto da bunda, e apertando um pouco falou:
— Estou louco, vidrado em você, desde o final de semana passado que só penso nisso.
Na hora, surpresa por aquela declaração tão direta, eu até me esqueci que estava com o sutiã solto e me virei de lado na esteira. Olhei para ele e disse:
— Que isso, você acha que eu faria algo com você?
Ele olhava meus peitos e sorriu:
— Eu acho. Sinceramente. Já percebeu que eu a desejo, e ficou satisfeita com isso. Está excitada comigo passando óleo, acariciando você, e só não realizou ainda que está com desejo.
Na hora, eu poderia ter coberto os meus seios e me afastado. Mas, me deu uma vontade louca de ver onde aquilo poderia ir. Estava excitada com a ideia subversiva que o Gerson me propunha. Tentando uma defesa eu disse:
— Eu nunca vou trair o Sidney.
Na mesma hora ele concluiu:
— Isso prova que eu estou certo. Então, você assume que sentiu desejo.
Eu fiquei sem resposta. Era verdade. Ele me olhava malicioso e respondeu:
— Não proponho traição. Proponho a gente brincar de se provocar, ir dando pistas que nos desejamos, como agora. Aposto que o Sidney não vai se importar, nem se opor. Se ele perceber que você está a fim ele vai deixar rolar. É liberal.
Naquele momento eu estava meio abobalhada, ao mesmo tempo que me sentia excitada, e tentada a arriscar, me via sem saber como agir.
Hoje eu sei que dentro de mim, já nascia uma vontade louca de experimentar o que o amigo estava propondo. Seria também um teste para a nossa relação.
Fiquei sentada na esteira, os seios à mostra, olhando para ele ali ao meu lado. Não sentia nenhum sentimento pelo Gerson, mas notei o seu alto estado de excitação, o pau duro marcando a sunga de praia. Ele ainda não havia feito nada que fosse considerado abusivo ou ofensivo, apenas sugeriu algo que eu acabei ficando tentada. E vê-lo excitado, me olhando, me arrepiou ainda mais. Ele falou:
— Você é alucinantemente deliciosa. Posso dar um beijo?
Eu queria, e fiz que sim sem responder. Não havia pensado que estava traindo o Sidney, na minha cabeça era ainda apenas um jogo de sedução. Ele me deu um beijo, gostoso, e depois se levantou. Fiquei olhando admirada e ele falou:
— Vamos parar. Senão eu agarro você aqui. Estou tarado.
Sem pensar eu confirmei:
— Eu também estou.
Foi quando ele me fisgou. Ele pegou a prancha de surf e disse:
— Então, vamos brincar de provocar? Só para ver a emoção que dá? Aposto que o Sidney vai deixar rolar numa boa. Não diga nada a ele ainda.
Fiquei olhando para ele se afastando de volta à casa e naquele momento eu estava excitadíssima, com muita vontade de fazer sexo. Fiquei ali na esteira me masturbando um pouco, mas não cheguei a gozar, só me excitou mais. Depois vendo que o Sidney ia demorar para voltar do mar eu fui para a casa. O pessoal estava reunido na sala ou na cozinha, almoçando. Fui para o banheiro dos fundos perto da garagem para lavar o corpo e retirar a areia. Foi quando vi o Gerson saindo do banheiro, de banho tomado, só de cueca.
Eu não sei mesmo o que me deu na hora, eu estava muito excitada e senti uma atração forte por ele. Eu passei por ele de biquíni, entrei no banheiro e ele ficou na entrada da garagem me observando. Eu fiquei conversando com ele com a porta do banheirinho aberta. Só pretendia tirar a areia do corpo no chuveiro. Mas na hora me deu uma vontade de provocar, de me fazer mais desejada ainda, então me despi completamente e comecei a tomar banho nua sem fechar a porta. Queria que ele me admirasse e ficasse com tesão.
Ele me surpreendeu, na mesma hora entrou no banheiro e fechou a porta. Estávamos ambos muito excitados. Eu o havia provocado o dia todo, olhando, sorrindo, ele tinha sentido meu desejo na praia, no beijo que demos. Eu era a principal culpada. Não podia mais evitar nada. Gerson entrou e perguntou:
— Está com tesão?
Eu conformei abanando a cabeça e deixei que me beijasse de novo. Ele me deu banho, me acariciando, beijando, provocando, dizendo que eu era uma loucura deliciosa. Perguntou se eu queria, e eu confirmei:
— Eu quero.
Ele perguntou:
— Você depois fala com o seu marido?
— Eu falo. Digo que eu fiquei com vontade.
Ele meio perguntando, meio afirmando disse:
— Acho que ele vai aceitar, não vai? É bem liberal, não é?
Eu estava tão tarada e com tanta vontade que eu achei mesmo que se eu explicasse direito as minhas razões o Sidney iria entender. Eu apenas falei:
— Estou muito tarada.
— Vai dar para mim? Bem gostoso?
— Vou, estou louca de tesão.
Eu me ofereci sem resistência. Na hora da loucura a gente perde completamente a noção. Eu não queria trair meu marido, mas naquele momento, embalada pela tara, eu sinceramente achava que se eu falasse com dele da minha vontade o Sidney ia aceitar.
Gerson me fez ficar de pernas meio separadas e chupou muito, gozei de pé no chuveiro com ele me chupando a xoxotinha depilada, lisinha. A sensação da língua dele ali, uma língua desconhecida, era incrível, me elogiando, me chamando de tesuda. A seguir a gente transou de pé ali dentro do box do chuveiro. Peguei no pau dele e só de sentir a rola diferente já era muito mais excitante. Na hora que a gente trai não para e pensa na cagada. Só quer desfrutar do momento.
Primeiro chupei um pouco, enquanto ele gemia e me chamava de putinha. Nossa, como aquilo era excitante. Estava mesmo bancando uma putinha.
A penetração foi deliciosa, a sensação de provar uma outra pica, outro macho, outros tipos de carícias, dava muito mais prazer.
Mas de pé era complicado, Gerson se esforçava, socava, e eu não gozava mais. Ele se sentou sobre o vaso sanitário e mostrou a rola empinada. Eu queria gozar no pau dele. Na hora só pensava naquilo. Montei a cavalo, segurei na rola, direcionei e enfiei a pica para dentro da xoxota e começamos a foder ali sentados. Foi assim que começou. Naquela posição foi delicioso, ele me beijava, chupava meus peitos. Eu fodia cavalgando como louca. Eu gozei mais duas vezes ali naquela posição, meu grelinho se esfregando no púbis dele, com ele metendo dentro.
Mas a gente sabia que não podia demorar muito no banheiro e logo que ele gozou nós paramos. Minha bocetinha latejava quente e escorrendo porra. Ele se levantou, me beijou e disse que precisava sair antes. Espreitou pela fresta da porta e quando viu que não tinha ninguém por perto saiu de fininho para a garagem.
Eu terminei de tomar meu banho, me limpei e saí para o quarto. Mas não estava saciada, estava muito tarada, e ainda fiquei na vontade de foder mais. A emoção de foder com outro macho naquela tarde me deixou muito mais excitada. Naquele dia eu estava dominada pela vontade de dar para o Gerson. Queria dar muito mais.
Hoje eu entendo, era como uma espécie de fantasia, uma vingança contra o meu marido que tinha comido um monte de gostosas quando a gente se separou e eu nunca dei para outro.
Quando o Sydney chegou da praia eu estava almoçando. Era quase final do dia. Depois disso, nos reunimos no jardim e logo mais à noite, teve uma roda de samba ali no jardim. Eu e o Gerson estávamos por ali, e de vez em quando eu dava umas saídas, e o Gerson também. A gente se encontrava rápido, escondidos atrás da garagem.
Adrenalina nas veias, emoção pura, mas era perigoso de sermos apanhados e ficávamos só de provocação. Beijinhos e passadas de mão. Naquela noite eu estava me deliciando em fazer algo que de certa forma me deixava em pé de igualdade com o meu marido. No fundo eu achava que ele aproveitava mais do que eu. Mas teve uma hora que demoramos mais, o Gerson me deixou de pé, encostada na parede da garagem, no escuro, suspendeu minha saia e me chupou de novo. Gozei na boca do amigo. Depois eu me agachei e chupei o pau dele até gozar. Eu gostei de sentir o sabor da porra diferente e tratei de engolir. Gerson falava:
— Mas você é uma safada mesmo! Chupa como uma putinha.
Eu sabia que foi meu marido que ensinou e respondi:
— Meu marido que me ensinou a ser putinha.
Era uma forma de me justificar.
A gente falava aquilo meio sussurrado, para ninguém ouvir, mas isso só servia para nos deixar com mais vontade. Eu estava fora de controle. Nunca pensei em magoar meu marido, mas naquele momento só a aventura me ocupava a mente. Eu perdi minha razão. A vontade de experimentar aquilo, de tirar aquele desejo de dentro foi maior do que tudo. Perdi totalmente o juízo. Fiquei tarada e nem pensava.
Naquela noite, como a roda de samba foi até bem tarde do sábado para o domingo, e bebemos muito, eu e Sidney fomos dormir sem fazer sexo. Ele parecia cansado e eu estava exausta. Tomamos uma ducha e dormimos juntos, eu estava muito excitada, mas não quis nada com ele naquela noite pois estava na sensação daquela aventura da novidade. Não queria quebrar aquela onda de loucura. Queria ficar na vontade. Se eu falasse algo com ele teria que encarar tudo aquilo, e temia que o Sidney se revoltasse.
De manhã todos fomos à praia e os rapazes foram surfar. Eu fiquei quase o dia todo na esteira tomando sol e me excitando, imaginando, desejando mais daquela adrenalina. Não era melhor do que fazer sexo com meu marido, meu gostoso, Gerson nem chegava perto, mas tinha um sabor de loucura, aventura, coisa diferente, sei lá. Ele me desejando, me fazendo sentir o tesão, me deixou com vontade.
Quando a gente voltou da praia no meio da tarde do domingo, almoçamos, bebemos várias caipirinhas, e eu não sabia ainda o que ia fazer. Mas quando vi que o Sidney bebeu bastante e foi dormir, bem mamado na cachaça, eu achei que era a minha oportunidade. O Gerson ia embora perto da meia noite. Então, logo que escureceu eu dei ideia a um grupo de amigos para caminhar na praia, e fomos com eles. Ninguém desconfiou de nada. Pelo menos no princípio. Eu fui só com a saída de praia, sem biquíni por baixo, para ficar mais fácil. Eu estava decidida a dar para o Gerson lá na praia. Andamos um pouco e logo o grupo se dispersou em três partes.
Acho que desconfiaram das nossas intenções. Alguns foram dar uma volta na cidade, outros disseram que voltariam pra casa, e eu o Gerson continuamos andando pela areia, bem distantes do movimento, aí já estávamos abraçados, até ficarmos bem longe. A gente parava e dava uns beijos, nos pegávamos, e aquilo aumentava ainda mais nosso tesão. Eu segurava no pau duro dele e minha xoxota melada escorria pelas pernas. Teve um momento, que o Gerson questionou:
— Você tem consciência de que estamos metendo o chifre no Sidney? Acha que ele vai aceitar?
— Não sei. Não sei.
Eu não queria pensar. Ele insistiu:
— Ele é liberal a esse ponto? Vai aceitar ser corno?
Na hora eu estava tão tarada de vontade de dar para ele ali, tão desejosa de fazer aquilo, que respondi:
— Não quero nem saber. Depois eu penso nisso. Agora eu quero fazer o que estou com vontade.
Gerson então pediu:
— Então, diz, fala o que você quer.
— Eu quero dar, quero sentir seu pau dentro de mim de novo, me fodendo, seu tesão me deixou louca, sentir um outro macho tesudo, quero foder gostoso com você hoje de tudo que é jeito. Deixa o meu corno lá no meio das gostosas dele. O safado já comeu um monte e eu nunca dei para ninguém mais.
Eu estava me comportando de forma egoísta, como a menina mimada cheia das vontades e que não pensou no outro. Eu não pretendia ofender ou magoar o meu marido, mas achava que conhecendo como ele era liberal, que sempre me deixou livre e sem restrições, ele iria compreender as minhas razões, ia entender que era apenas uma vontade, uma tara física de momento. Na hora eu não tinha a menor dimensão de como ele iria receber aquilo. Então continuamos a andar e trocar carícias.
Lá no final da praia estava totalmente deserto. E tinha umas pedras. Só havia a luz do luar. Foi lá que a gente se despiu totalmente e ficou à vontade. A lua cheia estava no alto do céu, e a gente transando nas pedras com muita intensidade. Gerson me deitou sobre uma das pedras e chupava minha xoxota, me dava tapas na bunda. Depois ele me chupou nos seios, no pescoço enquanto eu acariciava seu pau duro. Gerson tinha uma coisa que me deixava louca. Ele falava safadeza o tempo todo e me perguntava:
— Está tesuda? Vai ser a minha putinha?
Eu chegava a tremer de tão tarada em assumir aquilo, parecia que era mesmo uma transgressão, e eu me portava como uma devassa. Eu concordava e ele pedia:
— Fala para eu ouvir. O que você quer?
— Sou a sua putinha hoje, vou dar gostoso para você.
Ele perguntava:
— Eu sou o que?
— Você é meu macho hoje, meu comedor. Vai me foder gostoso!
O safado queria me provocar mesmo e perguntava:
— Vai meter o chifre no seu corninho? Quer ser minha putinha?
Eu já chupava o pau dele e ele dedilhava minha xoxotinha. Eu gemia:
— Vou sim, vou ser sua putinha, meu marido, o gostoso das safadas agora já é meu corninho.
Hoje me recordando daquela noite eu percebo como eu estava de certa forma tentando descontar o sentimento que eu tivera de ser a traída durante muito tempo. Era um fantasma que eu havia desenvolvido, mas na época era muito forte e me motivava. As minhas atitudes também tinham um pouco de troco.
Gerson se empolgou com as chupadas e tapas e não imaginei que iria ficar marcada.
Foi uma loucura. Eu precisava tirar aquela fantasia da minha cabeça e tinha decidido que seria naquela noite.
Hoje eu me lembro da expressão desolada do Sidney quando contei a ele o que eu fizera. Mas eu sou sincera, e estava muito dividida.
Por um lado, tinha remorso por ter feito aquilo sem pensar, mas imaginava na hora que não fiz por mal, e nem queria magoar o meu amor. Mas, por outro lado, tinha que admitir que fiquei muito feliz de ter experimentado. Eu precisava saber como é foder com um outro homem que me despertasse o tesão. Eu precisava resolver aquela fantasia. Eu gosto de sexo, gosto de tudo, estava muito tarada. O pinto do Gerson não era grande como o do Sidney, nem era tão grosso, não doía, e aquilo ajudou, pois foi tudo muito bom, gozei muito. E pude fazer tudo.
Me recordo que o Sidney ficou muito abalado quando confirmei que eu tinha dado tudo, até o cuzinho. Tinha sido ele que me ensinou a dar o cuzinho, e eu gostava de gozar com um pau enfiado no rabo, e naquela noite estava com tesão demais quando o Gerson pediu e ficou lambendo meu anelzinho, fiquei tarada. Eu deixei ele me comer no rabo, e foi bom, não doeu. Gozei muito, só tive prazer.
No meio daquela loucura eu me lembrava do Gerson dizendo que meu marido era cabeça aberta, experiente, e gostava muito de mim, ele ia entender e perdoar.
Eu tentava me convencer dizendo: “É somente sexo”.
Fizemos sexo de muitas formas, eu de pé apoiada na pedra e o Gerson me penetrando por trás, depois eu de quatro, ajoelhada sobre a saída de praia e ele metendo igual um cachorro tarado, depois fizemos a posição de frango assado, eu deitada de costas e ele ajoelhado sobre a bermuda em cima da pedra com meus dois pés nos ombros dele, que fodia forte e me lambia os dedinhos. Eu já tinha perdido a timidez e gemia alto:
— Fode, fode, sua puta, me faz gozar de novo!
Ele dava tapas na minha bunda e me chamava de safada, putinha tarada. Finalmente eu cavalguei com o pau dele enterrado na xoxota, por muito tempo, e tive vários outros orgasmos.
O meu marido se comparado, era melhor de foda e de pau bem maior, mas o Gerson não era nada ruim e como estávamos na pilha da safadeza, a excitação aumentava muito o tesão e o prazer de cada gozada. Eu estava gozando na pica de outro macho e isso para mim naquela noite era o mais importante, significava que eu não era mais a mulher de um homem só.
Finalmente, depois de duas horas de sexo quase sem parar, Gerson tinha gozado uma vez na minha xoxota, e outra no cuzinho. Ele lavou o pau no mar e depois voltou. Eu queria mais e chupei aquela rola do jeito que meu corninho havia ensinado, deixei ele novamente excitado, pedindo baixinho que me desse seu leitinho, acariciava suas bolas, e fiz o macho gozar na minha boca, alucinado de prazer. Eu fiz questão de engolir tudo.
Depois, eu não quis entrar no mar e vestindo a saída de praia em cima de meu corpo todo suado, voltamos para a casa. Claro que não chegamos juntos, eu entrei sozinha no quintal.
Naquela noite, por ser domingo, a casa estava cheia. Muitos estavam ainda reunidos no jardim, tocando violão e cantando, sob a copa de uma figueira, onde havia bancos e redes estendidas. Vi que o Sidney estava na roda de violão. Quando ele viu que eu chegava sozinha ele perguntou pelos outros e eu disse que não sabia, achava que alguns ainda ficaram lá na praia, mas que um outro grupo tinha regressado antes. Eu estava só com a saída de praia. Era muito comum eu ficar assim com a saída, usando biquíni ou calcinha por baixo. Nós todos ali ficávamos a maior parte do tempo em trajes de banho, ou apenas com shorts e camisetas, ou até camisolas. Era comum mulheres apenas usando calcinha e camisetas compridas. Às vezes os homens ficavam só de sunga e até de cueca. Nossa turma era bem liberal, tínhamos muita intimidade, pois os amigos se conheciam há vários anos.
Fui até na roda de samba dar um beijinho no Sidney, e me abaixei pois ele estava sentado num tamborete tocando um repinico.
Quando eu me curvei para frente e cheguei perto para o beijo ele notou que eu estava bastante suada, meu cabelo colava no pescoço, e pelo decote largo da saída de praia ele reparou que eu não usava o biquíni por baixo. Eu sabia que dava para ver através do decote os meus seios desnudos. Ele sem demonstrar desconfiança nenhuma perguntou o motivo de eu estar tão suada e eu respondi que a caminhada na areia tinha sido longa e eu voltara bem apressada. Eu hoje sei que agi daquela forma justamente para tentar mostrar que não tinha nada a ocultar. Tentava de alguma forma já dar uma pista para que ele entendesse que eu estava me aventurando. Achava que se ele desconfiasse e não ligasse era porque estava consentindo.
Sidney, mesmo entendendo que eu saíra apenas vestida com a saída de praia sobre o corpo, naquele momento reagiu naturalmente, sem nenhuma desconfiança. Eu entendia, pois, éramos bem liberais, estávamos acostumados a ficar à vontade entre nossa turma de amigos e ele sabia que eu gostava de andar à vontade e me exibir um pouco. Nesse ponto ele era bastante cúmplice do meu fetiche. Na nossa turma muitas vezes as moças faziam topless na praia. Portanto nada ali era motivo de espanto. Mas eu esperava que ele pelo menos notasse a minha cara de mulher que acabou de foder e gozar por muito tempo. Eu devia estar exalando cheiro de sexo pelo corpo. Mas ele distraído com a música, tocando repinico, não disse nada. Diz o ditado que o corno é o último a perceber. Eu falei que estava muito cheia de areia nas pernas e muito suada, e fui para tomar uma ducha no pequeno banheiro dos fundos bem ao lado da garagem. Tudo isso eram comportamentos e fatos normais do nosso cotidiano e parecia muito normal.
Eu fui para o banheiro dos fundos e logo vi que o Gerson estava lá dentro me esperando. Entrei e fechei a porta. Voltamos a nos beijar, nos acariciar e nos chupar deliciosamente. Foi quando, com a luz acesa, eu vi que meu corpo estava todo marcado pelas chupadas e tapas do Gerson. E minha xoxota toda inchada, de tanto levar pirocada. Não dava para disfarçar. Tratei de dispensar o Gerson e recomendei que ele tratasse de se mandar da casa logo que pudesse, antes que o Sidney ficasse sabendo do que fizemos. Eu disse que ia me entender com ele.
Sidney continuava lá no jardim com a turma, ouvindo o violão e cantando as canções, até na hora em eu voltei do banho enrolada na toalha e de passagem disse de longe que ia para o quarto. Deixei a impressão de que ia voltar. Não queria que ele fosse atrás de mim. Mas no quarto, examinei melhor as marcas no meu corpo e caiu a ficha de que eu havia exagerado. Uma coisa seria eu contar para o meu marido e outra seria ele ver as marcas do sexo violento que eu fizera.
Resolvi apagar a luz e ficar deitada, e fingir que estava dormindo, para que quando ele voltasse não acendesse a luz. Esperava que até no dia seguinte aquelas marcas fortes tivessem desaparecido. Tinha que esperar um momento de intimidade com o Sidney, ele excitado, para contar da travessura que eu fizera.
Confesso que naquela hora, no quarto, eu ainda achava que tinha feito apenas uma travessura, e sabendo da cabeça aberta do meu marido, pensei que ele ia até ficar excitado com tudo que eu ia contar no meio de uma das nossas transas no escuro. Isso eu imaginei. Mas não foi isso que aconteceu. A casa caiu de um jeito inesperado e tenebroso.
Passada uma hora, ouvi o Sidney entrando no quarto que estava escuro, eu fiquei imóvel, deitada de bruços, despida e fingia estar adormecida. Sem acender a luz, ele me perguntou em voz baixa se eu ainda estava desperta, e se estava bem.
Sem levantar a cabeça do travesseiro, eu falei que estava bem, só um pouco cansada.
Ele se deitou ao meu lado, fez um cafuné em meu cabelo, como ele gostava, e passou a mão carinhosamente sobre meu corpo. Me arrepiei toda e ele percebeu. Ele então alisou de leve a pele das minhas costas até na bunda.
Normalmente, eu sempre reagia bem às carícias daquele tipo, como mulher quente e sensual eu gostava muito de sexo. Sempre que ele me provocava eu aceitava e gostava, e costumava gemer igual uma gata no cio. Naquela noite eu não queria estimular nada, e em vez de me virar e abraçar meu marido, que certamente iria me beijar, aceitando nosso envolvimento e carícias sem acender a luz, eu permaneci deitada e fiquei quieta. Foi o meu erro. Ele fez mais uma carícia um pouco mais insinuante, passando a mão sobre as minhas coxas, e trazendo até nas nádegas onde apertou. Eu gosto de carícias em minha bunda. Suspirei de leve e disse:
— Estou bem cansada Sid. Hoje eu não quero nada. Desculpe.
Grande burrice. Naquele momento, ele, preocupado achando que eu estava com algum mal-estar, ou chateada por alguma coisa perguntou:
— O que foi? Não está bem?
— Só cansada.
Ele estava sentado no lado da cama que tinha bem perto o interruptor da luz, e num ato automático o acendeu, para reparar melhor o que eu estava sentindo.
Eu, em vez de ficar deitada de bruços, me escondendo, num gesto impulsivo me virei rápido, de frente sobre a cama com a mão sobre os olhos tapando a luz que me ofuscava.
Naquele momento ele pode ver a mancha escura de um chupão em meu pescoço. E viu a outra marca avermelhada em meu seio. Se ele olhasse bem daria para ver outras marcas menores. Eram marcas de chupões.
Ele me olhava admirado enquanto eu pedia:
— Apaga a luz querido, está me incomodando.
Ele não apagou, ficou observando melhor e pode notar todas as evidências do que eu havia feito. Os mamilos bem intumescidos, como ficavam depois dele chupar. Ele sabia que eu adorava que ele chupasse os meus seios e gozava só com isso.
Sidney então notou que eu também tinha a região em volta da boca bem avermelhada como se tivesse beijado por muito tempo. Era evidente que praticara sexo, e fazia pouco tempo.
Mas eu ainda não tinha certeza de que ele reparara nos indícios evidentes de sexo em meu corpo e ainda pedi:
— Apaga a luz, está me ofuscando a vista. Por favor.
Sem dar importância ao meu pedido ele disparou em voz alta:
— Você esteve trepando! Na praia? Com quem?
Tive um grande sobressalto, sentei-me de súbito assustada sobre a cama. Cruzando as pernas, coloquei uma mão tapando a xoxota e com o antebraço tentava tapar os seios. Eu o olhava muito assustada. Percebi que Sidney estava lívido, e com cara de alucinado porque pensei que ia me agredir. Cheguei a colocar uma das mãos para a frente como se me defendesse de algum possível golpe. Eu pedi:
— Por favor, fale baixo, eu explico, mas apague a luz.
Ele ignorou meu pedido, mas abaixou o volume da voz:
— Pode me explicar?
Eu olhava com medo. Engoli em seco e disse bem baixinho:
— Eu fiz cagada. Por favor, me desculpe. Não tenho condições de explicar agora. Podemos falar amanhã. Eu prometo…
Falando bem baixo ele sibilou com raiva. Sua voz soava rouca de ódio:
— É a puta-que-o-pariu amanhã. Vamos esclarecer agora. Senão vai ter bronca feia aqui.
Eu sabia que Sidney era normalmente de temperamento calmo, mas também era explosivo se perdesse o controle. Não era pessoa de apalpar nada nem ninguém, sempre foi visceral e direto, e quando ficava bravo, se explodisse, podia ser muito violento.
Eu desisti de me ocultar. Deixei os braços inertes ao longo do corpo. Já não queria esconder nada. Não precisava. Meu corpo acusava meus atos. Minha xoxotinha, pequenina, deliciosa, e apertadinha, se mostrava bem vermelha e inchada.
Sidney apenas me olhava incrédulo.
Eu fiz uma expressão de resignação:
— Tá bom. Eu conto, querido. Mas por favor, tenha calma, sem violência. Fale baixo. Vamos poupar nós dois de escândalo.
Reparei que Sidney, nu, parecia excitado e com o pau duro, mas sua expressão era de raiva. Ele apertava os punhos com muita força e senti que tentava se controlar. Eu contei em voz abafada:
— Por favor. A culpa é toda minha. Não é de mais ninguém. Eu que provoquei tudo que aconteceu e foi porque eu quis.
Ouvi Sidney falar seco:
— Porra, conta logo. Que ódio…
Eu então não tive nenhuma alternativa a não ser contar a ele tudo o que eu fizera. Mas resolvi me abrir de uma vez e desafogada, fui despejando a história:
A um dado momento ouvi o Sidney perguntar:
— Como pode ser tão cruel? Fria e dissimulada. Dormiu comigo ontem me abraçando como se não tivesse feito nada!
Tentei argumentar, ainda meio confusa:
— Sidney, eu amo você, não foi por amor que eu fiz isso. Estava muito tarada por fazer o que eu fiz, mas em nenhum momento eu deixei de amar você. Você não entende. Foi físico, tive um desejo de momento. Não pude resistir. Achei que você fosse entender. Você é sempre muito liberal.
Vi que ele já não tinha nem o que falar. Ele de fato sempre dissera que era da opinião de que se desse a vontade a gente nunca devia se tolher. Nunca não fazer. Mas eu sabia que não deveríamos fazer nada escondido. E eu bem que podia ter avisado, e não esconder. Fiz tudo sem contar. E ocultei desde o dia anterior.
Sidney permaneceu travado. Eu não sabia o que dizer mais.
Argumentei como pude:
— Então, não tenho mais nada a esconder. Eu estava muito excitada, pois estava no embalo daquela aventura como novidade. Não queria quebrar aquela onda de loucura. Se falasse algo com você eu teria que encarar tudo isso. Acho que estava tarada.
Ouvi o meu marido exclamar:
— Traído, corneado, por um falso amigo, e pela mulher que eu amava. Pior que eu não ia ficar sabendo se não descobrisse.
Tentei justificar:
— Não amor! Não é verdade. Quando fui tomar banho, eu vi as marcas. Não ia querer esconder. Por isso me deitei aqui no escuro. Estava apavorada. Achava que amanhã poderia ter a chance, pela manhã, de revelar tudo a você.
Sidney me olhava, mas parecia não me ver mais. Arrisquei:
— Só esperei, para dar tempo para o Gerson ir embora. Não queria que tivesse escândalo nem uma possível violência. Nunca pensei em ocultar nada de você. Tanto que estou contando tudo.
Naquele momento vi que o meu marido parecia um zumbi. Ele se levantou em silêncio, vestiu uma bermuda e uma camiseta, apagou a luz e saiu sem dizer nada. Tentei pela última vez com voz de súplica:
— Espera… por favor!
Mas ele fechou a porta e saiu. Fiquei esperando que ele regressasse por algumas horas e acabei adormecendo. Não vi quando ele retornou ao quarto. Ao acordar ele tinha partido e levado muitas das suas coisas pessoais. E eu não sabia o que fazer. Foi quando vi o bilhete dele ao meu lado da cama.
Meu coração quase parou e eu senti uma dor enorme no peito. Estava dilacerada.
Continua
Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
NOTA DO AUTOR: Esta história é parte integrante de meu próximo romance a ser publicado em breve. Trata-se de uma história de pessoas reais cujos nomes foram alterados propositalmente. Portanto, direitos reservados e história exclusiva. Não é permita sua reprodução. Vou publicar aqui algumas partes, até onde acho que é conveniente. Faz parte da divulgação de minha próxima obra.
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