Continuando de onde parei...
O tempo foi passando, por uns 2 meses eu segui minha mãe para saber se ela realmente ia na casa da Rose alguma vez, percebi que uma ou duas vezes no mês ela realmente ia, todas as outras ela ia lá naquela esquina, eu não ficava pra ver quem a pegaria, só seguia até lá pra ver se ela realmente ia pra mesma esquina.
Um dia o pessoal da rua ficou de jogar bola no campinho, todos iam menos meu irmão, quando chegamos no campinho estava lotado de gente pra jogar então voltamos pra jogar na rua mesmo, o famoso “gol caixote”, tínhamos as traves feitas de caibros e começamos a jogar, dividimos o pessoal em 4 times e o meu ficou pra segunda rodada, com isso eu fiquei como “olheiro” atrás de um dos gols, sempre que viesse carro ou alguém deveria avisar para parar o jogo, enquanto o primeiro jogo estava rolando eu olhando a rua vi na esquina um carinha de uns 19 anos que eu conhecia da escola, ele morava na favela que tinha atrás do colégio e sempre ficava na porta na hora da saída, ele era muito folgado e diziam que ele usava drogas (eu nunca vi) era considerado um maloqueiro, alguns minutos depois eu vi meu irmão saindo de casa e indo em direção à esquina que estava o maloqueiro, na hora eu fiquei preocupado e fiquei olhando, mas chegando perto meu irmão o cumprimentou e saíram dali juntos, na mesma hora eu pedi pra alguém ficar no meu lugar e fui atrás, já imaginei que meu irmão tivesse usando drogas, chegando na esquina eu os vi entrando em uma construção abandonada na rua de trás, fiquei alguns minutos parado pensando, “porra a mãe é puta e ´irmão é drogado, o que tá acontecendo com a minha família?” Respirei fundo e fui até a construção pra ver se era mesmo aquilo, fui entrando devagar e ouvi alguns sons de vozes, segui as vozes e chegando perto de um cômodo escutei uns gemidos abafados e vozes falando baixinho.
Uma voz. - Vai porra mete.
Outra voz. - Chupa meu pau caralho, chupa.
Outra voz. – Vai caralho goza logo que eu quero mete também.
Outra voz. – Eu que sou o próximo.
Fui me chegando devagar na parte onde seria a porta e quando consegui ver dentro estava meu irmão de 4 em cima de um papelão que forrava o chão, um metendo a rola nele enquanto ele chupava outro e mais dois em volta com o pau na mão esperando a vez de comer.
Na hora eu gelei, pensei “porra meu irmão é viado, não acredito que esse filho da puta tá dando o cu”, fiquei escondido pra não ser visto, de um jeito que eu não via muita coisa mas consegui ver que os 4 comeram ele, se revezaram no cu dele, era só isso que eu queria confirmar, quando o quarto meteu a rola eu sai de fininho, estava puto da vida xingando meu irmão de tudo que é nome, voltei direto pra casa até esqueci do jogo, depois vieram me cobrar eu falei que me senti mal, mas meu irmão não voltou pra casa logo em seguida, ele voltou umas duas horas depois, não sei porque demorou, se comeram ele de novo ou se foi outro motivo, também não queria saber.
Quando chegou em casa ele veio falar comigo.
- E aí? Não ia jogar bola?
Eu só olhei torto pra ele e saí andando, mas ele veio atrás perguntando.
- O que foi? Por quê não quer falar comigo? Tá virado porquê? A mãe tava dando pro Pedro de novo? (disse baixinho).
Eu. – Não quem tava dando o cú era tu mesmo seu viado do caralho! (falei alto demais)
Ele. – Do que tu ta falando? Tá doido?
Eu. – Eu vi tu dando o cu pros muleque da favela ali na construção na rua de trás seu viado arrombado do caralho, vi os 4 te comendo.
Eu estava realmente nervoso e descontrolado, estava falando alto demais e claro que a minha mãe que estava na cozinha ouviu tudo, meu irmão se assustou quando eu disse que vi tudo, fez cara de espanto, e pra piorar nós escutamos nesse momento.
- Que porra é essa? Quem deu o cu pra quem ai?
Minha mãe já na sala olhando pra gente, na hora eu gelei, pensei, “caralho fiz merda”, mas logo em seguida já pensei, “fodasse quem manda ele ser viado”, e falei.
- Eu vi ele lá na construção da rua de trás dando o cu pra 4 muleques lá da favela.
Nesse momento meu irmão com cara de choro começou a falar que era mentira, que eu inventei, mas pra nossa surpresa a reação da minha mãe foi totalmente diferente do que imaginávamos, ela riu e disse.
- Nossa filho, 4 de uma vez? Fizeram fila pra comer teu cuzinho é? Já ta arrombadinho tá? Vem contar pra mãe essa história vem. Quero saber quem tirou teu cabacinho rsssss.
Pegou no braço dele e foram pra cozinha, eu fiquei mais puto da vida ainda, peguei minha bicicleta e fui dar uma volta voltando pra casa somente de noite, quando cheguei em casa meu pai já estava lá e parecia que nada havia acontecido.
No dia seguinte de manhã enquanto eu tomava café minha mãe disse pra eu não sair pois queria falar comigo, eram férias escolares então a gente vivia na rua...rsss.
Depois que meu irmão saiu minha mãe me chamou no quarto dela, me mandou sentar na beirada da cama, se sentou ao meu lado e começou a falar.
- Filho, você tem que perder essa mania de ficar seguindo os outros, por quê seguiu teu irmão até a construção?
Eu. – Eu achei que ele tava usando drogas com os muleques.
Ela. – Mas não estava né, é isso que acontece quando você fica seguindo os outros, vê o que não deve, ou o que não quer, você tem que parar com isso.
Eu. – Mas eu não fico seguindo, só vi ele indo junto com aquele muleque pra lá e fui atrás pensando que tava usando drogas.
Ela. – É verdade mesmo? E porque você me segue direto? Ou você pensa que eu nunca percebi você me seguindo? Aquele dia que você passou do lado do carro que eu estava, eu te vi sabia?
Nessa hora eu fiquei totalmente sem graça, não sabia onde enfiar a cara, então após uma breve pausa ela continuou.
- Você sabe o que eu estava fazendo ali?
Eu. – Sei.
Ela. – Sabe mesmo?
Eu respondi com um tom mais ríspido. – TAVA DANDO PRA ELES!
Recebi um tapa na cara.
Ela. – Me respeita que sou tua mãe muleque, olha como tu fala comigo! (sem sequer levantar o tom de voz)
Ela. – Você ainda é novo pra entender, sexo é uma coisa boa, logo você descobre isso também aí vai entender, você não deve ficar julgando as pessoas, a maldade está na cabeça das pessoas e não no ato, quando você experimentar a primeira vez vai saber do que estou falando. Se o teu irmão gostou de dar o cu problema dele, deixa ele dar, quem ta levando a rola é você ou ele?
Eu. – Porra mas se os muleque da rua souber eu tô fudido, vão me zoar mais ainda.
Ela. – Mais? Por quê mais?
Eu. – Já ficam me zuando por tua causa, te chamando de puta, de vadia e outras coisas.
Ela. – A é? E o que você faz?
Eu. – Ignoro.
Ela. – Então continua ignorando, e se alguém descobrir do teu irmão e vier te zuar você faz a mesma coisa, simples assim, não existe ninguém santo não filho, essa mulherada que me xinga pelas costas algumas são até pior que eu, você tem que parar de se preocupar com os outros e viver tua vida.
Eu sei que essa conversa ficou meio comprida, mas postei aqui para saberem porque minhas opiniões mudaram em torno de tudo, o que minha mãe me disse me fez mudar totalmente a forma de ver as cosias...