Eu nem sei como começar a contar isso, mas eu estou tão feliz, que eu tenho que compartilhar isso com alguém. Meu nome é Andréia, e eu sou uma garota de programa. Sim, eu sou uma prostituta, mas nunca roubei ninguém, e eu decido o que eu faço com meu corpo. Ninguém paga as minhas contas, então não venham me julgar só porque eu trabalho com a profissão mais antiga do mundo.
Eu tenho 20 anos, e minha família não sabe o que eu faço. Seria uma decepção para eles descobrir que a única filha é uma mulher da vida. Eu faço faculdade de Medicina, pois é o meu sonho ser pediatra, mas está cada vez mais difícil pagar. A última mensalidade foi três mil reais, isso porque sou bolsista e consegui um desconto de cinquenta por cento, mas imaginem se eu não tivesse essa bolsa. Infelizmente não consegui passar pra uma universidade pública porque minha formação escolar foi muito falha num colégio municipal onde faltavam professores e várias outras coisas. No colégio estadual era tanta greve e faltava muita coisa também, mas eu fui atrás do meu sonho, e com muito esforço da minha parte, eu consegui essa bolsa.
Foi uma de minhas amigas que me convenceu a entrar nessa vida. Primeiro foi pra conseguir dinheiro pra comprar remédio pra minha mãe que tinha câncer. Fiz o que pude, mas ela não resistiu muito tempo e eu acabei continuando nessa vida porque prometi a ela, que eu seria médica.
Então a minha conta básica é que eu tenho que fazer mil reais por semana, embora eu já tenha atrasado mensalidades por não conseguir fazer isso. Eu não sou uma GP de luxo, porque é muito difícil a competição nesse meio, onde os homens querem só as mais lindas e que tenham a pele branquinha e a pepeka rosinha.
Eu sou negra e tenho 1,78 de altura, seios médios bem firmes e uma bunda bem grande com 109cm, bem dura e arrebitada por causa da genética e um pouco de academia. Minha boca também é grande, beeeeeem grande e com ela consigo engolir até os mais roludos. Outro ponto a favor da minha genética, é que uma parte da minha família é indígena e isso me deu cabelos quase lisos e bem fortes. E por algum motivo que desconheço, eu nasci com os olhos meio claros num tom de mel clarinho e bem bonito.
A primeira vez que eu fui fazer um programa, foi o pior dia da minha vida. Eu chorei antes de ir fazer o programa, chorei durante o programa e chorei depois de fazer o programa. Quase desisti da ideia, mas eu tinha que insistir. Afinal, eu precisava de dinheiro para os remédios.
Comecei a trabalhar numa casa de massagens e fazia atendimento por fora, passando meu contato aos clientes que gostavam da minha performance. Atendia também chamadas particulares através de um site de acompanhantes, e à noite eu trabalhava numa boate chamada Fênix que fica em Bonsucesso.
Na casa de massagem, eu atendia por Pamela, no site era Paola e na boate era Priscila. Não sei porque essa fixação pela letra P, mas são nomes que eu gosto. Doideira da minha cabeça.
Vocês não devem estar entendendo o que eu tenho a ver com essa história, mas eu já chego lá. Um dia, eu estava na Fênix, conversando com as outras meninas, falando que o movimento estava fraco e que hoje tinha que aparecer homem, se não eu estaria ferrada.
Tem dias que a gente até acha que gasta mais dinheiro do que faz. Na casa de massagem, temos que dar porcentagem, aqui na boate também e no site temos que pagar hospedagem e às vezes pagar o destaque pro anúncio ficar sempre entre os dez primeiros no site.
Além disso, ainda tem multas por deixar o local desarrumado ou chegar atrasada. Nós somos muito exploradas de todas as formas. É foda, mas é o preço pra conseguir um dinheiro teoricamente mais fácil.
Por sorte nesse dia, a boate encheu. Tinha muito homem, e agora dependia só da nossa esperteza de sacar dali quem estaria interessado em fazer um programa, e quem queria só beber e ficar passando a mão na gente e é claro, dependia também de ter lábia pra convencer os meio indecisos.
Eu já tinha feito 3 programas de meia hora, e já estava voltando para o salão quando eu vejo dois homens meio bêbados conversando com algumas garotas. Eu olhei rapidamente e vi que um deles usava um relógio bem grande e que devia valer um dinheiro e foi por isso que várias meninas queriam ficar ali pra tentar alguma coisa com ele.
Achei melhor não ir e fiquei no bar. Pedi uma cerveja e fiquei ali esperando algum homem chegar em mim e ao mesmo tempo fiquei de olho em possíveis clientes.
Enquanto eu estava ali, reparei que uma das garotas, a Samantha, que é uma rata safada, se aproximou dos dois. Ela vivia recebendo multas e tinha a fama de ser ladra. Ela sentou perto deles, enxotando duas meninas que já estavam ali há algum tempo. Elas vieram pro bar e eu perguntei o que estava acontecendo, e elas me disseram que eles tinham grana, mas estavam muito bêbados e seria impossível eles levantarem o pau e quem fizesse o programa com eles tiraria a sorte grande.
Eu estava bebendo a minha bananinha olhando para os dois homens, quando um deles me olhou de volta. Eu dei uma piscadinha e ele sorriu discretamente. Eu queria ir lá, mas Samantha já estava e os nossos santos não costumam se dar bem juntos.
Caminhei até eles e procurei ficar próxima, mas sem chegar neles. Fiquei observando e mandando sinais a ele, até que o tempo foi passando e a Samantha sentou no colo do homem negro. Aproveitei que ela meio que decidiu em quem iria dar o bote, e eu fui até o outro homem. A outra menina que estava ali perto já tinha se desinteressado um pouco, e estava satisfeita por ter tomado dois latões na conta dele.
Priscila - Boa noite, amore! Meu nome é Priscila. Qual é o seu?
Armando - Armando.
Priscila - Prazer, Armando! É a primeira vez aqui?
Armando - Sim. Vocês todas perguntam isso?
Priscila - É pra quebrar o gelo, amor. Kkkkkk
Armando - Eu hoje não estou muito bem. Bebi demais…
Priscila - Eu também já bebi demais. Tem dias que é assim mesmo.
Armando - Você é linda! Lembra muito uma amiga minha.
Priscila - E você tem tesão nessa amiga?
Armando - Ela é linda e gostosa, mas você é muito mais. Vou te falar um segredo, mas deixa eu te falar bem baixinho.
Priscila - Adoro segredos!
Armando - Essa amiga, é esposa do meu amigo aqui do lado.
Priscila - Armando! Você é um safado!
Armando - Você entendeu errado. É só amiga mesmo.
Priscila - Tive uma idéia. Que tal você realizar uma fantasia hoje? A gente sobe pra fazer um programa, e você finge que eu sou ela.
Armando - Não posso! Sou casado e pai de família.
Ele disse isso me mostrando a aliança.
Priscila - Então o que está fazendo aqui?
Armando - Não sei. Boa pergunta.
Erick - Armando, acho que eu vou subir com essa aqui. Você me espera um pouco?
Priscila - Pode ir, que ele está em boas mãos.
Samantha levou Erick pro segundo andar, e eu chamei o Armando pra um local mais escurinho.
Priscila - Por quê você está meio triste? Conta pra mim que eu vou te ajudar. Eu vou ser médica e vou curar todos com muito amor e carinho.
Armando - Não quero falar sobre isso.
Priscila - Às vezes é bom botar pra fora.
Armando - Estou puto com minha esposa. Minha vontade era de dar um sacode nela, mas eu a amo.
Priscila - E se eu fizesse uma massagem em você. Acho que você está precisando relaxar.
Armando - Acho que eu vou querer.
Priscila - Garanto que não vai se arrepender.
Subimos para o segundo andar e pegamos um quarto. Ele fez o pagamento referente a 1 hora e eu levei ele até o quarto e pedi pra ele me esperar. Fui me arrumar rapidamente e lavei de novo minha pepeka e me perfumei toda passando um creme que eu tenho com cheiro de jabuticaba. Coloquei minha camisola e fui até o quarto. Ele estava sentado na cama, cabeça baixa e chorando. Fiquei com muita pena dele e dei um abraço nele. Beijei o seu rosto e quando fui beijar sua boca, ele não deixou.
Armando - Sem beijos…
Priscila - Tudo bem, amore. Deita de bruços que eu vou fazer uma massagem gostosa em você.
Ele se virou de costas e comecei a passar um óleo de amêndoas nele e ficamos conversando. Eu contei um pouco da minha vida pra ele, e aos poucos ele foi se abrindo comigo e explicou que hoje foi a festa de aniversário da esposa, e que a festa estava ótima mas de repente se transformou num pesadelo.
Priscila - Amore, pelo que parece foi só uma brincadeira e deve ser um mal entendido.
Armando - Brincadeira? Tudo bem que eu tive uma despedida de solteiro bem agitada, e por isso eu até relevo uma brincadeira dessa com os rapazes do show, mas ela beijar a Nina eu não aceito.
Priscila - Quer dizer que você aceita ela ter uma noitada com um stripper, mas não aceita um beijo dela com a melhor amiga? Tenho certeza que deve ter sido só um selinho.
Armando - Não parecia…
Priscila - Você me disse que era uma foto. Como você vai saber isso só analisando uma foto?
Armando - Pode ser que…
Mulher - Priscila, 5 minutos…
Priscila - OK. Poxa! Eu gostei tanto de você, bem que você poderia colocar mais uma hora! Ainda falta massagear o outro lado.
Armando - Pode ser… Eu não quero voltar pra casa ainda…
Priscila - Mais 140 amore. Vai usar o cartão ou dinheiro?
Armando - Cartão.
Priscila - TINA! TRÁS A MÁQUINA!
Armando - Aqui fica aberto até que horas?
Priscila - Até as 5h.
Tina - Com licença, Priscila. Cartão, por favor. Mais uma hora?
Priscila - Isso!
Armando - Mais 4 horas, por favor.
Tina - Que isso, hein amiga!
Priscila - Sério, amore?
Tina - Tem uma pequena taxa com pagamento em cartão, mas a gente vai te dar um abatimento.
Armando - OK, tudo bem…
Ele colocou a senha na máquina e continuamos.
Priscila - Continuando, na minha opinião, acho que você já devia estar nervoso com o que já tinha rolado, com as provocações dos amigos, e a foto do beijo lhe pareceu ser mais do que realmente era.
Armando - Pode ser, mas eu não gostei de ver e ainda mais que as minhas filhas viram e os meus amigos também.
Priscila - E se eu beijasse a sua esposa na sua frente, numa festinha particular contigo?
Armando - Bem, aí é diferente…
Priscila - Homens… Kkkkkkk
Armando - Se fosse o contrário, tenho certeza que ela me mataria.
Priscila - Você beijaria um homem?
Armando - Nunca! Estou dizendo se eu beijasse uma mulher.
Priscila - E se você estivesse peladão, com uma mulher linda também peladinha em cima de você? E se ainda por cima estivesse se esfregando em você e fazendo uma massagem. O que ela faria?
Armando - Olha, essa situação não conta. Isso aqui não tem nada a ver. É só um serviço de massagem.
Priscila - Acho que você deveria refletir melhor tudo isso porque enquanto você está sendo bem tratado aqui, aposto que ela está chorando e pensando em você.
Armando - Vocês mulheres estão sempre se ajudando pra ferrar a gente.
Priscila - Vira de frente que eu vou massagear o seu peito agora.
Ele se virou de frente e a primeira coisa que eu fiz foi olhar o seu membro. Estava mais ou menos mole, mas tinha um bom tamanho. Me ajeitei em cima dele, e fiquei com a minha pepeka bem em cima de seu pau.
Comecei a massagear seu peito e seu ombro, e de vez em quando eu dava uma reboladinha de leve só pra provocar. Conversamos sobre várias coisas e eu comecei a sentir que seu pau estava crescendo e ficando mais duro. Me abaixei e encostei meus seios no seu peito e dei um beijinho na sua orelha.
Priscila - Hummm acho que tem alguém se animando lá embaixo.
Armando - Olha, eu acho que a gente deveria parar. Eu amo minha esposa, apesar de tudo.
Priscila - É que você está tão tenso…Deixa eu aliviar um pouco essa tensão. Você vai se sentir bem melhor.
Armando - Eu não sei se devo. Estou muito bêbado e não quero ficar com a minha consciência culpada.
Priscila - Vamos fazer assim… Eu vou me tocar e você vai se tocar. Assim não tem traição. O que você acha?
Armando - Tudo bem! Acho que não tem problema se for assim.
Ficamos deitados na cama nos masturbando durante um tempo e pra dar uma ajudinha a ele, eu fiquei falando na orelha dele que ele era muito gostoso, e que eu queria ver ele gozar. Comecei a beijar sua orelha e fui descendo até o pescoço e depois fiquei chupando seus mamilos e minha mão ficou alisando o restante do seu corpo. Botei a mão na sua coxa e fui subindo um pouco em direção ao seu saco. Ele começou a gemer e eu vi que estava próximo do gozo. Fui beijando a sua barriga e quando ele fechou os olhos, eu dei um beijo na cabeça do seu pau. Ele olhou pra mim assustado, e eu percebi que isso deixou ele meio encabulado.
Priscila - Isso, amore! Goza pra mim. Goza em cima de mim! Goza na minha bunda! Enche a minha bunda de leite…
Virei de bruços na cama e ele gozou nas minhas costas e bunda.
Priscila - Se sente melhor?
Armando - Sim. Muito melhor.
Priscila - Vamos tomar banho e depois a gente volta pra cama.
Fomos tomar banho e voltamos pro quarto. Ele falou com o amigo que pagou 4 horas e disse pra fazer o mesmo porque não queria voltar pra casa agora. Nem preciso dizer que a Samantha adorou. Voltamos para o quarto e continuamos a conversar até que ele dormiu. Me ajeitei junto a ele e dormimos de conchinha. Horas depois ele acordou e a sua mão estava sobre o meu peito. Senti seu pau ficar duro na minha bunda e ele suspirou. Comecei a rebolar bem gostoso, e ele apertou mais ainda os meus seios. Coloquei minha mão na pepeka e comecei a me masturbar. Em poucos minutos gozei e coloquei minha mão pra ele beijar e provar o sabor do meu gozo.
Armando - Você é deliciosa, mas eu não posso.
Conversamos mais um pouco e ele foi embora, mas na semana seguinte ele voltou e desta vez sozinho. Conversamos no salão e desta vez era um outro homem. Estava sóbrio, muito elegante e cheiroso. Ele disse que queria uma massagem novamente e pagou 2 horas de programa. Após a massagem ficamos conversando de conchinha, mas não fizemos mais nada.
Armando começou a frequentar a boate uma vez por semana e sempre pedia massagem e ficar deitado de conchinha. Na maioria das vezes, conversávamos sobre tudo e algumas vezes sobre o seu casamento, filhas e também falávamos sobre medicina. Ele dizia que assim que eu me formasse, iria conseguir um emprego pra mim.
O movimento da boate não estava muito bom e o dinheiro não estava dando pra pagar a faculdade. Armando percebeu e disse que queria me ajudar. No início eu não quis, mas depois eu vi que era o único jeito. Resolvi dizer que o meu nome real era Andreia, e ele disse que Andreia era mais bonito e combinava mais comigo.
O tempo foi passando, e Armando agora me pagava o valor que eu precisava pra faculdade. Antes eu trabalhava na casa de massagem, fazia programa por fora e ainda ia pra boate. Fazia isso todos os dias, mas agora eu ia na boate só uma vez na semana e também parei de fazer programa por fora. Continuei na casa de massagem, mas parei de transar ali também. Com os clientes mais antigos, eu fazia um final feliz, mas só isso.
Minhas notas na faculdade melhoraram e agora eu estava muito mais disposta a fazer tudo. Melhorei minha alimentação e parei de beber bananinha e tequila.
Armando alugou um apart por uma semana depois de uma briga feia com a Grazi. Ele disse até que iria pedir o divórcio. Primeiro ela tinha trocado o nome dele pelo do ex no meio da transa e depois quando tiveram um D.R. muito séria, ela acabou confessando que tinha transado com o ex. Armando disse que quebrou a mesa da sala e deu socos na parede. Quando eu o vi, estava com as mãos sangrando.
Andreia - Armando! Você é um cirurgião! Não pode machucar as mãos assim! Tem que se controlar!
Armando - Eu juro que tento, mas a minha vista escurece e me dá uma raiva de repente…
Andreia - Tem que tratar disso. Um dia vai acabar fazendo uma besteira. Você já foi preso uma vez por briga. Não é mais réu primário. Tem que se cuidar. Pense nas suas filhas pelo menos.
Armando - Não foi grave e eu já estou bem. É o seguinte! Eu tenho um apartamento de dois quartos aqui perto, que está desocupado. Tem que dar uma pinturinha e comprar uns móveis. Eu gostaria que você largasse toda essa vida pra trás de prostituição e que viesse morar comigo.
Andreia - Armando, acho que você está louco! Você é um homem casado e eu não quero esse tipo de problema.
Armando - Pense o seguinte. Você mora lá, e não vai precisar pagar aluguel. Meu casamento está caminhando para o divórcio, e eu estou gostando muito de você. A gente já dormiu junto, já tomamos banho juntos e só falta a gente transar. Eu sei que você quer e eu também quero, mas não queria faltar com o respeito nem com você, nem comigo e nem com ela.
Andreia - Isso está muito confuso. Preciso pensar um pouco.
Armando - Se eu não me separar, você fica no apartamento sem pagar aluguel e eu te ajudo com estágio e emprego e rapidamente você vai poder andar com as próprias pernas. Isso não parece o correto?
Andreia - Tudo bem. Você me convenceu.
Morar com Armando era realmente muito bom. No início, ele estava num apartamento pequeno, e não tínhamos muito espaço e por isso dormíamos na mesma cama, mas a nossa vida era de irmãos ou de pai e filha, mas com um pouco de incesto, porque irmãos, pais e filhos não deveriam ficar excitados uns com os outros.
Depois de uma semana, estávamos num apartamento que era dele e era maior que o outro, com dois quartos e agora eu tinha o meu espaço, mas na maioria das vezes a gente acabava dormindo junto. Seu casamento estava cada vez pior, pois as desconfianças de uma traição estavam cada vez maiores. Ele estava recebendo e-mails desconhecidos e mensagens no celular avisando pra abrir o olho porque o galho estava crescendo.
O problema de morar junto com uma pessoa é que a intimidade vai crescendo, e Armando era um homem lindo, elegante e charmoso. Além disso, ainda era inteligente, bem de vida, excelente profissional e muito atencioso. Sexualmente eu não sei, mas tinha um pau bonito e potente com gozo farto.
Era muito difícil de entender como uma mulher poderia deixar um cara desse escapar. E assim, minha gratidão por ele foi se transformando em admiração, e minha admiração foi se transformando em algo que eu não queria agora, mas eu não tinha como negar.
Já que o casamento dele estava descendo a ribanceira, decidi dar um empurrãozinho. Comecei a andar pela casa só de calcinha e sutiã, sendo que eram modelos bem sensuais. Aos poucos fomos sedimentando nossos sentimentos e começamos a trocar beijos. No início eram beijos bem estalinhos de 1 segundo, mas isso foi aumentando e agora a gente se beijava e se pegava com força.
Sexo no entanto, Armando não queria fazer. Nem mesmo sexo oral. A gente se masturbava separadamente e ele gozava na minha bunda ou nos meus seios, e só. Eu estava subindo pelas paredes e queria aquele pau dentro de mim, mas o Armando não queria cometer um erro e nem queria fazer algo por vingança, tipo dar o troco.
Um dia eu estava estudando e o Amando me ligou e pela primeira vez ele me chamou de amor.
Armando - Amor, nem sei como iremos resolver isso, mas eu estou dando pouca atenção às minhas filhas e elas querem passar um fim de semana comigo e dormir comigo. O que a gente faz?
Eu não estava preparada pra isso, e disse que eu daria um jeito de dormir na casa de alguém nesse fim de semana.
Ficamos acertados assim, e ele nem foi trabalhar. O problema é que elas faltaram à escola e chegaram mais cedo, e quando tocaram a campainha, não havia jeito que eu saísse, sem que elas me vissem.
Armando - Oi, filhas! Finalmente vieram conhecer a minha casa.
Sara - Sua casa é lá com a gente. Quando você vai voltar?
Armando - Não sei, filha. Eu e sua mãe estamos cuidando disso.
Regina - Pai, qual é a senha do wi-fi?
Armando - Mas, já?
Regina - Desculpa…
Sara - É pequeno, mas é bonito. Quando eu me casar com o Fael, já sei onde vou morar kkkkkk
Armando - Muito engraçado…
Regina - Eu ouvi um barulho. Tem mais alguém aqui?
Sara - Sério, pai?
Armando - Não entendi.
Sara - Você já está trazendo mulher pra cá?
Nisso eu saí do quarto e fui até a sala. Como eu sou alta, e geralmente ando com calçados que tem algum salto, meu tamanho intimida um pouco.
Andreia - Armando, suas filhas são lindas!
Sara - Quem é você?
Andreia - Meu nome é Andreia, e eu trabalho pro seu pai.
Regina - Diarista?
Andreia - Mais ou menos isso…
Sara - Ele nunca falou de você. É muito estranho isso.
Armando - Sara, olhe os modos. A Andreia antes de tudo é uma amiga minha. Filha de um amigo meu de outra cidade, e está morando aqui comigo temporariamente. Ela faz medicina e estou ajudando-a dando um teto e ela em troca me ajuda em casa.
Sara - Aham, sei…
Armando - Se não acreditam, só ir lá no quarto dela e ver. Ela tem todo o espaço dela lá. Se a gente tivesse algo, ela dormiria comigo no meu quarto.
Sara - Vou contar isso pra mamãe então… já que não é nada demais.
Armando - Pode contar, mas sabe como sua mãe é…. Vai ser mais uma coisa pra gente brigar.
Regina - Quer se especializar em que?
Andreia - Pediatria. Adoro crianças.
Sara - A gente vai dormir aonde?
Armando - Vocês vão dormir comigo e a Andreia no quarto dela.
Andreia - Vocês nem irão me notar. Fico muito tempo no quarto estudando.
Acabou que nos demos bem e devido a minha proximidade com a idade da Sara, tínhamos vários assuntos em comum. Regina era uma fofa. Percebi que ela era muito carente e adorava ter carinho e contato com alguém. Foi um fim de semana bem agradável, e pela primeira vez eu vi que eu e Armando poderíamos ter um futuro.
O tempo foi passando e tanta coisa aconteceu e um dia eu estava descansando no meu quarto, quando escuto o barulho da porta. Segundos depois, Armando aparece na porta do meu quarto.
Armando - Andreia, preciso de ajuda…
Andreia - Armando, o que aconteceu?
Armando - Eu perdi a cabeça, Andreia! Eu perdi a cabeça!
Andreia - Calma! Vamos ao banheiro, pra você se lavar.
Entrei no box com Armando de roupa e tudo. Fomos tirando nossas roupas e ele estava com as mãos tremendo.
Andreia - Armando, o que houve? Suas mãos estão machucadas, seus braços e o seu rosto também.
Armando - Eu acho que matei o Ricardo! Eu acho que matei o Ricardo! Puta que pariu! Que merda que eu fiz!
Andreia - Se acalma! Me conta desde o início.
Ele então foi me contando sobre o campeonato, e sobre a provocação do Ricardo na hora da comemoração.
Armando - Nós dois nos atracamos ali e rolaram alguns socos e pontapés, rolamos no chão, mas logo as pessoas nos separaram. Depois fui conversar com a Grazi, e ela mais uma vez negou tudo, sendo que eu já tinha quase certeza do adultério.
Andreia - Se já tinham resolvido, por quê você está assim?
Armando baixou a cabeça e começou a chorar.
Andreia - Pode chorar! Pode desabafar! Confia em mim! As coisas vão melhorar!
Armando - Eu fui muito humilhado, Andreia. Não sei se quero falar.
Andreia - Você vai ter que falar mais cedo ou mais tarde. Você disse que matou ele.
Armando - Eu não sei…acho que sim…
Andreia - Vocês brigaram e depois você foi pra sua casa conversar com a Grazi. E depois?
Armando - Você sabe que eu fui lá pra terminar com ela, não sabe?
Andreia - Não sei… Você disse que talvez fosse fazer isso.
Armando - O Ricardo me mandou uma mensagem dizendo que queria me entregar um troféu. Eu fui no quarto arrumar umas roupas que ainda estavam lá e depois fui na casa dele. Quando cheguei lá, ele estava todo alegre e já foi falando que não queria problemas. Eu entrei e dei as costas pra ele. Esse foi o meu erro.
Andreia - Que filho da puta!
Armando - Ele me deu uma porrada com alguma coisa na minha cabeça e me deixou meio sem rumo. Eu cambaleei um pouco pra frente e aí começamos a brigar, mas eu estava sangrando e minha visão estava um pouco embaçada. Ele pegou um cinzeiro na mesa e jogou em mim e quando eu desviei, ele veio por trás de mim e me agarrou, tentando dar um mata-leão em mim, e me jogou no chão.
Ele ficou em silêncio por alguns instantes, baixou a cabeça e continuou sem olhar nos meus olhos.
Armando - Ele queria me humilhar e enquanto eu estava no chão de bruços, ele ficou em cima de mim, se esfregando em mim, tentando me sufocar e falando no meu ouvido.
"Está sentindo? Tá sentindo o tamanho do meu pau encoxando na sua bunda? Sua mulher sentiu, e gostou e suas filhas também vão gostar".
Andreia - Que horror!!!
Armando - Apaguei. Quando acordei, meus pulsos estavam amarrados e minhas pernas também com aquela fita durex mais grossa. Ele estava pelado batendo na minha cara com aquela coisa. Ele então ligou a TV e falou que eu tinha que assistir um filme.
Andreia - Era um filme da Grazi, não era?
Armando - Sim. Ela estava transando com um ex-namorado dela e as amigas dela também estavam lá transando no mesmo quarto. Uma coisa é você saber o que sua mulher fez e outra é assistir. Eu fiquei paralisado e comecei a chorar, porque pela gravação eu vi a expressão no rosto dela que não havia constrangimento, não havia medo, nem arrependimento. Ela estava curtindo aquilo tudo e seus olhos eram de mulher apaixonada. Eu virei um zumbi ali vendo aquilo tudo e o Ricardo maluco ficava falando no meu ouvido me chamando de corno e pra eu prestar atenção no momento mágico.
Andreia - Ainda tem mais?
Armando - Infelizmente! Uma pica apareceu pela parede e o Ricardo ficou gritando que era ele e que a boca da Grazi era deliciosa. Que ela mamava como uma esfomeada e que era porque não tinha pau em casa suficiente pra ela.
Andreia - Meu Deus! Esse cara é um doente!
Armando - Eu já estava acabado, humilhado e derrotado, mas dizem que todo castigo pra corno é pouco, então eu sinto uma coisa melada na minha cara e só aí que eu percebi que ele estava tocando uma punheta e gozou na minha cara. Aquilo me despertou de repente, minha vista escureceu e eu dei um grito de fúria que até agora eu não sei como, mas eu consegui arrebentar a fita durex, agarrei ele e dei uma cabeçada nele. Quando ele caiu no chão, eu dei muitos socos na cara dele, e quando eu vi a cara dele arrebentada eu dei outro grito e aí parece que eu recobrei os sentidos e o seu corpo estava inerte. Saí de lá e fechei a porta. Acho que ninguém me viu e eu fui em casa pegar a chave do carro pra vir embora, e encontrei com a Grazi e falei com ela que eu tinha matado o Ricardo.
Andreia - Eu vou na farmácia comprar umas coisas pra fazer um curativo em você. Não saia de casa.
Fui na farmácia correndo e comprei alguns medicamentos pra dor e pra fazer curativo. Que loucura! O homem que eu amo estava destruído e iria depender muito de mim agora. Eu teria que ser a sua fortaleza nesse momento. Cheguei em casa e Armando estava chorando.
Andreia - Armando, agora não resta muito o que fazer. Você tem que procurar um advogado e se apresentar amanhã na polícia.
Armando - Eu juro que queria acreditar nela, mas eu sabia lá no fundo que ela estava mentindo. Eram muitas evidências, mas o amor cega a gente.
Andreia - Me lembro que você me mostrou os e-mails e as mensagens, mas ela não disse que estava sendo chantageada por um tal de Coringa e também pelo Ricardo?
Armando - Sim, mas essa história estava cheia de furos e eu escolhi acreditar nela por causa do amor. Nós tínhamos uma história! Construímos uma família!
Andreia - Você ainda ama a Grazi?
Armando - Não mais. Acho que agora eu vejo que era mais um comodismo de manter a vida que eu estava acostumado e o medo de mudar algo que estava dando certo. Hoje eu tenho certeza que te amo muito mais do que a Grazi, e o medo por você ser muito mais nova que eu e sermos tão diferentes, fez a razão ser mais forte que a emoção. Se eu tivesse escutado meu coração, a gente já estaria junto e eu não estaria passando por isso.
Andreia - Uma coisa de cada vez, mas não se preocupe que eu não abandonarei você e vou estar a seu lado e lutar contra tudo e contra todos.
O celular do Armando toca e ele não quer atender. Eu pego o celular e vejo que era uma ligação da filha dele.
Andreia - Armando, era a Sara.
Armando - Vou ligar pra ela. Tenho que enfrentar essa barra.
Andreia - Enfrentaremos juntos!
Armando - Oi, filha! O que? Calma, filha! Calma! Fala de novo! Não pode ser! Eu estou indo aí!
Andreia - O que aconteceu?
Armando - Grazi foi presa. A Sara disse que a mãe confessou que matou o Ricardo.