De como minha enteada tornou-se minha amante (2° parte)

Um conto erótico de Menestrel dos Prazeres
Categoria: Heterossexual
Contém 1247 palavras
Data: 19/01/2023 08:10:32

Atenção! Esta é uma estória de ficção. Apenas um conto. Não é um relato. O que está escrito aqui não aconteceu na vida real. Também não se trata de relacionamento com criança ou adolescente. A possível menção de pessoas menores de idade tem o único objetivo de contextualizar a ficção no tempo e tentar deixar claro ao leitor os desdobramentos futuros da estória. Nunca foi, não é, nem será meu objetivo propagar, enaltecer ou incentivar essa prática abominável. Qualquer semelhança com nomes, situações e desdobramentos terá sido mera coincidência.

(continuação da 1° parteCheguei em casa à noite, fui à cozinha, abri a geladeira pra pegar água e Joana chegou até mim:

- Sandra transou. Tô te contando pra você não ficar sabendo na rua.

Senti a bigorna da realidade atingindo em cheio minha cabeça. Sendo franco, não fazia a menor ideia do turbilhão de sensações e sentimentos negativos que me assolariam por um motivo que não me dizia nenhum respeito. Imediatamente perdi qualquer vontade de comemorar meu aniversário e emudeci. Fechei a cara. Passei a responder Joana por monossílabos. Não queria saber de mais nada naquela noite.

Claro que Joana me contou como Sandra lhe disse, com quem foi, onde foi, em que situação aconteceu. Eu não queria saber. Externamente dei de ombros tentando passar a impressão "por que você está me contando isso? Isso é assunto dela. Se ela é capaz de lidar com isso sozinha, eu não tenho que entrar nesse assunto". Internamente eu queria explodir, gritar, ter evitado que isso acontecesse… Por que? Não sei. Eu mesmo não entendia o que se passava dentro de mim. Era horrível! E mais horrível foi, mais tarde, quando ela chegou de uma caminhada, ter que fingir felicidade quando ela me deu os parabéns pelo aniversário. Senti vontade de dizer bem secamente: "Obrigado pelo belo presente de aniversário que você me deu!" Tive que sorrir e agradecer. Mas não retribuí seu abraço; apenas toquei levemente suas costas, bem no ponto por onde passa o sutiã, pra me lembrar que ela, agora, era uma mulher.

Naquela noite, demorei pra pegar no sono. O assunto me roía por dentro sem eu saber por quê. Eu pensava: "Alguém mexeu com a menina que mora aqui em casa. Pior: a menina que mora aqui em casa deixou um cara mexer com ela! Será que foi ela que procurou ou o cara que a seduziu? Vagabundo! Pilantra! Se eu pudesse o matava! Mas ela deixou! Vagabunda! Sem-vergonha! Puta! Agora não pára mais! Vai dar igual chuchu na cerca! Vai dar pra todo mundo! E o que é que eu tenho com isso? Ah, mas ela não podia! Por que? Não sei, mas ela não podia! Agora ela já conhece o sexo. Agora ela já conhece a sensação de ser penetrada... Será que ela chupou ele? Será que ela ficou molhadinha de tesão? Agora ela já sabe o que é gozar. Agora ela vai querer sempre transar pra gozar. Vagabunda! Será como que foi? Será que usou camisinha? Será que doeu? Será que sangrou? Será que o pau do cara era grande? Será que era maior que o meu? Essa molecada nova costuma ser pirocuda. Será que ele fez pra valer ou só ficou esfregando a piroquinha nela? Será que ela gozou no pau dele ou passou vontade? Mas ela não podia! Agora ela vai me olhar sempre e pensar que eu sou um velho tarado que quer aproveitar dela, a novinha. Deve pensar que velhos como eu querem é uma novinha como ela. "Vai sonhando, velho broxa!" - deve pensar ela de mim. Agora ela já conhece o único segredo que move a porra da humanidade nessa porra de mundo: foder, meter, gozar! Ela não podia! Ela não podia!... Ela não podia…

Não conseguia entender o motivo da minha irritação, da minha decepção, da minha dor. Mas que diabo! O que é isso? Passei uma semana sem falar com Sandra e evitando vê-la. Com Joana só falava o mínimo. Vivia de cara fechada, calado no meu canto. Joana veio falar comigo.

- Você tá azedo por causa da Sandra? - e caiu na gargalhada. - Deixa de ser bobo! Você não pensou que isso ia acontecer um dia? Tá aí sofrendo! Decidiu deixar de ser padrasto e fazer papel de pai? Isso tudo é sentimento de pai que não aceita que a filha cresceu?

Não era sentimento de pai. Joana prosseguiu:

- Ela veio falar comigo. Tá magoada com você. Você não fala mais com ela. Deixa de ser ranzinza! Isso ia acontecer um dia! Vocês homens acham que ninguém pode mexer com as princesas de vocês, mas vocês podem olhar e falar das dos outros? Deixa de ser bobo! Isso não vai interferir no sentimento que ela tem por você!

Interferiu no sentimento que eu tinha por ela. E como! E eu não entendia por que. Não tive como responder Joana porque eu não entendia o que se passava comigo. Ouvi tudo calado e de cara feia. Não pude respondê-la porque não sabia o que dizer, o que explicar. Sorte minha que ela não me cobrou explicação. Falou o que quis e saiu. Aquilo não me descia. E eu não sabia como aquilo se resolveria dentro de mim.

Aos poucos fui me acalmando e quase voltei ao normal. Quase, porque ficou uma cicatriz. Parecia que o cabaço que tiraram de Sandra causou um sangramento não nela, mas em mim. Quando nos encontrávamos, ela fazia parecer que tudo estava como antes. Não tocou no assunto "de eu ter ficado chateado por ela ter perdido a virgindade". Na cabeça dela, ela perdeu e pronto. Do meu lado, eu também não toquei no assunto, não pedi desculpa por tê-la evitado, tentava dar sequência nas conversas com naturalidade, mas era visível a minha tristeza, a minha mágoa, a minha dor. Eu não era mais o mesmo com Sandra. Nem com Joana, minha mulher. Nossas trepadas diminuíram drasticamente e, quando aconteciam, ás vezes demorava para ter ereção e durante o ato me lembrava que Sandra não era mais virgem e, a muito custo conseguia concluir. Joana foi compreensível e não me cobrou por isso.

Um ano e pouco se passou e meu estado de ânimo foi, aos poucos, entrando nos eixos, porém agora com a inegável realidade de que havia duas mulheres na casa. Sandra já havia feito dezoito anos. Entrou pra faculdade e já corria atrás de tirar carteira de motorista. Ela perdeu a virgindade, mas não quis arrumar namorado. Era "livrezinha da silva". Eu não sabia se isso era bom ou ruim. Era bom porque eu conseguia saber que não tinha nenhum cara comendo-a habitualmente. Era ruim porque assim podia ser que ela quisesse ser uma galinhona e dar pra geral. Falei isso um dia com Joana. Ela se ofendeu comigo e me garantiu que Sandra podia ser o que fosse, mas ela era vergonhosa. Se tinha vergonha de mostrar o corpo em casa, imagina para estranhos! Às vezes essa alegação me convencia, me confortava. Mas na maioria das vezes eu me entregava a pensamentos amargos nos quais ela estava aproveitando tudo o que podia e muito mais na sua vida sexual recentemente inaugurada. Isso me desgostava, mas conseguia me controlar e suportar.

O fato é que, na medida que meus nervos se aproximavam de chegar ao lugar, comecei a prestar mais atenção em Sandra. Não como enteada. Não como a filha da minha mulher. Mas como a mulher que se tornou, indo para seus dezenove anos. Como fêmea. (continua)

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Comentários

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Caro Jó 74, obrigado por escrever, por ler meu texto e dispensar atenção a ele. Com humildade e respeito acolho sua observação. Digo que sou do tempo em que se ensinava que "história" era para fatos reais e documentados; "História" era o nome da disciplina, da ciência e "estória" era para ficção e fatos imaginários. Mas você está certo. Pesquisei e descobri que a ABL eliminou a distinção gráfica entre os dois termos em 1943 e "história" passou a valer para fatos e ficção. Obrigado pelo toque. Um abraço.

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