Continuando...
A vida foi dura, nunca imaginei que eu pudesse passar pelo que passei, eu matei alguém, minha vida mudou de um conto de fadas a um filme policial. Foram meses até conseguir sair de casa, tem sido meses de terapia, e principalmente de apoio dos meus pais, sem eles não teria forças para continuar. Após tudo Abner tentou contato varias vezes, mas eu o ignorei, não podia trair a confiança dos meus pais novamente, ainda mais depois dele ter mandado Arthur para tentar matar meu pai.
Os meses passaram, a vida o peso foi diminuindo, principalmente depois da sentença de legitima defesa, meus pais estavam juntos novamente. Como tinha me formado a pouco no ensino médio, fui fazer faculdade, escolhi o direito, ainda mais depois de todo meu processo, na faculdade conheci novas pessoas, mas ainda estava fechada a me relacionar com alguém. Estudar era uma boa terapia, e meus novos amigos eram de um novo refugio, a única coisa que me tirava um pouco do conforto era saber que Aline, a sobrinha do Abner também estudava direito ali, ela era de uma turma a frente a minha, porém as vezes nos encontrávamos em algum intervalo, porém não nos falávamos.
Aline era branca, tinha 1,68 de altura, olhos castanhos, cabelos lisos, seu corpo era magro, porém ostentava um senhor par de peitos, e uma boca com bastante preenchimento labial, tinha 20 anos, o povo na faculdade adorava ela, principalmente por ter dinheiro e status, naqueles dias que passamos na casa de praia da família dela vi que era uma pessoa boa, porém as vezes muito deslumbrada.
Meu grupo de amigos era composto por eu, duas meninas, a Eduarda, uma morena de olhos de mel, magrinha e Carla, uma loira gordinha de olhos azuis, que gostava de falar besteira e Magno, ele era preto, alto e magrelo, era bissexual, porém eu e as meninas sempre achamos que ele falava isso porque não queria se assumir plenamente gay, eu nunca saía para festas, e no últimos tempos acabei engordando um pouco, o que me deixou com a bunda maior e os peitos também, o que me fazia sentir feia, nos intervalos nos conversávamos sobre tudo, Magno contava as fofocas dos outros alunos, eles contavam sobre suas aventuras nas festas universitárias.
Um dia nessa rotina, estava no intervalo e Aline se aproximou do meu grupinho e perguntou.
Aline: Oi Agatha, podemos conversar?
Os três olharam incrédulos, pois não sabiam que Aline me conhecia, então respondi.
Eu: Prefiro que não, e você sabe o porque.
Aline: Poxa, só cinco minutinhos. Prometo que não vou te encher depois.
Eu: Ta, mas só cinco minutos.
Saímos dali e fomos para um lugar mais reservado e ela já começou.
Aline: Olha, meu tio quer muito conversar com você, ele achou que teu pai era apenas ciumento, porém ele me disse que precisa falar com você sobre o que ocorreu aquele dia, principalmente depois da invasão na sua casa e aquele problema que você teve.
Eu: Eu sei o que aconteceu aquele dia, o por que e tudo o que aconteceu depois, não preciso falar com ele.
Aline: Só uma conversa, ele disse que te ama muito e entende se não quiser falar com ele depois.
Eu: Mas quando isso?
Aline: Vou falar com ele, amanhã ou até hoje mesmo depois da aula ele aparece.
Eu: Tá bom.
Saí daquela conversa mexida, pois eu amava Abner, mas ele era o pivô de muitas desgraças na minha família.
O resto da aula passou e no final Abner apareceu, assim que o vi, meus sentimentos voltaram, ele estava lindo com uma camisa branca e calça jeans, ele me cumprimentou e então disse.
Abner: Oi, quanto tempo! Me desculpe fazer isso dessa forma, mas preciso falar com você.
Eu: E o que você tem para me falar?
Abner: Venha vamos sair daqui é delicado.
Eu: Não prefiro aqui.
Abner: Tá, mas eu avisei. Quero falar do teu pai e de uma louca que meu irmão está ajudando.
Eu: E você não?
Abner: Não, depois daquela surra que tomei eu fui atrás das coisas, e descobri um mar de merda.
Eu: E por que eu iria acreditar em você?
Abner: Por que eu te amo, e segundo por que teu pai corre perigo.
Aquilo poderia ser enganação, mas eu queria acreditar nele, então falei.
Eu: O que seria isso de meu pai estar correndo perigo?
Abner: Aquela mulher, a Eliane é uma psicopata, ela quer acabar com teu pai.
Eu: Isso eu já sei.
Abner: Você não sabe, ela planejou cada movimento, ela quer matar seu pai, pois ela acredita que ele matou o dela.
Eu fiquei espantada com aquela afirmação, porém ele começou a mostrar documentos e a explicar com mais detalhes.
Abner: O pai dela era um figurão, dono de uma boate e metido com tráfico, porém ele sempre se safou das condenações e prisões, pois era amigo de políticos, hoje descobri que um deles era meu irmão, ele acobertou muito aquele cara.
Eu: Seu irmão sempre soube que num prestava, ele deu encima de mim quando fui na sua casa. Mas o que meu pai tem haver com isso?
Abner: Abel não é aquilo que achei que fosse, pensei que era só seu vicio em putas, mas vai além. Agora teu pai, ele foi médico do pai de Eliane, ele operou um tumor na cabeça dele, e ao que parece nessa cirurgia o pai de Eliane não resistiu, e pelo que apurei foi dito que teve um erro médico, fora isso depois da morte do pai dela, Eliane perdeu tudo, dinheiro casa, sua mãe morreu de depressão e ela foi obrigada a trabalhar na antiga casa do pai como prostituta, ela então jurou vingança disse que ia acabar com a vida daquele que tinha matado o pai dela e ela acha que é seu pai. Eu olhei os processos e teu pai foi inocentado do erro, o tumor não tinha como ser operado e ele morreria a qualquer momento mesmo.
Eu ficava cada vez mais abismada com tudo aquilo. Foi então que ele começou a falar do plano dela.
Abner: Pelo que descobri, Eliane ficou meses estudando a vida de vocês, ela arrumou aliados, ela é bem sedutora, meu irmão sempre foi apaixonado na sua mãe, ela usou isso, para convencer ele a ajudar, tanto que meu irmão comprou a parte da sua mãe na construtora por um valor absurdo, fora isso sua mãe foi a primeira, Eliane soube da carência da sua mãe e usou isso, muitas vezes drogando ela para ficar mais fácil dela fazer tudo, fora a manipulação.
Eu: Mas como você descobriu isso tudo?
Abner: Tenho meus métodos, mas foi fácil, ela não limpou os rastros e quando fui na cidade dela, descobri toda a verdade e peguei os registros do processo do teu pai, o restante paguem um detetive para me ajudar. Tanto que descobri que ela foi a pessoa que publicou as fotos da sua irmã e da sua mãe através do celular daquele dois caras.
Eu: Entendo, mas agora isso não tem mais valor, meus pais estão de boa juntos.
Abner: Então, pelo que sei ela está para fazer mais alguma coisa, só não sei o que.
Naquele momento meu celular tocou, era minha mãe, chorando e dizendo que meu pai tinha saído novamente de casa. Avisei a Abner e ele resolveu me levar até em casa, lá encontramos minha mãe jogada no banheiro de casa chorando, ela me contou o que aconteceu e disse que meu pai tinha sumido, eu queria saber pra onde ele poderia ter ido, mas não sabia, ele podia estar em perigo, porém o conhecendo duvidava que ele poderia fazer alguma besteira.
Abner saiu e algumas horas depois ele voltou, junto de seguranças, ele então disse que tinha encontrado o carro do meu pai pelo sistema de monitoramento da polícia, e ele estava em uma casa não muito longe dali e que era do irmão dele, ele disse que iria até lá para ver se achava meu pai, foi então que saiu junto dos seus seguranças e da polícia. Eu queria ir junto, mas tinha medo do que eu poderia encontrar...
Continua...
Ps.: Oi! tudo bem com todos vocês, desculpa a demora do conto, mas tive alguns contra tempos que não vem ao caso, outra o tempo, final de ano foi muito corrido, queria postar mas não dava. Porém hoje eu consegui, farei de tudo para postar logo o final da história e estou pensando numa nova saga totalmente diferente das que eu já escrevi. Outra coisinha o conto é curto por que é só um epilogo para o conto final. beijos e fiquem bem.