Na sala oculta.
— Logo você, a mais quietinha da empresa, fazer isso? — perguntou Deise, espantada.
Amanda sorri, com suas charmosas covinhas
— Eu tinha medo dele ser algum tarado abusando das mulheres daqui e foi você quem levou ele para o mal caminho.
As mulheres, nuas, riam da surpresa de Denise.
— Coitado, ele nem consegue…
Amanda interrompeu a fala. As outras duas mulheres cessaram seus risos mantendo um silêncio.
— Não consegue o quê?
A resposta de Amanda volta ao dia seguinte ao primeiro encontro dos dois.
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Havia acordado radiante, pois vivera situações inéditas. Transar no trabalho, durante o expediente, com pessoas trabalhando em volta sem ninguém saber fora sua experiência mais excitante. Os textos de Roberto também lhe provocavam fantasias diferentes, surpreendendo até ela própria. Seus momentos de masturbação naquela sala oculta de todos resultaram em orgasmos incríveis, pois tinha em mente as situações descritas por Roberto. Sentia-se vivendo naqueles contos e quando transou com ele ali, percebeu ser ainda melhor. Descobriu-se uma nova mulher, com novos desejos e tinha em Roberto o homem perfeito para realizá-los.
O primeiro passo da nova Amanda foi justamente escolher uma roupa mais provocante. Os textos de Roberto a atiçaram e ela queria retribuir, tirar dele algo mais. Enquanto se arrumava para ir trabalhar, tirou da fundo da gaveta uma saia quase esquecida. Com uma blusa branca compôs um visual elegante e mais provocativo.
Ao chegar no trabalho, viu Roberto perder sua expressão impassível ao ficar boquiaberto. A saia de Amanda, mais curta, exibia suas coxas com sensualidade. De repente, não parecia mais aquele rapaz invisível no escritório, deixando as coisas cair e tropeçando em qualquer obstáculo ao ver Amanda passar por perto. Quando sozinhos na mesma sala, ela se divertia em abrir alguns botões a mais da blusa e exibir parcialmente seus seios. Mesmo pequenos, o gesto em se exibir deixavam Roberto de olhos arregalados. Era visível como ele se segurava para não agarrá-la. Parecia estar do jeito que ela queria.
A singela exibição de Amanda teve efeito além do esperado, pois todos os homens da empresa notaram a sensualidade dela. Não foram poucos os elogios. Todos diziam sobre ela estar mais bonita, sem precisar entrar em detalhes. Suas pernas expostas e a saia justa no seu volumoso quadril eram o foco indireto daqueles gracejos. Pela primeira vez Amanda chamava tanta atenção no trabalho, e sem saber lidar com isso, apenas sorria. Um sorriso constrangido, mas ainda capaz de exibir suas charmosas covinhas e atrair ainda mais a atenção de todos a sua volta.
Apesar desse sucesso em excesso, havia um efeito colateral não previsto. Quando os homens passam lhe elogiando, a expressão boba e boquiaberta de Roberto voltava a se endurecer. Terminava suas tarefas o mais rápido possível e sumia dos espaços como se quisesse evitá-la. Era a demonstração de ciúme mais estranha já vista por ela. O homem estava claramente inconformado e não movia uma palha para disputar a sua atenção. Pelo contrário, parecia desistir dela. Por um momento, parecia orgulhosa em tê-lo provocado, mas a reação era decepcionante.
Ao longo do dia, percebeu Roberto cabisbaixo, votando a ser aquele Roberto invisível, quase sem vida. Nada havia o homem da noite anterior ali, nem das histórias escritas por ele. O comportamento dele era frustrando, principalmente se comparado ao demais colegas da empresa, animados e dispostos para ter sua atenção, dedicando o dia a elevar o seu ego, mimando-a com elogios. Porém, ela sabia ter algo mais ali, pois já tinha lido, visto e sentido. Perdoou o mau comportamento dele e decidiu investir em uma última provocação.
Amanda foi ao banheiro e fingiu retocar a maquiagem até o espaço se esvaziar. Esperou mais um tempo, mordendo os lábios pelos pensamentos maliciosos. Respirou fundo, se enchendo de coragem e virou de costas para o espelho. Suspendeu a saia completamente, exibindo uma calcinha rendada. O tecido marcava o contraste com sua pele preta e o desenho fazia peça se esconder em suas nádegas, evidenciando seu volume. Pareciam horas os segundos necessários para tirar uma foto e se esconder em uma cabine. Foi tempo o suficiente para sua boceta melar com a própria travessura. Nunca havia se exibido dessa forma e corrido tanto risco. Tudo para atiçá-lo. A foto, foi enviada para Roberto com os dizeres: “É tudo seu! O banheiro está vazio.”
Roberto não estava no seu melhor dia. A noite anterior lhe provocou uma euforia imensa. Não apenas por transar com Amanda, mas por acontecer justamente pelos seus textos. O fato dela se aproximar dele justamente pela sua expressão mais íntima lhe deu esperanças de viver emoções verdadeiras fora de seus textos. Estava feliz quando chegou no trabalho, principalmente ao ver Amanda mais produzida. Com o passar do tempo, porém, a realidade se impôs.
Amanda era de fato uma mulher linda. Seu jeito tímido chamava pouca atenção, mas sua aparência era bastante chamativa. Dotada de um sorriso incrível, aliado a sua simpatia e suas charmosas covinhas, já despertava cochichos entre os homens. Era comum Roberto ouvir comentários sobre eles logo quando ela entrou na empresa. Apesar de admirá-la, o fazia e silêncio, assim como fazia tudo na vida. Tinha a certeza de um homem sem graça como ele ser incapaz de ter a atenção dela. Amanda seria uma paixão platônica, mais uma, se ela não tivesse encontrado seu caderno.
Quando soube dela ter lido seus textos, esperou pela censura dela, mas isso não aconteceu. Ela o levou para o canto mais escondido da empresa e pediu para fazer dela uma de suas personagens. Aquilo, aliado as provocações e principalmente o sexo oral, fez brotar nele uma postura diferente. De repente Roberto se tornou outro homem, um apenas expresso em seus textos. Foi um sexo selvagem, bruto, até então inimaginável para ele acontecer fora de seus escritos. Foi incrível.
Parecia o início de uma nova vida para Roberto, mas a realidade se impôs. Bastou Amanda se produzir um pouco mais e todos os homens daquele recinto abandonaram seus cochichos e expressaram suas admirações diretamente a ela. O sorriso dela era a tradução óbvia do quanto ela gostava daqueles elogios. Roberto era mais antigo na empresa, conhecia vários deles e não se imaginava capaz de competir com qualquer um deles. Era apenas um homem quieto, escritor de textos sacanas.
Ver aqueles homens disputarem o sorriso de Amanda o deixava mal. Seu perfil discreto na empresa não se dava somente pela sua timidez, mas também pela sua baixíssima autoestima. De repente, ficou a sensação daquela mulher incrível aparecer na sua vida apenas para fazê-lo sofrer mais. Reagiu como sempre e se isolou, procurando ficar sozinho o máximo de tempo e executando suas tarefas o mais brevemente possível. Se sentia derrotado sem nem se sentir capaz de lutar por ela. Não era a primeira vez se sentindo assim. Seu sentimento de derrota sumiu mais tarde, ao abrir seu celular.
A foto de Amanda suspendendo a saia fez seu pau endurecer na hora. Na noite anterior, a pouca luz não permitiu ver muito do corpo dela e messe momento era se exibia para ele. Se sentiu um idiota por ficar triste e ao mesmo tempo nunca esteve tão feliz. A frase provocativa junto à foto o deixava eufórico. Ela realmente gostava dele, apesar de tudo.
O gesto era uma provocação inconsequente, mas Roberto pouco se importou. Saiu de seu cubículo com os passos apressados em direção ao banheiro e quase entrou lá com outras mulheres o ocupando. Ficou na porta do banheiro masculino por alguns minutos até ter certeza de estar vazio e quando apareceu a oportunidade, entrou.
Ao entrar na cabine, Amanda já havia tirado a saia, com a blusa cobrindo parcialmente sua bunda. Roberto a beijou eufórico, como se fosse engoli-la. As mãos acessaram diretamente a bunda dela, apertando aquelas carnes com desejo. Amanda retribuída alisando o pau por cima da calça enquanto era beijada. Abriu os botões da calça expondo o objeto de seu desejo.
Roberto vira Amanda contra a parede. Com uma mão a segura pelo cabelo e a outra abaixa a calcinha dela. O movimento do quadril, se empinando convidativamente, o enlouqueceu e assim ele entrou de uma só vez. Ela cobriu a boca para controlar o gemido. Quando os movimentos começaram, ela se manteve calada pois Roberto a comia com força, do seu jeito favorito.
Apesar da boca tampada, o choque entre os quadris não eram silenciosos e Roberto precisou parar quando sons de passos se tornaram audíveis por ali. Ele improvisou e comeu Amanda lentamente, deslizando seu pau inteiro indo e voltando nela. A própria Amanda iniciou um rebolado no mesmo ritmo, esperando aquela pessoa ir embora e voltarem a intensidade inicial.
Quando aquela mulher foi embora, Roberto voltou a acelerar. Metia com força, com vontade. Sentia-se outro homem. Não aquele homem sem graça, desajeitado com as mulheres, sempre escondido na empresa. Naquele momento, ela era poderoso igual aos personagens de seus textos. Ele era a própria fantasia de homem virial, capaz de satisfazer sua mulher com uma transa forte e selvagem, comendo sua namorada no banheiro, arrancando um gozo delicioso dela com uma surra de piroca.
Roberto metia cada vez mais forte. Metia por empolgação, por tesão, por desejo, mas em algum momento isso mudou. Acelerou ainda mais, mas por desespero. Quando mais força fazia, mais suas forças se esvaiam. A partir de um certo momento, não sentia mais nada. Roberto não era mais um homem poderoso de suas próprias fantasias. De repente, Roberto era Roberto. Um homem incompleto, frágil, incapaz. Impotente.