Mulheres Devassas - Parte 27 - Peguei o Morto

Um conto erótico de Leonel e Kelly
Categoria: Heterossexual
Contém 5155 palavras
Data: 03/02/2023 21:39:28

Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?" Jesus respondeu: "Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.

Mateus 18:21-22

Eu estava lendo essa passagem na Bíblia e preparando o culto que eu faria essa tarde. Como falar sobre o perdão, se no meu coração eu não consigo perdoar de verdade a mulher que eu amo?

Minha esposa Patrícia estava sofrendo muito. Algumas semanas se passaram e o resultado dos exames não foram muito bons. Ela pegou duas ISTs: Clamídia e Tricomoníase. Ambas com tratamento, porém a clamídia, pode resultar numa doença inflamatória pélvica. No caso dela, havia de 10 a 15% de chances de causar inflamação nos órgãos reprodutores. Isso dificultaria o processo de fecundação diminuindo consideravelmente as chances de gravidez e se não bastasse, se essa inflamação chegasse às trompas de falópio poderia causar infertilidade.

Já a tricomoníase, sem tratamento adequado poderia resultar até em câncer de colo do útero. Felizmente o tratamento dessa era mais simples e mais rápido, mas o que mais me preocupava era o tratamento mental. Eu sempre soube que a Patrícia era uma pessoa com uma certa bagagem de vida. Escutei dos seus pais e amigos que ela aprontou muito na adolescência, e no início da vida adulta, mas imaginá-la como uma mulher despudorada e libertina era demais pra mim e eu me sentia culpado porque eu incentivei isso na minha casa. Eu nunca deveria ter ouvido aquelas conversas no trabalho.

Os dias foram passando e Patricia tomando os remédios, tomando também vários banhos por dia porque ela dizia se sentir suja e também porque estava sentindo um pouco de odor meio desagradável. Confesso que às vezes eu também sentia, mas ela tentava ao máximo disfarçar com banhos, cremes e perfumes.

Patricia só saia de casa para ir ao tratamento com a psicóloga. Eu esperava sempre do lado de fora e algumas vezes ela saía mais triste do que tinha entrado, e noutras saía com um olhar distante e frio. Dias depois, tentei levá-la a um culto na nossa igreja, mas ela não quis. Disse que ainda estava envergonhada e não conseguiria olhar nos olhos das pessoas. Afinal nem nos meus olhos, ela conseguia olhar direito, mas pelo menos, uma coisa boa aconteceu. As tatuagens estavam sumindo, pois descobrimos que eram de henna, porém a alegria não era completa. Uma delas era de verdade, que era a imagem de um penis, bem onde fica aquela marca de triângulo de calcinha na bunda. Usando maiô, tamparia completamente e bikini, dependendo do tamanho poderia ficar uma pequena parte à mostra.

Depois de algumas semanas indo à consulta da psicóloga, ela veio falar comigo de forma bem séria. Nem parecia a Patrícia que eu conheço.

Paty - Leo, nós precisamos conversar.

Leonel - Tudo bem, mozinho.

Paty - Eu preciso te contar algumas coisas. Eu estava conversando com a Dra. Abigail e ela disse que parte do processo é conversar contigo e se abrir contigo.

Leonel - Claro, meu amor. Eu entendo.

Paty - O problema, é que isso não será fácil nem pra mim, nem pra você.

Leonel - Superaremos isso juntos!

Paty - Preste atenção! O que eu vou falar é muito doloroso pra mim, e pra você provavelmente também será e por isso eu peço que não me interrompa e nem fique chateado se de repente eu quiser parar por algum motivo, ou se eu desistir de falar. Eu juro que tentarei continuar em outro momento. E se eu tiver algum problema, digamos, algum surto, ou algo esquisito acontecer, voce vai me dar esse remedio, e ligar para a Dra. Abigail.

Leonel - Entendi. Algo mais?

Paty - Preciso que segure a minha mão e antes de tudo, já te peço perdão por tudo que eu fiz. Não sei como ficará nossa relação depois disso, mas saiba que eu ainda te amo, e se tiver qualquer coisa que eu possa fazer pra você acreditar em mim, eu farei sem pensar duas vezes. Se eu pudesse voltar atrás, eu teria feito tudo diferente.

Leonel - Eu sei disso. Sei que está arrependida.

Paty - Leo, o que tenho pra te falar, é que eu não fui estuprada.

Leonel - O que? Como assim?

Paty - Por favor, me deixe continuar! Eu reuni todas as minhas forças pra te falar isso e agora estou ficando sem coragem pra continuar a falar. Não me interrompa, se não ficarei com mais medo de continuar com isso.

Leonel - Eu não sei se estou pronto pra ouvir! Eu não sei se quero ouvir!

Paty - Como eu disse antes, você vai ter que ser forte agora e eu também.

Eu apenas assenti com a cabeça, mas a minha fortaleza, a minha fé estava se esvaindo e meu sangue era novamente ralo.

Paty - Eu não fui estuprada, pelo menos não da forma que você está pensando. Sei que é duro falar isso, mas eu procurei aquela situação e até certo momento, eu estava no controle, ou pelo menos achei que estivesse. O fato é, que no início eu estava gostando, mas depois as coisas foram crescendo e tomando proporções que eu não imaginava, e quando dei por mim, eu estava bêbada e drogada e além disso estava sendo um pouco ameaçada. Então, realmente a partir desse momento que eu estava fora de minhas capacidades mentais, nessa hora eu acho que fui estuprada.

Eu já estava com lágrimas nos olhos e Patrícia fez uma pausa pra fazer um carinho em mim, quando na verdade era eu quem deveria estar dando apoio a ela, mas essa história de querer participar e se pôr em risco eu não conseguia entender.

Leonel - Como assim você acha que foi estuprada? Você não se lembra?

Paty - Eu tinha pouca memória sobre o que ocorreu, porque eu estava muito chapada. Você mesmo viu isso no exame que foi feito. Eu me lembro de ter chupado uma bala que provavelmente era alguma droga.

Leonel - O Médico disse que no seu exame deu ecstasy e cocaína.

Paty - Eu fui obrigada a cheirar! Eu juro que não queria. Você sabe que eu já tive problemas com isso antes de te conhecer. Eu tenho muito medo de ficar viciada novamente e por isso, eu juro pra você que não queria!

Leonel - E por quê você se colocou nessa situação? Não consigo entender isso…

Paty - Uma coisa de cada vez. Eu juro que vou te contar num outro dia. Tudo bem pra você?

Eu não estava satisfeito, mas queria ter o máximo de informações possíveis.

Leonel - Você promete?

Paty - Prometo!

Leonel - Continue, Patricia. O que você se lembra?

Paty - Eu acho que foi um estupro coletivo, meu amor! Acho que por um lado foi até melhor eu me esquecer de várias coisas, mas a terapia está me fazendo lembrar de algumas delas. Não tenho certeza, mas talvez uns 15 homens participaram disso…

Nessa hora ela estava falando com muita emoção e as lágrimas caíam em sua roupa. Ela dizia que tinha breves momentos de lucidez durante as várias alucinações e às vezes ela nem sabia se essa lucidez era realmente confiável, e isso tudo, porque a Dra. Abigail estava me ajudando com essas memórias utilizando a técnica de regressão de memória através da hipnose. Nesse momento, tentei interrompê-la e levantei minha mão, como quando um aluno quer perguntar algo pra professora.

Leonel - Isso de hipnose não é perigoso?

Paty - Eu também tive esse receio, mas ela é uma pessoa capacitada. A Dra. Abigail disse que a regressão de memória em nosso cérebro é como se fosse um baú cheio de roupas e que quando se abre, tem que saber exatamente o que está procurando, e tirar com cuidado somente o que se procura. Se começar a mexer muito, e a revirar o baú somente pra ver o que tem lá, isso sim pode piorar o estado mental de uma pessoa.

Leonel - Então a hipnose está ajudando?

Paty - Está sim, mas tudo tem um preço. O fato é que estou tendo que reviver tudo que eu passei e isso está me matando por dentro. Porque sentir aquilo tudo de novo, é angustiante e vergonhoso, mas…

Ela fez uma pausa e parecia não saber como falar.

Leonel - Pode falar meu amor.

Paty - É que eu sinto também um pouco de prazer.

Leonel - Você sente prazer em ser abusada?

Paty - Não é isso! É complicado. Vou tentar explicar, e depois disso preciso de uma pausa. Tudo bem?

Leonel - Só me resta aceitar, não é mesmo?

Paty - Lógico que eu não queria ser abusada, e nunca mais quero ser, mas o meu corpo sentiu prazer por algum motivo, e eu ainda não consegui entender isso. Me dê a sua mão novamente.

Patrícia pegou a minha mão e levou em direção a sua buceta. Sua bermuda e calcinha estavam um pouco úmidas. Ela ficou com vergonha e abaixou a cabeça.

Paty - Me desculpe por isso! Mas quando lembro o ocorrido, acontece isso! Eu juro que não queria, mas não consigo controlar o meu corpo.

Eu olhava para ela, e minha mão ainda estava encostada em sua buceta. Senti um pouco de raiva e um pouco de desejo também, e não sei até agora o porquê fiz isso, mas na hora não pensei em nada, e somente empurrei dois dedos na sua buceta fazendo uma leve pressão. Patricia na mesma hora levantou a cabeça e me olhou com os olhos arregalados e uma cara de espanto. Tentou tirar a minha mão, mas eu permaneci firme, fazendo um pouco mais de pressão. Ela gemeu e sua respiração ficou mais rápida e profunda, e em seguida me deu um abraço e gemeu novamente. Será que ela tinha chegado num orgasmo? Nunca vi minha esposa assim.

Paty - Amor, me desculpe! Já volto.

Ela foi em direção ao banheiro para mais um banho e eu achei aquilo muito esquisito. Eu ainda estava digerindo as coisas, contudo era muita informação. Bebidas, drogas, estupro, desejos… Eu nao sabia o que fazer. Eu estava meio anestesiado depois do que havia presenciado, até que uma coisa passou pela minha cabeça. Isso tudo é obra do maligno! Ele se instalou na minha casa depois que começamos a fazer mais sexo de forma mundana e só agora me dei conta disso. Mesmo com toda a minha fé, o inimigo conseguiu se apossar de minha mulher e é por isso que ela está tão diferente.

Tenho que levá-la para a Igreja de novo. Fazer com que participe dos nossos cultos. Eu estava ali pensando sobre como poderia ajudar minha esposa e eis que olho para o lado e a vejo nua olhando pra mim com aquelas tatuagens infames, que agora estavam um pouco mais desbotadas. Ela vem toda decidida me olhando nos olhos, com uma cara de brava… ou seria desejo?

Paty - Amor, eu preciso de uma coisa!

Leonel - O que?

Paty - Tire sua camisa, e cubra o seu rosto. Só faça isso e não me pergunte nada.

Leonel - Mas Patrícia…

Paty - Por favor…

Fiz o que ela me pediu. Ela chegou mais perto e tirou minha calça e cueca. Tentei olhar, mas ela percebeu meu movimento e não deixou.

Paty - Por favor, confie em mim! Sei que é pedir demais, mas confie em mim!

Aceitei novamente e fiquei tentando imaginar o que ela faria. Senti que ela segurou o meu pau com sua mão e começou a mexer nele, me provocando uma ereção. Eu ia pedir pra ela parar, mas antes disso, ela mesmo parou. Eu ia tirar a camisa da minha cara, mas logo em seguida ela voltou a mexer e dessa vez eu senti um negócio envolvendo meu pau. Parecia ser um preservativo. Ela continuou a ajustar o preservativo e senti sua boca envolver meu pau. Ela começou a chupar de forma bem lenta e com muitos beijos e aquilo foi me dando uma sensação muito boa.

Ela já havia feito isso antes comigo, mas somente em ocasiões especiais, como aniversários ou alguma comemoração importante. Senti que seus movimentos foram ficando cadenciados e ela foi aumentando a velocidade e a pressão. De vez em quando, ela ia até o final e colocava o meu penis inteiro na sua boca. Era surreal como aquela boquinha tão delicada conseguia engolir todo o meu pênis.

Estava muito bom, e em menos de 5 minutos eu senti um prazer que nem sei descrever com palavras. Comecei a arfar e gemer mais alto e ela rapidamente tirou a boca do meu penis e tirou também a camisinha, mas continuou com a masturbação, e agora com bastante força, até que eu comecei a ejacular o sêmen em minha barriga e pernas. Ela esfregou suas mãos na minha barriga e pernas e quando decido tirar a camisa do meu rosto, ela não está mais ali. Provavelmente tinha ido ao banheiro novamente para tomar outro banho.

Leonel - Patrícia, tudo bem contigo?

Paty - Sim, meu amor!

Leonel - Vou preparar algo para comermos. Te espero na cozinha.

Fui em direção à cozinha, pensando que isso era muito estranho. Minha esposa não era assim. Isso era coisa do inimigo. Ele realmente se apossou de minha esposa e agora estava tentando chegar até mim. O inimigo queria me derrotar e estava usando a luxúria de minha esposa contra mim. Comecei a chorar, porque eu percebi que dificilmente teria minha esposa do jeito que era antes. Ela mudou e eu não queria e nem podia admitir isso.

Me lembrei que numa igreja mais distante, havia um bispo meio controverso que realizava curas e expulsava os demônios dos fiéis. Algumas pessoas tinham implicância com ele por certas atitudes que tomava, como bater nos fiéis, ou fazer com que colocassem os pés em baldes de água com muito gelo. Haviam relatos de que ele também jogava esse mesmo balde com gelo na cabeça das pessoas. Era tanta coisa diferente que ele fazia e a explicação que ele dava era de que existiam muitos tipos de demônio, e pra cada um se aplicava um tratamento diferente.

Durante a refeição pensei muito nisso e decidi que tinha que fazer alguma coisa. Eu estava muito passivo, só assistindo as coisas e isso estava me angustiando.

No dia seguinte peguei meu celular, liguei para a Igreja e marquei uma reunião com esse Bispo. Conversamos um pouco pelo celular e ele se mostrou muito interessado pela minha situação. Disse que me ajudaria e que eu deveria levar minha esposa o quanto antes, para que o inimigo não ganhasse mais terreno.

O difícil foi convencer Patrícia a ir. Ela estava irredutível e não queria ir na igreja, mas expliquei que seria uma forma dela se livrar dos problemas de forma mais rápida.

Como era outra igreja e ninguém a conhecia, ela acabou aceitando. Dois dias depois fomos até essa igreja e fomos bem recebidos. Conhecemos o local, e ele foi nos explicando como seria o tratamento. Primeiramente, o sexo estava fora de questão e sempre que ela pensasse nisso teria que rezar e colocar no ventre uma bolsa com gelo.

Depois, o tratamento deveria ser feito em seu escritório que ficava nos fundos da igreja, pois ali havia todo tipo de recurso para a proteção de ambas as partes, e eu deveria esperar do lado de fora, para que ela não se sentisse envergonhada com a minha presença.

Devido aos horários escassos dele, esse tratamento deveria ser feito após os cultos, com a igreja vazia, para que o maligno não atacasse outra pessoa após ser expulso dela. Outra coisa é que ela deveria ir de maiô ou biquíni por baixo das roupas. O motivo era porque se fosse necessário, ele jogaria água fria nela e o outro é que usando esses trajes, iria fazer com que o maligno se apresentasse mais rápido nela.

E a última coisa era que eu nunca poderia entrar durante a sessão, mesmo que ela estivesse pedindo ajuda, chorando ou gritando. Todas essas artimanhas eram usadas pelo inimigo, para interromper o processo de cura.

Perguntamos se ele já havia feito esse processo com outras pessoas e ele disse que funciona sempre e que ele tinha várias armas para cuidar desses assuntos e em último caso usaria sua espada purificadora, que era a arma fatal e infalível. Ficamos animados e no dia seguinte começamos o tratamento.

Os dias foram passando, e eu levava Patrícia três vezes por semana ao Bispo Miranda e uma vez por semana à psicóloga. Tudo parecia correr bem, mas de vez em quando o comportamento de Patrícia ficava bem irregular. Suas mudanças de humor eram repentinas e toda vez que eu perguntava se estava tudo bem, ela me respondia que sim de uma forma bem ríspida.

Até que um certo dia, sua psicóloga quis falar comigo. Fui até o consultório e aguardei até ser chamado. Cinco minutos depois, a recepcionista disse que eu poderia entrar.

Dra. Abigail - Boa tarde, Sr. Leonel.

Leonel - Boa tarde.

Dra. Abigail - Serei bem direta, devido à gravidade do caso. O Senhor deve suspender este tratamento alternativo imediatamente.

Leonel - Por que eu deveria fazer isso? A Senhora está cuidando da cabeça dela, mas eu estou cuidando da alma.

Dra. Abigail - Este tratamento está sendo prejudicial a ela. Não percebeu as mudanças que estão ocorrendo com sua esposa?

Leonel - Que mudanças? As de humor? Isso é um bom sinal. Significa que está modificando maus hábitos.

Dra. Abigail - Alguma vez ela já te contou como esse tratamento alternativo é feito?

Leonel - Não.

Dra. Abigail - O Senhor sabia que ela já ficou de trajes íntimos, e até mesmo parcialmente desnuda durante o tratamento?

Leonel - Ela nunca me falou isso.

Dra. Abigail - Esse tratamento pode fazer com que sua esposa seja levada à submissão através do medo. Converse com ela. Ela não quer mais fazer o tratamento, mas tem medo de dizer a você que não quer. Tem medo de desagradá-lo e desapontá-lo novamente.

Leonel - Eu não entendo! Por que ela não me contou isso?

Dra. Abigail - Abra os olhos! Eu nem poderia lhe falar o que falei, sob o risco de perder minha licença, mas este homem é um assediador, se não for coisa pior.

Me despedi da Doutora e fui pra casa o mais rápido possível para conversar com Patrícia. Quando cheguei, ela estava com a bíblia na mão e fazendo uma oração. Esperei ela acabar e disse que queria conversar.

Paty - Sobre o que quer conversar, meu marido?

Leonel - Sobre o tratamento com o Pastor Miranda. Está tudo bem? Sentiu algum progresso?

Paty - Não sei dizer, mas acho que sim.

Leonel - Você está gostando?

Paty - Mais ou menos.

Leonel - Como assim?

Paty - É meio esquisito. Ele me faz muitas perguntas, e são todas relacionadas a sexo. Ele me mostra imagens de sexo e me pergunta como me sinto.

Leonel - Realmente estranho, mas sabíamos desde o início que seria meio estranho.

Paty - Sim, mas é muito estranho.

Leonel - E o que mais ele fez?

Paty - Ele me tocou nos seios.

Leonel - O que?

Paty - Eu não sei se quero continuar a ir lá. Ele fala muitas coisas pra me provocar. Diz que meu corpo é pura luxúria e que vai acabar comigo.

Eu fiquei indignado com aquilo tudo, mas me lembrei que o Pastor Miranda disse que o inimigo é cheio de sortilégios e artimanhas e uma das coisas que ele faria seria isso. Usar de mentira para interromper o tratamento.

Leonel - Acho que você não deveria interromper agora esse tratamento. Você tem que ir até o fim!

Paty - Ele me mandou ficar de biquíni e ficou passando gelo nos meus seios, falando para o inimigo parar de se esconder.

Meu Deus! Será que eu estava sendo enganado por ela ou pelo Pastor? Eu tinha que conversar com ele e esclarecer as coisas. Ela ainda me pediu mais algumas vezes para desistir desse tratamento, mas eu não deixei. Fomos dormir meio brigados, e no dia seguinte fui procurar o Pastor Miranda.

Pastor Miranda - Bom dia, Pastor Leonel. Como vai, amigo?

Leonel - Eu conversei com minha esposa sobre o tratamento, e achei algumas coisas meio estranhas.

Pastor Miranda - O que, por exemplo?

Leonel - Ela disse que você mostrou imagens sexuais a ela e…

Pastor Miranda - Mostrei cenas de novelas e filmes, que infelizmente passam na TV durante o dia, desvirtuando nossas crianças desde cedo.

Leonel - E ela disse que o Senhor tocou os seios dela. É verdade isso?

Pastor Miranda - É claro que não! Amigo, sinto informar, mas o maligno faz de tudo, quando vê que está perdendo a guerra. Eu inclusive disse que isso iria acontecer, não disse? Temos que ter fé nesta hora.

Leonel - Ela também me disse que o Senhor passou gelo nos seios dela.

Pastor Miranda - Isso é uma meia verdade. Eu mandei ela ficar de maiô, mas ela veio de biquíni, aliás muito pequeno para uma esposa de um bispo. Quando comecei a fazer várias perguntas, ela disse que estava com um calor e ela mesmo tirou a parte de cima. Imediatamente eu cobri meus olhos para não cair em tentação e peguei o gelo que estava ao meu lado num balde, e levei até ela. Acontece que como eu estava com os olhos fechados, acabei esbarrando nos seios dela.

Leonel - Pelo visto estou sendo enganado por ela…

Pastor Miranda - Não a julgue! Ela não tem culpa. Ela está enfeitiçada! Quem está te enganando é o Maligno, mas eu vou acabar com isso. Infelizmente, estou vendo que será necessário purificar também a sua casa.

Leonel - O que eu faço?

Pastor Miranda - Nada de sexo! Nem masturbação! Continuaremos o tratamento aqui e eu irei semana que vem à sua casa para purificá-la também.

Leonel - Muito obrigado! Acho que assim, tudo irá se resolver.

Nos despedimos, e eu me senti mais confiante. Agora eu via uma possibilidade de que minha esposa seria curada e eu a teria novamente.

Minha vida estava sem sentido. Nada mais tinha graça e a única coisa que me mantinha viva era o meu filho. Abel cuidava de mim e se tornou um grande amigo. Nossa relação sempre foi boa, mas agora estávamos mais unidos. Ele ainda estava triste por não ter notícias de Luara, mas como contar isso tudo a ele? Da minha boca, ele não saberia uma vírgula dessa história. Eu olhava pra ele e me lembrava de Daniel. Eles eram muito parecidos em algumas coisas, mas muito diferentes em outras.

Abel - Mãe, tudo bem com a Senhora?

Kelly - Tudo, meu filho. Estava pensando no seu pai.

Abel - Sei que é difícil, mas a Senhora tem que reagir!

Kelly - Eu sei, filho! Eu sei!

Abel - Mãe, eu estava pensando em viajar. Acho que nós dois poderíamos fazer uma viagem juntos.

Kelly - Até que não é uma má ideia, mas eu tenho que fazer alguns exames mês que vem e…

Abel - Já fico feliz, só porque você aceitou. Não importa quando faremos a viagem, mas só da Senhora aceitar, já é um começo.

Kelly - Sabe o que poderíamos fazer?

Abel - O que?

Kelly - Poderíamos chamar sua tia Grazi, seu tio Armando e as meninas também. O que você acha?

Abel - Pode ser, mas acho que a Sara não vai topar.

Kelly - Como não? Ela adora viajar!

Abel - Por causa do namorado dela. Ela faz quase tudo que ele manda e ele me detesta, mas na frente dela, ele disfarça bem.

Kelly - Ela te ama, seu bobo!

Abel - Que nada! Ela gosta daquele otário.

Kelly - Acho que ela gosta de você, mas tem dúvida se você gosta dela.

Abel - Acho que não, mas a gente tem se falado mais esses dias.

Kelly - Abre o jogo com ela. Bota pra fora!

Abel - Vou pensar… Está chegando aquela festa do condomínio da Tia Grazi e a Sara até me convidou pra ir porque o namorado dela marcou de jogar bola com os amigos.

Kelly - Bota ela então pra jogar com as suas bolas!

Abel - Engraçadinha…mas é bom te ver assim desse jeito, falando besteira e fazendo piadas.

Infelizmente, nada é tão ruim que não possa piorar, e meu celular tocou me trazendo más notícias.

Paty - Kelly, sei que você não está bem, mas eu tenho que te dar mais uma notícia triste. Meu pai teve um infarto e a situação não está nada boa. Minha mãe levou ele pro Hospital Copa D'or.

Kelly - Meu Deus!

Paty - Sei que ainda não conversamos sobre isso, mas existem coisas que eu ainda não falei.

Kelly - Depois a gente vê isso…

Paty - Estou indo pra lá agora e seria bom se você também fosse porque minha mãe disse que é grave.

Kelly - OK. A gente se vê lá… Tchau irmãzinha…

Fui até Copacabana e quando cheguei lá, procurei saber onde estava internado o Sr. Ulisses Drummond. Após uma rápida busca, a recepcionista me deu a resposta e fui até o andar onde ele estava. Chegando lá, dei de cara com Dona Eunice, que conversava com uma das enfermeiras.

Kelly - Dona Eunice, como estão as coisas? Alguma notícia?

Eunice - Ora, se não é a GraceKelly? O que veio fazer aqui?

Kelly - Patrícia já chegou?

Eunice - Ainda não. Me diga o que veio fazer aqui.

Kelly - Não é hora pra isso! Apenas desejo que o Dr. Ulisses melhore. Vou ver se uma amiga minha ainda trabalha aqui e se consigo alguma notícia.

Saí o mais rápido possível dali, pois era impossível a convivência com a mãe da Patrícia. Felizmente consegui encontrar a minha amiga e ela me passou as informações. Tentei entrar, mas só era permitido a família. Quase falei que eu era filha dele, mas resolvi esperar a Paty chegar.

Alguns minutos depois, Patrícia chegou acompanhada de Leonel, e ele não parecia feliz em me ver por ali. Cumprimentei-o, mas fui logo falar com Patrícia.

Kelly - Nós temos muito que conversar, mas no momento temos que ser fortes. A situação dele é grave. Teve parada cardíaca, mas conseguiram trazê-lo de volta.

Paty - Será que ele vai morrer?

Kelly - Só Deus sabe, mas você falou com sua mãe pra saber o que houve? O Dr. Ulisses sempre cuidou da saúde. Sei que a idade chega pra todo mundo, mas ele vendia saúde.

Paty - Eu não estou falando direito com minha mãe desde o dia em que ela me disse que você era minha irmã.

Horas se passaram, até que finalmente um médico se aproximou de Dona Eunice e eu puxei a Patrícia pra ouvir o que ele iria falar.

Médico - A situação é muito grave. O paciente teve um derrame e um infarto. Fizemos alguns procedimentos, mas ainda estamos fazendo exames. O que posso adiantar é que se ele sobreviver, provavelmente terá sequelas.

Eunice - Podemos vê-lo?

Médico - Ele está em coma induzido, e vocês podem vê-lo, mas um de cada vez.

Kelly - Quais são as chances, Doutor?

Médico - Muito poucas, infelizmente.

Paty começou a chorar e eu também. Dona Eunice continuou a conversar com o médico.

Paty - Eu tenho que vê-lo! Doutor, eu tenho que ver o meu pai.

Médico - Tudo bem! É só me acompanhar.

Os dois entraram numa porta e eu fiquei ali com Leonel e Dona Eunice. Não sei qual dos dois me fuzilava mais com o olhar, mas eu sentia uma energia estranha, uma vibração muito ruim. Resolvi falar com Dona Eunice pra saber maiores informações.

Kelly - Dona Eunice, me desculpe perguntar, mas o Dr. Ulisses teve algum mal estar?

Eunice - Nada que seja da sua conta, sua bastardinha!

Kelly - Como é?

Eunice - Isso mesmo que você ouviu! Você é a grande causadora disso tudo! Não satisfeita em matar a mãe, agora matou o pai.

Kelly - A Senhora deve estar doida. Por que está me dizendo isso?

Eunice - Você é uma sem vergonha! Vadia! Fica se deitando com um homem que é casado.

Kelly - Olha quem fala! Você é quem menos pode me cobrar isso.

Eunice - Pelo menos eu não sou uma incestuosa que se deitou com o padrasto e com o próprio pai!

Comecei a chorar. Eu não queria abaixar a cabeça pra ela, mas eu já estava muito desgastada e mais uma vez eu sofri outro duro golpe.

Eunice - Não adianta chorar essas lágrimas falsas. Saiba que o que você fez não tem perdão. Luzinete não merecia sofrer do jeito que sofreu. Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas no seu caso, como você pôde ficar com as duas pessoas que sua mãe amou?

Aquelas palavras eram como espinhos que penetravam a minha pele me causando enorme dor. Só me restava sair dali e sumir.

Eunice - Quando eu contei à sua mãe que você estava dormindo com meu marido, ela não acreditou. Disse que isso não podia acontecer e que daria um jeito em você.

Kelly - Por que vocês nunca me contaram isso? Por que deixaram isso acontecer?

Senti o carinho de uma mão na minha cabeça e quando olhei pra trás, era Patrícia que logo percebeu o que estava acontecendo.

Paty - Papai está em coma induzido. Dormindo profundamente. Melhor a gente ir pra casa.

Eunice - Tudo bem, minha filha! Realmente é melhor irmos pra um lugar mais reservado. Não pense que a nossa conversa acabou, bastardinha!

Paty - Mããããeee!!!

Eunice - Você é outra que também se faz de santa.

Paty - Leo, por favor leve a minha mãe pra casa. Eu irei com a Kelly pra lá.

Leonel - Paty, não vou deixar você sozinha com ela.

Paty - Por favor, me escute! Eu preciso conversar com ela.

Leonel - Mas, Patríc…

Paty - Chega de mentiras! Chega de chantagens! Prometo a você que iremos pra lá.

Leonel se despediu dela e levou Dona Eunice.

Kelly - Obrigada pelo apoio!

Paty - Chega de mentiras, Kelly!

Kelly - Chega de mentiras!

Paty - Naquele dia, quando eu te contei que nós éramos irmãs, você ficou puta comigo por outro motivo, né?

Kelly - Me desculpa, Paty! Eu não estou me sentindo bem. Estou com falta de ar…

Paty - Vocês dois fizeram, né?

Comecei a chorar de soluçar e minhas pernas ficaram bambas. Patrícia me segurou, mas não aguentou meu peso e fiquei meio sentada de lado no chão e ela me abraçou.

Paty - Eu só fiquei sabendo que éramos irmãs faz pouco tempo. Meu pai meio que descobriu a infidelidade da minha mãe e fez um escândalo em casa. Queria botar ela pra fora sem nenhum tostão e ela pediu a minha ajuda pra convencê-lo a não fazer isso. Foi nesse dia que ela me contou que nós duas éramos irmãs e disse que eu deveria ajudar, se não contaria que eu não era sua filha e que você era filha dele.

Kelly - Devia ter deixado…

Paty - Imagina o escândalo que seria… E além disso, minha mãe também sabia das minhas traições e poderia contar ao Leonel. Algumas vezes, eu pedia pra ela me acobertar. Nunca falei a ela o motivo das desculpas pra me acobertar, mas minha mãe não é burra!

Kelly - Antes de irmos embora, eu queria vê-lo. Me espera um minuto.

Paty - Kelly, preciso te fazer uma pergunta.

Fiquei quieta esperando e olhando em seus olhos.

Paty - Quem é o pai do Abel?

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Comentários

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Rapaz ......uma paulada em cima da outra! Vamos que vamos! ⭐⭐⭐💯

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Caramba!!! Não tá tendo pena dos personagens hein?

Viu te falar, esse Leonel me deu raiva nesse capítulo, mais depois vai vir com conversa fiada querendo tirar o corpo fora. A Doutora avisou, a mulher pediu e mesmo assim ele preferiu acreditar no "bom pastor"!

E essa agora de quem é o pai do Abel? Eu achava que ele seria "usado" pelas damas e vai ser é outra coisa?

Excelente Senhor Anderson!

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O Leonel as vezes é meio ingênuo por acreditar muito cegamente nas pessoas.

Obrigado pelo comentario, militar

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Leonel, me ajuda a te ajudar irmão, pqp...

TALVEZ o trauma da Patrícia a impeça de fazer merda de novo, mas só TALVEZ. E o coitado do Leonel é mais burro que uma porta, não atoa a mulher chifrou ele a vida inteira.

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Leonel não ajuda... Alguém tem que ajudar ele kkkkkk. Abraços Fer.pratti

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Deixando aqui registrado q desisto do Leonel, esse corno manso trouxa tem mais é q se fuder mesmo, tô com pena é da Patrícia já por ter se casado com esse projeto fracassado de homem pqp! Kkkkk tá agr coloquei pra fora minha indignação kkkk Pelo título achei q a Kelly ia encontrar o Daniel kkkk vamos ver oq nós aguarda, mais fico feliz q voltou a postar, já tava cm sdds dessa história maluca e ainda aguardo as versões da Sara e Regina.

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Eu tive uns problemas meio cabulosos na família. Ate mw desanimei um pouco durante alguns dias, mas não tem o que fazer e só resta continuar firme e wm frente. Estamos na reta final. E ainda tenho surpresinhas. O capítulo da Regina tá chegando... Abraços Anjonegro

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Espero q tudo se resolva na sua família, desejo muita saúde e sucesso pra todos vcs Mister Anderson!!

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Muito obrigado. Infelizmente é caso de doença e não tem jeito de recuperação. Câncer é foda. Com isso terei que ficar mais em casa para cuidar da minha mãe e eu vou aproveitar pra escrever muito. Sera a minha valvula de escape. Abraços

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Lamento saber disso!! Muita força e conforto pra todos vcs😓precisando estamos ai

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Uma presa na cadeia, outra presa no quarto do sexo, outra presa com o doido do marido religioso e a última perdendo todos parentes e não é que me deu pena das safadas no final das contas.

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Foto de perfil de FÉL1X

espada purificadora kkkkkkkkkkkk serio mesmo essa foi a melhor parte kkkkkkkk

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Foto de perfil de MisterAnderson

As vezes eu penso numas besteiras hahahaha quase cortei isso... Abraços.

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Foto de perfil de MisterAnderson

Venho aqui pedir desculpas pela demora, mas eu tirei uns dias de ferias em janeiro e acabei viajando duas vezes e me desliguei completamente de tudo.

Voltamos a programação normal. Aliás, uma dessas viagens vai virar um conto que será 100% verídico. Aconteceu um fato muito inusitado na minha vida, e como no momento estou meio solteiro(com alguns rolos kkkk) uma leitora aqui do CDC entrou em contato comigo e me fez uma proposta que falarei depois com vocês, porque vai virar um conto. Já foi autorizado por ela, aliás ideia dela, só que ela vai permanecer no anonimato. Foi uma das condições impostas. Até parei de escrever o conto que eu estava fazendo pra lançar após às mulheres devassas, pra escrever sobre isso, porque digamos que tem muito a ver com o conto. Não irei revelar agora. Aguardem...

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Foto de perfil de Morfeus Negro

Continua caçando Mister Anderson? Só espero que se mantenha em seu território! A oferta está boa, mas vamos manter o acordo implicito de boa convivência sem conflitos Kkkkk!!!!

Voltando a ler/comentar a saga das Damas a partir de amanhã.

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