Sherlock Holmes e as máscaras da república velha

Um conto erótico de Turin Turambar
Categoria: Heterossexual
Contém 2664 palavras
Data: 04/02/2023 18:17:32
Última revisão: 04/02/2023 18:19:31

A luz da lua não pedia licença ao invadir os vestíbulos e corredores por suas grandes janelas. Entre os objetos palidamente iluminados e as sombras duras, duas figuras percorriam os espaços até então preenchidos por luz, sombra e silêncio. O toque dos pés nos pisos de madeira e ladrilho eram tímidos e mesmo assim ecoavam por todos os lados. Dois corpos nus chegaram até a grande escadaria na entrada. Uma mulher com os cabelos longos, escuros subia degrau por degrau, sentindo-se admirada por quem a olhasse debaixo. Sentou-se no topo da escada e abriu as pernas. Com um gesto, convocou sua companhia a subir as escadas também, deixando seu corpo de portas abertas. A língua lentamente explorou sua intimidade, alcançando os lugares mais prazerosos e controlando suas contorções até uma última, carregada de seu mais alto, longo e poderoso gemido. Após se espalhar nos degraus, engatinhou até o patamar e lá permaneceu, de quatro. Olhou por cima do ombro com um sorriso levado, oferecendo o quadril. A ardência do primeiro tapa lhe arrancou um grito agudo. Aquele seria o primeiro de muitos.

Lembro-me de quando visitei meu amigo Sherlock Holmes após ele retornar de uma viagem aos trópicos. Há um ano antes, em 1889, a família Real daquele país havia sido deposta e o poder tomado pelo exército. O imperador foi mandado embora do país, o que é uma aberração. Aliás, mais uma. Já ouvi muito sobre aquele povo, que gosta de sofrer no calor dos trópicos, se vestindo como europeus e sua teimosia histórica em atrasar o fim da escravidão. Imagino que uma mistura de portugueses fugidos, escravos e nativos só poderia resultar em um povo selvagem, incapaz de respeitar a realeza e entregar o destino da nação a militares, como se estes conseguissem governar uma nação. Um homem erudito, como Holmes, certamente sofreu um grave choque cultural.

Quem teve um choque, de fato, fui eu, ao vê-lo com a pele tão queimada. Apesar disso, tinha o semblante mais leve que o habitual, em um sinal de ter sido uma viagem proveitosa.

— Então, amigo, me diga como foram as suas férias?

— Watson, preciso dizer, inicialmente, não foram férias.

— O que então seria, amigo?

— Antes de lhe responder, preciso pedir-lhe que não deixe a história sair deste escritório.

— Certamente, Holmes. Sabes que pode confiar qualquer segredo a mim.

— Deveras, meu caro Watson. Fui contratado por uma velha amiga para resolver um mistério, no Brasil.

— Que amiga?

— Elisabeth Brown. Ela, ao contrário das jovens daqui, não quis se casar e se dedicou a museografia. Se tornou curadora de vários museus, contratada pelo novo governo brasileiro para cuidar do acervo de um novo museu.

— É um museu importante?

— Watson, acredito que o maior das Américas abaixo do equador. Era o antigo palácio real e com a ascensão do poder militar, os símbolos monárquicos foram mascarados com outras funções. O antigo museu Real foi transferido para lá, se tornando o Museu Nacional.

— Não consigo conceber a ideia de derrubarem sua realeza. Que país primitivo!

— Você precisa observar o contexto, meu caro Watson. É uma realeza não nativa daquele país. Aliás, é um povo interessantíssimo formado da mistura de diversas etnias, sendo que alguns não foram para lá de boa vontade. Dá para imaginar como deve ser complicada a arte da política em uma nação tão grande com povo tão diferentes e desigual. Não são selvagens, meu amigo. São sobreviventes de uma tormenta que nós, ingleses, nunca passamos. Nos últimos anos me interessei muito por estudar a história daquele país, justamente para tentar entender o contexto tão peculiar. Não é comum uma colônia se libertar e se tornar maior do que sua metrópole.

— Estou impressionado como conhece tanto daquelas terras.

— Entre um caso e outro, tenho meus passatempos. Inclusive o de aprender português.

— Foi por isso que a Elisabeth lhe chamou?

— Sim, e por outro motivo que logo vai entender. Mas primeiro, comecemos do início. Quando meu navio chegou ao Porto do Rio de Janeiro, já havia uma carruagem me aguardando. Fiz um breve tour pela capital até chegar ao Paço de São Cristóvão, uma edificação esplêndida, outrora a residência de um mercador que se tornou a morada da família real, mas agora é o museu. Foi lá onde encontrei Elisabeth e ela me apresentou sua assistente, Dandara.

— Então, o que aconteceu no tal museu?

— A antiga família real havia criado um vasto acervo científico e recentemente estavam incorporando exposições de antropologia. Com a abolição da escravidão, surgiu a ideia de expor artefatos de cultura africana. Porém, recentemente uma coleção de máscaras haviam sido roubadas. Elizabeth era responsável pelo acervo e temia ser responsabilizada pela falha na segurança. A Dandara, sua assistente, suspeitava de monarquistas, saudosos da antiga família real.

— Ela tinha algum motivo para pensar assim? — perguntei

— Antigos nobres ligados ao Imperador perderam prestígio com a criação da república e, segundo ela, tal grupo foi contra a abolição da escravidão. É uma corrente política conservadora e poderia recorrer a pequenos vandalismos com a perda de poder e prestígios. Preciso lembrar que Dandara é ex escrava liberta. Então ela tem desenvoltura com essa questão em particular, além de se mostrar extremamente chateada por violarem uma representação do seu povo.

— Ex escravos trabalhando em museus. A abolição fez bem a ela.

— Ela teve sorte, meu amigo. A maioria dos libertos foi largada à própria sorte. Muitos se aglomeram nos morros, com uma qualidade de vida muito baixa. A verdade é que a abolição aconteceu de qualquer jeito, por pressões políticas externas e internas. É uma máscara para esconder a miséria ainda persistente com a maioria daquele povo. Hoje eles estão largados, agravando mais a triste desigualdade daquele país. Sinto-me pessimista ao estimar em quantos séculos essa questão será equacionada. Voltando a Dandara, ela foi contratada por Elisabeth, a quem já servia. Recebe um bom pagamento e aprendeu os ofícios de sua chefe. As duas trabalham juntas, formando uma boa dupla.

— Esperava ouvir histórias de férias e tenho um caso de roubo. Isso está interessante. O que fez para resolver?

— Caro Watson, a minha primeira atitude foi inquirir. Tinha muitas perguntas a Elizabeth e Dandara para entender como alguém entraria naquele museu. De fato, havia várias portas. Várias possibilidades de entrar significam maior dificuldade de controlar o acesso. Elizabeth me assegurou ter trocado todas as fechaduras, antecipando a possibilidade de algum monarquista ter a posse da chave. Havia uma exceção. Uma porta aos fundos não teve a fechadura trocada. Era uma porta já emperrada, nunca usadas, suas chaves já haviam sido perdidas. Segundo ela, o chaveiro havia esquecido de trocar essa fechadura. Ela me assegurou de que tal porta não possuía sinais de arrombamento.

— Então se não entraram pela porta, por onde mais?

— Esta é uma pergunta simples, porém perspicaz, meu amigo. Eu me fiz essa mesma pergunta e fiz questão de verificar tal porta quando fui inspecionar o edifício. De fato, parecia intacta, mas algo mais me chamou a atenção.

— O que seria?

— Durante a inspeção percebi marcas de pés apontando em direção aquela porta.

— Pegadas não seriam comuns? Qualquer pessoa poderia ter andado por ali.

— Meu caro Watson, preste atenção nas minhas palavras. Eu disse “marcas de pés”. Não sandálias, sapatos ou botas. Eram pés, nus. Alguém entrou naquele edifício e o fez descalço, provavelmente para não fazer barulho.

— Se precisou fazer silêncio, então não foi quando o museu estava vazio.

— Seu raciocínio está correto, Watson. O nosso ladrão entrou à luz do dia. O fez descalço para não ser ouvido e provavelmente se escondeu até o museu fechar. Roubou as máscaras e foi embora por aquela mesma porta.

— Deve ter sido o caso mais rápido que já resolveu.

— Quase, meu caro. Quase. Restava saber quem foi e por quais motivos. A inspeção do edifício me deu pistas interessantes, sendo um avanço. Porém, interrogar os demais funcionários do museu não me trouxe nenhuma revelação. Apenas Dandara relata situações peculiares, onde ouvia ofensas ao se deslocar pelas ruas. Mesmo assim, ela não conseguia reconhecer seu detratores.

— O que fez, então?

— Eu precisava descansar. Havia acabado de chegar de Londres e a viagem me cansava. Tinha certeza de raciocinar mais bem descansado e Elizabeth me ofereceu um quarto em sua casa para dormir.

— Já havia esquecido dessa questão. Havia chegado do porto e foi direto ao Museu. Devia estar esgotado.

— Estava. Elizabeth me levou a sua casa em um bairro nas redondezas do Paço. Era um casarão, de uma arquitetura peculiar, muito comum na capital que chamam de colonial. Parecia grande demais para uma mulher viver sozinha. Ela me mostrou o quarto de hóspedes, onde arrumei minha bagagem. Quando fui procurar Elizabeth, me perdi naquela casa até encontrá-la, em uma conversa pouco amistosa com Dandara. Segundo minha velha amiga, sua protegida era uma pessoa difícil às vezes, não me dando mais explicações. Pedi a ela para jantar mais cedo, pois sentia o cansaço tomava meu corpo cada vez mais. Apaguei assim que deitei em minha cama.

Sherlock Holmes olhou para os lados e inspirou profundamente. Seu semblante mudou, não era mais o homem sorridente que o recebeu e nem o frio investigador. Queria falar algo, mas hesitava. Nunca vi o Grande Sherlock Holmes inseguro.

— Watson, meu amigo. O que vou lhe falar agora é extremamente íntimo e preciso que jure que nada sairá daqui.

— Meu amigo, você já me pediu isso antes. Sabe que sou seu amigo, não precisa ter tanto medo.

Holmes respirou fundo.

— Sim, meu caro. Você tem razão, mas precisarei dividir com você detalhes muito peculiares, dos quais não compartilho com ninguém.

— Pode sempre compartilhar tudo comigo. Sou seu amigo, ninguém saberá de nada.

— Certo. Antes de mais nada, preciso lhe dizer que o segundo motivo de Elizabeth ter me chamado é o fato de nossa amizade ter extrapolado qualquer relação convencional de amigos entre homem e mulher. Fomos bem íntimos por um tempo antes de ela viajar o mundo.

— Ora, Holmes, por que não casou com ela?

— Watson, Elizabeth era um espírito livre. Ela jamais se manteria presa a um homem.

Ele tinha um sorriso, pouco comum a ele, ao falar de sua velha amiga.

— Voltando a minha história, havia ido dormir cedo pelo cansaço. Acordei no meio da madrugada com Elizabeth sobre meu corpo. Nua.

Eu mesmo respirei fundo nesse momento.

— Ela me beijou, Watson. A lascívia com a qual ela invadiu a minha boca com a sua língua fez meu corpo reagir imediatamente. Fiquei ereto na mesma hora e no segundo seguinte eu já apalpava todas as carnes do seu corpo. A excitação se misturava a saudade e o prazer apertar aquele seios macios enquanto chupava a língua deliciosa daquela mulher. Já não pensava por mim mesmo, apenas reagia a instintos, como um animal. Ela parou o beijo, se levantou, com um sorriso indecente no rosto e saiu correndo pela casa.

— Como assim, ela o fez apenas para lhe provocar?

— Mais do que isso, meu caro Watson. Elizabeth é uma exibicionista, sente prazer ao desfilar nua exibir o seu corpo. Perceber o desejo dos outros à sua volta mexe com a sua libido e a deixa ainda mais sedenta por sexo. Fez aquilo para que eu a seguisse, e obviamente não neguei. Corri atrás dela, como se tivesse uns vinte anos a menos, até chegar à varanda de seu casarão.

— A varanda? Com os vizinhos olhando? — perguntei, com os olhos arregalados.

— Sim, Watson, na varanda. Apesar do espaço aberto, aquele momento da madrugada não deveria ter ninguém olhando e, se tivesse, ela não se importaria. Ela estava me esperando e eu agarrei em meus braços. Nos beijamos ali, iluminados pela lua e me ajoelhei na sua frente. Ela se apoiou com os braços no parapeito e se contorceu quando usei minha língua. Gemia enquanto dizia ter saudade de como eu a chupava. De fato, ela sempre gostou de ter seu clitóris estimulado daquela forma e teve seu orgasmo assim, na minha boca.

Depois de toda essa narração, eu tive que por um travesseiro em meu colo.

— Se acalme Watson, a melhor parte está por vir. Quando levantei, a fiz se debruçar sobre o parapeito e pude admirar suas nádegas fartas com pequenas manchas vermelhas. Segurei seu cabelo e lhe dei alguns tapas até ela implorar ser penetrada.

— Que crueldade, Holmes!

— Watson, meu amigo, há mulheres e mulheres. Elizabeth nunca se submeteria a um homem na vida, mas na cama, se derrete com uma abordagem mais bruta. Sabendo disso, bati, sim, em suas nádegas e até ouvir suas súplica pela minha penetração. Estávamos há muito tempo sem nos vermos, mas ainda me lembrava do ritmo exato de vai e vem preferido dela. Ela gritava obscenidades para me estimular e assim alcancei o ápice. Urrei de felicidade de alegria naquele momento e provavelmente acordei alguns vizinhos.

— É um relato incrível, Holmes. Eu também me excedo nessas horas.

— Não gritei apenas pelo orgasmo, Watson. Resolvi o caso justamente nessa hora.

— Como? — perguntei, espantado.

— Antes de lhe explicar, preciso dizer que escolhi aproveitar o momento e declarar a solução do caso no dia seguinte. Convoquei uma reunião no museu com apenas Elizabeth e Dandara.

— Então, quem roubou as máscaras?

— Dandara.

— Mas isso não é possível! Como?

— Elementar, meu caro Watson. A discussão entre as duas no dia anterior não era uma briga entre chefe e funcionária. Uma discussão de sussurros só poderia ser entre amantes.

— Com outra mulher?

— Sim, Watson, como eu disse, ela é um espírito livre, uma mulher muito à frente do seu tempo. Conheço muito bem aquelas ancas e não me lembrava de manchas vermelhas. Provavelmente sua protegida tinha um desempenho bem agressiva entre quatro paredes. Dandara estava com ciúmes por eu dormir na casa de Elizabeth e não ela. Se as duas são tão íntimas, é mais fácil para Dandara ter acesso à chave da porta dos fundos.

— Então a Dandara roubou a chave?

— Não Watson, a própria Elizabeth abriu para ela entrar. Como eu disse, as duas eram amantes e Elizabeth tinha fortes tendências exibicionistas. Lembra-se das pegadas de pés descalços no chão próximas à porta?

— Lembro, com certeza.

— Não estavam descalças para entrar em silêncio. Estavam descalças por estarem nuas.

— Está me dizendo que elas faziam aquilo no museu?

— Eu e Elizabeth já fizemos no museu de Londres, certa vez.

Tais detalhes não paravam de me impressionar e não conseguia impedir o incômodo entre minhas pernas.

— Então Elizabeth era cúmplice?

— Watson, não poderia. Se ela estivesse envolvida nesse roubo, jamais teria me chamado, sabendo da minha capacidade de resolver casos complexos. Dandara provavelmente se aproveitou dos jogos sexuais de Elizabeth para roubar as máscaras.

— Holmes, se as duas estavam juntas, Elizabeth teria visto ela com as máscaras.

— Correto, meu amigo. Exceto se ela não o levou na mesma noite. Apenas a escondeu para retirar outro dia.

— Sua dedução é perfeita, mas algo ainda me incomoda. Por que uma funcionária do museu roubaria uma obra dele?

— Isso, Watson, eu também deduzi. Porém preferi dar a apalavra a Dandara para ela mesma se explicar. Acontece, meu amigo, que enquanto chamamos outros povos de selvagens, nossos museus têm acesso a artefatos de outras culturas de formas nada civilizadas. O povo de Dandara foi vítima de pilhagens e toda a sorte de violências. Aquelas máscaras não foram entregues ao museu de bom grado. Além disso, ela tem o mesmo nome de Dandara dos Palmares, indicando uma luta política começando no batismo. Por último, sua insistência em culpar monarquistas sem ter provas, indicava um revanchismo justificado com aquela classe política.

— Que história triste. Então você prendeu a Dandara?

— Meu caro Watson, eu jamais faria isso.

— Mas ela é uma criminosa, não?

— Ela é uma vítima de crimes contra a humanidade. As máscaras são um direito dela. Quando deixei Dandara explicar, foi para Elizabeth entender o seu lado.

Foi assim que foi resolvido o mistério, mas não o caso. Os artefatos continuaram desaparecidos, restando os boatos sobre monarquistas sabotadores. Holmes voltou mais vezes ao Brasil, pois havia mais museus para serem inspecionados junto a Elizabeth durante as madrugadas.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 286Seguidores: 273Seguindo: 103Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Oi Turín, voltei só para comentar: esse teu primeiro parágrafo é a melhor coisa de todos soçobros do desafio, uma obra de arte.

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Bayoux, muito obrigado!

Eu quis começar com uma cena erótica para tentar prender o leitor (o que não deu muito certo, pois o "Sherlok Holmes" no título já afastou a galera, rs). Eu brinco de não revelar o sexo de quem está com a Elizabeth e deixar a interpretação dessa cena aberta.

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O autor percebe o sucesso do conto pelo número de leituras.

Existe a "matéria escura", que são os leitores não cadastrados, por isso não dão estrelas. Preferem não comentar, mas alguns se comunicam pelo e-mail.

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Bem lembrado, Morena. A grade maioria não deve ver sentido em criar perfil no site.

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O que posso dizer sobre elogios ao texto? concordo com tudo que foi dito nos comentários abaixo, inclusive, as observações sobre leituras, alias, lembra do site que fechou? Lembra do grupo? lembra que houve debates sobre sucessos estrondosos de texto mal escritos? alguns nem parágrafos havia. Enfim, é um fenômeno que os comentários abaixo tentam destrinchar. Eu mesma escrevi um texto de meia pagina, nem passei corretor e deu inacreditáveis 260 votos. Mas o caso, eu nem narrei cena erótica, não lembro titulo do texto. No entanto, não era conto erótico e sim relato erótico. Pra concluir, quero dizer que o publico gosta mais quando o texto é SIMPLES.

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Oi Maisa. Obrigado pelo comentário. Eu entendo que o grande público busque uma certa simplicidade. Mas ainda temos nichos de leitores aqui que buscam algo a mais.

Este texto vinham tendo desempenho abaixo até dos meus próprios padrões e isso começou a mudar hoje. Provavelmente a publicação do post com a lista teve influência

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Estive analisando e verifiquei que um conto excelente deste teve apenas 9 estrelas e poucos comentários. Um autor com170 seguidores. Isto me faz pensar: 1. Os contos de desafio não atraem tanto? 2. Conteúdos mais elaborados não despertam tanto interesse erótico? 3. A falta de uma lista no site com a relação dos contos do desafio pode ter influenciado? São perguntas que eu me faço e deixo aqui para a gente comentar. Tantos leitores comentando e lendo contos todos os dias, e os contos desse desafio ficando meio sem interesse? O conto é excelente e muito bem escrito. Será que os leitores querem mesmo é só sacanagem? Fica a pergunta.

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Leon, mais uma vez, obrigado pelo elogio. Eu te diria que não sou de ganhar muitas estrelas, mas isso é relativo. Então fiz umas contas. Dos últimos vinte e um textos que publiquei, a média é de 26 estrelas.

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Então 9 é baixo, até para os meus padrões. O problema, então, não sou eu. Pelo menos não totalmente. Se formos considerar a questão do desafio. Todas as minhas participações de desafio, excluindo este texto, tem média de 41 estrelas. Posso concluir então que o problema não é o formato de desafio.

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Perceba que a minha média de estrelas por desafios é bem mais alta do que a dos últimos textos. Sendo que peguei um recorde após terminar “As Crônicas do Bairro Velho” e passar a escrever séries de 10, 11 capítulos publicados diariamente, onde a média de estrelas por si só aumentou. Esse aumento pode ser por eu engajar mais leitores publicando todos os dias, (e não semanalmente, como fazia) e/ou pelo fato de serem series bem fechadas. De fato, eu estaria com uma repercussão melhor, mas ainda abaixo do meu desempenho nos desafios.

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Voltando a este texto, te trago um dado que você não tem: Ele foi pouco lido. Ele tem 193 leituras desde o dia 04/02, quando foi publicado. Nesse dia, teve 88 leituras. Meu texto mais recente, publicado no dia 08/02, 400 leituras. Destas, 310 apenas no primeiro dia. Com 15 estrelas.

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Acredito que o baixo número de estrelas está associado ao fato de menos leituras. Pode ser pelo dia e hora em que postei (era um sábado, no fim da tarde) ou pelo primeiro parágrafo (embora eu intencionalmente começasse com uma cena de sexo, o comecinho é mais descrição de cenário). Pode ser também por eu não usar muitas tags, mas também nunca uso. Eu gosto do post fixo com as listas para premiar quem participou e dar mais engajamento. E funciona, pois todos os meus textos têm saltos de leituras quando a lista é publicada. Mesmo assim, a falta deste post também afetaria os outros textos. Acho que o problema está mais em como eu me faço ser mais lido pelos outros usuários do site.

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Concordo em partes. É certo que o dia e o horário de postagem podem influenciar, quanto mais tarde, menos leituras naquele dia, entretanto observo contos curtos e muito mal escritos com uma votação muito mais expressiva. Em geral são contos cujo título lembra mais os títulos de vídeos do xvideos.

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Aí, das duas uma: Ou é uma preferência da maior parte do público (entendendo que não só foram atraídos por um clickbait, mas gostaram a ponto de votar), ou há uma máfia de perfis faltos gerando estrelas por aí. A última opção é absurda, mas vimos que acontece dessas coisas por aqui rs

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Acredito que seja uma preferência em geral do público, mas não descarto a segunda opção.

Tenho uma média de 200 a 300 leituras no primeiro dia (costumo postar cedo). Considerando que metade só leem as primeiras linhas ou nem isso, e chutando que 1/3 leiam até o final, o número é menor ainda dos que se lembram de votar, mesmo assim acabo tenho uma média de 5 a 8 votos para cada 300 leitores ou mais.

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Sim, eu também normalmente posto cedo. Este conto aqui foi uma exceção, pois me empolguei tanto com a ideia que publiquei assim que terminei de escrever. Preciso controlar a ansiedade rs

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Concordo. Reparo que contos publicados nos finais de semana tem menos acesso inicial dos que são publicados durante a semana. Isso mostra que nos fds muita gente está fora do site. Vale a observação.

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Turin, obrigado por responder. Eu não sou de ligar para estrelas, mas gosto de acompanhar a visitação dos contos. Pois sei que título, primeiras frases, e temática influenciam e eu observo os leitores com isso. Fiz a reflexão por ter achado o desempenho muito aquém da qualidade do conto. E reparei que os contos do desafio estão sofrendo com a falta da lista específica. Mas vi que você e o Fabio N.M. foram até mais fundo. Eu tenho certeza de que a grande maioria de leitores preferem mais sacanagem e menos dramaturgia, preferem títulos bem escrachados ou explícitos tipo "Fodi minha mãe com meu pai dormindo ao lado", KKKK e por aí vai. E acho que a quantidade de leitores que prefere contos mais elaborados é bem menor. Os que tem paciência para ler contos longos também. E os que comentam são mesmo um grupo mais seleto. Mas foi boa essa troca de análises. Sempre aprendemos uns com os outros. Obrigado.

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Agregando à análise: tenho a impressão que o tema do desafio, apesar de excelente, espantou leitores e escritores, rs. No meu caso, segui a mesma linha do que faço, escrevo pornografia barata e não contos eróticos (Fabio que me perdoe, eu estava me coçando para dizer isso algum dia, rs) e o resultado foi igual aos demais contos meus, seja em estrelas, leituras ou comentários, ou seja, mobilizou meus queridos leitores usuais. Agora, depois da lista publicada no post fixo, deu até uma movimentada, nada significativo, mas um pouquinho melhor. Conclusão: acho que foi o tema , os contos em geral são ótimos, mas Sherlock é para poucos. E a lista também fez falta, mas nada que revertesse os resultados de todos.

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Eu também me coloco no grupo dos ponográficos. Pelo menos é o que minhas mulher diz, rs.

Eu confesso que já tinha desistido pelo tema. Foi um insight que veio do nada e me encorajou a tentar. Talvez o tema seja mesmo. A galera deve imaginar o Sherlock transando com aquela roupinha e brochar na hora, rs.

Uma pena, pois essas propostas fora do comum que fazem a nossa criatividade ir além.

To aqui pensando, se eu tivesse omitido o "Sherlock Holmes" do título, poderia ter tido mais leituras....

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Taí, se conto poderia se chamar “A embucetada de Petrópolis”, daí ia ter um montão de leitores, hahahaha

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Apesar de alguns furos históricos (comum quando se mistura ficção e história), o conto é fiel ao estilo de investigação exigido no desafio como poucos que vi até agora. Parabéns.

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Muito Obrigado, Fabio. Vamos fingir que os furos históricos são mera liberdade poética e não erro meu rs.

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Turin, muito bom, no bom estilo das investigações, nos revelou que o famoso detetive esteve também no Brasil, ajudando a desvendar mistérios mais do que picantes. Excelente história e muito bem escrita. Excelente, Obrigado por participar e nos brindar com um conto desses.

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Listas em que este conto está presente

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Lista com os contos de Turin Turambar para os desafios no Casa dos Contos
Desafio 6: Sherlock Holmes
Um tributo sensual à obra de Arthur Conan Doyle