“Sobe o mastro”, gritou Marcelo, ao mesmo tempo que segurava o próprio pau sobre o macacão preto de mergulho completamente colado ao corpo e fazia movimentos de “vem pegar”. Pior que o escroto tinha um puta pintão impossível de não notar.
“Vai tomar no teu cu... vai logo pro outro lado desenrolar a vela enquanto eu subo o mastro”, disse enquanto passava para o outro lado do barco.
“Prefiro tomar no SEU cuzinho”, retrucou dando gargalhadas.
Eu e Marcelo éramos amigos desde sempre. Nossos pais já eram amigos desde a infância e nós nascemos praticamente na mesma época. Eu era 2 anos mais velho. Um dia fui branco, mas quando se pratica Vela, sua pele fica naturalmente bronzeada, como um frango de padaria, 1,82, olhos castanho cor de mel, narigão protuberante, algumas sardinhas, corpo magro sarado de quem ama esportes e qualquer tipo de atividade física, cabeleira sempre presa no rabo de cavalo e com naturais “mechas californianas”, resultado também de muita praia. Não era nada de se jogar fora.
Já Marcelo fazia o tipo pescador parrudo. Dar cor de café com leite e também muito bronzeado, de forma que ficava da famosa cor do pecado, eu dizia que ele tinha um biótipo “gorfo”. É como se seu corpo fosse naturalmente de um homem de grande porte, gordo, mas que havia começado a fazer musculação e petrificou toda aquela gordura em músculos. Cabelo baixinho e bem enroladinho muito preto, assim como sua sobrancelha e longos cílios que mais pareciam que ele usava lápis ou delineador. Peludo como um urso, ora estava barbudo, ora com a barba por fazer... Ali naquela ocasião, estava com um bigodão no melhor estilo Freddie Mercury; o peito mais parecia um travesseiro, chamando para encostar a cabeça e roçar por horas até dormir o sono dos justos.
Velejar era uma paixão e atividade em comum herdada por nós dos nossos pais. Além de praticar como dupla de atletas, também adorávamos pegar o barco no final de semana para simplesmente ficar de bobeira em alto mar, beber umas cervejas, fumar uns becks e falar bobagens sobre a vida em meio aquela imensidão.
Esse era um daqueles dias onde o sol brilhava forte e o céu mais parecia um espelho que refletia o mar de tão azul. Com o barco pronto, zarpamos oceano adentro. Meia hora depois, perdido em meus pensamentos enquanto admirava o horizonte, senti aquele bafo quente e mentolado sussurrar em meu ouvido: “Fernandinho, você não vai acreditar no que eu tenho aqui”.
Mesmo me considerando um homem hétero, e sabendo que apesar de toda a sua libidinosidade Marcelo também era, senti um arrepio estranho percorrer meu corpo e gelei.
“Precisa trancar o cu não, viado, até porque não é nenhuma surpresa que eu tenho um tubão de Rexona no meio das pernas”, falou ele se gabando.
“QUÊ? QUE PAPO É ESSE, TÁ FUMANDO MACONHA ESTRAGADA É?”, falei meio irritado, afinal, sim, era verdade, as vezes era impossível não manjar o volume daquela rola, mas isso não tinha nada a ver com viadagem, era só porque era chamativo, pensei comigo mesmo.
- Acha que eu nunca te vi de olho, não, safado? Mas uma maravilha dessas - disse ele pegando com vontade e apertando com gosto -, eu não julgo, sabia que eu até já tentei chupar meu pau uma vez.
- Meu irmão, como a gente chegou nesse papo estranho? E outra, se não quer que ninguém veja, começa a usar uma bermuda, ao invés de só andar apertadinho de lycra... É foda mesmo!
“Uuuuh, ele ficou nervosinho”, disse Marcelo vindo em minha direção e esfregando o pau de todo jeito pelas minhas pernas, costas e bunda enquanto me agarrava e eu tentava desvencilhar, como uma lutinha entre meninos.
“É fresco, é?” disse eu rindo enquanto nós dois estávamos ali deitados, desfalecidos, sobre o sol de 35º do Rio de Janeiro. “Ei, mas falando sério, qual a grande surpresa que você tem aí?”, falei.
Ele tirou um saquinho ziplock transparente da mochila e me mostrou uns 10g de fumo.
- Isso aqui ó! E não é aquelas porcarias que a gente encontra no dia a dia não. Nãaao.. Isso aqui eu ganhei de um bróder meu especial. Veio de longe, lá do Uruguai... A sensação que isso ai vai dar... você vai me agradecer pelo resto da vida
- Ihh, olha aí, não falei?
- O que?
- Tá fumando maconha estraga mesmo, por isso tá todo cheio da viadagem!
Gargalhamos muito, e como era de se esperar, Marcelo não conseguia não ficar por cima e soltou:
- Só contigo e esse teu cuzinho rosa, viado!
- Já viu, foi?
- Já vi a cabeça do teu pau, se for igual...
- Viado!
Rimos muito novamente.
“Vai, fecha aí logo um beck, quero ver se esse fumo é mesmo diferenciado”, falei, e menos de 2 minutos depois Marcelo tinha bolado um lindo, longo e roliço beck. Ele acendeu a bomba, segurou, deu umas tossidas e me passou o cigarro falando com a voz meio embargada de fumaça “finge que é meu pau, grande, grosso e pegando fogo, e chupa com força!”.
O Marcelo sempre foi esse cara, brincalhão, zueiro, muito confiante de si e sem qualquer vergonha. Ele adorava essas brincadeiras de cunho sexual, especialmente comigo que era praticamente um irmão, mas dessa vez eu estava começando a ficar irritado com aquilo. Em partes porque sentia que estava caindo na sua provocação e, porra, “EU NÃO SOU VIADO!!!”, pensei. Então, em um ato espontâneo e sem pensar, me virei rápido sobre ele que estava sentado do meu lado, e passei minhas pernas sobre seu tronco ficando de frente a e ele de joelhos. Olhando fundo em seus olhos, coloquei o beck lentamente lá dentro da boca, dei uma longa sugada e... Cai numa explosão de tosse!
“CARALHO, QUE PORRA FORTE É ESSA?” falei em meio à crise de tosse. Marcelo ria que se contorcia “tu vai ficar chapado demais, viado”, vem cá, me dá essa porra! E tomando o beck da minha mão, dando também uma senhora tragada.
Menos de 20 minutos depois e a gente estava completamente fora de si. Parecia que eu tinha comido um cogumelo de tão louco que estava.
Não sei quanto tempo a gente ficou ali naquele estado, só deitados viajando no céu, mas quando voltamos para o nosso corpo, parecia que havíamos acordado em outro dia. O céu estava negro e grandes nuvens de chuva se formavam. O mar agora violento, anunciava: vem tempestade por aí.
- Puta que pariu, Fernandinho, como isso aconteceu?
- Não sei, negão, mas é melhor a gente se apressar em voltar... a gente tá a o que, 1h30 de solo firme?
- Por aí...
“Vamos nessa! Sobe o mastro... O do barco, hein seu escroto!” dessa vez eu tinha sido mais rápido que ele na piada, mas o momento não era de graça. O mar se agitava mais e mais, o céu fechado e a neblina densa mal deixavam enxergar um palmo à frente do nariz. Estávamos os dois em silêncio, mas era dava até pra tocar o medo que tomava conta de nós.
- Fernandinho, irmão, eu acho que estamos perdidos...
- Tá louco? Não, não, não... Sem condições! A gente vai chegar em casa!
- É sério, porra! Agora não adianta ficar em negação. Vamos concentrar nossas forças em não afundar o barco e sobreviver. Quando o tempo abrir, a gente descobre como voltar.
Incrédulo com aquilo e ainda meio chapado, apenas obedeci com a cabeça e assim fizemos por mais ou menos 1h, até que sentimos uma pancada seca que nos fez tremer. O barco havia batido em algo. Para nossa alegria, estávamos em terra firme. Para a tristeza, em uma ilhota desconhecida sabe-se lá Deus onde no RJ. Mas, por ora, parecia melhor que ficar à deriva no mar. Puxamos o barco para terra firme o quanto conseguimos, soltamos a âncora e fomos procurar algum tipo de abrigo para fugir da chuva que castigava. Por sorte, encontramos uma pequena gruta que dava para se proteger e esperar o tempo abrir com certo conforto. E foi assim que começou um dos momentos mais surreais de nossas vidas...
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