'A Luta' (parte 2, final)

Um conto erótico de Macho Manco @machomanco07
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2334 palavras
Data: 11/02/2023 07:57:45

Para quem não conferiu a parte 1, segue o link: https://www.casadoscontos.com.br/texto/****

Waldecyr contou os detalhes do que viu para o Silvério. O velho coçou o queixo, disse que queria ir no galpão. "Vou ver como eles deixaram o meu carro".

No galpão, Silvério abriu a porta do opala SS amarelo e percebeu as evidências do acontecimento: o banco do motorista estava abaixado e o encosto da porta do motorista estava com aquela mancha semelhante a de cola. "Filhos da puta!". E completou: "Waldecyr, arruma a bagunça. Quando terminar, chama o 'jumento', diz que tô esperando ele pra tomar um whisky". E meteu o pé para a casa.

Silvério esperou o 'jumento' no bar da sua casa. Pediu a Jurema que trouxesse gelo de água de coco e uns provolones a milanesa. O pedido chegou mais ou menos junto com o Maicon 'jumento'. Maicon tava tímido, não esperava o convite. "Senta aí, vamos beber!", e Silvério serviu o 'jumento'. Em seguida, sem entrar em detalhes sobre Bia e Enzo, combinou com o lutador um plano que envolvia Enzo. O pedido era estranho, Maicon desconfiava sobre o motivo. Era preciso se preparar, porque o moleque era bom de luta.

****

Silvério tava puto, mas não tratou Bia diferente. Ela era o sol dele, alegrava os seus dias e noites. Se o seu pau já não dava conta, a cabeça continuava safada e imaginativa. De vez em quando tomava um remedinho e Bia fazia aquele trabalho incrível com as mãos, mas, na maior parte das vezes, soltava Bia para tramar as suas aventuras sexuais e ficava assistindo. Quase todos os dias tinha um filme pornô ao vivo e exclusivo para ele. Algumas vezes ela aparecia com homens, outras com mulheres; às vezes homens e mulheres. Ela era sempre a protagonista da cena e sabia do que o velho gostava. Ele tinha uma queda por dominação, gostava de ver alguém apanhar. Depois que ficou brocha, tem preferido dominação masculina. Ama a maneira como Bia humilha os homens na frente dele.

O que o ofendia na situação com o Enzo é que ela não o incluía. Pensou: "deve ser pelo laço sanguíneo meu e dele. Ela deve achar que eu nunca aceitaria uma cena com o Enzo... nem desconfia que haverá cena e que será pública"

****

Era dia de festa de Santo Antonio, padroeiro de Nova Iguaçu. Estava todo o bairro na casa de Silvério. Enzo tava lá, sempre colado na Bia, que não parecia ligar pra ele.

Silvério estava muito alegre e especialmente generoso. A comida, a bebida e a programação do dia estavam regadas. Haveria a final entre os

times de futebol amadores da cidade, ali no campo do velho, uma seção de rinha de galo, e, ao fim, as lutas entre os “guerreiros” patrocinados por ele: 8 jovens da região se enfrentariam até que o invencível se sagrasse campeão.

As coisas foram se sucedendo: o time de Comendador Soares já se sagrara campeão, o galo do Silvério já matara os outros, quando chegou o momento das lutas livres. Era final de tarde quando o velho anunciou no microfone: "as lutas começarão em 15 minutos! as regras são as de sempre: as do MMA. Mas aqui o juiz deixa o jogo correr um pouco mais", e riu. A plateia foi à loucura! Era comum os lutadores saírem dali direto para o hospital.

Enzo parecia irritado na plateia. Bia o ignorava.

****

No octógono improvisado, o apresentador das lutas anunciava os lutadores quando o velho pediu a palavra. Disse, firme, enérgico: "este é um grande dia! E este é o melhor momento do dia!”. O público vibrou junto. "Tenho uma novidade na programação de hoje: O 'jumento' é o cara!". E a galera gritou: "'jumento'! 'jumento'!". Silvério continuou: "Tô preparando ele para o UFC. Temos na plateia um lutador de verdade, que é o meu sobrinho, o Enzo". Todos o procuraram. Enzo ficou surpreso com a fala, não esperava lutar. "Aproveito

esse grande momento para convidá-lo a lutar com o Maicon, dando ao povo de Nova Iguaçu a oportunidade de ter uma luta digna do UFC!". E arrematou: "Os outros 7 lutadores que iam lutar ganharão o caché cheio, como se tivessem sido campeões, sem nem um arranhão!”

O público foi a loucura enquanto Enzo subia ao octógono e tirava a blusa, ficando apenas com a sua calça jeans, exibindo toda a sua beleza e insolência. Ele tava enfurecido com Bia e queria dar uma resposta naquele ringue.

Maicon, ao contrário, estava sério. Precisava entregar o combinado com Silvério.

Maicon 'jumento' e Enzo se encararam no octógono e todos estavam em êxtase.

****

Antes da luta, Silvério disse no ouvido do sobrinho: “Obrigado Enzo, sabia que honraria o nosso povo!”.

A plateia urrava por Maicon. Os dois lutadores contrastavam: Maicon tenso e o menino relaxado. Enzo sorria sarcasticamente, olhando diretamente para Bia que, finalmente, o olhava com um sorriso safado. Uma leve marca surgiu na calça do jovem.

A tensão de Maicon se tranfigurava em fúria, diante da empáfia de Enzo.

Silvério tomou o microfone e anunciou: "lutadores: em posição, a luta começa em 15 segundos". E foi para a sua cadeira destacada dentro do octógono.

Enzo sorria e olhava o 'jumento' nos olhos. Via um homem musculoso em excesso, pesado, de traços nordestinos. Um guerreiro, sem dúvida. Sabia que causaria grande decepção àquele público e isso fixava o sorriso no seu rosto.

Faltavam 5 segundos, eles se aqueciam. Ele de jeans, o jumento de calção.

Disse o apresentador: “comecem a luta!”.

Maicon partiu com toda a ferocidade para cima do jovem, acertando um soco no ar, sentindo o seu erro ao receber o ar quente da narina do insolente no seu pescoço. Estranhamente, Enzo não o golpeou, parecia sentir pena. O 'jumento' virou-se para o opositor, ainda mais furioso, e tentou dar um soco naquele rosto. O rosto desviou, sentiu uma mão no seu punho. Quando deu por si, seu braço já estava torcido e sentia uma dor lancinante na boca do estômago, acertado pela outra mão do rapaz. Neste momento, o seu corpo dobrou-se para a frente, mas conseguiu sustentar no joelho, sem cair.

Enzo virou-se para o público, agora silencioso. Silvério sorria, aparentemente orgulhoso. O jovem virou-se para o oponente, ainda de joelhos, aproximou-se de Maicon e se inclinou para falar no seu ouvido: “Desista, não quero te humilhar na frente dos seus...”

Enzo não teve tempo de terminar. Com uma cabeçada poderosa, o jumento acertou o queixo do menino, o suspendendo do chão com o poder do golpe; com o braço direito em gancho, enterrou seu punho na mala do rapaz. O grito foi ouvido pela plateia, que gritou junto de júbilo.

Enzo estava agora no chão, contorcendo-se como um lacraia pisada pelo rabo. Ele punha as mãos por dentro da calça, tossia. O 'jumento' esboçou um sorriso pela primeira vez. Sentou-se no seu canto, sob aclamação, enquanto o juiz dava 5 minutos para a recuperação de Enzo.

Dado o tempo, o jovem tentava andar pelo octógono, sempre caindo em agonia. O olho de Bia brilhava na plateia.

Entre gemidos, chamou o seu tio. Silvério se aproximou dele e disse: “o Maicon vai ser punido, isso não pode acontecer numa luta séria". E virando pra Maicon, disse: "você tem uma advertência. Mais duas, acabou a luta, entendido?”

Maicon assentiu com a cabeça. Aguardou mais três minutos enquanto o menino conferia a sua mala. Enzo tinha o rosto molhado de suor. O seu olhar traduzia a sua dor, o que contribuía para acentuar a sua beleza.

A luta recomeçou e Maicon parecia mais tranquilo. Agora trocavam movimentos e golpes rápidos, estava mais equilibrada a disputa. Num momento de euforia do 'jumento', quando partiu com velocidade para cima do rapaz, tomou uma rasteira e foi ao chão. Enzo prendeu um dos seus braços em uma chave e prendeu o corpo de Maicon com o seu proprio corpo, dobrando o braço dele até quase quebrar. Aproveitando o contato corporal intenso, o 'jumento' trouxe seu outro braço e, com a mão entre suas próprias nádegas, onde o rapaz apoiava o quadril, não foi difícil encontrar o saco de Enzo. Com um aperto, tendo agarrado em cheio os testículos do menino, comprimiu com toda a força. Pela reação do rapaz, que soltou um grito e o seu braço ao mesmo tempo, deu certo.

Desta vez Maicon não poderia perder tempo nem advertências: o menino mal se levantara com as mãos sobre o pacote, advertindo o juiz e o tio, já tomava um empurrão nas costas. Ao cair de quatro, o 'jumento' encaixou um chute entre as pernas de Enzo. A parte de trás do corpo do rapaz foi ao ar, e todo o peso do corpo obrigou o menino a cair de cara no chão. O processo de agonia recomeçou e o público estava excitadíssimo, uivava.

Agora Enzo vomitava e chorava, parecia em colapso. Desabotou desesperadamente a sua calça jeans e segurava o seu saco de forma descoordenada, sem se dar conta de sua nudez. O belo corpo se contorcendo no palco, a calça meio arriada, o pau pendendo entre as mãos desesperadas do menino. Mãos que lutavam contra a pressão da cueca boxer branca, já

meio arriada.

A cena de colapso durou cerca de 5 minutos, até que o menino voltou a ter consciência de seus atos. O público estava em gozo coletivo.

Astuto, o tio entrou no palco levando um saco de gelo, pegou o rapaz em seus braços, ajudou-o a recolocar suas roupas e o gelo na região afetada. Abraçou o sobrinho, que estava desmoralizado, aparentemente sem poder de reação: seus braços estavam largados, ombros caídos, cabeça pendente. Suas lagrimas caiam sobre o saco de gelo e, junto com a água liquefeita, molhavam a cueca.

Foram 10 minutos até o rapaz conseguir falar; balbuciou ao tio: “Ele tem 3 advertências, já perdeu... não importa, porque eu vou matá-lo!”.

O tio sorriu e respondeu: “Tenho certeza que você pode!”

Em seguida, Silvério pegou o microfone e disse cinicamente: “Jumento, quero que o meu sobrinho tenha herdeiros, rapaz". O público gargalhou. "A luta continua por decisão do Enzo".

Bia estava excitadíssima, era possível perceber sinais na sua calça molhada.

20 minutos e Enzo já era capaz de se segurar em pé e dar saltos. Era nítido que ainda sentia dor e que podia ter algum trauma, mas o ódio no olhar era maior que a dor. Queria vingança. Maicon identificava o ódio nos olhos do menino e começava a se preocupar. Não se sentia culpado, estava satisfeito com a situação. Agradou a Silvério e aplacara a insolência do jovem.

Naquele momento, Maicon estava confiante e Enzo estava furioso, a situação se inverteu. Pensou Maicon: "seria perfeito se a luta acabasse, se o rapaz não tivesse se levantado".

“Podem recomeçar!”, disse Silvério.

Posicionaram-se frente à frente. Enzo desabotoou a calça e a tirou com rapidez, ficando apenas com a cueca boxer molhada, marcando o seu pacote. Aquele corpo moreno semi nu, o ódio no olhar, tinha uma beleza agressiva. O público reagiu com empolgação e o 'jumento' ficou intimidado.

Enzo veio na sua direção com agilidade e a dor marcada no rosto. Agora gingava golpes de capoeira, o que surpreendeu Maicon. Entre pernas e braços que passavam a poucos centímetros do seu rosto, sentiu um baque forte no seu pescoço. O golpe fora para matar, não fosse o pescoço do 'jumento' curto e musculoso. Caiu ao chão desnorteado, foi posto de papo pro ar pelo menino, que sentou-se sobre seu abdome e socou seu rosto até que tudo o que via era sangue, e o que sentia era dor. Estava prestes a desmaiar quando o menino sussurrou no seu ouvido: “agora tu vai sentir a dor que eu senti!”. Levantou, olhou o público com desdém, colocou a mão sobre a mala e a ofereceu ao público. Não se ouvia uma respiração na plateia.

O 'jumento' movia-se lentamente no chão. Com calma, o menino pegou uma das pernas do oponente, depois a outra e fez com elas um V. Antes que todos se dessem conta, inclusive Enzo, Maicon já segurava os dois tornazelos do rapaz. Com força, puxou os dois em sua direção e derrubou o belo rapaz no chão, que caiu por baixo de Maicon, ainda segurando suas

pernas. Eles formavam uma figura monstruosa, com 4 pernas e 4 braços tensionados em posições estranhas.

Enzo era ágil, o 'jumento' era forte. E a força prevaleceu: apertando com força os tornozelos do menino até quase quebrarem, o 'jumento' obrigou o rapaz a tomar uma atitude e soltar suas pernas. As mãos de Enzo, então, procuraram obstinadamente o saco de Maicon. O 'jumento' não se preocupou muito, pois tinha proteção. Com um jogo de corpo, se pôs de pé sobre Enzo, que permaneceia no chão. Era a hora: o pegou pelos cabelos encaracolados e o arrastou pelo chão, o desconcentrando. Deu-lhe um soco na orelha, que o desnorteou, sem o apagar. Com muito menos descuido que o menino, fez o mesmo que Enzo tentou fazer: tomou as duas pernas de Enzo em V. O públicou uivava. Pensou bem o movimento: aproveitou a vulnerabilidade proporcionada pela cueca ajustada, observou a mala dele, e soltou todo o seu peso com velocidade, jogando a força de todos os seus músculos no joelho direito, que terminou contra o saco de Enzo.

Enzo contraiu o corpo inteiro, soltou um uivo baixo e, após um espasmo súbito, desmaiou.

O público invadiu o octógono e botou o 'jumento' nos ombros.

Silvério pediu a Waldecyr que providenciasse uma ambulância para Enzo.

Bia foi até Silvério e lhe prometeu uma noite especial.

Enzo acordou no dia seguinte sem um dos seus testículos e o outro bem afetado. O médico lhe disse que, provavelmente, esse testículo se salvaria e poderia lhe dar uma vida quase normal, talvez com suplementação de testosterona.

Bia passou como um flash na sua cabeça, mas a anestesia não lhe permitiu reagir.

(quem quiser trocar uma ideia sobre ballbusting, me encontre no twitter: @machomanco07)

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