Ao som de sirene de caminhão dando ré, começa mais uma sexta-feira de trabalho no depósito do supermercado Guará, localizado no bairro Doninha Rubra, zona leste de Terra Quente. Quando o caminhão baú estaciona, os carregadores começam a se organizar para descarregar a montanha de produtos. Dentre eles está Amoroso Pinto, o primeiro a ficar a postos para arcar com a carga. Amoroso é um homem negro, com um cavanhaque principiando a branquitude e rechonchudo com aspecto de pera, porém de corpo rijo devido ao trabalho pesado desde jovem. A primeira leva foi com feijão: ele aparava as sacas com 30 pacotes de 1 kg na cabeça e as despejava num carro de carga. Quando o lotava, Amoroso conduzia o carro adentro até a área de estocagem.
Após percorrer uns 20 metros, Amoroso deixou a pilha de sacos com Carlos Austero, mais conhecido como Cara de Cachorro, um dos responsáveis por organizar o estoque. Cara de Cachorro é um homem cor de caramelo, marombeiro indisciplinado, com músculos da parte superior inchados, pernas mirradas, lembrando muito uma maçã. Falastrão, ele cumprimentou Amoroso tirando sarros, e o homem carnudo respondeu com um sorriso sem graça, voltando para buscar uma nova carga. Então, Cara de Cachorro, já orientado pelo seu supervisor, partia para organizar a quantidade que deveria ir para as gôndolas do supermercado e o que deveria ser armazenado.
Na hora do almoço, Cara de Cachorro percebeu que Amoroso conversava com duas mulheres. Uma delas era Joaninha Aranha, uma das caixas gostosas que ele queria comer. Joaninha é uma mulher branca, com nariz de coxinha, baixinha, com o corpo todo preenchido com pintinhas pretas espalhadas e de andar vagaroso, quase um bicho preguiça. A outra era Mariana Banana, uma das supervisoras dos caixas. Mariana, por sua vez, é uma mulher amarela, alta, magrinha, de peitos secos e cadeiruda, parecia uma pata esticada. Como o maromba inchado tinha interesses, foi logo se achegando na conversa:
— Qualé o papo entre ceis aí? — disse Cara de Cachorro.
— Oi, Doguinho! Tamo combinando uma ida na praia nesse final de semana que vamo ter folga — respondeu educadamente Joaninha.
— Olhaí! Eu também vô tê folga. Vão me convidar não? — se enxeriu Cara de Cachorro.
— A gente vai pra casa da irmã do Amoroso — retrucou Joaninha.
— Por mim, sem crise, mano — falou Amoroso.
— Taí! Eu vou então! — assegurou Cara de Cachorro.
Embora fossem colegas de trabalho há muitos anos, Amoroso e Cara de Cachorro nunca haviam saído juntos para qualquer coisa. O maromba inchado já havia percebido que vários funcionários e funcionárias faziam questão de cumprimentar o discreto Amoroso. Com efeito, ele pensou que talvez o colega carnudo pudesse ser uma boa ponte para fazer os papos para o lance com a Joaninha se consumasse. Ele pensava muito na caixa baixinha: imaginava como poderiam ser os bicos dos peitinhos dela: enterrados ou pontudos? Rosado ou marrom? Cara de Cachorro adorava mamar mamilos de mulher. Depois, fantasiou possuindo Joaninha na água da praia, com o cacete dele entrando e saindo naquele bucetão que as calças coladas que ela usava denunciavam. Ele ficou logo de rola dura e pensou em se aliviar depois no banheiro.
Então, ainda na hora do almoço, os quatro combinaram de se encontrarem terminal hidroviário para pegar a primeira balsa para Vara Grossa, cidade litorânea há uma hora de distância ao norte de Terra Quente. No dia seguinte, bem cedola, os quatro realizaram o combinado. Cara de Cachorro garantiu sua ida ao lado da desinteressada Joaninha para cumprir seu papel de gado, mas ela foi dormindo a viagem toda. Amoroso e Mariana, por outro lado, foram conversando. Cara de Cachorro percebeu, por vezes, o olhar entre os dois, que ela o olhava com tesão em alguns momentos. Achou que os dois poderiam estar se pegando ou era impressão do sono e da fome matinal.
Ao desembarcarem em Vara Grossa, dirigiram-se à casa da irmã de Amoroso que ficava a duas quadras dali. Ao chegarem no lugar, acomodaram-se, Mariana se prontificou a passar o café e Amoroso saiu para comprar pão para o café da manhã. Cara de Cachorro notou por uma das janelas da casa que Amoroso havia parado para cumprimentar uns vizinhos, uma senhorinha e um homem de meia idade, provavelmente mãe e filho, e percebeu que os dois não o olhavam, mas adoravam o colega de trabalho. Essa situação lembrava muito a forma como seus demais colegas de trabalho o tratavam.
Então, Cara de Cachorro resolveu se voltar para sua missão principal. Ele foi a procura de Joaninha, e a encontrou na cozinha conversando entusiasmadamente com Mariana alguma safadeza, pois conseguiu ler nos lábios dela a palavra "piroca". O maromba inchado aproveitou a deixa:
— Ceis podem me incluir na safadeza? — disse intrometidamente Cara de Cachorro.
— Como assim?! — falou surpresa Joaninha.
— Eu percebi que ceis tavam falando de piroca, Joaninha — afirmou convicto Cara de Cachorro.
Joaninha e Mariana se entreolharam e sorriram juntas.
— A gente tava falando da piroca gostosa do teu colega Amoroso — disse Joaninha.
— Nós duas távamos combinando quem ia sentar primeiro naquele pau — falou a jocosa Mariana.
— Peraí! Ceis duas já deram pra ele?! — perguntou Cara de Cachorro incrédulo.
Joaninha mordeu o lábio inferior o olhou para Mariana, que estava com um sorriso malicioso olhando para a amiga, e ambas gargalharam. Joaninha deu o seu relato primeiro:
— Mana do céu! Foi a melhor foda da minha vida! Uma vez eu encontrei com Amoroso numa festa da firma e resolvi beber com ele. Não tava dando nada porque ele fala pouco, mesmo quando rolou uns beijos foram sem graça. Mas, quando eu vi aquela piroca quando távamos no motel, eu não sei o que deu em mim, só fiquei maravilhada. Era um pau robusto, bonito e saboroso — lembrou Joaninha.
Cara de Cachorro escutava enciumado o falar dela, que continuou:
— Quando ele pôs aquele monumento dentro de mim — ai, mana! — eu urrava de gostosura! Ele me pegando calmamente de quatro, e eu sentia aquela piroca entrando e saindo todinha dentro de mim. Nunca havia me sentido tão preenchida! Eu olhava pra ele gritando desesperada por ser possuída por aquela piroca hipnótica, e ele concentrado no serviço. Mana, quando eu gozei eu me tremia toda, e o homi não parava! Ele me botou de lado e continuou bombando gostoso. Gozei de novo, e de novo. E só depois de tudo isso ele gozou. E a piroca do homi não abaixava! A gente ainda transou mais umas duas vezes, e a gente só não foi mais porque eu não aguentava mais gozar. Era uma piroca infinita! — finalizou Joaninha orgulhosa.
Cara de Cachorro estava boquiaberto. Não acreditava que a sua crush tinha feito tamanha safadeza com um colega de trabalho.
— Não pode ser tudo isso o pau desse cara — protestou enciumado Cara de Cachorro.
— Amiga, tu não deste o cu pr'aquele pau? — interrompeu Mariana — Mana, pelo amor dos deuses! Eu gozei tanto com pau desse homi atolado no meu cu que ele tirou foi é muita água da minha buceta! Eu pensava que eu tinha me mijado todinha! Uma vez eu pedi pra ele me ajudar a colocar umas prateleiras lá em casa e rolou. Era um cacete grande, grosso e que só de olhar me dava tesão. Passei horas chupando aquele cacete antes de eu sentar descontroladamente nele. Ele me apertava de um jeito pra colocar mais pressão que eu nem sei quantas vezes eu gozei quicando. Quando eu cansei, eu pedi pra ele me comer de quatro, mas no cu. Então, ele, de modo educado, acomodou o cacete dele no meu rabo. Quando eu comecei a sentir aquele cacete entrar e sair todinho na minha bunda, um calor foi subindo, e eu tava louca de barulhenta! Té que eu gozei mais duas vezes: a primeira foram umas travadas que deram na minha perna, mas a segunda foi a glória! Nunca gozei tanto! Foi pelo cu e pela buceta ao mesmo tempo. Nunca havia sentido isso com outro homi. Fico toda molhadinha só de lembrar — lembrou com satisfação Mariana.
— Esse pau é mágico, só pode! — afirmou festejando Joaninha.
— Mana, ele te falou o por quê que ele é gordo? — indagou Mariana e Joaninha respondeu negativamente com a cabeça — Ele me disse que é pra não fixar os olhos no cacete dele, porque, quando ele era mais adolescente, toda a vez que ele olhava ele chupava o próprio pau! E pra parar com isso, ele teve que engordar ao ponto da pança dele encobrir a visão do próprio cacete! Mas, não conta pra ninguém que eu disse isso pra ceis dois ! — dessegredou Mariana.
Celebravam Joaninha e Mariana as suas boas memórias das fodas com Amoroso. Cara de Cachorro não acreditava no que via e ouvia.
— Não, não pode ser tudo o pau do Amoroso. Ceis tão de onda com a minha cara. Ceis precisam ser traçadas por um pau dum homi de verdade pra ceis verem o que é bom mesmo — disse o cético Cara de Cachorro.
— E cê é esse homi, é? Então, mostra o teu pau pra gente aí pra ver se a gente se anima com ele — desafiou Mariana e concordou Joaninha.
Cara de Cachorro, corajoso e excitado, levantou-se rapidamente e abaixou as calças para mostrar a manjuba às duas mulheres.
— Ué, cadê? É essa miudeza murcha aí? — sentenciou Mariana. O pau de Cara de Cachorro era fino, médio e com excesso de prepúcio, além de ser acompanhado por bolas pequeninas. Quando endurecia, ainda por cima, ficava consideravelmente arqueado para direita.
— Mano, guarda isso aí que tá podre!... — exigiu Joaninha.
Cara de cachorro estava derrotado, humilhado. Levantou as calças e sentou à mesa. Pensou imediatamente em ir embora e não voltar nunca mais, nem para trabalhar no supermercado. Enquanto ele se lamentava mentalmente, Joaninha e Mariana cochichavam sem parar. Então, a magrinha bunduda falou:
— Bora fazer uma aposta: se cê olhar o cacete do Amoroso e não achar que não é mesmo tudo isso como a gente fala, eu e a Joaninha damos as duas pr'ocê — provocou uma vez mais Mariana.
A princípio, pensou em dar uma resposta negativa, por conta do vexame passado e ele nunca pediria pra manjar a rola de outro macho. Contudo, raciocinando com menor emotividade, concluiu que isso seria não só um atalho para comer a Joaninha, como também para traçar a Mariana, ambas ao mesmo tempo, e poder se vingar delas fudendo elas com força. Ademais, poderia constituir um acordo com Amoroso para não ter que manjar rola nenhuma.
— Tá bom, eu aceito a aposta. Vô logo avisando que vou ganhar, hein! — afirmou Cara de Cachorro.
Por conseguinte, Amoroso chega na casa com os pães e os quatro tomaram café. Em seguida, Joaninha e Mariana saíram para comprar biquínis, e os marmanjos ficaram sozinhos. Cara de Cachorro foi a procura do colega de trabalho e o encontrou na frente da casa funando um cigarro.
— Mano, papo reto: eu fiz uma aposta com as meninas de eu ter que manjar a tua rola. Mas, assim, a gente não precisa passar por esse constrangimento, e queria combinar com cê da gente dizer que cê me mostrou e tal — disse Cara de Cachorro nervoso.
— Eu não vô mentir pra elas — afirmou Amoroso.
— Ai, mano! Elas disseram que as duas vão dar pra mim se eu disser que manjei a tua rola! Quebra essa pra mim, mano! — suplicou o maromba inchado.
— Não. Se quiser comer elas, vai ter que honrar a aposta — sentenciou o homem carnudo.
— Tá bom, mano! Bora entrar e acabar logo com isso! Vô provar de uma vez por todas que elas tão locas! — aceitou Cara de Cachorro.
Ambos entraram e foram para um dos quartos que estava com as janelas fechadas. Amoroso abaixou a bermuda, mas Cara de Cachorro teria que se ajoelhar para poder ver a rola escondida pela pança. Quando o fez, ficou de olhos arregalados:
— Quê isso!... — falou surpreso o maromba inchado. Ele viu a rola mais bela: o tamanho era o suficiente e a espessura vistosa, além de que harmonizavam perfeitamente com os bagos. Isso porque ainda tava mole.
— Posso pegar, mano? — inqueriu, com a mão direita a caminho, Cara de Cachorro. O cheiro que exalava aquela rola estava o enchendo de adrenalina.
— De boa, mano — permitiu Amoroso.
Assim, Cara de Cachorro botou na mão aquela rola que recheava toda sua mão, e começou a punhetar levemente. Rapidamente a rola de Amoroso ficou dura. O maromba inchado, quando olhava aquela escultura alpina, sentia que ele emitia uma espécie aura que deixava seus lábios formigando. Cara de Cachorro não acreditava, mas queria colocar aquela rola na boca. Engoliu seco. Pensou em desistir... Mas, quando deu por si, estava inabilmente mamando aquela rola. Ele achou o gosto bom. Amoroso colocou as mãos enormes carinhosamente na cabeça de Cara de Cachorro e o ajudou a cadenciar os movimentos.
Depois de um tempo, o cu de Cara de Cachorro começou a piscar e a gosmar enquanto chupava a rola do colega. De repente, o maromba inchado levantou, arriou rapidamente as calças e mirou a bunda para Amoroso. Ele estava complemente envolto pelo prazer que aquela rola proporcionava. Então, o homem carnudo pegou uma camisinha na sua mochila que estava no quarto e encapou o bastão. Quando se posicionou atrás do maromba inchado e abriu as suas nádegas para meter, Amoroso percebeu um cheiro de merda no ar porque Cara de Cachorro não limpava a bunda depois que obrava. No entanto, não seria a primeira vez que ele se depararia com uma situação como essa, além de ele ter o princípio de sempre completar os seus serviços.
Assim sendo, Amoroso começou a colocar a rola manhosa. Ele enterrava devagar, e quando chegou no talo, dava um tempinho antes de repetir o movimento. Quando Cara de Cachorro estava guardando toda aquela rola dentro de si, ele dava um pulinho. Na segunda e na terceira estocada ocorreu o mesmo. Logo o movimento começou a aumentar e o maromba inchado fazia caras e bocas para tentar não gemer. Mas, ele não aguentou: primeiro gemia contido, parecendo um cão raivoso; depois, não conseguia mais se segurar e gemia como um louco.
Amoroso mantinha um movimento milimetricamente uniforme e educado. Cara de Cachorro não tinha percebido, mas estava de pau duro. A cada estocada, sentia o calor indo ao seu pau. Sem demora, ejaculou, e foi muita gala. Entretanto, Amoroso continuava firme nos seus movimentos e esse primeiro gozo foi apenas um aperitivo. A bunda do maromba inchado estava engraçada, o seu pau torto ainda continuava em pé e se sentia mais e mais emotivo a cada bombada que a rola de Amoroso dava na sua bunda. Amoroso enfiando com afinco, suando. Então, Cara de Cachorro gozou pelo cu e pelo pau ao mesmo tempo. Ficou na ponta dos pés para aguentar o estrondo, e deu um uivo estridente. Logo depois, veio uma fraqueza de satisfação intensa. Ele só se aguentava em pé porque o colega o ajudava. Aliás, Amoroso ainda não havia parado: mesmo com a prostração do maromba inchado, ele seguia pregado no seu movimento. Cara de Cachorro queria que aquela sensação não acabasse nunca. Mas, chegou o momento e Amoroso gozou, e os dois ainda ficaram um tempo parados, satisfeitos, parecendo que não conseguiam despregar.
Quando Amoroso finalmente tirou a rola da bunda do colega de trabalho, Cara de Cachorro caiu sem forças no chão.
— Quer ajuda, mano? — perguntou preocupado Amoroso.
— Não, mano. Só preciso recuperar o ar — respondeu o ofegante Cara de Cachorro.
Amoroso foi ao banheiro se lavar. Passado um tempo, ele ajudou Cara de Cachorro a ir ao banheiro, que banhou, foi deitar e dormiu. Ao acordar, encontrou Joaninha, Mariana e Amoroso na cozinha.
— Pau mágico? — inqueriu Mariana e Cara de Cachorro assentiu positivamente com a cabeça olhando para o chão. E os três riram do maromba inchado.
Embora Cara de Cachorro tivesse perdido a aposta, Joaninha e Mariana ainda cumpriram parte do apostado indo para cama com Cara de Cachorro, mas foram os três reverenciando a piroca de Amoroso durante o restante do final de semana.
EPÍLOGO
Depois do ocorrido em Vara Grossa, Cara de Cachorro sempre procurava Amoroso na firma para cumprimentá-lo, para estar perto dele. Além disso, passou a lavar o pau e a bunda todo dia.