Como eu disse nos contos anteriores, minha vontade de ver os pés do Gustavo aumentava a cada dia. Ele tinha um belo par de pés, como eu nunca havia visto em um menino.
Por isso, eu sempre imaginava que um dia, por algum motivo, poderia pegar neles.
Então, chamei o Gustavo para jogar bola comigo. Eu sabia que ele gostava bastante de jogar e era uma oportunidade de apreciar a visão daqueles pés, mesmo que por pouco tempo.
Chamei ele para um jogo e ele aceitou com facilidade, perguntou o local e disse que estaria lá. O jogo era em um sábado, as 16h, e no horário combinado ele chegou no campo e veio me cumprimentar. Ele estava usando sua Mercurial Vapor 14, preta com detalhes em vermelho, muito bonita por sinal.
Porém, para minha tristeza, ele já chegou no campo calçado com uma meia branca de cano alto e a chuteira. Minha esperança de ver ele descalço acabou ali.
De qualquer forma jogamos bastante, cerca de uma hora e meia. Gustavo jogou muito bem, correu muito e fez 5 gols. Inclusive gostamos de jogar juntos, foi uma ótima experiência.
Quando o jogo acabou nos sentamos na arquibancada para descansar e organizar o pagamento. Enquanto estávamos conversando chamei o Gustavo para ir na minha casa. Dei a desculpa de organizar umas atividades da faculdade e ele topou.
Chegando lá, entramos, sentei no sofá e ele sentou ao meu lado. Começamos a falar sobre o jogo e acabou que nem falamos sobre as atividades da faculdade. Durante nosso papo eu percebi que ele estava incomodado com a chuteira. Toda hora ele pisava no calcanhar da chuteira direita, como se quisesse tirar ela do pé, mas não tirava.
Depois de alguns minutos eu fui ao banheiro. Quando voltei, passei na frente do Gustavo e dei uma pisadinha no bico da chuteira direita dele, “sem querer”. Na mesma hora ele tirou o pé direito do chão e colocou a mão no bico da chuteira falando pra mim não fazer isso, que a chuteira tava apertando os dedos dele. Eu pedi desculpa, disse que não tinha visto.
Pouco tempo depois, ele olha pra mim e fala: “ou mano, tu não importa se eu tirar essas chuteiras aqui não? Meu pé tá doendo, tu tlgd que essa chuteira tá apertada pra mim”. E eu respondi: “claro que não mano, pode tirar, bom que tu fica mais a vontade”.
Na verdade era tudo que eu queria que ele fizesse. O Gustavo começou a desamarrar as chuteiras e tirou a direita primeiro e logo em seguida a do pé esquerdo. Assim que tirou, colocou a mão nos dedos dos dois pés e falou: “nossa mano, não tava dando conta de ficar com essa chuteira mais não, deu até um alivio agora”.
E eu só fiquei admirando enquanto isso tudo acontecia. Agora ele estava de meias brancas, do meu lado. Já era a realização de um sonho. Gustavo não tinha chulé, só senti aquele cheiro natural dos pés quando se usa um calçado fechado por muito tempo, um cheiro bom.
Ele cruzou as pernas e seu pé esquerdo ficou bem perto da minha coxa esquerda. Eu fui me aproximando de um jeito que minha perna tocasse o pé dele de forma bem sútil, sem que ele percebesse. E consegui. O pé dele estava bem quente, a meia molhada de suor por causa do jogo. Eu estava louco pra pegar nesse pé, com um tesao inexplicável, mas não sabia qual seria a reação dele e não arrisquei. Continuei apenas com a perna encostada e olhando pra ele.
Estava tudo indo bem, até que o pai dele chegou para buscá-lo. Meu momento de felicidade estava acabando. Mas, como surpresa final, ao invés dele calçar as chuteiras para ir embora, ele tirou as meias e foi descalço, com a chuteira na mão. Então eu pude ver aqueles pés mais uma vez, bem perto de mim. Estavam um pouco avermelhados e marcados pelo uso das meias e das chuteiras. Uma obra de arte.
Ficaram as lembranças desse dia. E a história vai continuar.