Ébano e marfim
Aos dezenove anos de idade eu nunca havia tido uma namorada, embora tenha feito algumas tentativas, que só me deram frustração. Não conseguia levar adiante qualquer relacionamento. Me sentia atraído por rapazes desde pequeno, mas o medo das reações e a imensa timidez nunca permitiram aproximações. Empregado em um banco, trabalhava bastante, o que ocupava meus dias e mantinha a mente ocupada. À noite eu me distraia indo a cinemas, shows musicais, etc. Frequentava bares para observar o movimento, as pessoas, etc. Havia um bem simpático próximo ao lugar onde eu morava.
Antes de prosseguir com o relato, esclareço que venho de uma pequena cidade do interior, onde poderia ser hostilizado, especialmente na família, quando minha orientação sexual fosse descoberta. Por isso, pedi transferência para a capital, no banco onde trabalhava. Fui morar sozinho, num pequeno apartamento alugado, já mobiliado.
Com dezoito anos de idade, me alistei no Exército para prestar o odioso serviço militar obrigatório. No dia da inspeção, todos os alistados, completamente nus, iam passando diante dos examinadores, exibindo-se de frente, de costas, mostrando os órgãos sexuais, etc. Acho que devido ao meu corpo afeminado, inclusive com peitinhos, fui dispensado, como “inapto para o serviço militar”. Fiquei aliviado. Durante o processo de exame, recebi muitas passadas de mão na bunda e algumas encoxadas . Com dificuldades, ia me esquivando e repelindo os audaciosos, embora no íntimo, aquilo me excitasse.
Naquele bar, numa noite de sexta-feira, eu estava bebericando um chope, sentado a uma mesinha num canto, de onde podia visualizar o movimento, quase escondido. Lá pelas tantas chamou minha atenção a chegada de um cidadão negro, alto e musculoso, que se sentou próximo à minha mesa, de perfil para mim. Fiquei impressionado: ele vestia calça jeans e camiseta justas, exibindo um corpo malhado. Nesse momento alguma coisa mexeu comigo, um sentimento diferente, de excitação.
Ele pediu algo ao garçom e este lhe trouxe uma bebida. Fiquei observando-o por um tempo; depois baixei os olhos para não dar na vista. Vez ou outra voltava a observar discretamente aquela figura que muito me atraía. Numa dessas percebi que ele olhava para mim e baixei rapidamente os olhos. Em nova olhada nossos olhares se cruzaram e ele sorriu. Mais uma vez baixei a vista e, de repente, ouvi sua voz perguntando se podia sentar-se à minha mesa. Me embaracei todo e mal consegui dizer: “Claro!” Ele sentou-se e perguntou o clássico “Tudo bem?”. Respondi baixinho e fiquei sem saber o que dizer.
Ele quebrou o silêncio dizendo que ficou muito interessado em me conhecer. Eu disse que não tinha nada que justificasse seu interesse; ele deixou-me ainda mais desconcertado ao dizer que me achou muito bonito. Fiquei em silêncio e ele começou a perguntar coisas sobre mim, o que fazia, meus gostos pessoais, se vinha sempre ali, etc. Ia respondendo e me soltando mais; falou sobre si e logo conversávamos sobre vários assuntos. Ele disse que se chama Carlos Alberto, apelidado Beto, tem 35 anos de idade, é empresário do ramo financeiro, divorciado, sem filhos, etc. Ousei perguntar o motivo de seu divórcio e ele explicou-me que foi casado com uma mulher negra como ele, muito bonita, mas que o havia traído com outro homem. Me perguntou se eu tinha namorada, e eu respondi que não. “E namorado?”, questionou ainda. Meu rosto ficou vermelho, dei um sorriso sem graça, mordi o lábio inferior e abanei a cabeça negativamente.
Então me perguntou se já havia jantado, e, ante minha negativa, convidou-me a ir para a casa dele, a fim de comermos e bebermos algo. Disse que morava num apartamento não muito longe dali. Um pouco ressabiado, fiquei na dúvida, tentei recusar o convite, mas ele insistiu e acabou me convencendo. Chamou o garçom, acertou nossas contas, e saímos. Seu carro, um belo Mercedes Benz esportivo, estava estacionado quase em frente ao bar. No caminho eu fiquei bastante excitado e nervoso, imaginando onde aquilo iria terminar.
Chegamos ao seu prédio, um belo edifício muito alto. Entrou na garagem, saímos do carro e subimos para o apartamento, uma grande cobertura duplex, onde morava sozinho. Entramos, ele me disse para sentar-me num sofá, enquanto iria preparar uma bebidinha para nós. Dalí a pouco chegou com dois copos com uísque e gelo, entregando-me um. Eu disse que não estava acostumado a beber uísque, e tinha receio. Ele falou para tomar tranquilo, bem devagar, e assim fiz.
Ficamos conversando sobre amenidades e, em pouco tempo, eu já estava meio tonto e rindo à toa. De repente ele parou de falar e ficou me olhando firme, deixando-me encabulado. Perguntei: “O que foi?” “Nada, só estou admirando sua beleza”, respondeu. Isso me deixou completamente sem jeito e sem saber o que dizer. Na verdade, quando eu me via no espelho, achava meu rosto muito bonito, feminino até. Percebia nuances femininas no meu corpo, como a pele macia, ausência de pelos, imberbe, pés pequenos, coxas grossas, bundinha arrebitada, leve cinturinha, e até peitinhos se insinuando, me obrigando a usar no trabalho camisas folgadas, para disfarçar. Resultado do predomínio de hormônios femininos no corpo, típico de “homens diferentes”, como eu. Fora do trabalho me soltava mais, vestindo calcinhas, camisetas justas, etc. Meço apenas um metro e sessenta centímetros de altura, pesando sessenta quilos. Tenho cabelos lisos, claros, quase louros.
De repente, ele pousou o copo numa mesinha e aproximou o rosto do meu, fazendo-me aspirar seu hálito perfumado. Fechei os olhos e senti a libertação da fêmea que estava presa em meu corpo e minha alma. Entreguei-me inteiramente àquele macho maravilhoso que me seduziu no primeiro olhar. Senti sua boca na minha, num beijo delicioso. Ele me abraçou e sugou longamente minha boca, sua língua passeava pelo seu interior, e eu correspondia quase alucinado àquele beijo inesquecível, como eu nunca havia experimentado antes. O tesão já estava a mil.
Ele soltou-me, tirou minha camiseta e beijou meus peitinhos; depois, abriu minha calça, tirando-a delicadamente, deixando-me só com a calcinha fio dental (amo sentir as nádegas soltas, com a calcinha entre elas, roçando suavemente o cuzinho - alguém já disse que antigamente a bunda ia dentro da calcinha, mas hoje a calcinha vai dentro da bunda, e é uma delícia; no trabalho usava cuecas normais, com receio de ser descoberto, mas à noite me soltava: nunca se sabe o que pode acontecer!).
Deitou-me no sofá e ficou admirando meu corpo todo branquinho, e mais uma vez me abraçou e beijou. Parou apenas para pegar-me em seus braços musculosos e levar-me para o quarto, depositando-me delicadamente sobre a cama. Senti-me nas nuvens, mas também um pouco assustado, pois era minha primeira vez. Tirou minha calcinha e, em seguida, começou a despir-se rapidamente, pois seu tesão também estava explodindo. Fiquei observando todo o esplendor de seu corpo másculo surgindo de dentro das roupas, seu membro viril de tamanho ideal, lindo, reto, totalmente rígido. Deitou-se ao meu lado, ressaltando o contraste entre nossos corpos: eu, branquinho como marfim; ele, negro como ébano. Me abraçou e começou uma deliciosa sessão de beijos, que começou na boca e seguiu por todo o meu corpo, inclusive chupando meu pintinho. Eu gemia de prazer: era tudo o que eu tanto desejei por tanto tempo!
Quando ele fez uma pausa, tomei a iniciativa de beijar seu corpo, que exalava um perfume másculo e delicioso, começando pela boca, o rosto, as orelhas, descendo para o peito, os mamilos. Desci pela barriga e cheguei aos pelos pubianos, perfumados, pousando o rosto neles. Seu pau estava rígido como aço, e comecei a beijá-lo, assim como os culhões, fazendo-o soltar gemidos de prazer. Introduzi o membro na boca e comecei movimentos de vai e vem. Voltava à cabeça, que chupava bem macio, passando minha língua em torno dela. Fiquei assim por pouco tempo: logo senti suas contorções e ouvi seu gemido alto, quando fortes jatos de porra inundaram minha boca. Esperei o término de sua ejaculação, engoli tudo e continuei lambendo o pau para limpá-lo. Aos poucos ele foi amolecendo e o deixei descansar. Fui beijando seu corpo, agora subindo para a boca, saboreando-a com suavidade. Fizemos uma pausa, nos deitamos abraçados e relaxamos.
Pouco depois ele recomeçou a beijar-me; virou-me de bruços, beijou meu pescoço, minhas costas, descendo até minha bundinha arrebitada e lisinha, lambeu meu cuzinho, dando-me um prazer enorme. Abriu minhas nádegas e exclamou: “Seu cuzinho é lindo! Parece um botãozinho de rosa!” Delirei! Demorou-se ali, chupando meu buraquinho que, como sempre, estava muito bem higienizado e perfumado. Ele gemia e eu também. Em seguida senti o pau roçando a entradinha toda molhada por sua saliva. Posicionou-o e senti que iria entrar. Pedi que fosse devagar e carinhosamente, pois era minha primeira vez. Ele disse: “Você vai ter sempre muito carinho”. Começou a empurrar o pau e eu relaxei, deixando-o entrar de modo suave. Senti uma dor mínima, seguida de um prazer imenso, tal a delicadeza com que me penetrou! Ele começou os movimentos de vai-e-vem bem devagar e, aos poucos, foi aumentando o ritmo. Eu gemia e me contorcia, quase desmaiando de prazer. Logo ele gozou de novo, inundando minha cavidade com seu leite quente. Ficou com o pau dentro e deitou-se abraçado a mim por longos minutos.
Depois dessa nos levantamos e fomos tomar banho, pois estávamos exaustos e com fome. Mas, no banho a dois, foi outra festa: recomeçamos a sessão de beijos e chupadas, elevando o tesão lá em cima. Ele me ergueu, pedindo-me para enlaçar sua cintura com as pernas e abraçar seu pescoço, ficando meu cuzinho bem junto de seu pau duro. Colocou-o na entrada e foi introduzindo suavemente, levando-me novamente à loucura. Eu movimentava o quadril, rebolando, com o pau dentro, enquanto nos beijávamos loucamente. Logo ele gozou de novo, paramos e nos banhamos gostoso, um lavando o corpo do outro. Quase recomeçamos tudo, mas nos contivemos. Nos enxugamos, ele vestiu apenas a cueca e eu minha calcinha, e fomos para a cozinha, onde pegou umas comidas congeladas e aqueceu no micro-ondas. Colocou pratos e talheres na mesa e pegou as comidas quentes. Pegou duas taças de cristal e abriu uma garrafa de um ótimo vinho italiano. Sentamo-nos e comemos uma lasanha deliciosa, tomando vinho, uma novidade para mim. Terminamos e ele buscou na geladeira um pudim de leite para a sobremesa. Encerramos com um excelente licor francês. Aquela foi uma das melhores refeições que saboreei. Ali ficamos um bom tempo conversando, tendo ele ligado um aparelho de som na sala, de onde ouvíamos músicas suaves, feitas para enlevar a alma. Já bem tarde fomos dormir. Escovamos os dentes e nos deitamos. (Continua).