[Cris]
Os dias foram passando e Anny ia se recuperando, me confundiu muito com Luciana no início, a planta realmente trás danos graves as pessoas, nela até o momento reversível. Luciana foi presa, Cintia estava morando em seu apartamento e eu passava mais tempo no laboratório e no hospital do que em qualquer lugar. José estava passando mais tempo com minha mãe, os dois não desgrudaram. José já dizia que fosse embora ele ficaria com a mamãe, como se eu deixasse.
(Cris): Oi minha menina, como você está hoje?
(Anny): Luciana?
(Cris): Oi?
Nos olhamos com cara de espanto, e ela caiu na gargalhada.
(Anny): Sua cara foi a melhor!
Aquele sorriso era a coisa mais linda do mundo, parecia leve, cheia de vida e bem engraçadinha.
(Cris): Olha o médico pediu para te dar uma notícia mas já que tá engraçada, fica sem saber!
(Anny): Minha alta é depois de amanhã.
(Cris): Como??
(Anny): Cris eu trabalhei aqui por anos, conheço quase todo mundo, as enfermeiras me falaram! Inclusive ficaram boquiaberta quando falei que pegava você!
(Cris): Como assim?
(Anny): Elas achavam que você era casada com a Cintia, aí foi quando expliquei, direitinho até quando você fazia residência aqui!
- Olá! Boa tarde, vim para o seu banho!
(Cris): Tudo bem boa tarde, deixa te perguntar, qual teu nome?
- Alice.
(Cris): Eu posso dar o banho?
(Anny): Não!
(Alice): Infelizmente não!
(Cris): Tá! Então eu vou tomar banho e jantar!
(Anny): Você vai jantar sem mim?
(Cris): Sim, e vou acelerar, se não fico sem! Hoje subi até de mochila!
Dei um beijo na testa dela e sai. Ficaram as duas me olhando. Não vou cair nesse joguinho, ela não quis que eu fosse por causa da vergonha, até parece que nunca vi tudo aquilo. Fiz exatamente o que havia dito, tomei um banho e fui para o refeitório, encontrei alguns amigos de residência conversamos e fui para o quarto. Quando cheguei, as luzes estavam quase todas apagadas, só a luz de emergência, sabia que tinha demorado, só não imaginava que tento.
Entrei, fechei a porta atrás de mim, caminhei bem devagar até a cama onde ela estava, dei um beijo em sua testa e um cheiro em seu cangote, sabia que ela estava acordada, só estava brava. Decidi ir além, fui até seu ouvido e sussurrei.
(Cris): Nossa como minha menina está cheirosa!
Comecei a dar cheirinho novamente, no pescoço, atrás da orelha, nos olhos, enquanto isso minha mão descia passando entre seus seios, barriga, vou até a cintura e aperto com se a puxasse para mim, a respiração estava mais forte e a segunda vez que puxei, enfiei meu rosto em seu pescoço, aí vi ela levantando o quadril. Em seguida me empurrou, fazendo afastar dela.
(Anny): Pode parar! Nos estamos no hospital!
(Cris): Tranquei a porta!
(Anny): Aqui tem câmera!
(Cris): Será um prazer pedir a gravação depois!
(Anny): Tá doida? Sai daqui que eu tô brava com você!
(Cris): Nossa que linda bravinha!
Fui andando em sua direção e ela me olhando incrédula, mordi o lábio inferior e dei um leve sorriso malicioso.
(Anny): Vou chamar a enfermeira!
(Cris): Que gulosa, pensei que era só eu e você!
(Anny): Chega eu tô mais brava!
Parei em frente a cama, baixei um pouco até ficar cara a cara com ela.
(Cris): Prova!
Ela me beijou, um beijo calmo mas cheio de ternura e amor. Retribui com um toque de tesão só pra provocar.
(Anny): Pronto!
(Cris): Boa garota!
[Anny]
Na manhã seguinte acordei primeiro, vi ela toda encolhida na poltrona, tão fofinha nem parecia aquela maníaca que quis me atacar ontem. Desde a noite anterior estava sem os acessos, já ia receber alta, ia fugir para fazer uma surpresa, até que...
(Cris): Pra onde você vai?
(Anny): No banheiro!
(Cris): O banheiro é aqui, você ia fugir!
(Anny): Eeeuuu?
(Cris): Vai se arrumar, já vou te dar tua alta!
(Anny): Você, vai me dar alta?
(Cris): Eu sou medica sabia?
(Anny): E onde tá o doutor Geraldo?
(Cris): E vamos que eu também preciso! E eu tenho uma surpresa pra você.
Ela foi até a mochila que estava na mesa, pegou sabonete, shampoo, condicionador as roupas e tudo que precisava, deixou as coisas na mesa dentro do banheiro, voltou nua, me olhou com a cara mais safada que já vi.
(Anny): Vem!
