A vida de Samuel se estagnara após o último acidente que o deixou manco; seu trabalho tanto nos portos como nos navios mercantes sofrera uma amarga interrupção assim como o abandono de sua esposa que se cansara de viver de migalhas; para ele nada mais restava, nem mesmo a esperança que jazia inerte no fundo de uma garrafa vazia de rum. Ele pensava no que deveria fazer e tirar a própria vida era a única saída que lhe vinha a mente; todavia, Lucas, seu melhor amigo o procurou com uma solução. A capitania dos portos procurava voluntários aptos a cuidar do sistema de faróis marítimos, em especial um que ficava localizado em uma ilha próxima costa junto a um conjunto de recifes extremamente perigosos que exigiam monitoramento diuturno.
Samuel ouvia atentamente a explanação do amigo e mesmo desanimado sentia que as palavras de Lucas operavam um estímulo renovado e após mais de uma hora de um diálogo truncado, Samuel acabou rendendo-se ao amigo. Na manhã do dia seguinte, ambos se apresentaram na capitania e após uma entrevista com o comandante local, Samuel foi contratado com partida imediata para a tal ilha. Em uma embarcação de médio porte, Samuel embarcou logo depois de despedir-se de seu amigo que prometeu visitá-lo em alguns dias. Algumas milhas náuticas em um mar revolto ele avistou seu novo lar; tratava-se de uma ilha vulcânica onde nada crescia ou sobrevivia por muito tempo, o navio fundeou ao largo e Samuel tomou assento em uma canoa de desembarque motorizada conduzida por Albion um marinheiro muito experiente.
Na praia pedregosa, Samuel descarregou latas de óleo diesel, mantimentos, algumas ferramentas e outros insumos para pequenos reparos; ele olhou para o alto mirando o imponente farol que assemelhava-se a um delgado castelo inexpugnável e suspirou conformando-se com seu destino. “Algum conselho para este marujo?”, perguntou ele para Albion; o velho ergueu o rosto enrugado, franziu o cenho e respondeu: “Não se preocupe com as tempestades, pois elas têm a sua razão de ser; preocupe-se com a calmaria que nunca traz bons agouros!”. Depois disso o velho marinheiro aprumou-se para retornar ao navio. Samuel ficou observando enquanto a canoa desaparecia próxima do navio e depois olhou para o céu cinza avisando-o de que precisava acomodar-se o mais rápido possível.
Depois de guardar sua carga no pequeno casebre que ficava ao lado da casa que o abrigaria, Samuel pôs-se a conhecer o farol e seu funcionamento. Subiu a longa escada interior feita de pedra e madeira e quase ficou cego quando irrompeu na área em que o sistema luminoso realizava sua rotina diuturna. Saiu para o corredor externo que rodeava toda a estrutura e segurando-se no guarda-corpo de ferro circulou observando todos os arredores da ilha; quando a noite caiu ele se recolheu preparando uma refeição quente; leu alguns trechos da Bíblia, fumou um cigarro e certificou-se de que não havia bebida alcoólica disponível antes de ir para a cama. Foi uma noite de sono inconstante com o barulho das fortes ondas chocando-se contra as rochas e o ruído metálico das engrenagens do farol operando os movimentos necessários para que ele cumprisse com seu mister.
Os dias arrastaram-se repletos de solidão e alguma impaciência; pouco mais de vinte dias depois de sua chegada recebeu a visita de Albion trazendo mais alguns insumos. “Isto aqui não faz parte da lista, mas que se dane! Aproveite, mas não exagere!”, alertou o velho marinheiro ao entregar uma sacola que continha em seu interior duas garrafas, uma de conhaque e outra de rum. Samuel olhou para o conteúdo e depois encarou o rosto marcado do amigo sorrindo com discrição. Nesta carga vieram também alguns livros e revistas com a promessa de Albion que quando fosse possível traria um rádio, ou mesmo uma televisão; o tom sarcástico do sujeito deu certeza a Samuel que aquela promessa jamais seria cumprida. Com o passar do tempo Samuel foi absorvido pela leitura e aproveitou para começar um diário; de lápis em punho ele de início ao seu projeto que logo se tornou mais que apenas um diário, mas uma coletânea de pensamentos e considerações sobre sua vida, expectativas e frustrações; Albion também o ajudou nisso trazendo algumas brochuras e mais lápis para ele.
Uma manhã de inverno, Samuel levantou-se e estava a preparar o café quando sentiu uma espécie de intuição; era como um chamado que precisava ser atendido; ele largou tudo que estava a fazer, vestiu seu capote de couro e saiu da casa; curiosamente ele não rumou em direção da praia, mas fez o caminho oposto até chegar a um despenhadeiro rochoso situado mais ao norte da ilha; ele desceu por algumas pedras e olhou para baixo deparando-se com a cena mais insólita de sua vida; estendida sobre uma pedra mais plana estava uma jovem desnuda que parecia choramingar agitando os braços no ar como se pedisse ajuda; além do frio uma chuva fina e persistente castigava a ilha tornando a descida por aquelas rochas algo muito mais arriscado que o normal.
Impulsivamente, Samuel começou a descer pelas rochas apoiando-se como podia até chegar perto da moça que ao vê-lo pareceu agitar-se ainda mais exibindo uma expressão desesperada; ele tirou o capote com a intenção de cobri-la, porém percebeu que ela ficara ainda mais arredia e assustada. “Puxa vida! Será que ela não entende que quero ajudá-la?”, pensou ele com olhar atormentado. A garota fixou seu olhar no rosto de Samuel como se estivesse a entender o que ele pensara; imediatamente ela se acalmou permitindo que ele se aproximasse cobrindo-a com o capote. Em seguida ele a tomou em seus braços e seguindo um instinto que ele sequer sabia ter, arriscou-se descendo a encosta íngreme até chegar ao pequeno trecho arenoso.
O trajeto de volta para sua casa mostrou-se muito mais longo e cansativo, porém havia a segurança de não aventurar-se de volta naquele rochedo umedecido. Já no interior do imóvel, Samuel depositou sua carga carinhosamente sobre a cama mantendo-a coberta pelo seu capote; correu então para a cozinha onde preparou um mingau quente que ele próprio incumbiu-se de dar a ela levando a colher a sua boca várias vezes. A jovem sorvia o alimento quente e Samuel tinha a nítida impressão de que ela sorria em agradecimento após cada colherada. Quando finalizou o gesto o sujeito fez menção de voltar para a cozinha incapaz de conter a curiosidade de saber pelo menos o nome daquela linda jovem.
-Me chamo Raiane – respondeu ela como se tivesse ouvido a pergunta que ele fizera apenas mentalmente – E fico grato por sua ajuda.
Pasmo com a maviosa voz da jovem respondendo uma pergunta que ele jamais verbalizara, Samuel limitou-se a sorrir encabulado saindo do aposento. Mais tarde naquele dia, após uma refeição rápida, o faroleiro subiu até a cobertura envidraçada para verificar o funcionamento do farol e depois retornou sentando-se em uma cadeira na cozinha e servindo-se de uma dose de rum; estava bebericando em pequenos goles pensando em como Raiane havia chegado até a ilha; impossível que ele tivesse nadado até ali, pois sofreria de dolorosas câimbras e também de hipotermia que provavelmente a mataria em questão de horas.
Mesmo absorto em seus pensamentos ele pressentiu que havia mais alguém no recinto; voltou o olhar na direção da porta do quarto e deu com Raiane de pé na soleira encostada no batente lateral observando-o em silêncio; Samuel impressionou-se com a naturalidade com que ela exibia sua nudez curvilínea dotada de beleza única diante dos olhos de uma pessoa do sexo oposto isolado naquela ilha há algum tempo. “Você tem aquela bebida que usou para me alimentar? Ela é muito gostosa e eu nunca provei! Posso tomar um pouco mais?”, perguntou ela com seu tom de voz suave e mavioso que quase soava como um canto.
Compreendendo tratar-se de leite, Samuel pôs-se de pé caminhando até a velha geladeira que rosnava como um urso doente e retirou de seu interior um frasco de vidro colocando-o sobre a mesa; antes que ele conseguisse alcançar um copo na prateleira próxima da pia Raiane avançou sobre o frasco entornando-o e sorvendo seu conteúdo em grandes goles que sua boca não conseguiu conter fazendo com que uma parte escorresse pelos cantos dos lábios, lambuzando seu corpo. Samuel ficou hipnotizado com a visão do líquido branco escorrendo pelo corpo de Raiane provocando sensações que há muito tempo ele não experimentava em sua vida.
Tomado por visível impaciência, Samuel pegou um cigarro e o acendeu esforçando-se em não apreciar a nudez de Raiane que sorveu todo o conteúdo do frasco limpando os lábios com o dorso da mão; em seguida ela puxou uma cadeira e sentou-se de frente para Samuel passando e encará-lo com um olhar mesclado de languidez e curiosidade. Ele por sua vez fumava e evitava olhar no rosto de Raiane até que decidiu fazer-lhe algumas perguntas para saber de onde ela viera; entretanto Raiane não respondia a nenhuma das perguntas optando por permanecer com o olhar fixo em Samuel.
-Você me acha atraente? – perguntou ela a certa altura quebrando seu silêncio.
-O que? Er, sim …, acho sim! – respondeu ele devolvendo um questionamento – Porque você está me perguntando isso?
-Porque você é o primeiro homem que eu vejo na vida que não me cobiça! – respondeu Raiane com um tom sincero – se bem que não vi tantos assim!
-Na verdade, sinto cobiça por você! – emendou Samuel em tom de desabafo – mas não sei nada a seu respeito!
-E nem precisa saber! – respondeu ela com tom insinuante enquanto se levantava aproximando-se de Samuel – O que você precisa saber é isso!
Ao término dessa frase, Raiane inclinou-se segurando o rosto de Samuel e levando seus lábios ao encontro com os dele encerrando um beijo; Samuel mostrou-se tímido no início, porém o contato dos lábios de Raiane serviram como um estopim transformando a timidez em puro desejo viril de um macho que há muito tempo não desfrutava de uma mulher e principalmente de uma mulher tão jovem e tão linda como ela.
Mesmo prolongando-se por um bom tempo quando os lábios delas afastaram-se restou ao marinheiro o anseio por mais beijos como aquele pudessem ser eternizados em seu corpo e em sua alma; Raiane então segurou a cabeça de Samuel olhando no fundo de seus olhos de uma maneira que parecia hipnotizante. “Eu vejo um mar profundo de tristeza e solidão, cujas águas revoltas são empurradas par o fundo do vazio esquecimento …, é assim que queres passar o resto de teus dias?”, perguntou ela com tom suave, mas enfático.
-Mas que posso eu fazer, afinal – respondeu Samuel em tom de desabafo – Foi que me restou! Foi o que eu escolhi!
-NÃO! Você não escolheu isso! – retrucou Raiane – Isso foi imposto a você! Venha! Me tome em seus braços e te faço esquecer da solidão!
Num gesto impensado, Samuel tomou-a nos braços e mais uma vez seus lábios saciaram sua fome naquela boca quente, úmida e cheia de expectativas. Samuel passeou suas mãos pelo corpo desnudo de Raiane sentindo sua maciez morna e acetinada que o deixavam arrepiado desejando explorá-la por toda a sua vida. Repentinamente, tomado por um açoite de consciência, Samuel empurrou Raiane para longe de si mirando-a com uma expressão alarmada; embora quisesse ele tê-la para si ele também temia que pudesse ser algo efêmero e fugaz que no final o deixaria ainda mais amargurado.
-Você não me quer? – perguntou Raiane com tom exasperado – É isso? Não sente atração por mim?
-Sinto por você muito mais que atração! – respondeu ele com tom desvalido – Mas de que adianta isso? Eu não sirvo para uma jovem como você …, tu mereces mais!
-Se é assim, não quero mais viver! – redarguiu ela aproximando-se da porta de saída – Vou correr até o penhasco mais próximo e desaparecer para sempre! Não sirvo para você então não sirvo para ninguém!
Ao abrir a porta Raiane viu o ocaso avermelhado despencando no horizonte enquanto o manto escuro e frio da noite avançava inexorável, e antes de partir olhou para trás mirando o rosto de Samuel; a jovem então pôs-se a correr para longe ante o olhar estupefato do marinheiro que ainda tentou conter o ímpeto de persegui-la, vendo-se derrotado pelo sentimento que ardia em seu interior. Em alguns minutos ele a alcançou segurando seu braço e puxando-a para si; envolvida pelos braços fortes do marinheiro Raiane mirou seu rosto e sorriu; e desta vez o beijo não teve mais fim.
Depois de tomá-la em seus braços, Samuel retornou para dentro de sua casa até chegar no quarto onde ele a depositou carinhosamente sobre a cama; o marinheiro despiu-se e avançou em direção de Raiane que ergueu seus pés pedindo que ele os beijasse; segurando-os cuidadosamente com suas mãos, Samuel alternou beijos em cada um deles detendo-se nos dedinhos que foram sugados com tanto fervor que fizeram Raiane soltar gemidinhos arfantes. Ela então abriu as pernas exibindo sua grutinha lisa aos olhos gulosos do marinheiro que não perdeu tempo em mergulhar entre elas até que sua língua alcançasse o alvo saboreando-o como merecido.
Raiane não cabia mais em si ante os vertiginosos orgasmos que sacudiam seu corpo, proporcionados pela língua hábil de Samuel que também deliciava-se em sorver o néctar que vertia copioso da gruta alagada. Tomado por um arroubo inconsequente, Samuel cobriu Raiane com seu corpo esfregando o falo rijo nas carnes quentes e suculentas da fêmea que por sua vez cingiu a cintura do macho com suas mãos gingando o corpo até que conseguisse enluvar o membro alargado cujo calibre fez a musculatura interior da fêmea dilatar-se até conseguir aconchegá-lo em seu interior. Movendo pélvis e quadril com eloquente cadência, Samuel perfurava profundamente a gruta para em seguida sacar o mastro retomando o movimento anterior sempre em um ritmo crescente e impetuoso.
Raiane gemia, suspirava e até soltava gritinhos histéricos ante o gozo profuso e inesgotável que Samuel lhe propiciava sem dar sinais de arrefecimento, mostrando-se tomado por um estímulo além de sua compreensão; a cópula prosseguiu como se não houvesse mais nada ao redor deles e somente foi interrompida porque a fisiologia de Samuel impôs um limite ao seu desempenho; e deu-se de forma tão exacerbada que não houve tempo para mais nada quando as contrações musculares involuntárias e os espasmos assolaram seu corpo até o clímax que explodiu em um gozo farto que inundou as entranhas de Raiane que enlaçou o parceiro com braços e pernas entregando-se ao derradeiro gozo que chacoalhou seu corpo como faz o vento arredio com uma folhagem solta.
Tomado por uma exaustão indescritível, Samuel desabou sobre Raiane podendo sentir suas respirações arfantes e seus corações acelerados vibrando na mesma sintonia como uma harmoniosa junção de corpos e almas. “Eu jamais vou desistir de você! E você jamais desistirá de mim! Agora somos apenas um!”, sussurrou ela no ouvido de seu parceiro que mirando o rosto dela e pela primeira vez em muito tempo abriu um largo sorriso de plena felicidade. A partir daquele dia Raiane passou a fazer parte da vida de Samuel e ele tornou-se a razão de viver dela que não se cansava de beijá-lo e entregar-se a ele noite após noite.
E houve uma noite em que Raiane tomou para si as rédeas do interlúdio conjugal passando a cavalgar o macho subindo e descendo sobre o membro viril de seu parceiro com uma sincronia alucinante chegando a inclinar-se sobre ele oferecendo suas mamas pequenas e perfeitas para que ele as saboreasse com sua boca ávida. Samuel degustava os mamilos intumescidos alternando-os em sua boca a causando sensações delirantes em Raiane que intensificava ainda mais seus movimentos de sobe e desce sobre o membro enrijecido e vigoroso do parceiro, experimentando uma sucessão de orgasmos que a deixavam fora de si. E mais uma vez o derradeiro gozo de Raiane foi usufruído ao mesmo tempo em que seu parceiro contorcia-se com veemência enquanto atingia seu ápice em mais uma gozada quente e caudalosa que novamente irrigou as entranhas de Raiane cuja reação era de voluptuosa entrega ao delirante prazer que Samuel lhe oferecia como se cada vez fosse a primeira.
Samuel sentia-se vivendo um sonho acordado e todas as manhãs ele fazia questão de mirar o rostinho ainda adormecido de Raiane para certificar-se que tudo era real e que ela permanecia ao seu lado. Em uma de suas visitas habituais, Albion chegou com os mantimentos e mais cigarros e alguma bebida; repentinamente ele mirou o rosto de Samuel interrompendo a animada conversa que mantinham. “Tem uma mulher com você, não tem? Não precisa nem responder, eu sei que tem! Mande-a embora imediatamente! Para seu bem, livre-se dela!”, esbravejava o velho marinheiro enquanto puxava o crucifixo que trazia em uma corrente em seu pescoço beijando a imagem várias vezes. Samuel ficou atônito com as palavras de Albion e conteve o ímpeto de gargalhar, não conseguindo evitar porém um risinho irônico. “Vou embora daqui! Sei que você não acredita!” – resmungou Albion enquanto se aprumava para zarpar rumo ao navio de transporte – “Mas preste atenção: se ela chegou aqui sem que você soubesse de onde veio …, Bah! Dane-se …, até mais ver!”
Observando o marinheiro rumar para o navio sentiu a presença de Raiane atrás de si; ao mirar seu rosto descobriu um semblante enigmático e indecifrável; ela o encarou por alguns minutos, sorriu e depois voltou para casa. Ambos não trocaram uma palavra ao longo do dia e Samuel subiu ao farol para a verificação de praxe; lá de cima olhou o horizonte onde estrelas e o mar se encontravam refletindo uma luminosidade prateada e bruxuleante e pensou no que Albion lhe dissera. Quando retornou entrando eu seu quarto viu Raiane deitada sobre a cama com as mãos cruzadas sobre o peito. “Venha! Me possua do jeito mais selvagem que conhece! Faça-me tua de todas as formas!”, pediu ela em tom de súplica abrindo os braços e estendendo-os na direção dele.
Sentindo-se possuído, Samuel arrancou as roupas e avançou sobre Raiane; fê-la dar-lhe as costas e ficar em decúbito ventral elevando o traseiro e afundando o rosto sobre a cama; tomado por uma excitação desmedida Samuel entreabriu as nádegas roliças de Raiane e pôs-se a lamber o rego entre elas usando sua língua para cutucar o orifício corrugado provocando longos gemidos em sua parceira. Pouco depois ele tomou posição e passou a estocar contra o selo intocado até conseguir romper sua resistência impondo um doloroso laceamento para que a glande avançasse para seu interior prosseguindo com enorme ênfase.
Após a profunda penetração a cópula anal teve seu curso com Raiane dando resmungos inaudíveis sem retroceder ao ataque que seu macho desferia impiedosamente; a medida em que o embate luxurioso marchava inexorável, Samuel percebia que os reclamos de Raiane transformavam-se em gemidos suspirados que se prolongavam comprovando que a dor dera lugar ao prazer o que serviu de estímulo para que o marinheiro exibisse toda a sua efervescência viril socando vigorosamente e deliciando-se com os gemidos, suspiros e palavras de amor balbuciadas por Raiane cujas delirantes reações deixavam cristalino seu açodamento visceral ante o prazer que desfrutava e que não tardou em redundar num infindável rosário de orgasmos que chacoalhavam seu corpo e que culminou no gozo ainda mais profundo do macho inundando suas entranhas com sêmen quente e espesso.
De um modo incompreensível, Samuel adormeceu profundamente e na madrugada foi abruptamente acordado por um canto encantador que vinha do lado de fora da casa; caminhando nu como atraído pela cantoria chegou a um penhasco onde Raiane o esperava com um sorriso no rosto. “Chegou meu momento de partir …, e que pode ser o nosso momento se você desejar!”, disse ela ao interromper o canto com um olhar hipnotizante. Samuel olhou no fundo dos olhos de Raiane e um resumo visual de sua vida passou por sua mente. Ele então sorriu aproximando-se dela e tomando sua mão. “Eu jamais vou desistir de você! E você jamais desistirá de mim! Agora somos apenas um!”, disse ele relembrando um momento recente que ambos vivenciaram. Dias depois, Albion trazia Esdras para tomar o lugar de Samuel na vigília do farol. “Agora, preste muita atenção no que vou te dizer: em hipótese alguma aceite mulheres para desfrutar de tua cama …, nunca, entendeu!”, sentenciou ele em tom de vaticínio ante o olhar perplexo do neófito.