Continuação:
Aos poucos, eu começava a entender o meu valor como homem. O trabalho no escritório me obrigou a mudar a forma de me vestir. No lugar das camisetas com estampa de filmes famosos ou super-heróis, das bermudas cheias de bolsos e dos tênis, eu agora usava calças, camisas sociais e sapatos, presentes da advogada coroa que me transformou em seu amante quando a solidão a fazia sentir-se só. O cabelo desgrenhado, sem pentear, e o uso constante de bonés, deu lugar a um corte tradicional. A barba por fazer e cheia de falhas era feita todas as manhãs. Eu parecia uma outra pessoa, não mais um garoto, e sim, um homem adulto atraente e confiante. Até as mulheres começaram a reparar em mim. Minha mãe e irmã caçula eram as mais entusiasmadas com a minha mudança:
- Quem diria? Meu filho, um homem feito até na forma de se vestir. - Ela me enchia de beijos.
Todos os advogados gostavam do meu jeito eficiente de trabalhar e entre os funcionários de baixo escalão, os vários office-boys e estagiários, eu acabei me destacando. Não demorou muito para que os meus esforços fossem recompensados. Após um ano de dedicação, fui chamado à sala do Dr. Mathias, o dono da firma. Sua secretária mandou que eu entrasse direto, ele já me esperava:
- Bom dia, João! Como você está?
Poucas vezes ele havia se dirigido a mim. Estranhei até o fato dele saber meu nome:
- Bom dia! Eu estou bem, e o senhor?
Ele era um homem de presença imponente, na casa do sessenta anos, cabelo e barba grisalhos, mas em forma e de olhar penetrante:
- Sente-se, João! O que tem achado do trabalho em nossa firma? Está satisfeito?
Respondi de bate-pronto:
- Muito, doutor! Todos me ajudam e eu tenho dado sempre o meu melhor.
Ele foi direto ao assunto:
- É por isso que eu o chamei, João. Sempre que encontramos um rapaz esforçado e dedicado como você, tentamos retribuir o esforço de alguma forma. O que você deseja para o seu futuro? Fiquei sabendo que tentou medicina e até passou, mas que desistiu na última hora.
Eu fiquei surpreso por ele saber tanto sobre mim. E tinha mais:
- Me contaram também que você ajuda a sua mãe e cuida bem dos seus irmãos. Já pensou em seguir carreira no direito? Me falaram que até a ortografia de contratos complicados você tem o costume de corrigir…
Pensei que era um esporro e tentei me defender:
- Me desculpe, doutor! Não fiz por mal, apenas vi o erro, ele saltou aos meus olhos. Me pareceu ser erro de digitação, nada mais…
Ele sorriu satisfeito:
- No meu modo de pensar, foi melhor que você tenha visto o erro a tempo de corrigir do que o juiz ao analisar o processo.
Ele voltou a ficar sério, me olhando com determinação:
- Eu gostaria que você pensasse seriamente em seguir carreira no direito. Temos convênio com uma universidade particular e sempre premiamos funcionários que mostram potencial.
Surpreendido com a proposta, tentei falar alguma coisa, mas ele me fez sinal para esperar, continuando sua fala:
- Ainda faltam alguns meses para o início do próximo semestre. Pense com calma, converse com sua família. Por enquanto, eu quero que você auxilie os estagiários na área de revisão. Pelo jeito, o seu domínio da língua portuguesa é melhor do que o de vários universitários que estagiam aqui.
A ficha ainda não tinha caído. Ele, então, concluiu:
- O salário também é melhor, quase o dobro. Tenho certeza de que a sua mãe ficará satisfeita também.
Ele me entregou uma folha de papel ofício, dizendo:
- Leve isso ao RH, você já começa hoje na nova função. Pode ir.
Feliz, entendendo finalmente o que acontecia, eu disse:
- Muito obrigado, Doutor! Me dedicarei ainda mais.
Já imerso em algum processo, ele sorriu:
- Tenho certeza que sim.
Passei pelo RH e fui direcionado para o meu novo local de trabalho. Para falar a verdade, eu conhecia muito pouco do local em que trabalhava. Como meu serviço de office-boy se resumia a idas a cartórios, bancos e entrega de documentos no fórum, eu raramente passava da recepção. Assim que eu chegava, todas as manhãs, as secretárias ou os responsáveis de cada setor, já distribuíam o que cada office-boy deveria fazer. No máximo, eu ia até a copa ou ao refeitório.
A sala era pequena, apertada, e nela havia três mesas. Duas ocupadas por estagiários, meus novos colegas de trabalho, um rapaz e uma moça, os dois um pouco mais velhos do que eu. Ele, um homem bonito, não posso negar, mas com aquela cara tão comum de maconheiro riquinho, de quem estava ali porque o papai deveria ser alguém importante. Confesso que nosso santo não bateu e de cara já nos olhamos com certa implicância.
A jovem mulher, muito bonita, se chamava Marcela. Cabelo castanho-claro, olhos cor-de-mel, um sorriso de dentes brancos perfeitos que chegavam a ofuscar a vista. Com o tempo, e a convivência, acabamos nos conhecendo melhor, mas as roupas formais não me deixavam ter uma noção exata do seu corpo.
Ela era pura simpatia e me ajudou muito a conhecer melhor o trabalho nos primeiros dias. Para compensar, Daniel, meu outro colega, era um verdadeiro babaca, que passava o tempo livre tentando me diminuir. Não eram palavras diretas a mim, pois ele agia pelas costas, enciumado, incapaz de se responsabilizar pela própria incompetência. Seu trabalho sempre acabava voltando para que eu ou Marcela refizessemos.
Quem começou a agir de forma diferente também foi a Dra. Ester, a advogada coroa que passou a ter uma verdadeira fixação por mim, agindo como se fossemos namorados, como se eu pertencesse a ela. Não no escritório, lógico, mas seus convites para que eu fosse até a sua casa começaram a ser quase diários. Com medo de ser prejudicado, de que ela se enfurecesse com minha recusa, eu acabava aceitando todos os seus caprichos.
Nossos encontros eram sempre da mesma forma: ela me mandava mensagem próximo ao final do expediente e eu a esperava na rua de trás do prédio onde ficava a firma, uma rua de pouco movimento. Eu entrava no carro e seguíamos para a sua casa em um condomínio de alto padrão. Transávamos duas ou três vezes e lá pelas vinte e uma, vinte duas horas, ela pedia um carro de aplicativo e eu voltava para casa.
Começamos essa rotina no meu quarto mês de trabalho, e após o sétimo, ela queria cada vez mais a minha companhia, chegando a me mandar mensagem até três vezes durante a semana.
Preciso confessar que, tirando a loirinha linda e profissional que tirou o meu cabaço, Ester, a coroa advogada, era realmente uma foda maravilhosa. E só melhorava com o tempo.
Naquela sexta-feira qualquer, seguindo o nosso protocolo, ela novamente me enviou a mensagem ao final do expediente. Mas daquela vez, o pedido era um pouco diferente:
"João, preciso da sua ajuda. Amanhã de manhã irei receber alguns profissionais para a conclusão de um serviço em minha casa. Você pode dormir comigo essa noite? Juntamos o útil ao agradável. Pode ser?"
Homens quando vêem uma mulher sozinha costumam voltar ao tempo das cavernas. Imaginei que para ela me pedir isso, era sinal de que estava incomodada com alguma coisa. Respondi:
"Tudo bem! Conte comigo. Te espero no mesmo local."
Para não deixar minha mãe preocupada, liguei para casa e dei uma desculpa, dizendo que tinha sido convidado para sair com alguns amigos e que iria dormir fora. Ela, como toda mãe, me pediu para ter cuidado. No horário de sempre, Ester me buscou e partimos para sua casa.
Naquela noite, ela estava muito carinhosa comigo, como se fossemos realmente namorados. Tomamos banho juntos, trocando carícias debaixo da água. Enquanto terminava o seu ritual pós-banho, ela pediu:
- Amor, abre um vinho para nós.
Era a primeira que ela me chamava daquela forma, mas eu decidi não cortar seu barato, ela parecia feliz por estar comigo.
Em sua adega havia três ou quatro opções, tanto tinto quanto branco. Até um meio rosado. Eu não entendia nada de vinhos, mal bebia. Vendo que ela já havia saído do quarto e estava na cozinha se preparando para cozinhar, perguntei:
- Qual vinho você prefere? Eu não entendo muito disso.
Ela, após uma risada gostosa, respondeu:
- Está calor, acho melhor um branco, geladinho. Ele combina bem com o risoto de cogumelos que vou preparar.
Peguei a garrafa e abri, servindo a bebida nas taças. Caminhei ao seu encontro na cozinha e ela estava divina, com uma toalha nos cabelos e um roupão mais fino, próprio para dias quentes ou para usar na piscina. O roupão não estava amarrado na cintura, e a visão frontal do seu corpo nu era um imagem linda para se ter guardada na memória. Um belo corpo maduro: seios fartos, mas ainda firmes. As aréolas castanhas, bem clarinhas, com aqueles bicos mais pontudos. O quadril mais largo acabava fazendo a cintura parecer mais fina do que realmente era. A xoxota, com apenas um tufo bem aparados de pelos no monte de vênus, era mais baixa, não tão visível daquela posição, o que era ainda mais excitante. Sua pele alva contrastava com o cabelo negro, liso e volumoso. Seus olhos eram negros como o cabelo.
Vendo que eu a admirava, ela pediu que eu ficasse mais à vontade. Tirei a calça e fiquei apenas de cueca. Eu já tinha mais autoconfiança e nenhuma vergonha do meu corpo.
Jantamos em um clima bem descontraído, conversando amenidades. Ela sempre me incentivou a aceitar a proposta do Dr. Mathias, dizendo que seria a minha mentora e professora particular, dizendo que ele tinha um olho apurado para novos talentos. Rimos de chorar, quando já um pouco alta, ela começou a contar os podres de alguns advogados respeitados da cidade. Mesmo achando aquilo um pouco maldoso, preferi não interromper. Ester deveria ter algo entre quarenta e cinco e cinquenta anos, mas parecia não ter mais do que quarenta. Era uma mulher linda e muito gostosa.
No sofá da sala mesmo, sem se preocupar com mais nada, ela tirou o meu pau para fora e começou a me punhetar:
- Você tem me feito muito feliz, João!
Eu me assustei um pouco com aquela conversa e ela percebeu:
- Fique tranquilo, eu não tenho a intenção de monopolizar você. Você ainda é apenas um menino. Seria egoísmo roubar a sua juventude.
Enquanto me punhetava, ela me beijou. Me testando, disse:
- Eu adoro trepar com você, mas já estou velha. Não seria justo.
Mesmo sendo novo e inexperiente, entendi que ela queria um elogio:
- Para com isso! Você é uma mulher linda, inteligente, independente e muito gostosa. Eu sou um sortudo por estar aqui com você.
Acertei na mosca, pois ela veio para cima com tudo, se jogando sobre o meu corpo, esfregando aqueles seios macios em meu peito e beijando a minha boca:
- Você é esperto, mocinho! Sabe como agradar uma mulher.
Ela se soltou dos meus braços e ajoelhou na minha frente, dando uma sugada forte na cabeça do meu pau. Eu aproveitei para fazer um pouco mais de média:
- Ai, cacete! Que boca é essa? Nenhuma novinha chupa um pau como você.
Me encarando feliz, ela enfiava a pica inteira na boca e só tirava quando estava quase perdendo o ar. Eu acariciava sua cabeça, aproveitando para forçar o pau ainda mais fundo naquela boca:
- Você é gostosa demais. Isso, continua… mama essa pica, vai…
Ela me punhetava e aumentava os movimentos de vai-e-vem com o pau na boca. Me provocando, ela dizia:
- Você é um safado gostoso. Estou viciando nessa pica.
Como tínhamos a noite toda pela frente, resolvi abusar dela um pouco, testar minhas habilidades. Pedi que ela deitasse no sofá e comecei a dedilhar seu grelo. Sua xoxota estava em brasa, melada e pulsando de desejo. Beijei e passei a língua na parte interna das coxas, dando chupões mais demorados na virilha. Ela se contorcia e agarrava forte o meu cabelo. Enfiei dois dedos na boceta e usei o dedão para continuar a massagear o grelo. Ela estava em êxtase:
- Ah, cacete! Assim você acaba comigo, não para!
Lembrei de uma dica da loirinha profissional e tentei alcançar seu ponto G, mas sem parar de dedilhar o clitóris também. A mulher ficou ensandecida, gemendo aos berros:
- Puta que pariu! Que delícia! Ah, meu Deus! Vou gozar, não para! Macho gostoso. O que é isso?
Aquela era a hora de penetrar, o momento exato do orgasmo. Tirei os dedos de dentro dela e enfiei o pau, socando em um único movimento, mas tomando o cuidado para não machucá-la. Ela gritou alto:
- Ah, caralho! Que maravilha! Isso, fode… que loucura é isso… quem é você? Onde estava escondendo essa habilidade toda…
Continuei socando firme, estocando com força, sentindo os orgasmos que se sucediam através das contrações de sua xoxota. Por quase vinte minutos, ela deve ter gozado umas quatro ou cinco vezes. No limite das minhas forças, gozei gostoso dentro daquela boceta quente e apertada.
Ainda trepamos na cama, mas de forma mais comedida, antes de apagarmos exaustos. Dormi com Ester agarrada a mim, falando baixinho ao meu ouvido:
- Não vou te soltar de jeito nenhum, vai que você foge… - Finalmente apaguei.
Acordei na manhã de sábado com um café caprichado servido na cama. Ester era só sorrisos e carinho. Sua forma de me olhar havia mudado. Ela estava mais dengosa e menos dominante. Parecia até bastante submissa. Ela pediu:
- Bom dia, meu gostoso! Lembra do favor que eu pedi? Os prestadores de serviço já devem estar chegando. Pode acompanhá-los no meu lugar?
Eu a abracei e dei um beijo carinhoso em seu rosto:
- Deixa comigo!
Me achei importante naquele momento. Eu, um moleque de apenas dezenove anos, o homem da casa que nem era minha. Ri sozinho.
Tomei o café da manhã elogiando tudo o que ela fazia para me agradar. Até ganhei uma escova de dentes para usar na casa dela. Ouvimos o interfone tocar e ela desceu para atender. Voltou instantes depois:
- Eles já chegaram.
Vesti minha roupa rapidamente e ela me levou até um quarto no final do corredor do andar superior:
- Eles irão montar aqui o guarda-roupas que eu comprei, ok? Vou ficar quieta no meu quarto até eles acabarem. Não gostei deles, me olharam como se eu fosse um pedaço de carne. Já está tudo pago.
Desci para recebê-los e Ester se trancou em seu quarto. Ao abrir a porta, não pude acreditar ao dar de cara com o Sr. Sérgio, pai da Jéssica. Ele estava tão assustado quanto eu:
- JB? Você mora aqui?
No susto, respondi o que me veio à cabeça:
- Não! Essa é a casa da minha namorada.
O Sr. Sérgio pareceu chateado com a resposta. Como sempre, uma mania idiota minha, só percebi a merda depois que falei. Mas também, eu não devia nada a ele, não tinha porquê me sentir mal. Tratei logo de cortar qualquer aproximação:
- Vou mostrar a vocês o local da instalação. Me acompanhem.
Eu estava estranhando o motivo do dono da empresa vir montar um guarda-roupa, mas ele logo disse:
- Busco vocês em três horas, rapazes! Tenho outros serviços para acompanhar.
Ele se despediu de mim de forma muito cortês:
- Foi um prazer revê-lo, JB! Bom saber que está bem. Até mais tarde.
Mas eu percebi que ele estava muito desconfortável com a situação, parecendo querer dizer alguma coisa, mas não tendo coragem. Preferi ficar na minha. Mesmo após um ano, eu ainda mantinha o meu respeito intacto por aquela família que sempre me acolheu com muito carinho. Nem ele e nem a esposa eram os culpados pelo que aconteceu entre Jéssica e eu. No impulso, acabei o puxando para um abraço:
- Estou bem sim, senhor! Espero que vocês também estejam. Mande um abraço para sua esposa. - Ele saiu rápido, tentando esconder os olhos que começavam a marejar.
Os três homens, os montadores, me olhavam sem entender, mas eu que não iria explicar. Falei firme:
- Vamos?
Os móveis começaram a ser descarregados e levados para o quarto onde seriam montados. Por quase três horas, os três homens trabalhavam sem parar, brincando um com outro, mas sempre me olhando com curiosidade. Às vezes, eu dava um pulinho no quarto da Ester para perguntar se ela queria alguma coisa, mas ela estava trabalhando, com a cara enfiada nos seus processos. Eu estava curioso:
- De quem é aquele quarto? O guarda-roupas é enorme.
Ester me olhou com um sorriso sacana no rosto:
- Da minha filha. Ela terminou a faculdade nos Estados Unidos e está voltando para casa.
"O que? Como assim? Essa mulher já tem uma filha mais velha do que eu?" Pensei e pela minha cara, Ester percebeu que eu estava totalmente perdido. Ela foi compreensiva:
- É uma longa história, eu conto depois.
Ainda com a cabeça girando, voltei para acompanhar o término da montagem do guarda-roupas.
Eu não sabia se aquela informação era uma coisa boa ou ruim, se a volta da filha seria o final das minhas aventuras com a mãe. Ainda tinha o reencontro com o Sr. Sérgio… mas de uma coisa a gente pode sempre ter certeza: nada é tão ruim que não possa sempre piorar.
Os marceneiros terminaram e logo o Sr. Sérgio apareceu para buscá-los. Visivelmente tenso, ele me chamou até o lado de fora de casa:
- Podemos falar por um minuto?
Eu não tinha motivos para não aceitar, apenas concordei com um movimento de cabeça. Ele me levou até a parte de trás do caminhão, onde tínhamos privacidade. Ele pensou por alguns instantes até criar coragem:
- JB, eu sei que você é um bom rapaz e até hoje não entendo o que aconteceu entre você e a Jéssica. Você se importaria de me contar o motivo de vocês dois não serem nem amigos mais? O que houve de tão grave?
Eu até poderia dizer, contar toda a história, mas a verdade é que nem eu sabia muito bem o que tinha acontecido. Jéssica me traiu e mentiu, ou sua história era verdadeira? E se ela realmente fosse lésbica, mas ainda não se assumiu para os pais? Não achei correto ser eu a falar. Fui direto:
- Eu peço desculpas ao Senhor, mas isso é uma coisa que apenas a Jéssica pode esclarecer. Por favor, não insista.
A única forma de me ver livre da situação, era sendo rude. Virei as costas e saí, não dando oportunidade para ele continuar a me pressionar. Mesmo assim, ele disse:
- Então, você precisa saber que a Jéssica nunca mais foi a mesma depois que vocês terminaram. Aquela garota alegre, de sorriso fácil, não existe mais. Ela se fechou para o mundo. Inclusive, até desistiu da faculdade.
Aquelas palavras me deixaram muito triste, mas eu não me sentia culpado. Jéssica era a única responsável pelas escolhas que fez. Jogar aquela bomba para cima de mim não era uma atitude legal. Até pensei em falar a verdade, colocar os pingos nos is, mas ao me virar, apenas tive a noção do desespero de um pai, pois as lágrimas escorriam de seus olhos.
Continua.