O meu melhor amigo tem onlyfans - 8

Um conto erótico de Joca
Categoria: Gay
Contém 832 palavras
Data: 04/03/2023 18:20:29
Última revisão: 04/03/2023 18:31:19

CAPÍTULO VIII

- Há quanto tempo? - perguntei.

- Pouco... Mas conversamos no hotel, é mais reservado, - disse.

Ele segurava a maçaneta da porta acostumado a ditar as regras, conduzir as coisas conforme o seu julgamento.

- Ian, - falei. - Eu não vou a lugar nenhum. Depois disso?

Ele sacodiu a cabeça e entreabriu os lábios, apertava as pálpebras dos olhos como se tivesse miopia, puro teatro.

- Você é o gay mais estranho que conheço.

- Conhece muitos? Pelo seu novo emprego, imagino que sim. Aliás, eu nem sei mais, quem é você mesmo? Ianzão?

- Porra, - estourou. - Qualquer outro gay no mundo adoraria ter...

- Vai, se autoelogia, você é mestre nisso, se exibe.

Ele fechou as mãos e os olhos, limpou o rosto com as palmas das mãos, voltou a relaxar os ombros, ensaiou um riso frouxo de professor paciente e disse:

- Por que isso é importante? - dramatizou. - São fotos. Vídeos. Como em uma atuação. Sei lá, um modelo... Pronto, são ensaios fotográficos.

- Pornográficos você quer dizer, - respondi.

- Que seja! Por que isso importa tanto?

Eu recriminava-o muito mais por não ter me contado de imediato como eu faria se fosse o contrário, a ele e a Felipe, contaria no mesmo instante. Ian escondeu! Uma azia explodindo no meu estomago, acidificou ainda mais minhas palavras.

- Um ator pornô moderno, - sorri cruel. - Um acompanhante via aplicativo. Prostitutuinho.

Ele fechou mais uma vez os punhos e avançou me segurando pela gola da camisa. O empurrei de igual para igual. Ele largou, vi os ossos do rosto aparecerem, a ruga em cima da testa. Ian penteou os cabelos com a mão, apertou a minha com força.

- Não é você que quer sempre ser o adulto? Porra! Vamos conversar caralho! - ele deu um passo adiante.

Virou-se para me olhar enquanto ainda segurava a minha mão. Eu desejei por uns instantes que tudo fosse simples assim, uma coisa sem importância. Mas minha raiva subiu para a cabeça, senti meu rosto ferver.

Os passos da minha mãe no corredor e o peso da mão dela sobre a porta destravando a maçaneta, eu me virei largando a mão de Ian, ele permaneceu onde estava com os olhos em mim.

- O que está acontecendo? Estavam brigando? - ela perguntou com voz de sono.

- Não, não tem ninguém brigando aqui, - Ian respondeu. - Eu e o Joca, estamos planejando fazer uma coisa especial hoje, agora na verdade... Antes que eu vá embora.

- Embora como? - disse mamãe. - Eu sabia que depois desse carrão, essas roupas bacanas, logo, logo você escapava.

Ela sorria como se falasse comigo, tinha toda a intimidade de uma mãe, e Ian aproveitara-se disso.

- Joca, - ele disse. - Vem logo. Estou te esperando no carro.

Ele apertou o meu ombro. Eu o olhei mas Ian virara-se rápido e saiu passando por minha mãe. Ela o seguiu elogiando o corte da roupa e o nosso talento para passar pela sala sem sermos notados.

Eu fui para o banheiro e ainda com a toalha na cintura passei pela sala minha mãe já havia ido para a cama. Os faróis do carro de Ian acessos iluminavam parte da entrada da casa. Voltei ao quarto.

- Ele que se foda! - gritei.

Mas mesmo assim a raiva ainda estava me apertando o peito e o juízo. Queria bater nele para descontar isso, sabendo que jamais conseguiria ferir aquele rosto, aquele corpo. Eu ainda aguardei mais tempo dentro de casa sem querer ir até a porta.

Escrevi e reescrevi mensagens para ele no zap:

"Agora não temos nada para conversar Ian, vá embora, por favor" - hesitei em clicar na setinha mas no fim deslizei o polegar.

Cai na cama ainda com o cabelo molhado. O ronco do carro dele estourou na rua. Em seguida um sereno começou a cair. Eu vesti meu pijama e desliguei o celular. Não havia o que chorar. A situação não era trágica assim, mas me corroía.

Quando o sono não veio, levantei-me ainda com a madrugada. Levei meu cobertor e um travesseiro para a sala. Nem a televisão com os três canais de streamings foram capazes de sono.

Eu segurei o botão na lateral do celular mas antes mesmo de a tela acender, com o final de um episódio de Euphoria série da HBO na tevê, o dia abria-se entrando pela casa, a voz de Felipe veio junto da porta.

Olhei para o celular nas minhas mãos pensando que vinha dele, mas era mesmo na porta, o Felipe que me chamava. Saltei do sofá indo direto para o portão. Ele estava com a camisa do pijama e uma calça moletom.

- Ah ainda bem que...

Nem o deixei terminar de falar e dei-lhe um soco fraco no rosto. Felipe cambaleou para trás com a mão na face esquerda.

- Você tinha que ter me contado pessoalmente cara, - falei já arrependido da agressão.

Ele ergueu-se rápido e disparou um tabefe no meu, ardeu na mesma hora.

- Veado acorda! Enfiou o celular no cú foi? Desde as três e meia da manhã que estou na emergência de regulação. Ian sofreu um acidente na BR...

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Comentários

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eles não tinham nada para o joca cobrar desse jeito, senta e conversa. Hoje as pessoas são tão carentes que tem a necessitade de querer saber tudo da vida até de um "amigo".

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O mundo não gira capota hahahaha obrigado pela leitura!

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que cara otario, uma pica mais preconceituosa que existe, tomara que i Ian te abandone e te despreze, isso que tu merece.

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Espero que continue a leitura e goste! Obrigado pelo comentário!

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