O fim de semana depois do evento dos empreendedores onde encontrei Daniel passou rápido. Apenas aproveitei os momentos de folga que tive para limpar meu quarto e passar alguns momentos com o meu namorado Guilherme, mas não saímos para qualquer lugar.
Na segunda-feira de manhã, como de costume, a primeira coisa que fiz depois de tomar meu café foi ir para a academia. Cheguei no horário de sempre e fui para um salinha onde as pessoas costumavam realizar seus alongamentos antes e depois dos treinos.
Eu vestia um top rosa da adidas, que deixava minha barriga toda de fora. Como sou magrinha, ela aparenta ser bem definida. Também usava um shorts curto, justo e preto e por fim um tênis branco. Amarrei o meu cabelo formando um rabo de cavalo e iniciei os alongamentos.
Pouco mais de um minuto deve ter se passado, quando na sala de alongamentos entra Daniel. Eu não estava sozinha na sala. Lá também estavam duas senhoras, mas que pouco tempo depois saíram.
Quando Daniel entrou, logo que me viu, se dirigiu até mim. Sorrio, e eu retribui o sorriso e quando ele realmente estava perto de mim, retribui o bom dia que ele havia me dado. Ele também iniciou seu alongamento e de maneira segura e gentil iniciou uma conversa comigo.
Daniel - Sara, não é? Fiquei bem surpreso de encontrar você naquele evento na sexta.
O respondi da mesma forma, olhando para os olhos dele, mas sem parar de alongar-me. Nesse momento as senhoras que lá estavam saíram, deixando eu e ele a sós, pelo menos por um breve momento.
Eu - Sim, é Sara. Pois é, não era pra eu estar lá. Na empresa que estava cuidando da organização do evento eu cuido da logística, mas como uma das meninas que faz o trabalho de recepcionista ficou doente de última hora, tive que substituí-la. E você, o que fazia lá? Confesso que em nenhum momento eu imaginei que encontraria qualquer conhecido da academia por lá.
Ele sorriu e logo em seguida emendou a resposta.
Daniel - Que pena que a sua amiga ficou doente, mas que sorte a minha por isso.
Sorri com o início da sua resposta, entendi que ele estava, mesmo que discretamente, flertando comigo. Deixei que ele completasse a sua resposta, algo que ele fez olhando em meus olhos, e falando de maneira firme e segura.
Daniel - Então, eu sou gerente de relacionamentos de um banco. Tenho contato diário com pessoas que buscam montar seu negócio, crescer e precisam de alguma linha de crédito para isso. Lá eu estava representando a instituição que eu trabalho. Por isso estava lá.
Eu - Muito interessante! E o que achou do evento? Foi proveitoso pra você?
Daniel - Sim, já conhecia algumas pessoas que estavam lá, pois como te disse, é um contato diário, mas também tive a oportunidade de alcançar novos potenciais clientes. Vamos ver como será essa semana.
Eu - Pois tomara que todos os novos contatos que você teve lá te procurem essa semana. Agora vou iniciar meu treino. Até mais.
Sai da salinha, me despedindo de Daniel e fui para o espaço onde ficam os aparelhos. Iniciei minha série de exercícios e logo vi que Daniel fez o mesmo. Em alguns momentos passamos um pelo outro, até que por coincidência, ele se dirigiu até o aparelho de perna que eu estava fazendo e perguntou se poderia revezar comigo, já que o outro aparelho daquele tipo estava em manutenção.
Por gentileza, eu aceitei revezar. Ali iniciamos uma conversa menos formal. Falamos sobre o tempo que cada um frequentava a academia, descobri que ele adorava caminhar nos parques da cidade, algo que eu, por preguiça, não fazia.
Também foi quando falei que namorava, enquanto ele me disse que era solteiro.
A semana passou mais ou menos nesse ritmo em relação ao Daniel. Muita conversa, uma aproximação natural e sadia, entretanto, nas conversas, ele não perdia a oportunidade de deixar claro que não buscava apenas uma amizade para boas conversas.
Trocamos redes sociais, contato e logo estávamos conversando durante o dia por mensagens nos momentos que tínhamos para respondê-las;
Quanto ao meu namoro com Guilherme, seguia normal. Ele me tratava com muito carinho, ia na minha casa todos os dias e geralmente na terça feira, quando era sua folga, saímos para curtir um motel ou ter nossos momentos de namorados.
No sábado, depois de organizar alguns materiais que seriam enviados ou recolhidos dos eventos, eu ia para a casa dele, ou melhor para a casa dos pais dele. Ficávamos juntos o dia todo, vendo filmes e séries, até a hora dele ir para a sua hamburgueria.
Ainda naquela tarde, transamos no quarto dele. Algo que na época, eu achava gostoso de fazer com Guilherme. Tínhamos boas preliminares, ele não se furtava a me chupar, mas nunca me fez gozar apenas de chupando.
Nesse dia, gozei quando estava cavalgando nele, de frente, enquanto ele apertava a minha bunda e chupava os meus peitos. Eu amo quando me pegam de quatro até hoje, com o Guilherme não era diferente. Entretanto, ele não conseguia ir além de um determinado ritmo, me deixando perto de gozar, mas sem alcançar o ponto para me fazer gozar naquela posição antes que ele gozasse, algo que também aconteceu naquele dia.
Quando ele estava lá, na hamburgueria, era bem complicado para que pudéssemos nos falar. Era um período do dia em que a vida dele ficava muito corrida e eu entendia tranquilamente isso. Aproveitava para fazer as minhas coisas e organizar as minha vida.
Nesses momentos, em que eu estava junto do meu namorado, eu demorava mais para responder as mensagens de Daniel. Mesmo que não houvesse nada demais nelas, Guilherme sempre foi alguém meio inseguro e até instável. Não era claro se ele tinha ciúmes ou não.
Por vezes, amigos dele, até mesmo primos, davam em cima de mim na frente dele e ele não expressava qualquer reação, já em outras, a educação normal de qualquer homem comigo, ao me dar um bom dia por exemplo, despertava uma crise de ciúmes totalmente sem fundamentos. Por isso, eu pisava em ovos.
No sábado daquele fim de semana, eu cheguei em casa por volta das seis horas e vi as mensagens que o Daniel tinha me enviado. Eram coisas bobas, geralmente vídeos engraçados ou de academia. Foi quando ele me respondeu quase prontamente naquele momento.
Daniel - Foi impossível não lembrar de você no vídeo da moça que se atrapalhava com os pesos. Agora tenho que ir. Depois nos falamos mais. Estou indo ao Parque da Alvorada fazer minha caminhada. Dizem que lá tem uma sorveteria ótima também. Caso seja boa mesmo, um dia te levo lá, se você topar.
Entendi aquela mensagem como um convite indireto. Eu amo natureza e o Parque da Alvorada tem um jardim maravilhoso, com árvores frondosas e uma grama sempre bem cuidada. É realmente um ambiente incrível para caminhar e passar um tempo. Mesmo durante a noite é bem tranquilo por lá, já que a manutenção da iluminação é regular.
Eu não tinha muito tempo para pensar e não tinha nada de importante para fazer naquela noite.
Eu - Se você tivesse me falado mais cedo, até toparia te acompanhar nessa caminhada. Já fui a esse Parque, é realmente muito bom para uma caminhada de início de noite. Ainda mais quando terminar na sorveteria que tem lá. Recomendo o sorvete de creme. Não há melhor no mundo.
Daniel respondeu quase que imediatamente e sendo bem direto.
Daniel - Pois eu te encontro lá ou prefere que eu passe na sua casa para te buscar?
Meu coração parou nesse momento. Não que eu estivesse com algum sentido pelo Daniel, mas era claro que aquela situação estava, mesmo que aos poucos, virando algo que talvez, eu pudesse perder o controle.
Talvez não um sentimento, mas a emoção de sair com outro cara sem ninguém saber fez eu respondê-lo.
Eu - Eu te encontro lá. Me fala qual o seu carro e me espera no estacionamento. Eu vou chegar num Kwid prata.
Daniel - Estarei em um Corolla branco. Te aguardo lá. Beijos!
Logo após a troca de mensagens eu apenas corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Vesti um shorts roxo soltinho, curto, tipo aqueles de corrida, uma blusa regata solta, branca com um top branco por baixo e um tênis. Só me despedi dos meus pais, peguei meu carro e fui encontrar com Daniel no estacionamento do parque.
Depois de alguns minutos, quando entro com o meu carro no estacionamento, vejo o Corolla de Daniel, o único que tinha no estacionamento. Parei a uma vaga de distância dele, desci do carro e o encontrei na frente do carro dele.
Ele me recebeu com um grande sorriso, se aproximou de mim e deu um beijo no meu rosto. Algo que até então, não tinha feito. Eu retribui, encostando a minha bochecha na dele e tocando seu ombro com uma das minhas mãos.
Daniel - Que bom que veio. Imagino que não tinha nada melhor para fazer, já que topou num sábado vir caminha e só tomar sorvete.
Eu - Eu gosto de natureza. Tem algum tempo que não vejo aqui, além disso… o sorvete de creme daqui é uma delícia, ou seja, a melhor opção era vir.
Dali, começamos nossa caminhada. Claramente estávamos num ritmo bem lento, aproveitando mais para conversar, ainda mais, do que já estávamos conversando por mensagens. Era nítido que já havia algo velado entre a gente. O que era, não era certo, mas havia algo.
Durante nossa conversa, descobri mais algumas coisas sobre ele. Ele não era natural da minha cidade, veio de fora transferido e entrou na mesma academia que eu frequento por ela ficar bem no meio do caminho entre o seu apartamento e a agência do banco em que trabalha.
Me contou que já tinha namorado duas vezes, mas desde que chegou a cidade, apenas estava curtindo e tendo alguns encontros casuais e nesse momento ele lamentou que eu estivesse num relacionamento.
Também revelei algumas coisas minhas para ele, como o motivo das minhas demoras para respondê-lo em algumas oportunidades. Expliquei que era por estar com meu namorado por perto e ele ser um tanto inseguro. Ele entendeu o motivo e aproveitou para novamente dar em cima de mim, falando: “Ele sabe o quão bonita é a namorada que tem, deve ser só cuidado, mas no lugar dele, jamais sufocaria você desse jeito, mesmo se fosse alguém chamando você para sair”.
Fiquei surpresa com a resposta e com certeza devo ter ficado bem vermelha. Lembro que sorri, meio que de canto de boca, achando ele muito seguro e firme por dar uma resposta daquela.
Depois de uns 30 minutos caminhando, paramos na sorveteria. Era um estabelecimento simples, porém, bem tradicional na cidade. Haviam algumas pessoas tomando sorvete por lá, nenhuma conhecida, graças a Deus. Eu peguei o sorvete de creme que eu adorava e ele foi no clássico de chocolate.
Não ficamos lá para saborear os sorvetes. Caminhamos um pouco no parque, para uma região onde havia bancos compridos de mármore, onde eu sentei de lado e ele colocou uma perna de cada lado, me olhando quase que de frente. Nossas pernas se tocavam e em determinado momento eu relaxei a minha e ela ficou em contato constante com a dele.
Continuamos a conversa com muita tranquilidade, até que me deu vontade de experimentar o sorvete dele. Pedi e ele me atendeu, me dando um pouco da colher dele direto na minha boca. Infelizmente a desastrada aqui errou a colher, melando com um pouco do sorvete o meu próprio queixo. Ele prontamente limpou com do seu dedão, arrastando não só pelo meu queixo melado, mas também pelo meu lábio inferior, logo depois levando seu dedo a sua boca e o chupando-o.
Daniel - Ficou mais delicioso ainda! - E sorrio.
Eu também sorri, naquela situação, pedi desculpas pelo meu desastre e fiquei um pouco envergonhada pelo comentário dele. Porém, levei na esportiva.
Como fiz muitos elogios ao sorvete de creme, ele aproveitou a oportunidade e pediu um pouco do meu. Eu também o atendi e da mesma forma fiz. Peguei um pouco na minha colher e levei até a boca dele. Quanto ele engoliu fez o seguinte comentário.
Daniel - O sorvete de chocolate é melhor. Já que a última colherada meio com o sabor da sua boca junto.
Assim como ele, eu sorri, e ele não parou por aí. Inesperadamente ele arriscou.
Daniel - Eu gostaria de saber se o de creme fica mais gostoso com o sabor da sua boca, mas acho que não será possível, não é?
Fiquei um pouco sem graça no momento e meu coração disparou. Olhei nos olhos dele e a expressão em seu rosto era de quem conduzia o momento com segurança e consciência do que fazia. Acabei por dar uma resposta um pouco tola no momento, quase que me entregando.
Eu - Você sabe que eu namoro. Infelizmente por isso não mato sua curiosidade.
Daniel era persistente e sagaz, achou o que pra ele seria a solução.
Daniel - E um selinho? Nem precisa ser de boca toda. Apenas os meus lábios encostarem no seu lábio inferior.
Eu fiquei tentada com aquilo. Olhei para os lados com calma e sendo discreta, não só buscando por alguém que pudesse ver aquele momento, mas ganhando tempo para pensar e tomar uma decisão.
Olhei para ele novamente, peguei um pouco do sorvete de creme na colherzinha e coloquei em minha boca, melando o meu lábio inferior e consenti com a cabeça para que ele aproximasse a sua boca da minha.
Meus lábios e os lábios de Daniel tocaram-se, a mão dele se colocou no meu queixo, segurando ele com delicadeza e pressionando meu lábio inferior entre os lábios da boca dele. Foi muito mais do que aquela “solução” que ele apresentou.
Nossos lábios tocaram-se por diversas vezes, principalmente com ele chupando os meus, como se estivesse saboreando o sorvete que eu tinha passado neles.
Foi algo bem gostoso. Não nego. Porém logo me desvencilhar dos lábios de Daniel. Sorri quando parei e olhei para ele. Estava sem saber o que falar e como agir, pois meu corpo foi tomado por uma sensação boa, algo que nunca tinha sentido.
Daniel estendeu um largo sorriso no rosto, satisfeito de ter conseguido algo que queria e comentou, com um ar de satisfação em cada letra das palavras de sua frase.
Daniel - É, tenho que concordar que o sorvete de creme é uma delícia mesmo. Ou serão os seus lábios que dão esse sabor delicioso aos sorvetes?
Eu sorri do comentário dele e apenas consegui agradecer de maneira bem tímida. Já passava das oito da noite, quando eu falei para ele que tinha que ir.
Nos despedimos com um abraço bem intenso e forte, onde ele beijou novamente o meu rosto e também me deu um cheiro no pescoço, elogiando meu o cheiro. Nossos corpos ficaram colados, inevitavelmente, meus seios ficaram colados ao corpo dele, enquanto as minhas mãos apertavam as costas dele. Por fim, me senti confortável para dar um beijo no rosto dele.
Seguimos para o estacionamento onde estavam os carros e de lá, fui para casa, ainda extasiada pelos acontecimentos daquela noite de sábado. Em casa, não resisti, me masturbei pensando em Daniel, reacendendo aquela sensação que tomou o meu corpo depois dos “selinhos”.
*Observações*
Agradeço os comentários de incentivo, de elogios e as dicas do conto anterior. Espero que também gostem desse.
Talvez esse conto ainda não tenha a animação necessária que outros autores consigam imprimir em seus contos. Explico que estou começando a escrever contos agora, então no decorrer de outras publicações eu pretendo chegar ao nível de outros contos aqui do site, como os leitores merecem.