Joaquim estava estressado em seu trabalho que parecia nunca ter fim; por mais operações que fizesse, por mais lucro que auferisse, tanto seus superiores como seus clientes nunca estavam satisfeitos, e isso o deixava insatisfeito com tudo; e para piorar, Maria sua noiva também não colaborava, exigindo coisas e não dando nada em troca. E o que você faz quando o mundo parece desabar sobre sua cabeça? Vai para um boteco e enche a cara! E foi isso que ele fez naquela tarde logo após sair do trabalho. Enxugou algumas garrafas de cerveja antes de tomar duas doses de gin e uma de conhaque. “Dia difícil, parceiro?”, perguntou o sujeito sentado ao seu lado bebericando um uísque. Joaquim olhou para ele observando-o antes de responder. Era um negro alto e musculoso, com a cabeça raspada e um cavanhaque bem cortado metido em um terno de grife e que parecia ser alguém boa-praça.
Começaram a conversar com Joaquim sentindo-se confiante em desabafar, explicando minuciosamente todas as suas frustrações; o sujeito ouviu atentamente tudo que ele disse até o final e em seguida sorveu um bom gole de sua bebida. “Eu te entendo, meu amigo! Mas nem sempre tudo o que queremos se torna realidade …, posso lhe dar um conselho, se você me permitir?”, enunciou o sujeito olhando no fundo dos olhos de seu interlocutor.
-Claro que pode! Sinta-se à vontade! – respondeu Joaquim com tom um pouco exasperado talvez como efeito do álcool.
-Se em algum momento entre o aqui e o depois algo de bom acontecer, agarre e não largue nunca mais! – vaticinou o interlocutor – Aprenda que a vida é feita de momentos e são eles que importam e que nos faz feliz!
Houve então um momento de silêncio até que o sujeito erguesse seu copo sugerindo um brinde que Joaquim, mesmo sem entender nada do que estava acontecendo aceitou. Nesse momento o celular do rapaz vibrou com uma mensagem. “Putz, me esqueci completamente disso! Me desculpe, mas preciso ir, e muito obrigado por me ouvir!”, comentou ele em voz alta enquanto pegava a carteira em seu paletó para pagar a conta, no que foi impedido pelo novo amigo.
-Essa rodada fica por minha conta – anunciou ele com tom elegante – Na próxima será a sua vez.
Sem saber o que dizer Joaquim acenou levando sua mão à testa em um gesto de agradecimento; saiu do boteco esbaforido procurando no celular o endereço de seu destino; ele se esquecera por completo da exposição de arte moderna que Maria aguardava ansiosamente havia meses e cujo vernissage seria naquela noite; ela não o perdoaria jamais se ele atrasasse ou ousasse não comparecer; para sua sorte o trajeto até a casa de Maria não era muito distante e um táxi veio em seu socorro. Ele mal teve tempo de tocar a campainha com a noiva abrindo a porta e descendo o lance de escadas com a rapidez de uma gazela; trocaram alguns beijos e abraços e logo rumaram para a estação do Metrô com destino à galeria onde as obras seriam expostas.
Não demorou mais que uma hora para Joaquim descobrir que além de não entender arte moderna também a detestava de morte! Isso somado a um ambiente repleto de gente pedante e sem graça querendo parecer algo que não é deixaram-no no profundo abismo do desânimo; a única coisa que compensava estava no excelente uísque que estava sendo servido e os canapés que não eram de todo mal. Por boa parte do evento ele permaneceu ao lado de Maria distribuindo falsos sorrisos e mesuras evitando olhar para o relógio e descobrir que seu sofrimento ainda duraria algumas horas; em dado momento, Maria encontrou o Marchand, seu amigo e também dono da galeria que a convidou para conhecer algumas pessoas; Joaquim aquiesceu apenas porque seu tédio era tal que logo contaminaria sua noiva.
-Essa é uma obra intrigante, você não acha? – perguntou uma voz feminina dirigindo-se a Joaquim.
Ao voltar sua atenção e seu olhar na direção da voz, ele ficou pasmo com a beleza da interlocutora; tratava-se de uma morena angulosa com detalhes anatômicos inquietantes e um rosto belíssimo; tinha cabelos negros cacheados, olhos amendoados e um sorriso cativante; trajando um vestido justo e curto de tecido prateado que enaltecia sua tez cor de bronze ela o encarava com um ar de quem havia encontrado alguém para dividir seu tédio com aquela exposição.
-Na verdade, querida, eu não faço a mínima ideia do significado dessa obra! – respondeu ele aproximando-se dela e abrindo um sorriso brincalhão.
-Putz! Finalmente encontrei alguém que pensa como eu! – redarguiu ela também com um sorriso brincalhão.
Imediatamente ambos caíram numa gargalhada frouxa acabando por chamar a atenção dos presentes com suas expressões arrogantes. “Me desculpe, mas minha resposta foi meio instintiva!”, disse Joaquim quando cessou o riso solto. A jovem encarou seu rosto e sorriu acenando com a cabeça. “Não esquenta com isso! Esse ambiente tá cheio de pessoas que também não fazem a mínima ideia do significado das obras aqui expostas …, aliás, muito prazer, me chamo Raiane!”, respondeu ela estendendo a mão. Aquela troca de palavras foi suficiente para aproximar a dupla que acabara de se conhecer; Joaquim também se apresentou e passaram então a conversar sobre assuntos variados.
Joaquim descobriu que Raiane também era executiva do setor financeiro de um banco multinacional e que só viera àquele vernissage porque o pai do artista era seu cliente. E nesse clima eles caminharam pela galeria conversando e rindo muito com ambos notando que um clima excitante estava se formando entre eles. “Vem cá, me diga uma coisa: qual o lugar mais doido em que você deu uma trepada?”, perguntou Raiane a certa altura sem fazer rodeios. Joaquim não sabia se o uísque já turvara seu senso e que poderia ter ouvido algo diferente do que parecia ser, ou se era apenas o clima de intimidade que se formou entre eles.
-Na verdade nunca fiz algo parecido – respondeu ele um tanto encabulado – Ademais minha noiva não é do tipo tarada por sexo!
-Sei, é aquela loira com o Marchand, não é? – retrucou Raiane com um risinho maroto nos lábios – Ela parece mesmo ser do tipo que não é chegada numa boa diversão! Mas, então, quer tentar algo muito louco comigo?
Ante a expressão estupefata de Joaquim, Raiane tomou a iniciativa segurando sua mão levando-o por um longo corredor ao fim do qual via-se uma porta de duas folhas com uma fechadura de código numérico; habilmente ela teclou os números e a porta destravou; assim que entraram ela se fechou e Raiane seguiu em frente chegando a uma área que parecia um depósito; sem perda de tempo ela encostou Joaquim contra uma parede, colou seu corpo ao dele e avançou até que os lábios de ambos se encontraram em um longo e tórrido beijo.
Enquanto se beijavam sem parar Joaquim não conteve sua excitação ao sentir Raiane esfregando-se nele deixando florescer uma ereção pujante que logo pulsava sob o tecido provocando ainda mais alvoroço no casal. “Hummm, parece que você tem algo bem duro aqui, não é?”, perguntou ela com tom safado enquanto pressionava a virilha do parceiro sentindo toda a rigidez da sua pistola. Pouco se importando com o ambiente desconhecido em que se encontravam, Raiane ajoelhou-se abrindo a calça de Joaquim pondo para fora sua piroca dura como pedra.
Depois de alguns carinhos manuais Raiane envolveu a chapeleta inchada entre seus lábios apertando-a suavemente provocando uma sucessão de gemidos e grunhidos do parceiro que acariciava seus cabelos desfrutando do momento; pouco depois ela abocanhou o bruto por inteiro esforçando-se por tê-lo inteiramente dentro de sua boca deixando Joaquim em pleno estado de êxtase insano apetecendo das sensações despertas pelo gesto oral; sucedeu-se, pois, uma mamada homérica em podia-se ouvir claramente os ruídos provocados pelas chupadas frenéticas que ela desferia contra a vara do parceiro que ainda limitava-se a gemer de tesão.
-Tá esperando o que para tomar a dianteira? – perguntou ela com tom impaciente entre uma mamada e outra – Me usa, seu safado! Faz comigo o que tua noivinha insossa não deixa fazer! Seja meu macho pelo menos por esta noite!
Ao ouvir aquelas palavras em tom de provocação, Joaquim viu-se tomado por um ímpeto animalesco segurando os cabelos de Raiane em um rabo de cavalo a passando a socar sua piroca contra a boca sedenta de fêmea com golpes cada vez mais vigorosos; fê-lo com tanta ênfase que não demorou para Raiane babar espalhando grossa saliva que escorreu pelo membro lambuzando até as bolas; por mais que Joaquim socasse mais ferozmente sua parceira não recuava exibindo um olhar que o alucinava.
Algum tempo depois ela se desvencilhou dele pondo-se em pé e se afastando até encostar em um caixote de madeira; com gestos provocantes ela meteu a mão por baixo do vestido puxando para baixo a minúscula peça de lingerie rubra que logo escorregou até seus tornozelos; Raiane então ergueu um pé e depois outro até livrar-se da delicada peça para sentar-se sobre o caixote abrindo as pernas e exibindo uma grutinha depilada cujo brilho denunciava seu frenesi.
-Vem aqui me fuder gostoso, vem! – pediu ela com tom convidativo erguendo as pernas, mantendo-as separadas e usando as mãos para segurá-las pelos joelhos.
Joaquim que respirava arfante olhou aquela visão do paraíso na terra e não pensou em mais nada, baixando a calça e depois a cueca avançando na direção de Raiane que o aguardava ansiosamente; segurando a benga com uma das mãos, ele pincelou a chapeleta por toda a extensão da gruta até senti-la umedecida pelo líquido brilhante que escorria em filete e sem aviso movimentou a pélvis para frente enfiando o membro quase que inteiramente no interior da vulva da parceira que não conteve um gritinho histérico ao sentir-se preenchida pelo membro de grosso calibre.
O rapaz deu início a uma sucessão de movimentos pélvicos tão intensos e profundos que logo resultaram em uma avalanche de orgasmos que eclodiam nas entranhas de Raiane cuja reação era de gemer alucinada abrindo-se ainda mais para receber o macho dentro de si; com gestos delirantes, Joaquim puxou a parte superior do vestido dela expondo um par de mamas médias perfeitamente redondas com pequenos mamilos intumescidos coroados por aureolas enrugadinhas que clamavam pela boca do macho.
Sem perder o ritmo de seus movimentos, Joaquim abocanhou aquelas preciosidades durinhas alternando-as com sugadas voluptuosas e mordidinhas que deixavam Raiane alucinada de prazer gozando com tanta caudalosidade formando uma vertente copiosa que escorria lambuzando o ventre de ambos; vez por outra, Joaquim abandonava os mamilos procurando pela boca ardente de sua parceira selando mais beijos delirantes. O ritmo da cópula mantinha-se voraz e intenso sem qualquer sinal de esmorecimento enaltecendo um desempenho digno do momento e da situação inusitada.
Com os corpos suados e as respirações quase ofegantes, Joaquim e Raiane não cediam aos limites impostos por suas fisiologias como se almejassem eternizar o momento tornando-o inesquecível; todavia, o rapaz sentiu alguns arrepios percorrendo sua pele seguidos por fortes contrações musculares involuntárias anunciando o início do fim. “Não! Ainda não! Quero teu leitinho na minha boca!”, exigiu Raiane com tom taxativo enquanto empurrava o rapaz obrigando que ele sacasse a vara de dentro dela; Raiane se pôs de joelhos e mantendo a glande entre os lábios incumbiu-se de masturbar o parceiro até que ele atingisse seu clímax em um gozo profuso com jatos de sêmen inundando a boca da parceira que esforçou-se para reter a carga sem que conseguisse fazê-lo deixando boa parte escorrer por entre os lábios lambuzando-a por inteiro.
A término de tudo, Raiane se levantou limpando os lábios com o dorso da mão enquanto sorria para Joaquim cuja expressão deixava claro o quanto estava feliz e realizado com aquela aventura um tanto perigosa e também emocionante. Tentaram recompor-se da melhor forma possível e voltaram para o salão da galeria onde se separaram discretamente; Joaquim olhou ao redor procurando por Maria, mas não conseguia localizá-la. “Desculpe, Joaquim, mas ela disse que estava com uma terrível dor de cabeça e eu pedi ao meu motorista que a levasse em casa …, espero que não se irrite com a minha iniciativa!”, explicou o Marchand ao aproximar-se do rapaz percebendo sua inquietação. Joaquim agradeceu pelo gesto do sujeito e despediu-se dele caminhando em direção à saída da galeria.
Vagueando a esmo pela rua em direção à estação do Metrô, Joaquim tomou um susto ao ser interpelado por Raiane sugerindo que fossem juntos até a estação; no caminho Raiane mostrou-se tão envolvente que Joaquim acabou por desabafar que sentira um alívio por Maria ter ido embora sem esperá-lo. “Porque sentiu isso? Remorso pelo que fizemos?”, questionou Raiane com tom enfático e olhar incisivo.
-Jamais sinto remorso do que faço – respondeu ele encarando o rostinho lindo de Raiane – como disse um amigo meu hoje disse que a vida é feita de momentos que nunca devem ser desperdiçados ou ignorados!
-Adorei ouvir isso! – devolveu ela em tom exultante segurando a mão de Joaquim – então vem comigo curtir os melhores momentos de nossas vidas!
Desceram as escadas da estação e entraram no último vagão da composição que se preparava para sair; sentaram-se no banco mais ao fundo trocando beijos e carícias. “Sabia que ainda estou sem calcinha?”, perguntou Raiane com tom maroto enquanto puxava a mão de Joaquim para baixo do vestido, que encontrou uma gruta quente e molhada; ele não perdeu tempo em dedilhar a bucetinha de Raiane arrancando orgasmos que a faziam tremelicar enquanto ela procurava sufocar os gemidos na boca ávida do parceiro.
Em retribuição, Raiane enfiou a mão na braguilha aberta de Joaquim aplicando uma vigorosa masturbação no membro que já estava em alerta. Com o clima tornando-se incendiário e incontrolável, Raiane desvencilhou-se de Joaquim, levantando o vestido e subindo em seu colo ao mesmo tempo em que o rapaz punha sua ferramenta rija para fora permitindo que ela sentasse sobre ele; mesmo com algum desconforto, ela desceu sobre o pinguelo enluvando-o em sua vagina iniciando um movimento de sobe e desce com gestos curtos como se pulasse com alguma discrição; mais uma vez Joaquim pôs os peitos dela para fora do vestido abocanhando e sugando os mamilos que eram alternados em sua boca, entremeados de beijos lascivos.
Para sorte do casal entusiasmado, nas poucas estações em que a composição fez paradas ninguém entrou naquele vagão permitindo que a cópula prosseguisse com Joaquim proporcionando uma avalanche de orgasmos que faziam sua parceira gemer e gritar ensandecida pelo prazer que chegava a turvar seus sentidos. O embate sexual prolongou-se até o momento em que Joaquim contorceu-se descontrolado tomado por espasmos que culminaram em um gozo lançado em jatos nas entranhas quentes de sua parceira. O resultado exigiu um certo malabarismo de Raiane para não lambuzar o parceiro que gentilmente cedeu-lhe um lenço que acabou ficando imprestável após o uso. Ao descerem, finalmente, na estação de destino subiram as escadas com ela achando tudo muito engraçado. “As pessoas nos olham e não fazem ideia de que acabamos de fuder dentro do trem e que eu ainda estou todinha lambuzada do teu gozo gostoso!”, comentou ela com tom maroto e um sorrisinho sapeca estampado em seu rosto.
Enquanto caminhavam sem destino Joaquim perguntou-lhe se gostaria de conhecer seu apartamento convite esse que Raiane declinou com carinho. “Prefiro um lugar que conheço e que sei que você vai adorar!”, respondeu ela pegando na mão de Joaquim e correndo como louca. Chegaram a um inferninho situado na região decadente do bairro em que estavam e logo que entraram descobriram um ambiente quase desértico o que parecia ser o objetivo de Raiane que pediu a Joaquim que fosse ao balcão e pedisse uma cerveja dizendo que já estaria com ele; bebericando no gargalo ele ouviu tocar “Slave To Love”; quando se voltou viu Raiane em cima do tablado central executando uma dança sensual ao som daquela melodia.
Executando movimentos sensuais ela se exibia para Joaquim sempre mirando seu rosto e divertindo-se com sua expressão embasbacada e procurando deixá-lo mais que excitado; depois de um bom tempo, Raiane desceu do pequeno palco e foi ao balcão tomando a garrafa de cerveja da mão de Joaquim e sorvendo alguns goles antes de voltar para o tablado voltando a dançar agora sob o ritmo de “You Can Leave Your Hat On”; e para surpresa de Joaquim enquanto dançava Raiane iniciou um striptease pouco se importando se estavam mesmo sozinhos; preocupado, Joaquim olhou ao redor constatando que até o atendente havia desaparecido e ao voltar-se para Raiane esta estava inteiramente nua sentada sobre o tablado estendendo a mão em sua direção e gesticulando como o dedo indicador.
Joaquim esqueceu-se de onde estava e ignorou os riscos despindo-se e seguindo para cima do palco, aninhando-se entre as pernas da parceira que apontava o dedo para sua grutinha molhada. “Ela precisa de umas linguadas de macho!”, sussurrou ela com tom insinuador; imediatamente, Joaquim mergulhou o rosto entre as coxas de Raiane e começou a saborear aquela bucetinha lisa, quente e suculenta, obtendo êxito em proporcionar uma nova sequência de orgasmos que resultavam em gritos histéricos, gemidos e suspiros por parte dela que deliciava-se com a sensação alucinante tomando conta de seu corpo e de sua alma. Algum tempo depois ela fez com que Joaquim se deitasse sobre o cavalo subindo sobre ele e procurando encaixar a vara rija até conseguir tê-la dentro de si.
Raiane cavalgou Joaquim com enorme avidez, subindo e descendo delirante sobre ele desfrutando de sua ferramenta sendo engolida e sacada de suas entranhas obtendo orgasmos cada vez mais intensos e caudalosos. Joaquim por sua vez erguia o dorso segurando-a pelos braços e trocando beijos e muitas sugadas em seus peitos de mamilos durinhos e apetitosos. A cavalgada da amazona prosseguiu alucinadamente recheada de gritos, gemidos, grunhidos e suspiros levando o casal a um limite que sequer conheciam e que foi atingido com o prenúncio voraz do orgasmo ansiado do macho que não conseguiu controlar-se segurando a cintura da parceira e mantendo-a sentada sobre ele enquanto atingia seu clímax com seu gozo abundante sendo lançado nas entranhas de Raiane que gritava enlouquecida pela deliciosa experiência que estava a desfrutar naquele momento.
Enquanto Joaquim ainda tentava se recuperar do esforço a que fora submetido, Raiane deu um salto pegando o vestido e as sandálias e se recompondo com gestos atabalhoados. E antes que Joaquim tivesse tempo de dizer ou fazer algo ela correu em direção à porta do lugar; antes de sair Raiane voltou-se para ele e soprou um beijo com uma das mãos. Pasmo com o que se sucedera, Joaquim vesti-se deixou dinheiro sobre o balcão do bar e foi embora; por várias vezes e meios ele tentou reencontrar Raiane, chegando a assuntar com o Marchand da galeria que afirmou não se lembrar de alguém convidado com a descrição que recebera. Alguns dias depois tomando um drinque no boteco de sempre ele viu chegar aquele sujeito negro bem-apessoado que sentou-se ao seu lado pedindo por uma dose de uísque. “Então, meu camarada! Aproveitou os momentos que a vida de ofereceu?”, perguntou ele com tom suave. Joaquim fitou o rosto do sujeito, sorriu e limitou-se a acenar com a cabeça tendo na memória o lindo rosto de Raiane.