O mendigo

Um conto erótico de Rodnei
Categoria: Gay
Contém 1988 palavras
Data: 13/03/2023 11:59:44

Olá. Eu sou Rodnei, um leitor antigo do site, sou moreno,1,80alt, corpo comum nem gordo e nem magro, não me acho bonito apesar de muita gente falar que eu sou uma delícia, eu diria que sou o feio arrumadinho.

Bom, eu vim contar um rolê que aconteceu comigo e ainda vem acontecendo. Moro na zona da mata mineira, sou enfermeiro técnico e vivo sozinho em um apartamento alugado. O bairro em que moro tem muitos moradores de rua e sempre quando vou trabalhar levo lanche para os que vivem nas proximidades.

Eu gay vivido, com meus 30 anos, nunca me imaginei fazendo coisas estranhas, por ser muito bem instruído e focado nas minhas ideias e escolhas. Porém a alguns meses atrás, 3 para ser exato, conheci o Yago um novo morador de rua que apareceu por aqui no bairro. Sempre quando eu chegava de um plantão ele estava sentado em frente ao prédio e sempre cumprimentava educadamente e eu retribuía na mesma forma.

Certo dia eu de folga, indo ao mercado, fui abordado por ele:

- Eu acho que nunca te agradeci pelos lanches! – disse Yago em meio a um sorriso bobo.

Eu – Não precisa nem agradecer. É uma forma de ajudar!

Yago – Eu trabalhava na minha antiga cidade, porém me envolvi com drogas e perdi o apoio da minha família – ele parou de falar e vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

Eu na verdade não me comovi de inicio, mas perguntei se ele queria se sentar em algum banco pra conversamos, ele aceitou e nos sentamos próximo a uma árvore numa sombra fresca a alguns metros do mercado. Entre uma conversa e outra ele desabafava seus arrependimentos e frustrações aos quais eu ouvia atento, ainda sem nenhum sentimento, até que ele me olhou nos olhos e me pediu ajuda. Sim! Eu parei e custei a entender o que estava acontecendo, era algo surreal pra uma quinta-feira 10:00 da manhã. Sem resposta ele novamente me perguntou “ você pode me ajudar?”, eu de pronto e sem pensar respondi que sim, fui impulsivo.

A essa altura do campeonato eu nem me lembrava o que eu ia comprar só perguntei :

- o que você precisa?

Yago – primeiro de um banho!

Algo nele me passava um ar de sinceridade. O convidei a ir comigo em minha casa seguindo algumas condições que foi aceita de prontidão. Conversei com o porteiro que me olhava incrédulo, revistou o Yago e subimos.

O Yago era um morador de rua diferente, era forte, saudável, tinha um olhar profundo e não era desesperado por seus vícios, eu não confiava nele, mas tbm não tive medo em momento algum, somos da mesma altura, ele é preto, com o corpo bem definido e beirando os 30 também, sua barba cheia mostrava o desmazelo de meses, as roupas surradas e o cheiro que impregnou pela casa, nada disso me passou pela cabeça que era uma loucura.

Daqui por diante foi mais louco ainda. Mostrei o banheiro pra ele e disse pra ele se despir, perguntei se tinha documento ou algo do tipo, me entregou uma identidade surrada e um certificado de reservista. O deixei no banheiro e fui no quarto pegar algumas roupas mais velhas que eu tinha, ouvi o barulho do chuveiro e mil pensamentos passaram pela minha mente, mas me contive e só retornei quando todo o barulho parou. Bati a porta levando as roupas e uma toalha e ao entrar no banheiro me surpreendi como um banho muda uma pessoa, não pude deixar de reparar em seu corpo sarado como se frequentasse academia e em seu pau grosso pesando sobre um saco avantajado. Entreguei as coisas e voltei pra sala e em menos de alguns minutos ele chegou também.

O Yago estava parcialmente limpo, pelo menos no externo, eu fiz uma porção de perguntas a ele e pra todas as respostas saiam com certeza e rapidez...

Porque veio pra cá?

- meus pais desacreditaram de mim e eu fui pro mundo.

Você se arrepende?

- amargamente! Eu estudava, trabalhava e estava noivo, larguei tudo por causa das drogas.

E por quê agora? Por que eu?

- você é o único que me olhou nos olhos, me deu esperança, me enxergou e eu pensei que podia tentar. – e continuou – quando eu realmente cheguei no fundo do poço, me desesperei, me perguntava como eu fiquei assim? Ninguém me procurou, ninguém!

Nesse momento eu senti um frio no estômago e um nó na garganta e pensei que poderia ajudar aquele cara, sem desejo, sem malícia, só mesmo minha impulsividade e caridade.

A hora pareceu voar, nem percebi ser quase 14:00, fui fazer algo pra comermos enquanto conversamos sobre sua vida e ele não poupava os detalhes, me disse também que estava a dois dias sem nada, não ingeriu nenhuma toxina. Comemos e eu fui fazer sua barba com minha maquininha recarregável, o cabelo estava baixo, ele havia dito que tinha feito uma troca com um barbeiro, varria o salão em troca de um corte, só o cabelo a barba não. Fomos pro meu banheiro e ele se sentou no sanitário e eu fiquei de pé na sua frente e comecei a fazer sua barba, eu reparava seus olhos que por vezes ele abria pois decidiu fecha-los, sua boca, seu rosto e não pude deixar de deseja-lo, meu pau involuntário subiu e eu tentava disfarçar, não via hora de terminar logo. Assim que terminei sai do banheiro sem dizer nada e o mais rápido que eu consegui, era um misto de desejo e loucura que me consumiu, eu um gay solteiro, morando sozinho e na seca já a algumas semanas, eu tinha dado um tiro no pé.

Ao cair a primeira noite conversávamos na sala e eu moldava todo o próximo dia, quando o Geraldo, o porteiro, tocou a campainha.

Geraldo – passei pra saber se está tudo certo?! – falou ele checando o apartamento!

Eu – eu realmente estou dando uma chance a ele e está tudo bem! – nessa altura eu comecei a raciocinar que os outros moradores já sabiam e se questionavam sobre suas seguranças, mas eu queria dar uma chance para aquele rapaz.

Me despedi do Geraldo e voltei ao planejamento. No dia seguinte eu também teria folga, por ter trabalhado no fds pra uma colega de trabalho o que me daria o dia todo pra resolver a vida do Yago.

Como só tinha um quarto no apartamento, arrumei um colchão no chão pra ele e já marcava 23:30 quando fomos nos deitar, havíamos conversado por horas e nem percebemos. Como eu disse em momento nenhum eu tive medo ou cautela, fui imprudente, mas eu não sou de me arrepender das minhas escolhas. Custei a adormecer ao contrário do Yago que em questão de minutos começou a roncar e eu fiquei o admirando, logo após dormir. Acordei por volta das 5:00 e o Yago ainda dormia, com a rola dura marcando na bermuda, ele estava descoberto e sem camisa, totalmente diferente da hora que foi se deitar. Me levantei, tomei um banho, fiz o café e fui acorda-lo, que pra minha surpresa ainda dormia. Olhando aquele macho dormindo com a rola ainda dura eu não resisti, me aproximei e de leve toquei seu volume, a respiração mudou e eu com medo tirei a mão correndo, mas como ele não acordava voltei a acariciar-lo, só parei quando ele se mexeu e eu voltando do meu devaneio o sacodi e então ele despertou.

Nos arrumamos, comemos algo e nós dirigimos ao centro. Ao chegarmos na portaria o Geraldo estava trocando o plantão e ficou encarando o Yago e com boquiaberta me falou surpreso – Esse é o mendigo? – eu me limitei a sorrir e consenti com a cabeça e saímos. Iríamos primero na delegacia, no dentista e passaria no hospital pra ver uma vaga na limpeza, se ele queria uma chance ele teria que agarrar ela com todas suas forças. O policial que nos atendeu, ficou encarregado de encontrar tudo sobre ele, não sei como funciona mas ele me pediu algumas horas pra estar com tudo pronto, enquanto isso o Yago se mantinha calmo e eu realmente comecei a acreditar nele. Saímos da delegacia e fomos ao dentista, retornaria ali após a consulta, no dentista ele teria que fazer uma limpeza geral e a remoção de duas cáries, fora isso estava tudo bem, confesso que me surpreendi. Voltamos a delegacia e a vida dele estava toda ali em uma pasta, nome dos pais, de onde ele era e uma porrada de coisas mas nada de crimes. Paramos pra comer em uma lanchonete próxima ao hospital e já beirava meio do dia, segui até a recepção onde fui atendida pela Bia, que eu conheci quando comecei a trabalhar ali, ela disse que além daquela vaga havia aberto outra para serviço gerais só precisaria do curriculum. Então voltamos pra casa pra resolver essa parte!

Quando retornamos os outros moradores de rua que ficavam ali me pararam pra pedir lanche e perguntar pelo Yago, que não mencionei mas havia cortado o cabelo enquanto estávamos no centro, ele sorriu e disse que era ele, um deles disse: agora você está horrível kkkkkk. Entramos no prédio e na medida que íamos subindo as escadas, conversando, encontramos alguns moradores que passavam por nós com olhar de reprova porém eu não ligava. Chegamos em casa, almoçamos, fizemos o curriculum, enviei por e-mail e nos jogamos no sofá. O silêncio reinou e quando olhei para Yago ele chorava em silêncio.

Você está bem? – eu perguntei. Ele me olhou e começou a falar: “Estou aqui na cidade um pouco mais de um ano, vivendo uma vida de merda que eu escolhi pra mim, quando eu decidi que não queria mais isso as portas se fecharam, ninguém me estendeu a mão. Tentei voltar pra minha família mas eles não me atendiam, minha ex noiva me atendeu e me disse pra sumir e esquecer ela, eu me vi sem rumo. Voltei a drogar, vendia papelão pra comprar pó e me definhava por perder a fé. Quando eu estava bem, eu tinha amigos, quando eu me perdi, todos se foram!”.

Nesse momento eu tbm chorava e sem saber o que fazer, eu o beijei, ele também me beijou e ali eu estava de peito aberto pra ele. Enquanto eu o beijava eu imaginava o quão louco eu estava, a algumas horas atrás este homem com quem estava pronto a acasalar estava em situações questionáveis, em sã consciência eu jamais faria isso mas algo me levou a ter esse comportamento.

Suas mãos buscavam tocar todo o meu corpo, sua língua vasculhava cada canto da minha boca, seu corpo ia se jogando por cima do meu e sua rigidez podia ser sentida roçando a minha. Eu o apertava e o ia despindo, a tensão que estava entre nós ia se dissolvendo com os toques e beijos cada vez mais selvagens, eu o desejava e ele a mim. Nús por completo eu pude contemplar aquele homem, gostoso, que estava abandonada e desacreditado pelas ruas de uma cidade cega, a rola dura apontando para o teto me convidava a chupar, ele abriu as pernas e se jogou pra trás no sofá, deixando tudo livre pra mim. Devia ter uns 18 ou 19 cm aquela tora que eu quase não conseguia engolir, veiudas e com uma chapeleta roxa pulsava a cada chupada que eu dava, ele gemia grosso e as vezes pediu pra eu engolir tudo, eu me deliciava com aquele homem ele se entregava e me deixava livre pra fazer o que eu quisesse, chupei suas bolas, seus peitos e me concentrei no pau, quando ele não aguentou mais avisou que iria gozar, eu continuei e deixei ser galado por aquele homem, não engoli, mas suguei até a última gota.

Ele me olhou, me beijou, nos abraçamos e fomos tomar banho juntos. Eu senti que ali eu teria muita coisa pra viver, boas e ruins, mas eu teria!

Continua...

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