Mas Rodrigo não queria apenas transar com Bia. Inicialmente, sim. Poder viver esse desejo enrustido e castrado pelas condições da época parecia ser a sua chama motivadora, mas agora, após ouvir aquelas palavras, sentiu a dor de perdê-la novamente. “Será que o seu primeiro amor ainda era o seu amor?”, pensou.
– No que você está pensando? – Bia perguntou curiosa.
– Aaahhm, nada não... Só perdido em meus pensamentos.
– E que pensamentos são esses? Está arrependido?
– Arrependido? Sou o homem mais realizado do mundo.
– Uau! – exclamou meio sem jeito – Pela sua cara não parecia... – concluiu com uma risadinha.
– Posso ser sincero?
– Claro.
– Eu sempre quis que isso acontecesse, mas nunca imaginei que pudesse ser real. Quais as chances de isso acontecer? Sério! A probabilidade de ganhar na mega deve ser maior. Você continua sendo uma mulher incrivelmente maravilhosa... – disse segurando em sua mão e olhando no fundo dos seus olhos – ... eu sinto falta do que não vivemos. Desculpa... – e tímidas lágrimas rolaram no meu rosto que ardia rubro.
Ao ver Rodrigo totalmente vulnerável, algo antigo e esquecido pulsou em seu peito.
– Não pense que eu não sei como se sente ou que eu não queria que fosse diferente...
– E não pode ser? – ele lançou rápido sem nem pensar.
– Rodrigo, eu tenho o Mário, meu futuro marido e não deixei de o amar ou me importar menos com os nossos planos e sonhos. Imagino que não seja muito diferente para você, assim espero. – falou meio ríspida pela primeira vez desde que aquela conversa começou.
– Sim... Claro... Eu não quis dizer isso, mas, bem, não poderíamos ao menos ser amigos? Bia, eu acima de tudo, eu gosto de você como pessoa e adoraria poder te conhecer mais, novamente. Digitalmente... Como nos velhos tempos! Afinal, eu continuo morando em Recife e você em São Paulo...
Bia ficou pensativa por alguns segundos até que rompeu o silêncio com um convite para um banho e ali ficaram abraçados juntinhos por cerca de uns 20 minutos ali debaixo da água quente até o banheiro virar uma sauna.
Com toques suaves e carinhosos, Rodrigo começou a explorar cada curva do rosto dela com seus lábios. Seus beijos passavam pela testa, em uma delicadeza que fazia o coração dela bater mais forte. Então, ele desceu pelo nariz e finalmente se entregou em um beijo longo e apaixonado na boca, que os deixou sem fôlego e ansiosos por mais. Cada toque, cada carícia, cada movimento de seus lábios era uma expressão ardente de paixão e desejo, que os envolvia em uma chama irresistível e intensa.
Ele desceu até seus seios; pegando um com uma mão e abocanhando o outro que sugou profundamente. Ela gritou baixinho e estremeceu. Apesar dela ainda não confessar em seu íntimo, sabia que ele lhe acendia facilmente. Mordeu os lábios e olhou desejosa se deliciando com a visão dele lambendo o bico do seu seio, os cabelos molhados com a água caindo feito cascata em sua face avermelhada e os olhos azuis brilhantes. Ele respondeu um sorriso bonito e sacana ao mesmo tempo que descia esfregando o queixo em sua barriga até chegar ao seu sexo.
Completamente entregue, Bia levou as mãos até a vulva, abrindo os grandes lábios e se inclinando para a frente e apontando o grelo vermelhinho, duro e muito inchado em direção a boca de Rodrigo que chupou com muita vontade sua xota ensopada.
Bia gemia baixinho: – Hmmmm delícia hmmmmm vaaaain que delícia – enquanto seu suco escorria por Rodrigo que explorava toda a sua boceta melada de excitação com movimentos circulares, misturando mel e saliva e começou a linguar seu buraquinho fundo. Ela sentiu os músculos se contraírem, em seguida, explodiu em orgasmo enquanto Rodrigo observava as milhares de expressões surgirem em seu rosto. Ele subiu e finalizou com um beijo quente, doce e molhado, como a boceta dela e com seu gosto.
Voltaram para o quarto e ficaram por mais um tempo juntos, se curtindo em total silêncio e trocando carícias enquanto suas mãos sentiam os corpos perfeitamente encostados um no outro.
– É melhor eu ir. Meu voo é de 11h e eu ainda preciso fazer minha mala.
– Precisa de ajuda?
– Não, tudo bem. Obrigada. – e se despediu dele dando um rápido beijo nos lábios.
Antes de sair tomar café e fazer o checkout, Bia notou um cartão no chão, próximo à porta. Era do Rodrigo e tinha seu e-mail e telefone.
***
Bia chegou em seu apartamento quase às 15h, após uma viagem rápida e sem contratempos. Mário, seu noivo, chegaria de manhãzinha, pois estava de plantão, o que à aliviou. A culpa estava a consumindo. “Como será que o Rodrigo está se sentindo?", pensou, mas logo tratou de esquecer. Aquilo tinha sido uma aventura juvenil, a vida segue.
O dia estava perto de raiar quando Bia despertou com beijos no pescoço e o peso do corpo de Mário roçando sobre ela. Ela enrijeceu.
– Bom dia, meu amor, que saudades! – Mário falou com sua voz aveludada e cheia de ternura, ao mesmo tempo que esfregava o pau em sua bunda.
– Bom dia, meu amor, como foi o plantão? Também estava com saudades! – Bia respondeu tentando parecer feliz, quando na verdade estava apavorada.
Por sorte, Mário pareceu não reparar ou talvez só estivesse com muito tesão, pois suas intenções estavam cada vez mais claras. Bia já sentia o pau do futuro marido dobrando de tamanho
enquanto ele a enchia de beijos com vontade. Deu graças a Deus por estar de costas para ele.
Sentindo o pau inchado, Mário abriu a calça e deu uma estocada na boceta da mulher. Para sua surpresa, ela ainda não estava lubrificada.
– Tudo bem? – sussurrou em seu ouvido.
– Sim, é só porque acabei de acordar, continua...
– Deixa comigo... – e rapidamente ele se abaixou, caindo de boca em seu sexo para a hidratar.
Mário dava lambidinhas inconstantes apenas com a ponta da língua, como um gatinho em uma tigela de leite. E lembrando da chupada transcendental de Rodrigo, seu corpo automaticamente reagiu, empinando a bunda e se arreganhando, como quem pede por aquilo. O esposo interpretou como um convite para a penetração e logo voltou para dentro dela, que sentiu seu pênis entrar com mais facilidade.
O amante era um moreno alto, cheinho, com traços e descendência indiana e cara de nerd. Seus cabelos eram negros e brilhantes e usava um pequeno topete. Suas sobrancelhas eram bem definidas e arqueadas, o que conferia um ar penetrante e cativante aos seus olhos grandes e castanhos. Não era exatamente bonito, mas tinha um charme magnético e um porte que despertava desejo. Seu pau era pequeno, não tinha mais que 13cm, mas era grosso e ele sabia comer gostoso.
Agora com a boceta mais molhada, ele acelerou, e ela teve vontade de chorar. Não de dor, mas de vergonha. Não arrependimento, mas tristeza por ter traído Mário. Ela sentiu os músculos se contraírem, em seguida, o noivo deu uma farta jatada, forçando-a de volta para a cama, e rosnou como um animal selvagem quando gozou dentro dela. Inclinou-se sobre ela, beijando suavemente suas costas antes de relutantemente puxar o membro para fora do calor do seu corpo.
– Que saudades eu estava de você, branquinha... - ele falou ofegante e apaixonado.
– Eu também, meu nego... Deixa eu levantar e tomar um banho, hoje tenho aula o dia todo.
– Bem-vinda de volta à vida real – disse Mário beijando sua bochecha e a liberando para sair.
No banho, Bia chorou baixinho e pediu que Deus tirasse aquela angústia do seu peito. “Como Rodrigo lidaria com aquilo?”, pensou, “... pelo menos ele tem alguns dias a mais no Rio antes de voltar para casa, talvez dê para assimilar melhor...”
***
Os céus eram testemunha do quanto Rodrigo estava se esforçando para conseguir trabalhar, quando na verdade não parava de pensar em tudo o que havia acontecido. Ele checava o telefone de hora em hora na esperança de Bia fazer contato, mas afinal, parecia que ela realmente havia falado sério sobre encerrarem por ali, até que um número desconhecido com DDD 11 mandou uma mensagem via WhatsApp, dois dias antes dele voltar para Recife:
“Eu contei o que aconteceu para o meu marido...”
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