CAPÍTULO XX
Ian passou o braço por cima do meu ombro. Eu o empurrei para o lado. Meu pai se ergueu e apoiou-se no braço de mamãe, ela com os joelhos juntos, caiu para trás com as costas na parede. Ela sorria sem porteira entre os lábios, gargalhava.
- O que foi que você deu a ela hein? - perguntei ao meu pai.
Ele abriu um sorriso também como um boneco de posto de gasolina sem equilíbrio na coluna, de um lado para o outro.
- Acho que o mesmo que ele deu em você, - ele respondeu grosseiro apontando para o Ian e para mim.
Os três caíram na gargalhada até o Ian entrou na onda dos meus pais. Mamãe veio para cima de mim, eu a segurei, e senti o cheiro de álcool.
- Sextou! - ela gritava. - Sextou!
Ian passou o braço de papai em cima dos ombros, e o ergueu. Ele andava trepidante.
Eu recebia uma dose de Pitu a cada risada de mamãe no meu cangote, no caminho até o sofá da sala, onde Ian desovou meu pai, e eu coloquei mamãe ao lado, os dois cantavam e mexiam os quadris.
- Seus pais são loucos, - Ian concluiu.
- Estou percebendo agora, - respirei. - Há quanto tempo você estão nesse revivel?
Meu pai abriu a boca até o queixo tocar no colarinho da camisa e com o cotovelo em cima do braço do sofá, deitou o queixo na palma da mão, tentou mais de uma vez cruzar as pernas, desistiu e fechou os olhos.
Mamãe derreou por cima do ombro direito dele.
- Há anos, - ela respondeu. - Teu pai teve uma crise existencial, e sobrou pra mim te criar, coisas da vida, coisas da vida... Tem uma música do Vandro assim, coisas da vida, coisas da vida... Ou é do Martinho?...Coisas da vida... Rita Lee... sextou...
Minha vida fora uma farsa, eu abri a boca e os olhos, esfregava as palmas das mãos nas faces. Ian segurava o riso, massageou meus braços, fiquei de pé, ele me puxou pelos ombros para sentar novamente.
- Eles viviam um caso? - coçava-me. - Mas como eu não percebi?
Eu erguia as sobrancelhas sem querer, sem conseguir controlar as contrações do rosto.
- Isso é fácil de explicar Joca, - Ian disse. - Claro. Eu sou prova viva, fiquei do teu lado durante a infância e adolescência, boa parte desse tempo caidinho por ti, e você nunca percebeu.
- É diferente! - falei.
Os dois dormiram, mamãe babava. Ela ensinou a brigar com papai, eu em solidariedade a ela o xingava em parte porque ele também nunca se interessou por mim, mas ela fomentou esse ódio gratuito.
O calor do braço de Iam por minhas costas e a palma da mão dele espalmada no meu estomago, além do seu corpo no meu braço direito, seguravam a minha onda, e eu não conseguia disparar qualquer farpa de ódio, raiva, tristeza, vergonha.
Eu ainda tinha parte do meu homem dentro de mim, por entre minhas pernas, e o amava, não havia espaço em meu peito, em meu corpo para mais nenhuma sensação. Ian e eu pegamos um lençol no quarto de mamãe e os cobrimos.
Ao recostar minha cabeça no peito de Ian, e os seus dedos na minha cabeça, senti minhas bochechas esquentarem.
- Conseguimos... - sussurrei.
Ele me apertou mais contra seu peito e beijou o alto da minha cabeça. A porta conservou-se aberta, eu fechei meus olhos, relaxei meus ombros, "tenho sorte" pensei antes de aceitar o sono. Mesmo com o estomago ronronando.
E foi pelo meu estomago que abri os olhos com o cheiro de café no nariz, sem o corpo quente por baixo de mim, espreguicei-me como alguém que dorme em uma boia em cima da piscina, e acorda sem ela apenas na água, a cama fria como água.
Mamãe bebericava da xícara, eu recostei as costas na cabeceira. Ela segurou minha perna por cima do lençol.
- Estou sem forças, - falou. - Uma ressaca de outro mundo.
Ela arrastou a coxa esquerda um pouco para cima da cama, engoliu mais do café, e continuou.
- Mas não sou mulher de fingir esquecimento de nada, - respirou fundo. - Me perdoe meu filho.
- Por que? Por ter me enganado sobre papai? - disse. - Por ter me feito acreditar que ele era o vilão de novela e a senhora a mocinha abandonada?
Ela sorriu, inclinou a cabeça para trás, com as duas mãos em volta da xícara me olhava daquele seu jeito por trás da borda da xícara com o calor do café saindo pelas beiradas como a boca de um "dragão", era uma brincadeira nossa de infância.
- Não menino! Isso não, por ter invadido o momento de vocês aí, as coisas estavam quentes hein? - ela gargalhou. - Essa história do teu pai e eu, diz respeito só a nós, eu como boa mãe apenas aceitei a tua solidariedade filial, justa a quem te pariu.
Mamãe espalmou minha coxa duas vezes e ergueu-se entregando-me a xícara, plantou um beijo em minha bochecha. E seguiu pelo corredor em direção a cozinha, ela gracejou com alguém e os três voltaram a sorrir.
Eu engoli o restante do café, afastei os lençóis, e alcancei minha toalha, uma cueca, short e camisa, vi, ao passar, mamãe e papai a mesa, Ian segurava o pão em uma mão e com a faca na outra o dividia. Ele sorriu para mim.
- Bom dia, amor - disse.
Meu pai olhou-me impassível. Eu beijei os lábios de Ian, e de esgueira olhava aos dois que não fizeram nenhum movimento de repúdio, nenhuma crítica nem mesmo no olhar ou nos gestos. Ian amava aquele ambiente, pesquei na mão dele sobre meu punho, no olhar de sobrancelhas baixas.
- Banho, - respondi.
Eu entrei debaixo dos jatos do chuveiro enquanto os ouvia gargalhar "do que tanto riem?", saí, atando o cordão do short, com a toalha no ombro. Eles conversavam sobre nossa mania de gargalhar durante o sono.
Meu pai espalitava os dentes.
- Meu avó paterno, meu pai não, mas meu vó paterno também tinha esse tique - ele confessou.
Eu assustei-me próximo "quando me movi?", engoli em seco, eles olharam para mim, Ian puxou a cadeira, mamãe pegou a toalha do meu ombro e a levou para fora. Meu levantou-se tão logo mamãe entrou na cozinha.
Ele deu um adeusinho com a mão para Ian que correspondeu erguendo-se e apertando a mão dele, que sorriu.
- Amigos? - falei.
- Ah larga de mau humor, - sorriu. - Eu ia amar ter meus pais assim...
Ele disse com as mãos para trás da cabeça na nuca, suspirou, "será que Ian ficaria bravo com a brincadeira de Felipe com dona Janete", eu puxei a cadeira mais para perto da mesa, e sob meus cotovelos, inclinei-me para ele.
- Eu sabia que você é família, mas olha tá me surpreendendo - joguei o verde. - Mesmo sabendo o que papai fez no passado.
- Joca, passado o nome já diz, ficou lá atrás, - ele fez um bico com os lábios. - O que você está querendo me dizer hein? Estou percebendo alguma coisa aí.
Mamãe espreguiçou-se para dentro da cozinha mais uma vez voltando da sala. Ian bateu a mão na minha "vocês ainda tem muito a conversar" pareceu dizer com esse leve gesto. Mais do que nunca nossos olhares pareciam dizer sem a necessidade de palavras.
Ian entrou no banheiro. Minha mãe apoiou-se no fogão.
- Vai desembucha, - ela disse. - Não adianta fazer essa cara, eu sou adulta.
- Eu não estou entendendo, eu disse alguma coisa? A senhora faz como quiser. Eu não me meto mais em nada.
- João Carlos ódio envelhece - sorriu. - Está tudo muito claro, eu e seu pai, nos casamos, separamos, brigamos, tá certo fui egoísta e em muitos momentos alimentei o seu ódio por ele, mas nós nos reencontramos na vida.
- Você é namorada do seu ex-marido, é isso? - perguntei.
- Chato... - ela suspirou.
Eu bebi o restante do café, bati na porta do banheiro. Ian desligou o chuveiro.
- Já estou indo, - falei.
Não esperei por uma resposta queria ficar um pouco sozinho.
Na calçada de encontro a casa de dona Janete onde Felipe esperava por mim como havíamos combinado, lembrei-me "não contei ao Ian", antes imaginava conhecê-lo a ponto de saber exatamente a reação dele diante da brincadeira de Felipe, mas agora.
"O passado fica no passado" seria assim com a mãe também, mesmo alvo das humilhações e condenações que dona Janete fazia ao filho tão logo colocava os olhos nele? Ian estaria evoluído o suficiente para esquecer o risco no carro na noite anterior ao seu acidente?
Entreouvi o arrolho de rodinhas girando atrás de mim, por cima do ombro vi Kevin aproximando-se, ele chegou perto de mim e segurou minha cintura me puxando para perto dele, o moleque conseguia se equilibrar no esqueite e me segurar.
- E aí veadinho? - disse.
Eu o empurrei com as duas mãos e o vi se estatelar no chão. Ele apoiou-se nas palmas das mãos no chão com um dos pés ainda aparou o esqueite.
- Quem te deu intimidade? Aliás, você também é - completei. - Ou acha que por ser ativo é menos gay? Idiota!
- Tá nervosa? - ele provocou. - Trato veado assim, se não gosta, vira homem.
- Seu! - eu avancei.
Ele veio para cima de mim e me derrubou com um soco na boca do estomago, levantei novamente e o agarrei pela curva do meu braço em seu pescoço, Kevin dava cotoveladas para trás, e me puxou se inclinando sobre os próprios joelhos.
Eu caí com a lombar na quina do calçamento e com o impacto como de uma agulha no osso, o soltei.
- Tá achando que pode bater em macho? - ele me chutou. - Hein? Veado? Vou te ensinar quem manda...
A voz de Felipe pôs uma virgula e uma pausa no gesto que Kevin fez ao erguer o punho em minha direção.
- Começaram sem mim? - ele disse. - O que está acontecendo?
- Estou dando uma lição nesse veado, - Kevin respondeu.
Felipe deu-lhe um tapa e soco na cara, Kevin vacilou para trás, ergueu a palma da mão aberta, depois a fechou apertando os lábios. Eu me ergui com a ajuda de Felipe.
- Ensinar? Você? - Felipe, virou-se para mim. - Está bem? Ele conseguiu te derrubar? Acabo de diminuir seu pagamento.
- Como é que é? - ele gritou. - Não é justo esse... seu amigo que começou!
- Vai andando Kevin, e só me aparece aqui na hora que combinamos - Felipe disse firme. - Anda, desinfeta.
Ele ergueu o esqueite e o jogou no chão pulou o arrastou com um dos pés em cima e ganhou a rua a nossa frente. Kevin era corpulento embora nação fosse gordo. Eu virei para Felipe, antes de chegarmos a casa de dona Janete.
- Esse cara é um bruto, mal educado, mau caráter também, me disse cada coisa - falei.
- Que nada! Você o desafiou, ele sentiu que tinha que botar ordem, se acha o macho mas é um pirralho que só tem tamanho, acabou de completar dezoito porque tem pelo no sovaco e a pica grande, acha que manda.
- Você quem sabe, mas esse aí está destinado a ser um lixo de homem - eu suspirei. - Também nem sei se posso julgar alguém, depois de ontem...
- Mais drama no casamento, - Felipe sorriu.
- Meus pais, estão juntos, ou namorando, sei lá... - falei enquanto avaliava o arranhão no joelho.
- Não brinca? - Felipe sorriu. - Acho o máximo que sua mãe está nem aí para nada, toda vida foi assim.
O quarto de Ian retornara ao que fora antes da chegada de Felipe, havia apenas um uniforme escolar em cima da cama, e um suporte com o celular de Felipe encaixado em cima.
Os preparativos para a live/filme do Felipe com o Kevin e a participação especial de dona Janete ia a todo o vapor.
Felipe me explicou as opções para ativar no momento do rosto de dona Janete para desfoca-la do vídeo, assim o pessoal não a reconheceria, o recurso era de um aplicativo que Felipe baixara justamente para evitar que a mulher fosse reconhecida.
Aos poucos e pelas beiradas Felipe aproximava-se ao empreendedorismo do irmão e mais ainda do pai, ele explicava cada momento da cena que imaginou, e havia estipulado com Kevin "se você gozar antes ou o pau abaixar desconto no pagamento", era praticamente um onlyempresário se é que isso existe.
Ele tirou a camisa e virou-se abaixou o cós da calça, em cima do bumbum dele o desenho da tatuagem estava quase completo. Acrescentava a pele cor de canela de Felipe uma sensualidade diferente, há tatuagens que potencializam o que já é bonito.
- Está ficando lindo Lipe, - falei.
- Né? - ele disse. - Cara! Custou um olho da cara, não o meu...
Havia uma mochila próxima a cama era para o "papel" de Kevin a historinha que passaria na live. Felipe permaneceu com jackstrap com aquela abertura no fundo. Além disso Felipe colocou um piercing no mamilo direito, "a pedido dos fans".
Eu assumi meu posto atrás do celular enquanto ele se preparava para enviar alguns vídeos de chamada.
- Eu deveria contar ao Ian, - falei com Felipe. - Quando ele souber...
- Por que vai saber? A mãe não fala com ele, e você está proibido... Pelo menos até tudo estar pronto.
Tinha minhas dúvidas mas achava que dona Janete merecia o susto. Eu trocava os filtros enquanto Felipe fazia poses e convites excitantes aos seus onlyfans. Ele segurava um consolo cor de ameixa do tamanho de um antebraço.
Aquela coisa serviria como cacetete facilmente.
Felipe trouxe da cozinha duas quentinhas, porque como dona Janete chegaria por volta das duas, eu não teria tempo de ir em casa e voltar.
Kevin chegou quando terminávamos de comer, ele puxou Felipe por uma das nádegas e o beijou nos lábios de forma lasciva, Lipe havia acabado de escovar os dentes e os dois ficaram nesse agarra agarra até Felipe dar-lhe uma fungada no pescoço. E com um tapa na bunda de Kevin o colocar para dentro.
O negão tirou a camisa pela cabeça. Tinha um peitoral belo de homem feito, alguns pelos no peito e na barriga. Os braços estavam inchados como se tivesse acabado de fazer exercícios.
- Fez as barras? - Felipe espreguiçou. - As abdominais?
- Claro, ô que? - ele disse se exibindo.
Kevin mostrava o muque. Felipe entregou a ele a mochila, Kevin a vestiu sem a camisa, de tênis, bermudão jeans. Eram treze horas e trinta minutos. Felipe vestiu o uniforme escolar. Eu liguei a opção live. Felipe entrou em casa novamente, dessa vez trajava a farda.
Colocou a mochila ao lado, mexeu no celular e sorriu para a câmera mas sem focá-la. Logo Kevin o chama de fora.
Tinha inicio o filme pornográfico de Felipe e Kevin:
"- Qual é! Faz aquele trabalho pra mim na moral...?" - Kevin dizia com a mão no saco.
Felipe arregalava os olhos, engolia em seco como se tivesse surpreso.
"- Que é isso cara? Não faço essas coisas não"
"- Eu posso te recompensar!" - dizia Kevin.
Felipe aproxima-se de Kevin, sente o cheiro do rapaz, mas recua como se tivesse com vergonha, vira de costas, Kevin atua bem ao olhar para o bumbum de Felipe, propositadamente empinado e passa a língua entre os lábios.
Kevin o empurrou com o quadril. Felipe solta um suspiro.
"- Se meus pais chegam?" - o personagem de Felipe diz.
Eu vejo na tela do celular os números de visualização aumentando "mete logo!", "cadê a putária!", "cú doce!".
Kevin diz a Felipe.
"- A não vai fazer o trabalho pra mim não seu veado?" - ele segura os ombros de Felipe. - "- Então chupa meu pau!"
Eu quase dou risada com aquilo, mas por falso que pareça a audiência subiu desse momento até Felipe receber um tapa na cara e baixar o zíper do bermudão do colega. Kevin puxa o pescoço de Felipe para perto da calça. O suor desce pelo abdômen de Kevin, e de dentro da bermuda salta!
O pênis de Kevin é preto e cheio de veias grande grosso mas com uma cabeça rocha. Ele empurra contra Felipe que começa a mamar direciona-se para a câmera. Kevin rasga a roupa de Felipe, e começa apertar seus mamilos puxando o com piercing.
Eu assisto a tudo sentindo meu próprio corpo reagir a visão de Felipe engolindo centímetro a centímetro do cacetão de Kevin, ele o pressiona com força e começa a foder a boca Felipe, arranca a bermuda, e inteiramente nú, ergue a perna esquerda para cima do sofá, bota pressão em Felipe que aguenta.
Eu direciono a câmera como meu amigo orientou antes, coloco um filtro que limpa os ruídos, mesmo assim segundo Felipe, o som das "chupadas serão ouvidas". Ele mesmo se certificou disso, abre a boca com desenvoltura, empenha-se em engolir e reproduz o barulho de rolha de garrafa.
O pomo de adão de Felipe chega a descer quando Kevin o pressiona até seu pau enterrar-se na garganta de Felipe.
- É de pica que você gosta não é veado? - ele diz.
Saca o pau da boca de Felipe e o esfrega na cara do meu amigo como um cacetete bateu de um lado para o outro. Segura-o na base e mete mais uma vez fundo e em estocadas firmes. Kevin olha diretamente para a câmera com os lábios distendidos como um animal sem fôlego da sua testa e peito descem o suor no dorso negro viril, e enquanto move o quadril o bumbum e a coxa ficam desenhadas diante de nós.
Felipe não escolheu o nome de boqueteiro atoa, consegue com habilidade engolir metade do pau de Kevin, mesmo a custo de longos períodos de engasgos, em que ele masturbava Kevin e buscava respiração, até o rapaz voltar a meter em sua boca.
Kevin puxou pelo cabelo de Felipe, minhas mãos estavam geladas assistindo a forma como ele tratava o Lipe, e o segurou pelo pescoço. O puxou e Felipe o lambeu o peito, segurando na rola de Kevin, ele o jogou no sofá.
Felipe ficou de quatro e Kevin começou a dedar Felipe, e a linguá-lo também. O cara era cruel com os dois indicadores abriu o cú de Lipe que gritava e contorcia-se de olho na câmera.
- A por favor não fça isso, - Felipe simulou um pedido.
Kevin deu-lhe um tapa na polpa da bunda de Felipe e veio com o seu pênis molhado pela saliva de Felipe e o enfiou de uma vez e tirou. O puxou para ficar de costas no braço do sofá, e segurando os calcanhares de Felipe foi metendo em seu cú.
Meu amigo olhava para a câmera fazendo caras e bocas de quem estava sofrendo. Kevin levou as mãos até o pescoço de Felipe que foi ficando com o rosto em uma coloração esquisita.
- Vai sufocar ele - eu falei.
Kevin me olhou com um risco nos olhos, ele afrouxou a mão e puxou Felipe pelo cabelo mais uma vez o liberando do seu pau no cú.
- Chupa veado cuzão! - disse.
E o estapeou.
O número de visualização aumentava, e foi justo uma pessoa nos comentários que colocou.
"- Eita a mãe chegou!"
Eu gelei, virei para a porta e lá estava dona Janete com os olhos fora do rosto de tão arregalados. Felipe a viu também, e ergueu-se de quatro para Kevin, que ainda não a tinha visto.
Felipe olhou para a câmera, tudo aconteceu rápido, Kevin mirou o pau no cú de Felipe, e com o polegar o massageou.
- Que desgraceira é essa! - gritou dona Janete.
Ela ficou da cor de um tomate correu até nós, eu a via pela câmera do celular, Kevin virou-se mas sem tirar a atenção do que fazia, com uma mão mantinha a cintura de Felipe e com a outra na base do seu pau, e o cravou em Felipe como um punhal.
A mulher levou a mão até o peito. Kevin enfiou de uma vez Felipe soltou um grito. Kevin metia sem parar em estocadas firmes com os dedos presos a carne da cintura de Felipe que gemia, gania como uma cadelinha de proposito.
- Senta e assiste o show! - Felipe aconselhou.
- Seus pervertidos! Vou chamar a polícia! Meu sofá! Minha sala!
Kevin como um louco metia e olhava para a câmera. Dona Janete começou a passar as mãos na gola da roupa como se buscasse se livrar de algo no pescoço, caiu em cima do outro sofá contíguo, um olhar languido, eu deixei a câmera e fui para socorrê-la.
- Já chega Felipe! Já chega! A mulher está passando mal! - eu gritava.
Os dois alucinados fodiam sem qualquer sombra de arrependimento ou respeito.
Eu desabotoei a blusa de dona Janete e comecei a abaná-la com a mão, Felipe vestiu a roupa e Kevin, ainda com a maromba para cima.
- Vou ficar assim? - disse.
- Cala a boca! - Felipe respondeu. - Ela tá bem?
- Não sei né, - suspirei. - Chama uma ambulância...
Dona Janete nos empurrou deu-me um sopapo na cara que esquentou na hora empurrou Felipe.
- Saiam da minha casa! Pervertidos! Pervertidos! Saiam! - gritava.
Kevin colocou a cueca e com o cós da bermuda prendeu o pênis ainda duro na altura do umbigo. Felipe e eu recolhemos as coisas e saímos da casa, dona Janete chorava, gania de raiva.
- Vou chamar o Ian, - falei.
- Espera, por que? - Felipe me interrompeu. - Ela está bem.
- Bem? Irresponsável, nós dois aliás, - suspirei. - Olha Lipe depois nos falamos tá, tchau...
A camisa de Kevin colava no corpo de tal forma o cara estava suado. Os dois ficaram na rua discutindo, e por alguns segundos parei para ver se Felipe precisaria da minha ajuda, mas ele sabia como dominar o cara, e logo era apenas a voz de Felipe que eu escutava.
A oficina fica uma rua depois da praça central do bairro, caminhei a passos largos, e no caminho os números de veículos pelas ruas aumentava, estacionados ladeando os passeios nas duas vias. Ian estava conversando com um homem de quase dois metros careca.
Ele acenou para mim, eu parei, Ian veio até mim, sorrindo, conforme via meu rosto, seu sorriso foi murchando.
- O que foi? - disse.
Ian limpou as mãos em uma flanela, e a jogou no ombro direito.
- Sua mãe, - falei. - Acho que fizemos uma besteira.