A Farra é logo ali ou a Farra do Logrei
Um conto de Marcela Araujo Alencar
Helena, Rita, Anna e Lara são quatro universitárias de primeiro ano, que se conheceram no campus, na república onde dividem o mesmo apartamento. Estranhas à cidade e ao campus universitário, por afinidade logo se tornam amigas. Apesar de calouras novas, de tímidas não tinham nada e logo ficou acordado que no alojamento delas, nenhum rapaz dormiria, pois lá só tem dois quartos e duas camas em cada um, sendo assim, esta empreitada ficou abolida. O que não impedia que as jovens visitassem, quando tivessem vontade, motéis e bancos de automóveis.
Jovens, belas e sapecas, mas apesar de tudo, compenetradas nos estudos. Vencidos os primeiros semestres e já enturmadas com os demais colegas, na época dos folguedos carnavalescos estimam se divertirem juntas. Lugar divertido para pular, que não seja muito puritano e nem muito sacana é o que as quatro desejam, pois fogosas e sapecas, além de dançar bem agarradinhas e talvez com o parceiro a noite terminar é o que pensam.
Mas lugar assim elas não conhecem. Como são bonitas de rosto e corpo, foram convidadas para os dois bailes do Clube Municipal, lugar onde só acompanhadas poderiam ir. Lógico que choveu de rapazes para serem seus pares. Entretanto, por muitas colegas de classe, foram desanimadas a não comparecerem ao Municipal, senão iriam morrer de tédio. Lindalva, Loreta e Wanda, disseram que conheciam um lugar “porreta” onde elas e outras colegas, tinham passe livre, onde rolava muita farra, bebida, e até um “cheirinho” pra dar mais calor e que tem no andar superior uns cantinhos onde a rapaziada, quase todos universitários, podem ir para numa love terminar a noitada. Ingresso, 30 pratas, pouca roupa e uma garrafa de bebida, desde que não seja refri e nem cerveja.
- Lindalva, como se chega a este lugar, amiga? Eu e as meninas não conhecemos nada desta cidade!
- É simples, subindo a estrada saindo do centro, quatro quilômetros, tem uma grande placa: “A Farra é logo ali”, é descer uns duzentos metros e pronto. Mas tem de ir de carro, não há outro modo. Das 22:00 às 06:00 a farra impera lá, amigas.
- Não tem importância, somos em quatro, a gente divide um Uber.
*****
Sábado, primeiro dia do “A Farra é logo ali”, as meninas desde cedo estão se aprontando para a noite carnavalesca, a primeira que passam fora de suas cidades. Vestem roupinhas leves, saia curta, metade das coxas a mostra, top que vai até a metade do ventre e máscaras de pano até o nariz. Por medida de comodidade, somente Helena levará uma bolsinha, com um celular, os cartões de identidade universitários e o dinheiro delas, e quando necessária a bolsinha trocará de mão. Coisa importante não esquecer dos quatro litros de conhaque que escolheram levar.
As 21:30, Lara chama o carro, um uber e elas descem para a portaria. Lara vai no banco do carona e Helena, Rita e Anna atrás. O velhote, o simpático motorista logo pergunta a ela: A senhorita falou que iam para a “Farra do Logrei” e, ela, apressada confirmou.
- Vocês não deviam frequentar lugar como aquele, moças. Dizem que lá se consome muita droga e muito sexo, até grupal.
As quatro se entreolham e tem de conter uma risada, pelo exagero do velhote em pensar tão mal do “A Farra é logo ali”. Acontece que houve um tremendo mal-entendido, ele as está levando para o famigerado lugar “Farra do Logrei” e não “A Farra é logo ali”.
Depois de sair do centro da cidade, o uber envereda por uma estradinha, sempre subindo e entra por uma trilha, e ele diz as moças que vai as deixar ali, pois o caminho até o enorme casarão, fica logo depois daquele bosque. Elas ignoram, mas estão do lado oposto de onde deveriam estar. Cinquenta quilômetros, na região rural do município.
- São uns vinte a trinta metros até lá, moças e que os céus fiquem de olhos em vocês.
Como estão de sandálias elas não encontram dificuldade de transpor o terreno gramado, e logo se espantam ao avistarem o prédio, bem maior do que pensavam. Com três pavimentos e muitas janelas, sendo que só as do primeiro estão iluminadas só que ao contrário do que deveria, não escutam nenhum som vindo de lá e numa espécie de varanda, onde se deslumbra uma porta de dupla folha, não avistam viva alma.
- Que merda é essa, amigas?
- Rita, acho que caímos numa pegadinha! Isto não tem cara do que elas falaram: “A Farra é logo ali!
- Esperem, esperem. O velhote falou em nos trazer para o “Farra do Logrei”!!!!
- Lara, tens certeza disso?
- Tenho, ele confundiu os nomes e nos trouxe para outro lugar. Por esta razão falou que aqui tem muita droga e muito sexo, até grupal.
- Mas pelo que estou vendo, hoje não tem nada disso. Todos devem é estar pulando o carnaval
- Vamos ligar para o uber e pedir que venham nos buscar e levar pro A Farra é logo ali.
- Amigas, não vão acreditar! Não estou conseguindo sinal. Acho que estas montanhas em volta estão bloqueando.
- Que merda! E agora o que vamos fazer?
- Calma, Helena. Para tudo neste mundo há uma solução. Este lugar não deve estar deserto, pois tem luzes acesas. Deve ter gente tomando conta daqui. Deve ter ao menos um telefone.... vamos procurar.
*****
Elas tentam e verificam que o portão de dupla folha está trancado. Mas não desanimam, Anna e Lara decidem procurar outro acesso, contornando o prédio por um lado. Helena e Rita fazem o mesmo pelo outro lado.
Anna e Lara veem uma pequena janela tipo claraboia e como é pequena, com ajuda de Lara, consegue pular e entrar. Se encontra numa saleta e diz para a amiga que vai procurar uma porta que ela possa abrir para ela.
- Anna, aqui neste lado, não estou vendo nenhuma, vou lá atrás, tem de ter uma porta por lá.
Enquanto Lara segue pelo lado de fora do prédio, pisando em uma espécie de jardim que o contorna. Anna internamente se vê em um amplo corredor que está na penumbra, mas ele a leva para o interior, ao contrário do que desejava. Ele acessa seis portas. Anna nunca gostou do escuro e fica ansiosa, por se encontrar ali. Medrosa abre algumas portas e todas acessam a quartos onde o destaque é a cama de casal. Na última porta, a dos fundos do corredor, vê luzes filtrando pelo vão inferior. Com a alma lavada, por finalmente fugir da penumbra, Anna se dirige rápido, torce o trinco e entra no recinto.
Fica estática de olhos do tamanho de um pires. É um amplo salão, fartamente iluminado, com muita gente, homens e mulheres, todos nus, estirados sobre almofadões espalhados por todo canto e eles estão em engatados em múltiplas posições sexuais. Anna fica chocada com o que vê, uma orgia desenfreada, onde os gemidos de prazer se fazem ouvir, suplantando o som que sai de alguma caixa de som. O lugar fede a fumo e a drogas.
Estão tão envolvidos no bacanal que nem notam a sua chegada. Com o coração querendo sair pela boca, Anna, sem respirar, começa recuar. Quer sair daquele lugar de devassidão moral, antes que percebam sua presença. Sem se virar, estende a mão para o trinco da porta por onde chegou.
Dá um grito tamanho o susto que levou, ao se deparar com dois homens e uma mulher, os três estão despidos e tal como Anna, se surpreendem ao ver a loirinha, vestida. A mulher, uma morena clara, é a primeira a se manifestar:
- Esta eu não conheço! O que tu tá fazendo aqui, garota? Quem te convidou? Tá indo embora?
Anna fica lívida, volta a respirar e o coração volta a disparar a mil por segundos e a única coisa que consegue murmurar é;
- Foi tudo um engano.... estou de saida....
O homem, ao lado da morena, segura Anna pelo braço, bate a porta e a puxa para um dos almofadões.
- Não está de saida, não, mocinha. Tu é muito gostozinha e engano ou não, quero te ver pelada.
Anna é derrubada por cima de um dos almofadões e tenta rolar para o lado, para o piso, mas é segura pelo homem e pela mulher que com ajuda dos dois homes, começam a retirar suas roupas. Com a adrenalina a mil, Anna consegue escapar dos três e corre em pânico sem direção, mas logo tropeça e mil mãos a puxam para o meio do amontoado de homens e mulheres e é com horror que totalmente nua sente bocas e dedos invadirem suas intimidades. Não é nenhuma santinha, mas ter pênis a penetrando pela bunda e boceta ao mesmo tempo, não é sua jogada. Grita e esperneia, mas logo é amordaçada por um outro pau e para seu desespero, agora são três os animais que a estupram. Jovem e bonita, nunca se imaginou estar em situação tão desesperadora.
*****
Lara Continua avançando pelo jardim, rente a parede dos fundos do prédio. Para sua alegria, desemboca numa grande área onde estão estacionados uma dúzia de automóveis. Sinal de que seus ocupantes estão presentes e ela está certa, pois duas janelas envidraçadas estão iluminadas e entre as duas uma varanda com uma dúzia de degraus de cimento. Lara sobe até a varanda e, da larga porta escuta sons de música de sons outros que não decifra.
Ao empurrar a porta se vê num amplo salão, onde, para seu horror, vê um amontoado de homens e mulheres todos nus, se abraçando na prática de sexo, sobre dezenas de almofadões. Quase aos seus pés, uma mulher e um homem, num sonoro e nojento 69. O cheiro de sexo exala forte assim como o de cocaína e outras drogas. Apavorada Lara recua para a varanda, mas tropeça num outro almofadão. onde duas mulheres e dois homens estão engatados como animais no cio. A mulher loira tem o pau de um deles enterrado no rabo enquanto o outro a penetra pela boceta, numa dupla penetração e mais incrível, a vadia loira ainda tem a mulher morena sentada na sua cabeça, forçando sua boceta no seu rosto.
Lara enojada percebe quando a mulher loira, empurra a morena de cima dela em busca de ar, e não consegue reter um berro de espanto, pois a mulher loira é sua amiga e colega Anna.
Anna ao ver o rosto espantado de Lara, consegue murmurar um desesperado pedido de ajuda, antes que a bunda da morena volte a sentar em seu rosto. Num gesto automático, Lara se inclina e empurra a morena do rosto de sua amiga. A mulher enfurecida, se volta contra ela e Lara tenta escapar, mas não sabe de onde, três homens a levantam como se fosse uma pluma e aos berros, em segundos, Lara é totalmente despida e em choque, é atacada pelos três homens famintos de sexo.
Ela luta e se esforça ao máximo, mas não é pareo para três homens drogados e faminto de sexo. Logo sente um enorme pau invadir sua bunda e quando tenta escapar da sodomia, sente outro caralho, este bem menor, a penetrar pela vagina. Ela em uma ocasião, já fez DP, mas no caso, foi consentido. Agora a estória é outra, pois é forçada e por homens que nem sabem se são gente sã.
*****
Helena e Rita fazem todo o caminho em torno do prédio e não encontram nenhum acesso, só a parede. Cansadas, decidem voltar para o portão de dupla folha que está trancado e sentadas esperar o retorno de Anna e Lara.
- Helena, acho que não vamos usar estes litros de conhaque, vamos abrir um e beber uns goles, pra espantar o frio da noite.
- Mas está quente e eu não gosto muito sem gelo.
- Quem não tem cão.... só uns golinhos, quente mesmo, amiga.
Quase uma hora depois, bêbadas como nunca, Rita e Helena, cantam estiradas junto ao portão de dupla folha do casarão. Quase que sem sentir, de gole em gole, deram fim a quase meio litro do conhaque que Rita conseguiu abrir.
Uma camionete vermelha se aproxima do casarão e está descendo por uma trilha ao lado, quando um dos seis ocupantes chama a atenção dos outros:
- Esperem aí camaradas, ou eu estou vendo miragem, ou então são duas minas ali no varandão!
- Tu estás certo, Vadão, tem duas mulheres estiradas lá, vamos ver quem são.
Os seis ocupantes descem dos veículos e vão até o varandão.
- Leandro, tu as conheces?
- Não, não é nenhuma das nossas frequentadoras. Que diabo estas duas estão fazendo aqui?
- Pelo jeito estão bastante mamadas!
- Esperem, esperem, eu acho que sei quem são.... elas estudam comigo, são alunas do primeiro ano da minha universidade. Quem será que as convidou para o nosso clube?
- Não interessa quem, já que estão aqui e pelo que vejo são “apetitosas” vamos dividir estas coisinhas lindas entre nós seis, topam?
- É pra já, Ricardo!
- Vamos levar as garotas para um dos quartos, o três. Elas não pertencem ao mundo daqueles celerados lá de baixo.
- Esta aqui eu sei o nome. É a Rita e ela falou pra turma que foram convidadas para o A Farra é logo ali e ela e mais três garotas que residem no mesmo apartamento, iriam juntas.
- Leo, se falaram isso, como estas duas vieram parar aqui?
- Rita, Rita... você tem condição de dizer pra nós, porque vocês duas estão aqui?
- Caraa... foiii tuuudo uma meeerrdaa. Queeeriiimos ir pro um lugar e o veeelho errrrouu o caminho.
- São só as duas, Rita?
- Nãooo, Anna e Lara tão prooocuraando teleeefooone, lá do outra lado, Tu pode disszer paraaa elas voltaremmm.
- Caralho, será que elas caíram nas garras da turma? Se isso aconteceu, elas estão perdidas,
Enquanto Helena e Rita, amparadas por Thiago e Beto são levadas para o quarto três. Os outros, Leo, Ricardo, Leandro e Vadão, vão rápidos em buscas das duas garotas, pois sabem que serão desmontadas se a turma as pegou.
*****
Os rapazes tropeçam em um montão de gente engatadas em sexo louco e depois de muito procurar, Vadão, encontra uma das loirinhas. Não sabe o nome dela, mas é Lara. A jovem está no meio de três homens, cada qual com os caralhos na boca, bunda e boceta. Ela está inconsciente e, graças a isso, não tem ciência do triplo estupro. Ele pede ajuda dos outros e a base de porrada retiram Lara do almofadão. Ele a identificou por não ser uma das sócias do clube Farra do Logrei, que é voltado para a prática do sadomasoquismo, com predominância do sadismo em sua forma mais adjeta, desprezível, torpe.
Para localizar a outra universitária, a Anna, demorou bem mais, pois ela não estava em nenhum dos almofadões. Foi Ricardo que lembrou do “Quarto da purificação”. Onde algumas da garotas noviças no clube são levadas para serem “expurgadas” de seus medos. Com efeito, foi com horror que a encontraram lá. A jovem estava pendurada pelos tornozelos à uma viga, com a cabeça dentro de um latão que recebia água de uma torneira. Mais um pouco e ela ficaria com o rosto encoberto pelo líquido. Para complementar, Anna tinha enterrado no ânus e na vagina, dois enormes membros de silicone. Em sua volta, cantando e rindo, duas mulheres e quatro homens.
As mulheres, que em grupo participam de orgia, como novatas no clube Farra do Logrei merecem este tipo de iniciação, inclusive com ingestão de drogas de diversas origens e múltiplos picos nas nádegas e coxas.
Como todos estavam sob efeito de drogas, foi necessário o uso de força dos rapazes para resgatar Anna da tortura que provavelmente a levaria a morte.
*****
Agora as amigas Helena, Rita, Anna e Lara, estão no quarto três, estendida nuas sobre a cama de casal. Helena e Rita, embriagadas, estão bem, mas Lara e Anna, estão sob efeito das drogas, mas assim mesmo, os seis rapazes seus “salvadores” decidam que é hora das quatro jovens os recompensar.
Helena, Rita, Anna e Lara, durante o sábado e madrugada de domingo, em nenhum momento deixaram de ser penetradas pelas bocetas, bundas e bocas pelos seis homens, que se revejam entre elas. Apesar de bonzinhos, eles também são membros do clube Farra do Logrei, da ala mais moderada. No domingo, por volta das 14:00, as duas; Helena e Rita, não sentem mais os efeitos do conhaque, mas estão recheadas de porra que receberam pela boca, bunda e vagina, apesar de serem em seis, elas gostaram do sexo grupal, talvez incentivadas pela bebida e pela situação inusitada que se encontram. Rita, a mais acesa das duas, ficou louquinha de tesão e gemeu em orgasmos múltiplos. Apesar de hoje ser a primeira vez que faz sexo com mais de um parceiro e são logo seis, apesar deles se dividirem entre as quatro amigas, mesmo Lara e Anna por estarem drogadas, eles maneiraram e não fizeram oral, para evitar que sufocassem.
Passava das 18:00 quando as aventureiras retornaram para casa, conduzidas pela camionete de Vadão. Durante o resto da semana de carnaval, as quatros não saíram do apartamento, se recuperando do malogrado sábado de carnaval.
FIM