Helena, noiva de um e mulher de outro

Um conto erótico de Marcela Araujo Alencar
Categoria: Heterossexual
Contém 2544 palavras
Data: 03/03/2023 02:18:24

Helena, noiva de um e mulher de outro

Um conto de Marcela Araujo Alencar

Helena está há algumas horas ao volante de seu carro. Está cansada, mas se conforma pois faltam poucos quilômetros para chegar na Rio Sêco, a grande fazenda de seus avôs, da qual é herdeira única. Ela já está acostumada a fazer este trajeto, desde sua cidade, pois uma vez por mês vai à fazenda, exigência de seu avô Guilhermino. Diz ele que ela necessita conhecer as lidas da fazenda, pois irá se tornar uma fazendeira.

Helena é noiva de Marcelo e mora com ele há dois meses, montando a casa onde irão residir, contando com ajuda de sua mãe, pois como é universitária do último ano, tem pouco tempo para ir às compras. Mas assim mesmo, uma coisa é sagrada, mensalmente, um final de semana, “tem” de visitar a Rio Sêco, e ela faz isso, alegre, pois ama demais seus queridos avôs. Está nervosa, pois tem medo de tempestade, que está chegando, pois está ficando tudo escuro e raios e trovões, riscam a todo instante o céu e logo a chuva começa a cair e é muita água.

Neste trecho final, de aproximadamente trinta quilômetros, há a travessia da ponte sobre o Rio Sêco, uma das formas de se chegar à Fazenda. É uma velha ponte de madeira de trinta metros que não tem utilidade quando não chove forte, pois a travessia é feita pelo próprio leito do rio, daí o nome de Rio Sêco.

Helena sabe disso e por esta razão pisa no acelerador. Quer fazer a travessia pelo leito antes que isso se torne inviável, sabe que demora um tempo até o rio receba água suficiente para a impedir. Infelizmente depois de quase uma hora, avançando pelo terreno lamacento, sob forte temporal, quando desemboca da trilha para a margem do rio, verifica da impossibilidade de atravessar pelo leito.

Não há problema, ainda tem a ponte de madeira, é velha mas está lá justamente para essas emergências. Só que tem de rodar uns vinte quilômetros, pegar um novo atalho e seguir até a Vila da Raposa Ligeira, que ela já conhece de passagem e seguir para a ponte dois quilômetros adiante.

Quando está chegando à vila já passa das 21:40. Apesar da chuva e da hora vê algumas luzes saindo de algumas janelas das casas mais próximas. Nem diminui a marcha e segue para a ponte. Depois da travessia, são apenas quarenta quilômetros e estará em casa, mesmo com o temporal desabando forte como está.

- Caralho! O que é isso? Helena breca a poucos metros de um tripé de madeira onde está escrito em letras rústicas: “Atenção: ponte interditada”

Inconformada, mesmo com toda chuva, desce do seu carro e segue até perto da rampa da ponte e de lá pode ver um grande vão, onde deveria estar um pedaço da ponte.

Conclusão: Helena sabe que terá de esperar que o Rio Sêco, se torne digno de seu nome e permita que possa atravessá-lo pelo leito. Estima que aproximadamente um dia depois que parar de chover poderá fazer a travessia. Tem de buscar abrigo na vila, nesse meio tempo. Totalmente ensopada, retorna ao carro e volta até ao pequeno povoado. Ela não sabe onde poderá encontrar abrigo, pois não conhece nada de lá. Enxerga algumas luzes em algumas janelas, de um lado e do outro da larga travessa que lentamente avança. São todas de pequenas casas de uma porta e uma janela, provavelmente sem estrutura para receber uma visitante desgarrada. Até que, quase na saída da vila, observa uma estrutura bem maior, uma espécie de barracão, frente ampla, duas janelas, ambas iluminadas e uma porta larga, dupla folha e no alto uma placa onde está escrito: Taberna do Thiago, Olho de boi.

Ela acha graça do nome, mas não há dúvida que é ali onde poderá beber algo quente e um lugar para trocar de roupas. Dá uma corridinha até a porta e a empurra com cautela.

Helena se depara com um pequeno salão iluminado com um lampião à óleo pendurado no teto, um balcão, um homem velho por trás, algumas prateleira com bebidas e meia dúzia de mesas

O solitário taberneiro se mostra surpreso, com a inusitada chegada da mulher, molhada até os ossos. Ela é bem mais alta que ele, parece ter no mínimo 1,80, cabelos loiros longos escorridos pela água, olhos tão azuis que refletem a luz do lampião.

Helena nota além da surpresa, um certo e incompreensível temor.

O velho e encurvado taberneiro, com voz trêmula pergunta:

- Tu é mulher ou alma penada?

Ela acha graça da pergunta do velho e reponde com ironia;

- O que você acha? Molhada como estou, sou alma penada. Estou buscando abrigo.

- Não...dê o fora, coisa ruim!!!

Com a exclamação o velho e supersticioso homem dá um pulo para trás e assustado dispara por um corredor no fundo do salão.

Helena vai atrás do velhote pelo amplo corredor, quer lhe falar que não é coisa ruim, mas sim uma mulher que necessita de ajuda..

Uma porta a direita, o senhor não está lá, noutra é o banheiro, outra porta, um pequeno depósito de bebidas, ela o chama mas também não tem resposta.

Está tudo muito escuro e ela tem dificuldade de enxergar, mas escuta sons vindo dos fundos do corredor onde há mais uma porta. Helena enxerga luz vazando pelo vão inferior da porta e a empurra e entra.

*****

Se encontra em um local enorme, bem iluminado por dois lampiões a óleo pendurado no teto, muitas mesas e cadeiras onde muitos homens bebem e conversam. Quando a veem entrar, como que num único comando, todos a olham, como se vissem, realmente uma “aparição”, mas eles não se assustam, mas se maravilham, pois o que estão vendo é uma maravilhosa mulher loira, de olho azuis de vestido todo molhado, moldando um corpo esguio, de 1,78 metros cheio de curvas

Thiago, vulgo Olho de Boi, depois de uns segundos de silêncio de todos, com o seu costumeiro vozeirão se aproxima da recém-chegada e questiona:

- Quem é tu, mulher? Quem te mandou? Tu é cana.... tá sozinha ou a cambada tá aí fora?

Helena, surpreendida, assustada e receosa, com o olhos arregalados, titubeia e quase que sussurra:

- Helena, meu nome Helena....a chuva....não pude atravessar pelo leito.....pela ponte também não.... estou indo para Fazenda Rio Sêco. Sou só eu.

- O que tu vai fazer na Fazenda Rio Sêco, gostosa?

- Ver meus avôs Guilhermino e BertaPuta merda... Caralho! Tu é neta dos donos da Rio Sêco?

- Sou, sim. Com licença, senhores, eu vou esperar a chuva passar lá no meu carro.

- Não vai não, tu vai é ficar aqui bebendo com a gente, pois tu loira é uma figura importante que vai nos trazer muita sorte e dinheiro

- Eu não costumo beber, senhor e insisto, quero ir para o meu carro.

- E eu digo, você fica e vai beber com a gente.

Helena, observa que enquanto fala, o homem, que deve ser o mandão ali dentro, se aproxima dela e apoia uma mão no seu ombro e fala perto de seu rosto:

- Venha, loira... eu não aceito recusa, é melhor tu saber disso.

Helena, com muito medo de toda situação e do tom de voz ameaçador do homem, o segue e ele lhe oferece uma cadeira em torno de uma das mesas e ela fica no meio dele e de um outro homem, que a come com os olhos.

- Você é uma convidada muito especial, loira, então vamos nos apresentar. Meu nome é Thiago, vulgo Olho de Boi e sou dono de tudo aqui, e agora dono de você também. neta do velho Guilhermino, Helena, não é isso?

- Sim, é isso mesmo. Se você conhece o meu avô, então sabes que eu devo ir para a fazenda tão logo seja possível, senhor.

- Não é bem assim, tão logo seja possível, vou mandar um mensageiro avisar ao velhote, que tu está comigo e que ele prepare uma bolada muito boa de modo tu voltar inteira pra ele;

- O QUE!!!!

*****

Helena está sentada no meio de dois homens, o maior deles o tal de Thiago é um homem com quase dois metros, pele clara mas curtida pelo Sol, tem um tapa-olho redondo e preto no olho esquerdo preso por tiras em volta da cabeça. Ela entendeu perfeitamente que caiu numa roubada enorme e o pior não vê no momento como escapar. Se Trata de pedido de resgaste para a libertar, mas isso pode levar dias e isso lhe parece ser o mais terrível, ficar no meio daqueles homens por todo esse tempo.

Está tensa, com os nervos à flor da pele. Teme por sua integridade física, pois nota cobiça, desejos nos olhos de alguns deles que não desgrudam de seu corpo. Principalmente nos dois ao seu lado.

- Tu é muito gostosa, loira. Não necessita ficar com tanto medo da gente. Tem de se soltar mais, mulher. Beba uma pinga com a gente e logo tu estará soltinha, não é rapaziada?

- Eu não bebo cachaça, já lhe falei!

- Mas hoje, com a gente, tu vai beber, nem que seja na marra!

- Zé Preto, traga uma caneca da branquinha para a madame aqui.

Zé Preto, rindo, leva a caneca aos lábios de Helena, ela recusa e com um tapa a derruba, derramando a bebida no chão. Ele dá um pulo e se enfurece com ela.

- Cadela safada, veja o que você fez? Agora tu vai beber é na marra mesmo, mulher! Zé traga uma garrafa cheia, pois agora ela vai beber é pelo gargalho.

Helena, apavorada é derrubada, com metade do corpo, sobre a mesa, por Thiago, Olho de Boi e com ajuda do outro homem do tal de Zé Preto percebe o gargalho ser enfiado entre seus lábios e o liquido queimar sua boca e garganta. Em desespero torce o rosto e a cachaça escorre pelo seu queixo, pescoço e seios. Mas logo mãos fortes seguram firme sua cabeça e novamente o gargalo volta ser introduzida entre seus lábios.

Helena tosse e se engasga, mas lentamente e mediante enorme algazarra dos homens que a imobilizam e dos outros a sua volta, a garrafa com o líquido que a queima por dentro, está pela metade, embora boa parte tenha vazado para fora, a encharcando.

- Falta pouco, mulher, tu está desperdiçando muita cachaça, gostosa, então, vou te forçar a engolir mais um pouco da danada..... é só pra tu relaxar.

Muitos minutos depois, para euforia de todo o bando, os três homens que a obrigaram a beber a danada da pinga a soltam. Ela consegue ficar em pé, os olha com olhos mortos, dá meia dúzia de passos e diz que vai embora, se inclina e cambaleia, entretanto consegue se erguer e diz que vai para a fazenda.

Mas quem se adianta e fala aos seus comandados, é Thiago, Olho de Boi:

- Escutem todos o que vou falar. A mulher é gostosa pra caralho e caiu nas nossas mãos como um presente do céu ou do inferno, não sei bem. Prestem atenção, ela é neta dos donos da Fazenda Rio Sêco, a maior e a mais importante de toda região. O proprietário, o Guilhermino é podre de rico, o que quero dizer com isso, que para ter a neta de volta, vamos pedir boa parte do dinheiro do velhote. Ela vai ficar com a gente por uma boa temporada, o tempo quem decide sou eu.

Helena, em vez de ir embora, como falou, na realidade, sem pestanejar, é levada por Thiago para um canto do enorme lugar. Ela não sente, mas tem dois pequenos cortes nos lábios que ardem pela ação do álcool e sua cabeça roda, como se estivesse numa máquina de lavar roupas. Nem percebe quando braços a colocam estendida sobre algo, que não consegue distinguir e nem que está sendo despida. Não demora e está nua sobre um colchão de palha em um estrado de madeira

*****

Thiago fala novamente e impõe sua decisão:

- Ela só tem uma boceta e um rabo e sei que todos querem foder a mulher. Somos em 15 e como não queremos danificar a loirinha, que vale ouro pra gente, vamos impor o seguinte: Todos, um por vez, vai ter o seu tempo com ela, vale foder o rabo e a boceta, mas não pela boca, nada de a morder pra deixar marcas e nem de dar tapas. Vamos comer a gostosa, como se ela fosse a nossa esposa. Quem não estiver de acordo, comigo, não vai foder a loirinha. Tô falando turma

*****

Num recanto do grande galpão, sobre um colchão de palha, em um estrado de madeira, Mathias, o enorme chefe do bando que enfesta região, está nu, olhando embebecido a nudez maravilhosa de Helena e, ele separa a belas e brancas coxas e enterra a boca na boceta sem nenhum pelinho e com lábios gordinhos e fechadinhos como se virgem fosse. Sente o perfume que dela exala e aspira com um forte chupão. Helena, flutuando no seu mundo de ébrio, sente e gosta da boca de Marcelo, sim, deve ser ele que está fazendo a sentir tão excitada.

Assim imaginando, Helena sob efeito da cachaça, corresponde com extremo ardor ao sexo gostoso de seu noivo. Ele a penetra pela boceta, bunda e boca. Thiago, que pensa ser ele o macho que está enlouquecendo a gostosa loirinha, dela se apaixona. Tamanha é sua paixão, que ele decide e vomita a todos os seus:

- Quem tocar na minha mulher é um homem morto!

De nada adiantou a revolta de alguns homens, pois nenhum deles é macho o suficiente para desafiar o Olho de Boi.

Helena por toda madrugada e no dia seguinte, continua sendo penetrada pelos seus três acessos por Thiago. Entretanto conforme as horas vão rolando, pouco a pouco, ela vai tomando ciência que o colossal caralho que a está deixando louca de prazer, não pode ser o de Marcelo, pois o do noivo é pinto se comparado com esse monstruoso e delicioso pau. Entretanto agora é tarde para arrependimento, pois ela já “comeu e se lambuzou” e gostou do que provou.

*****

Thiago, Olho de Boi, tanto facilitou, que mesmo tarada pelo pau dele, Helena quatro dias depois, escapuliu e no seu carro, fez a travessia pelo leito do Rio Sêco, que no momento estava sêco. Em dois pulos estava na Fazenda Rio Sêco, abraçando e beijando seus queridos vovôs.

Depois, retornou para sua cidade, para os braços de Marcelo, seu querido noivo e continuou os estudos universitários, seu ultimo ano antes da formatura e se preparando, com a colaboração de sua mãe a montagem de seu lar, onde como esposa, ira morar. Entretanto uma vez a cada mês, como compromisso de honra, pega estrada e vai até a Fazenda Rio Sêco que herdará de seus avôs, mas nunca deixou de no caminho fazer um desvio e ir até a Vila da Raposa Ligeira, que ela já conhece muito bem.

Lá, Helena dirige até uma grande construção, onde na entrada numa placa lê: Taberna do Thiago, Olho de boi.

O velhote ao ver a loira chegar, logo se apressa a lhe falar: Pode entrar “alma penada”, o Olho de Boi a espera e ela, ansiosa e toda molhada, vai ao encontro do seu homem.

FIM

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