A humanidade de Elisabeth aos poucos está desaparecendo. O limite para ela se tornar uma unidade/objeto está cada vez mais está desaparecendo.
(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa história.)
sissiehipnose@gmail.com
O medo me fez evitar de usar fora dos exercícios os meus fones de ouvido por dois dias. De alguma forma ele me deixa fazer os meus exercícios, talvez quando eu faço a ativação do aparelho via celular, mas estou com medo de deixar o sistema obter o meu controle.
Eu praticamente não consigo perceber o tempo passar enquanto estou usando a bicicleta. Nada tira a minha atenção do exercício, mas certa vez o celular tocou e eu despertei para atendê-lo e em outra vez Bê me chamou avisando que o meu marido havia chegado do trabalho.
Mas existe um desejo que acaricia os meus pensamentos com a ideia de colocar os fones e me deixar conduzir e ser controlada pelo sistema da casa.
O meu marido ainda levaria horas para chegar. Impulsivamente segui para o quarto de Bê.
Eu entrei poucas vezes em seu quarto. Ela praticamente não tem pertences pessoais. Ela não precisa de lazer ou de distrações. O seu guarda roupas é bastante básico, quase que totalmente preenchido por uniformes.
Tirei a minha roupa e peguei nas mãos um dos seus uniformes. O tecido é forte, mas macio e parece ser confortável. Nós temos um corpo similar, sou um pouco mais alta apenas e Bê tem seios um pouco maiores.
Vesti o conjunto de blusa e saia. Eu nunca tinha imaginado na vida vestir a roupa de uma serviçal.
Embora justo, o uniforme fica confortável no corpo. Ela nunca usa uma calcinha e me senti exposta com a saia curta também sem usar um acalcinha.
Tirei os meus brincos e acomodei a tiara do uniforme sobre a minha cabeça e depois a gargantilha em meu pescoço.
Bê tem um espelho de corpo inteiro numa das portas do guarda roupa e me apreciei nela por um momento. Eu inexplicavelmente me sinto muito feliz.
Pegando um par de meia-calça me sentei em sua cama. Uma pequena cama de solteiro onde ela dorme todas as noites.
Puxei uma meia pela minha perna e a subi pela minha coxa. Ela é macia e feita de algum material resistente. Como em Bê, ela chega quase à parte inferior da saia.
O uniforme é finalizado por uma sapatilha preta com um salto baixo. Bê tem algumas sapatilhas dessas, todas iguais.
Nossos pés devem ter o mesmo número. O calçado ficou perfeito. Com o uniforme completo me apreciei mais um pouco no espelho. Não seria possível me diferenciar de uma unidade.
Olhei para os fones de ouvido em minha mão. É a minha última chance de abandonar essa loucura. Mas eu me sinto tão bem.
Coloquei os aparelhos em meus ouvidos. Eu posso tirá-los em qualquer momento se me sentir desconfortável. Pouco depois ouvi:
— Unidade E reconhecida.
A instrução chegou logo depois. Segui para um armário de limpeza, o meu corpo pareceu se sentir mais leve e fluir seguindo a ordem.
Bê estava no tanque enchendo um balde de água. Ela nitidamente me viu vestindo as suas roupas, mas se ela teve alguma reação, foi imperceptível. Com prazer e me sentindo ótima comecei a minha nova rotina.
***
Bê havia acabado de servir o jantar. O meu bom marido se encontrava num dia bem humorado.
Eu apreciei ele mastigando uma colherada de seu bife. Eu sinto que sempre devo prestar atenção às suas necessidades, consigo focar nisso de forma tão natural.
Inesperadamente ele comentou:
— Você parece tão diferente nos últimos tempos.
Um alarme surgiu nos meus pensamentos. Eu me senti ameaçada, mas mantive a calma e sorrindo perguntei:
— Como assim meu amor?
Ele também sorriu e falou:
— Você parece mais calma, delicada, carinhosa, coisas assim.
O meu alerta aumentou. Eu posso me lembrar de como eu era a meses atrás, mas certos comportamentos me parecem tão sem sentido hoje. Eu sei que as substâncias e o condicionamento me moldou de uma forma diferente, mas acreditava que poderia fingir em frente ao meu marido para não chamar a sua atenção.
Ele não apresenta qualquer comportamento que indique saber algo ou que tenha uma suspeita. Decidi por manter uma postura de ingenuidade e falei:
— Acho que me acostumei mais a minha vida de casada e aos cuidados com o nosso lar. Estou muito feliz. Eu estou errada?
Discordando ele falou:
— Não, não, está ótimo. Que bom que você está feliz. Às vezes eu acho que estou trabalhando demais e que você precisa de mais atenção da minha parte. Talvez eu possa pegar mais uma unidade ainda para ajudar BC09 nos cuidados com a casa e te poupar ainda mais.
Com um largo sorriso falei:
— Não acho que isso seja necessário, tudo está perfeito aqui.
Com alegria terminamos o jantar e nesse dia fizemos amor como não fazíamos a muito tempo. Eu sou muito feliz com o meu marido.
***
Eu congelei quando deixei o banheiro da minha suíte, após realizar a limpeza dela, e me deparei com Alfredo.
O sistema da residência percebeu a minha hesitação. Talvez seja capaz de detectar a minha surpresa de alguma forma.
A instrução para eu continuar pressionou nos meus pensamentos. Abandonei a ideia de falar algo e continuei. É desconfortável não seguir os comandos do meu lar. Parei de pensar porque Alfredo se encontraria no meu quarto.
Eu já estava na porta carregando alguns materiais de limpeza, quando ele falou:
— Espere! Solte essas coisas e venha aqui.
O controle da casa se tornou mais leve na minha cabeça e segui ao comando de Alfredo. Chegando perto dele falei:
— Em que posso ajudar, senhor?
— Eu estou preocupado. Eu programei a casa para te libertar imediatamente em caso da chegada do seu marido ou de uma visita. E não me inclui como uma visita. Ou ainda para chamadas em seu celular para te avisar ou qualquer situação diferente. Mas ninguém nunca passou meses em condicionamento como você. Você pode resistir a uma instrução da residência?
A pergunta me despertou mais. Eu respondi:
— Sim, senhor, é desconfortável, mas é possível. O ideal para isso seria retirar os meus fones.
— A sua memória ainda está intacta, é isso que faz de você diferente de qualquer um que já foi condicionado. Mas não sei por quanto tempo você enganará o seu marido. Mesmo sem tomar o memória, não sei por quanto tempo você ainda será humana. Você precisa parar.
É um pouco difícil tomar uma iniciativa usando os fones. Ele reprime isso de alguma forma. Me esforcei e falei:
— Eu gosto de ser uma unidade. Eu pago mais.
Com um olhar de reprovação ele falou:
— Já não é mais uma questão de dinheiro. Se você perder a capacidade de fingir em frente ao seu marido ele vai com certeza me matar. A viagem atual do seu marido durará mais uns quatro ou cinco dias pelo menos…
Eu vi Bê chegando. Demorei a compreender a sua ação. Quando percebi ela golpeou por trás a cabeça de Alfredo com um taco de baseball do meu marido.
Eu não tive um reflexo. Impassível assisti ao homem cair ao chão desacordado como um saco de batatas.
Eu olhei para Bê. Recebi a instrução do sistema para ficar imóvel e obedeci. O meu coração está disparado, mesmo recebendo ordens de me acalmar.
Bê falou com uma voz inesperadamente ríspida e firme:
— Unidade E deve obedecer.
A minha cabeça doeu. Senti a força de uma instrução como nunca antes. O meu raciocínio parece ter ficado atrapalhado.
Sob o meu olhar confuso, Bê seguiu para a minha cama. Deitou-se e abriu as pernas, expondo a sua xoxota completamente sem pêlos. Depois falou:
— Programação de instruções suaves para unidade E retiradas. Unidade E deve obedecer.
Novamente senti pressão e dor em minha cabeça. Eu me dirigi para perto de Bê.
Meus lábios tocaram a sua xoxota. Mesmo sem nunca ter feito isso antes eu a lambi com desejo e senti o seu inesperado sabor. Esqueci dor recente sofrida e me senti bem. Eu devo dar prazer para unidade BC09. Eu me sinto bem com isso.
Me dediquei a dar prazer para Bê. O sabor de sua xoxota é muito agradável. Eu amo o seu gosto. Senti o seu orgasmo vindo e assim que ele chegou.eu me senti maravilhosamente bem.
A instrução povoou o meu pensamento. Ela é muito mais forte que antes, mas dessa vez não chegou a me provocar dor.
Eu segui para a cozinha. Mexi no armário onde estão guardadas as substâncias. Com horror obedeci a ordem de pegar o pouco que tenho do pó memória.
A casa percebeu a minha hesitação. As suas instruções se tornaram mais fortes e novamente senti dor.
Sem conseguir resistir preparei o pó memória, uma porção inteira, e a bebi. Eu sei que a dose de apenas um dia não irá me afetar, mas o fato é muito alarmante. Quanto isso irá me afetar todos os dias até o meu marido retornar de viagem?
Seguindo uma nova instrução peguei a caixa de remédios que fica na cozinha. Peguei o envelope de sedativos que já usei eventualmente para dormir, mas já não uso há meses. Sem tentar uma resistência, peguei uma cartela e engoli uma das pílulas.
Segui para a sala principal. Bê se encontrava imóvel e acomodada em um dos sofás. Eu sentei ao lado dela que falou:
— Recolhimento a caminho.
Eu queria perguntar o que isso significa, mas não consegui. Me senti mal em pensar em falar algo sem ser perguntada.
Os minutos começaram a passar e senti os primeiros efeitos do sedativo. O meu corpo ficou mais cansado e precisei me acomodar mais sobre o sofá. A minha visão ficou turva e logo eu só pude enxergar a escuridão.
***
Continua…
Espero que tenham gostado dessa nova parte no ciclo Elisabeth. Aos poucos a história vai crescendo. Ainda não tenho um final planejado ou quantas partes terá, então aos poucos ela vai evoluindo.
Ideias, comentários, sugestões e críticas são sempre bem vindos.
sissiehipnose@gmail.com