Katarina voltou pra sua sala e encontrou Marquinhos ainda nu e com cara de assustado. Séria, ela mandou ele se vestir e pediu explicações.
- Voce não tem nenhuma ruptura nos testículos. Era isso mesmo que você queria saber ou veio aqui pra se excitar as minhas custas?
- Não doutora! Desculpe! Mas a senhora mesmo não disse que é normal ficar com o pênis duro no exame?
- Garoto! Eu sou médica urologista e conheço seus “brinquedinhos” melhor do que você. Ficar com o pênis ereto é sim normal. Ejacular nos seios da médica enquanto ela aperta suas bolas NÃO é normal!
Marquinhos ficou calado alguns segundos de cabeça baixa e resolveu confessar:
- Tudo bem. Eu confesso! – respirou fundo e continuou – Eu não levei nenhum chute antes de vir pra cá.
Katarina franziu a testa fazendo cara de que não estava entendendo e perguntou:
- Então por que veio aqui?
- Bom... a história é meio longa...
- Desembucha. Não tem ninguém na espera – ela interrompeu.
- Ok. Desde pequeno sempre gostei de ver cenas na TV de garotas acertando os garotos no saco. – Katarina escutava tudo com muita atenção e curiosidade – Não sei por que, mas isso sempre me excitou.
- Espera um pouco, deixa eu entender melhor. Você fica excitado só de ver homem com dor no saco escrotal?
- Não é bem assim. Não é só a dor no saco. Eu gosto de ver mulheres, gostosas de preferência, dando golpes no saco, entendeu? Tem que ter mulher na jogada.
- Ah sim! E pra você o que é uma mulher... “gostosa”?
Marquinhos abaixou a cabeça e resmungou:
- Que vergonha!
- Não precisa ter vergonha – insistiu Katarina – Tudo o que estamos conversando vai ficar só entre a gente. Como é uma mulher ‘gostosa’ pra você?
- Bom... eu gosto de mulheres com carnes, se é que você me entende...
- Gosta de gordinhas???
- Não! Mas gosto de mulher com curvas. Com fartura nos lugares certos...
- Peitão, bundão e pernão. É isso? – Ela antecipou.
- Isso.
Katarina se levantou da cadeira, sentou na mesa de frente pra Marquinhos e perguntou:
- Então eu posso deduzir que... você me acha gostosa, não é?
Marquinhos arregalou os olhos e ficou imóvel olhando pra ela. Por essa ele não esperava. Katarina insistiu:
- Você disse que gosta de mulher com peitão, bundão e pernão, não foi? Meus seios são grandes, e eu percebi você olhando pra eles, meu bumbum também é grande e minhas coxas são bem grossinhas. Você então me acha gostosa, não acha?
Marquinhos não teve coragem de falar mas fez sinal com a cabeça confirmando o que ela tinha acabado de dizer. Katarina sorriu, voltou para a cadeira e falou:
- Ok. Agora tudo faz sentido. Você marcou uma consulta comigo porque você me acha gostosa e inventou essa história de chute no saco escrotal pra poder fantasiar comigo. Por isso você ficou excitado. Mas sua fantasia se transformou em realidade quando eu resolvi apertar suas bolas. Então você não suportou o tesão e ejaculou. Na verdade você estava me usando como objeto de fetiche. Estou correta?
Abismado com tudo aquilo e com as deduções de Katarina, Marquinhos só podia confirmar:
- Certo, doutora. Eu sinto muito. Me desculpe. A senhora pode ficar despreocupada, pois não vai me ver nunca mais.
Com pressa, marquinhos se levantou da cadeira e já estava indo em direção a porta quando Katarina o chamou.
- Espere aí, amigo!
Ele parou e ela continuou:
- Você me usa assim e acha que pode ir embora sem mais nem menos?
- O que a senhora quer? – Ele perguntou tenso.
- Tive uma ideia. Não quero que você suma. Pelo contrário, quero ver você amanhã.
- Como assim? Que ideia? – Ele não estava entendendo nada.
- Vou estudar esse seu comportamento. Quero que me encontre nesse endereço às 15 horas. – Katarina entregou um cartão – É minha clínica particular. Lá conversamos melhor. Pode ir agora.
Marquinhos meio atordoado com toda essa conversa saiu devagar olhando o cartão e pensando onde essa história ia chegar.