Poucos dias depois do ensaio, Vanessa recebeu de Gabriela todas as fotos, editadas para serem publicadas na internet. Além disso, a fotógrafa escreveu um longo e-mail com dicas e recomendações para ela entrar nesse mundo novo. Ensinou, não apenas em quais plataformas ela poderia se inscrever e onde fazer propaganda para atrair seguidores. Explicou sobre periodicidade de publicações e deu dicas de como tirar suas próprias fotos do celular para alternar com as publicações do ensaio.
O longo tutorial ajudou Vanessa criar sua página e publicar as primeiras fotos. Seguindo recomendação da fotógrafa, deixou a sequência de masturbação para postar depois. Postou também fotos próprias, seja de blusa e calcinha, como costuma ficar à noite, mas também de lingeries e camisolas. A sessão de masturbação noturna virou a sessão de fotos.
As reações do público foram imediatas. Diversos perfis aceitaram assinar a página de Vanessa para ver suas fotos. Os primeiros comentários foram elogiosos, porém outros soavam bem estranhos. A chamavam de “vadia”, “piranha”, mas também de “gostosa” e “delícia”. Nunca aceitaria ser chamada assim por estranhos, mas, segundo Gabriela, era algo normal, porque eles se escondiam no anonimato para expressar como queriam. — é muito provável que só escreveram aquilo porque acabaram de bater uma punheta para você — disse ela.
Como os comentários mais exaltados eram minoria, Vanessa os ignorou. Porém, a ideia de se masturbarem olhando suas fotos mexeu com seu ego. Decidiu fazer uma enquete, perguntando se seus novos seguidores se masturbavam com suas fotos. A abundância de respostas “sim” a surpreendeu.
Mal começou sua carreira de criadora de conteúdo e Vanessa se sentia desejada por seus seguidores e protegida pelo anonimato. Tinha a certeza de ninguém daquela cidade assinar aquele serviço e mesmo se alguém fizesse, não a reconheceriam por suas fotos sem rosto. Sua autoestima melhorava, incentivando-a a ir mais além. Comprou lingeries novas, mais ousadas. Camisolas curtas e transparentes e novos brinquedos sexuais. Começou a fazer vídeos se masturbando com seus novos vibradores e tirava fotos com plugs anais, explorando um pouco mais sua curiosidade. O crescente número de seguidores pedia mais.
Vanessa também queria mais e se matriculou em uma academia. Estava disposta a melhorar seu físico e deixar seu corpo ainda mais bonito. Para isso, contava com a ajudante Andréia, sua professora. Negra, com os cabelos trançados, tinha o nariz achatado e os lábios grossos e um corpo escultural. Ninguém dizia que aquela mulher tinha quarenta e nove anos, sendo uma inspiração para Vanessa.
Andréia era uma professora exigente, mesmo tendo um jeito doce. Tratava os alunos carinhosamente, mas sempre era exigente não deixando os alunos interromperem suas sequências, exceto se estivessem extremamente exaustos. Era admirada por todos, não só pelo carisma quanto pela beleza. Era casada com Jeferson, outro professor. Negro, com o cabelo raspado, tinha o corpo musculoso. Apesar do cabelo curto, ostentava uma barba farta. Sua voz grave fazia os alunos trabalharem a base do susto com seus gritos “motivadores”. Mesmo assim, era um homem simpático e assim como sua mulher, admirado na academia. Os eram vistos como um casal perfeito, despertando inveja em todos, principalmente em Vanessa.
Sua entrada na academia foi menos complicada do que o esperado. Apesar das dores musculares dos primeiros dias, ser treinada por Andréia, e às vezes por Jefferson, tornava a jornada de exercícios mais agradável. Sua rotina de trabalho deixava livre apenas os horários noturnos, quando a academia estava praticamente vazia. Com as primeiras semanas, podia sentir seu corpo mais rígido. Se olhava no espelho com mais confiança e ousava mais nas fotos. Foi quando os seguidores pediram diferentes cenários para as fotos.
Com um público interessado, achou uma boa ideia variar de ambiente e considerou propor isso a Gabriela em um eventual segundo ensaio. Por enquanto, tinha suas próprias ideias para tirar fotos sozinha.
A academia de Vanessa funcionava até altas horas, sendo perfeito para ela frequentar. Além de se adequar ao seu horário, o lugar ficava deserto nesse momento da noite, permitindo a ela praticamente monopolizar os professores, sobretudo Andréia. Com a academia inteira só para si, não era difícil se sentir à vontade naquele espaço e trocou as calças legging por shorts cada vez mais curtos. Ao final de um treino, Vanessa se dirigiu ao enorme espelho no fundo da academia. Subiu a barra da longa blusa apenas na parte de trás, exibindo bumbum e se virou de costas para o espelho. Puxou o short para cima, tentando deixar a polpa a mostra e deu alguns cliques com o seu telefone até ser surpreendida por Andréia.
— Você está muito gata, Vanessa.
Acreditando estar sozinha aquele momento, Vanessa corou, mas Andréia não a deixou se sentir envergonhada.
— Nem faz essa cara, todo mundo tira foto da bunda aqui. Até alguns homens.
Vanessa riu.
— Tem que tirar fotos mesmo, acompanhar sua evolução. Já tinha o corpo bonito e agora deve estar se sentindo toda durinha, não é?
Vanessa assentiu com a cabeça.
— Isso é fruto do seu trabalho duro. Isso é motivo de orgulho, tem mais é que tirar fotos desse rabão.
O jeito de Andréia falar deixava Vanessa mais calma. A professora, que vestia uma calça legging e um top brancos, em constaste com sua pele negra, tirou de dentro do top o próprio celular e se aproximou de Vanessa.
— Vem cá, tira uma comigo.
Andréia encostava atrás de Vanessa. Inclinando o seu corpo para frente, impondo a sua aluna fazer o mesmo movimento. Segurando a cintura dela, puxou o corpo para si, mantendo as duas bem coladas. Vanessa sentia o calor do corpo de Andréia em suas costas e sua bunda, fez um movimento, quase involuntário, de se ajeitar, empurrando o quadril ainda mais para trás, pressionando-o contra o corpo de Andréia. Como resposta, a mão de sua professora apertou ainda mais sua cintura. As duas sorriram e tiraram algumas fotos.
— Arrasamos, querida! — disse Andréia ao mostrar a foto. O quadril da professora ficava ainda mais evidente naquela posição. Fora isso, ver como a professora a abraçou por trás, com os corpos bem junto e os rostos colados, provocou em Vanessa sensações inéditas em relação a mulheres. Tinha vontade de permanecer mais tempo com Andréia atrás de si.
Dali, Andréia seguiu para a administração e Vanessa foi para o vestiário. Assim que entrou, tirou a blusa e em seguida o top. Pelo espelho, olhou seus seios livres. Segurou-os e fez caras e bocas para o espelho. Pegou o celular e tirou algumas fotos. Virou se de costas e irou mais fotos do bumbum. Repetiu a pose feita com a professora anteriormente, empinando mais o quadril, pega por Andréia mais uma vez.
— Continua tirando fotos, Vanessa?
Vanessa se assusta mais uma vez, cobrindo os seios, coo se sua professora não estivesse se despindo na sua frente. Andréia entrou no vestiário já tirando o top e depois a calça, ficando apenas de calcinha. Vanessa logo se deu conta de não fazer sentido esconder o corpo no vestiário.
— Pode continuar, viu. Finja que não estou aqui.
Enquanto Andréia arrumava suas roupas, Vanessa tirava mais fotos, mas logo percebeu pelo espelho os olhares da professora voltados para o seu corpo.
— O que foi?
Andréia mordeu os lábios.
— Por que não tira uma de calcinha? O marido adorará.
— Acabei de me divorciar.
— Melhor ainda, você pode mandar para quem quiser.
Vanessa riu do argumento, dando a Andréia a liberdade de se aproximar por trás dela e segurar a cintura do seu short.
— Posso tirar?
— Pode.
O pedido, sussurrado no ouvido de Vanessa, era impossível de negar. Nunca se interessou por mulheres antes, mas sentia algo diferente quando sua professora se aproximava. Ela tinha um jeito próprio e muito carinhoso e levantar o ego de suas alunas, sendo assim uma mulher muito querida. O momento anterior entre as duas foi prazeroso e mais uma vez surgia uma oportunidade de permitir mais intimidade entre elas. Andréia se ajoelha atrás dela, puxando seu short para baixo. Após tirá-lo, se levantou, deslizando as mãos pelas suas pernas até o seu bumbum, onde manteve a mão apertando as fartas carnes e ajustando a calcinha. O exagero de toques fazia o coração de Vanessa disparar, sem saber o que aquela mulher faria. Se sentia indefesa, sem saber as intenções daquela mulher, mas não queria sair dali.
Com Andréia tão próxima, Vanessa esperava alguma coisa acontecendo a qualquer momento, mas ela se afastou. — Vai, tira sua foto — disse ela. Vanessa já havia esquecido do motivo pelo qual seu short foi tirado e se fotografou usando apenas uma calcinha preta. Olhando para a professora pelo espelho, viu que ela também a fotografava. Vanessa ficou confusa, sem saber se aquilo era uma boa ideia, mas Andréia se aproximou para convencê-la.
— Olha o corpão que você tem. — Disse Andréia, entusiasmada
— Obrigada, mas você vai apagar essa foto, não vai?
— Se você pedir, eu apago, mas eu queria ela para mim.
— Por quê?
Andréia abriu um sorriso malicioso, capaz de fazer a umidade brotar entre as pernas de Vanessa.
— Eu só quero. Deixa eu ficar com ela? Prometo não mostrar para ninguém.
Vanessa ainda não conseguia se decidir. Tinha tanto trabalho para manter o anonimato com suas fotos que não queria deixar escapar uma foto dela por outra pessoa.
— Deixo você tirar uma minha.
O desejo de Andréia em ter uma foto era tão evidente em seu rosto a ponto de Vanessa se sentir tentada a ceder. Não entendia a vontade de sua professora e menos ainda sua própria inclinação a ceder, mas todo aquele clima íntimo entre elas era prazerosa demais parar ser contado com uma negativa.
— Tudo bem.
— Obrigada, linda. Me diz que pose eu faço.
Vanessa apontava para uma parede vazia e Andréia ia para lá. Depois mudava de ideia, pedindo para ela ir em outra direção. Ficava em constante dúvida sem saber o que pedir.
— Amor, escolhe uma pose para mim. Faço o que você quiser.
Vanessa tinha na sua frente Andréia, uma mulher belíssima, vestindo apenas uma calcinha branca, se colocando à sua disposição. Podia pedir a ela qualquer coisa. Com tantas possibilidades, se sentiu sem jeito de pedir algo inadequado. Sua professora, porém, a lembrou de ter lhe dado poder sobre ela. Vanessa então se deu conta de nunca ter tido essa sensação e se lembrou de Gabriela e sua forma curiosa de dirigir modelos.
— Vanessa, você quer fotografar a minha bunda, não quer?
Vanessa sorriu. Andréia se pôs contra a parede, empinando o quadril.
— Assim não. Quero mais do que só a bunda. Vai para a pia e se apoie em frente ao espelho.
Andréia obedeceu. Apoiada na bancada, jogou quadril para trás e focou seu olhar em Vanessa, através do reflexo do espelho. Vanessa tirou a foto.
— Deixo você tirar outra.
Vanessa ficou pensativa, mas logo se aproximou de Andréia e colocou a mão em sua bunda e fotografou a própria mão apalpando sua professora. Andréia sorriu. Vanessa tirou uma foto, mas não satisfeita, abaixou a calcinha dela e segurou suas tranças. Com um puxão, fez Andréia virar o rosto para frente, para o espelho. Vanessa se fotografou junto a Andréia, com sua professora mordendo os lábios em uma expressão lasciva.
Ao terminar as fotos, Vanessa as mostrou a Andréia.
— Olha aí o seu corpão.
— Ficou linda, deixa eu ver as outras.
Vanessa passa uma foto.
— Sua mão na minha bunda.
— Quis explorar os contraste das cores de pele.
— Você quis tirar uma casquinha, isso sim.
As duas riram.
— Você também tirou de mim.
Andréia passou para a última foto.
— Amei essa. Você me dominando.
— Tive medo de que não gostasse.
— Adorei! Nunca fui dominada assim.
— Assim?
Andréia morde os lábios.
— Por uma mulher…
Um silêncio se fez por alguns segundos com as duas sem saber o que dizer. Até Vanessa tomar a iniciativa.
— Como foi a sensação?
— Gostosa, do jeito que eu imaginava.
— Imaginava, é?
— Tenho lá minhas fantasias. Nunca pensou nisso?
— Não, nunca passou pela minha cabeça, até você tirar meu short.
— Tem mais uma peça de roupa para eu tirar. Se você quiser.
— Eu quero, tira a minha calcinha!
Andréia aproximou-me mais de Vanessa. A troca constante de olhares atraía as duas até o primeiro toque dos lábios. Lentamente experimentavam macies e o gosto da outra e aos poucos as línguas tomam parte de um beijo lascivo. Os corpos se aproximam mais, com os seios se esfregando entre si e as mãos buscando a maciez dos quadris. Se beijaram por um longo tempo, como se o gosto delas fosse viciante.
Andréia se ajoelhou e tirou a calcinha de Vanessa e a conduziu a se sentar sobre a pia. Continuou ajoelhada e fez sua aluna abrir as pernas e mergulhou os lábios grossos entre elas. Vanessa arqueou sobre a pia, gemendo com a sensação de nunca ter sido chupada daquela forma. A boca grossa e macia de Andréia se esfregava em seus lábios, proporcionando uma sensação incrível. Andréia ficou ali, chupando sua boceta ajoelhada, com o tempo aprendeu os movimentos certos para arrancar os maiores gemidos de Vanessa, até ela gritar mais alto, fechando as pernas em sua cabeça, mesmo assim puxando ela como se quiser enfiá-la dentro de si.
Quando as coxas de Vanessa a libertaram, Andréia se levantou e abraçou em um beijo ainda mais intenso do que o anterior. Vanessa a envolveu com as pernas e permaneceu assim por longos minutos.
Vanessa levou Andréia para o chuveiro, ligou-o e voltou a beijá-la. Com a água caindo sobre seus corpos, Vanessa masturbou sua professora, abraçando-a por trás, com a mão entre suas pernas. Andréia se apoiava na parede, rebolando seu corpo para se esfregar em Vanessa. A mão balançava em seu grelo, acelerando cada vez mais até o gozo explodir de dentro de si. Segurou a mão de Vanessa entre suas pernas e as fechou, enquanto gemia descontrolada.
As duas continuaram dividindo o chuveiro, tomando banho juntas. Na saída da academia, Vanessa ofereceu carona a Andréia, mas ela negou, lembrando voltar com o marido. Vanessa viu os dois caminhando juntos, tomada por uma sensação de culpa, por estar possivelmente atrapalhando o casamento alheio. Justamente, o “casal perfeito”