Fantasias sexuais de pai e filho - Capítulo 7 - Traído

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 3963 palavras
Data: 01/04/2023 09:12:03

Capítulo 7 – Traído

- Não encosta em mim! – proibi me esquivando, quando o Yago quis me abraçar naquela manhã de segunda-feira na faculdade.

- Podemos conversar? Eu posso te explicar. – retrucou contido, pois sabia do motivo de eu estar agindo daquela maneira.

- É melhor não. Estou com tanta raiva de você que vou acabar falando o que não devo. Além disso, algo me diz que qualquer explicação sua vai ser mais um monte de mentiras, então melhor você ficar de boca fechada e me deixar em paz. – devolvi. Assim se iniciou a maior crise do nosso relacionamento.

O Yago me disse que ia acompanhar os pais numa viagem curta de final de semana à casa de parentes, eu não tinha nenhum motivo para duvidar dele e, com uma despedida carinhosa cheia de beijos, desejei-lhe boa viagem já adiantando que ficaria morrendo de saudades. Era raro passarmos mais de um dia sem nos vermos; até mesmo em casos como esse era praxe levar o outro junto, uma vez que nossos pais sabiam do nosso namoro. Porém, aquela foi uma exceção, e eu não o questionei quanto ao fato de ele viajar sem mim; afinal, continuávamos a ser independentes, não teríamos que obrigatoriamente fazer tudo junto.

No entanto, a mentira foi descoberta logo na manhã do sábado, quando fui ao shopping comprar uma camisa para o aniversário do meu pai. Perambulando pelos corredores e observando as vitrines, ouvi pronunciarem meu nome atrás de mim. Eram os pais do Yago, contentes com aquele encontro casual. Num primeiro momento fiquei sem ação, cumprimentei-os meio constrangido sob o impacto da surpresa, enquanto eles me abraçavam com a mesma empolgação de sempre. Como era horário do almoço, eles me convidaram e sentamos num restaurante da praça de alimentação. Por dentro eu estava arrasado, triste, enganado, furioso, e nem sei mais quantos sentimentos se revezavam no meu íntimo. Como eles não fizeram menção alguma ao filho, eu também não tive coragem de perguntar por ele, estava subentendido que todos sabiam do paradeiro dele. Quando entrei em casa estava tão deprimido que meu pai não levou mais que alguns minutos para perceber que algo estava errado comigo.

- Ele mentiu para mim, pai! Ele está me enganando. Nunca mais vou confiar nele. – sentenciei tristonho.

- Não faça conjecturas antecipadas, o Yago pode ter tido alguma razão para não te dizer para onde e com quem viajou. Converse com ele primeiro antes de tirar conclusões precipitadas. – aconselhou meu pai.

- E que razão seria essa para ele a omitir de mim?

- Não sei, filhão! Só ele pode te responder isso.

Passei o dia imaginando mil coisas e não encontrava um motivo plausível para ele ter feito o que fez. No domingo, totalmente impaciente, comecei a ligar para alguns amigos dele, para os colegas da faculdade afim de descobrir seu paradeiro, ou qualquer informação que me esclarecesse alguma coisa. Um comentário aparentemente sem nenhuma intenção de uma colega da faculdade só veio a piorar minhas inquietações.

- Bem, mudando de assunto, você deve ter ficado sabendo do burburinho que aquela zinha da Marcela aprontou semana passada com um dos carinhas do time de rugby naquele banheiro que fica isolado no final do corredor do edifício da faculdade de ciências da computação. A piranha não está poupando nenhum, acho que o time todo já fodeu aquela garota. – mencionou a colega.

- Não, não fiquei sabendo! Quem era o jogador? – perguntei curioso

- Ninguém sabe ao certo, estão dizendo que foi com aquele chileno parrudo, pois assim que terminou de foder a Marcela ele foi visto numa rodinha de rapazes distribuindo a informação enquanto outros asseguravam que também já tinham metido na buceta dela naquele banheiro. – revelou.

- Eu não a conheço direito, mas tenho ouvido comentários sobre ela, nada lisonjeiros, diga-se de passagem.

- Theo, ela é uma vadia sem escrúpulos! Já se meteu com os namorados de muitas garotas que a detestam. Parece que ela tem um prazer mórbido de interferir nos relacionamentos da galera; quanto mais felizes parecem os envolvidos, mais ela se empenha para seduzir os caras. Ela nunca deve ter dado em cima de você porque já tem algumas pessoas sabendo que você é gay e está com o Yago.

- Ela sabe de mim com o Yago? – perguntei, pois, de repente, eu comecei a imaginar onde o Yago podia estar.

- Sabe. Acho que sabe, porque na festa de aniversário do Rogério, a turma comentou como vocês dois estão felizes. Por quê? – indagou

- Nada, só curiosidade minha. – não devo tê-la convencido com minha resposta.

- Você acha que ela pode ter dado em cima do Yago também? Ele é um cara lindo, nenhuma garota esconde que ele é um tesão de homem. – as palavras dela só estavam servindo para aumentar minha aflição, e eu queria encerar aquela conversa antes de mais coisas começarem a me atormentar. – Tem mais um lance que eu acho bom você saber, faz alguns meses a Marcela fez um comentário bastante homofóbico, dizendo que os homens eram imbecis por se envolverem com gays, mesmo que fosse apenas para fodê-los, que os viados são uma praga que só serve para disputar com as mulheres os poucos machos disponíveis. Na ocasião ela fez menção ao seu relacionamento com o Yago, dizendo que não entendia o porquê de um cara como ele se envolver com você, a menos que fosse pela tua bunda.

Ao encerar a ligação eu estava aos prantos. A tal da Marcela era bastante popular no campus da universidade, era uma garota cheia de atributos que deixavam qualquer homem com a cabeça virada. Apesar de fácil, se insinuava sempre fazendo um joguinho de gato e rato com os rapazes. Não havia festa na qual ela não saía para transar com um ou dois. Ela estava sempre em companhia de outras duas garotas que também se vestiam com roupas caras e viviam criticando a maneira das outras garotas se vestirem, formavam um trio exclusivo que sempre chegava à universidade num carro de luxo com motorista. O pouco que eu sabia sobre ela, antes das informações que a minha colega havia acabado de me passar, era que a família tinha empresas e fazendas, mas sempre duvidei dessa versão, uma vez que ela não tinha classe alguma. Havia uma vulgaridade latente nela que eu não sabia explicar e nem tinha interesse em descobrir.

Contudo, agora ela estava no cerne das minhas preocupações. Será que o Yago se deixou enredar pelos atrativos dela? Será que a possibilidade de uma foda fácil tinha despertado o tesão dele? Eram essas respostas que eu procurava. Até então, eu me sentia seguro, acreditando que estava suprindo todas as necessidades carnais dele, mas agora já não tinha tanta certeza disso. O Yago era muito fogoso, o caralhão dele nem se fale, mais intrépido e sequioso que o dono, para aquilo ficar duro feito uma rocha bastavam alguns poucos estímulos. E um diabinho estava a soprar na minha mente que aquela garota era capaz de lhe seduzir com esses estímulos.

A confirmação de haver sido traído veio assim que cheguei à faculdade na segunda-feira, antes mesmo que me encontrar com o Yago. A Marcela confidenciou a uma de suas asseclas que finalmente tinha conseguido transar com o capitão do time de rugby na casa de praia da família, e essa se encarregou de distribuir a informação aos quatro ventos enaltecendo as proezas da amiga.

O Yago tentou me abordar mais duas vezes naquele dia, mas eu o rechacei, pois mal conseguia olhar para a cara dele de tanta raiva. Contei ao meu pai o que ele tinha feito e que pensava em terminar com ele. No entanto, fui surpreendido por uma sugestão que não esperava da parte dele.

- Ouça-o! Ouça-o com o coração e não com a raiva que está sentindo. Ninguém é infalível, todos cometemos erros, o que não significa que sejamos pessoas más. – sentenciou, me deixando boquiaberto

- Você está me dizendo que é para eu relevar a traição dele? Não pode ser, pai! Não acredito que esteja me sugerindo uma coisa dessas. – devolvi indignado

- Não estou dizendo para você relevar, estou te pedindo para ouvir de coração aberto o que ele tem para te dizer. Ele pode estar arrependido do que fez.

- Você sabe que eu sou um coração de manteiga, se ele me disser meia dúzia de palavras melosas eu vou perdoar aquele desgraçado e talvez ainda lhe dê razão. Ele também sabe disso, e vai me engambelar direitinho. – afirmei

- Você pode ser um coração de manteiga, mas não é burro, nem incapaz de fazer um julgamento correto. Pense que talvez o Yago sentiu a mesma coisa que você está sentindo agora, quando lhe revelou que mantinha relações sexuais comigo. Ele te ouviu e relevou, o relacionamento entre vocês dois ficou muito mais intenso depois disso. Quando se ama alguém de verdade é preciso saber que aquela pessoa não é perfeita, que ela comete erros, que está sujeita a todas as tentações da vida.

- Eu não traí o Yago! O que você e eu temos surgiu muito antes de eu conhecer o Yago. A situação é bem diferente, eu omiti uma informação, não procurei deliberadamente alguém para transar, enquanto ele foi ciente com aquela garota com um único objetivo, trepar com ela. – ponderei.

- Ele ama essa tal de Marcela? Ele está resolvido a ter um relacionamento com essa garota? – enumerou

- Eu não sei! Não sei de mais nada, depois dele me trair. Não sei mais quem o Yago é, entende, pai?

- Você sabe muito bem quem ele é! Sabe que ele te ama de verdade, é por isso que está tão revoltado e com raiva dele, por que ele pisou na bola com você. Pisou feio, eu reconheço. Dê uma chance para ele se explicar. Eu até consigo prever qual vai ser a explicação dele. Foi só sexo, ele vai dizer. Acredite nele, Theo, eu aposto que foi só sexo. O Yago é um rapaz ainda não totalmente maduro, que sente necessidade de provar sua masculinidade. Nessa idade cometemos erros em nome dessa masculinidade, sem nos darmos conta de que estamos ferindo os sentimentos dos outros, isso só vem depois do erro cometido, quando se percebe que aquilo que fizemos foi insignificante ante o que temos com a pessoa que magoamos. Esteja certo de que ele, a essas alturas, está com muito medo de te perder, de perder o seu amor. – sentenciou meu pai.

Passei um mês sem falar com o Yago. Os trabalhos da faculdade eram feitos sem trocarmos uma única palavra, nas dependências da universidade, o que até gerou algumas situações cômicas, uma vez que não permiti que fosse em casa e eu me recusava a ir na dele. Ele inventou ene estratagemas para me reconquistar, foi piadista, se fez de vítima, me fazia galanteios, me trazia presentes, comportava-se como um santo, só lhe faltava um halo luminoso sobre a cabeça. Fui acompanhando aquela sequência de besteiras e da raiva passei a achá-lo engraçado e, da graça voltei a perceber o quanto o amava. Quando ele menos esperava, voltei a falar com ele.

- Preciso fazer umas coisas para o meu pai essa tarde, dá para você ir lá em casa hoje à noite para revisarmos o texto do trabalho que é para amanhã? – pedi, ao constatar que, devido à nossa desavença, o trabalho de uma das disciplinas havia sido protelado até à véspera da entrega.

- Está falando comigo outra vez? Nem acredito! Acaba de acontecer um milagre! – exclamava ele, com um sorriso de contentamento que ia de orelha a orelha.

- Se não fosse pelo trabalho valendo nota, nunca mais lhe dirigiria a palavra. Detesto traidores! – retruquei me esforçando para parecer sério, quando, por dentro, estava me derretendo com a alegria dele.

- Já te pedi desculpas mais de mil vezes! Estou arrependido, muito arrependido! Fui um idiota, fiz cagada, mas em nenhum momento deixei de te amar. – afirmou.

- Um milhão de desculpas não vão consertar o que você fez! Se você pensa que admitir que foi um cretino comigo é o suficiente, pode tirar seu cavalinho da chuva! – devolvi. – Às 19:00hs! Seja pontual! Uma hora ou no máximo uma hora e meia devem ser o bastante para revisarmos o texto. Quando terminarmos quero você fora da minha casa! – emendei.

- Trocaram o seu coração por uma pedra, foi? – questionou.

- Foi você mesmo quem se encarregou de enfiar ela lá! – respondi.

- Cacete, Theo! É assim que você me ama?

O Yago foi pontual, veio com aquela cara de cachorro abandonado, trouxe uma caixa com meus chocolates preferidos, e deve ter passado pelo menos uma hora escolhendo a roupa na qual ficava tão sexy quanto um galã de cinema. Embora minha vontade fosse a de me pendurar no pescoço dele e cobrir aquela boca de beijos, fui frio ao atender a porta. Ele trocou algumas frases com meu pai que ficava me piscando, pois também tinha notado que ele veio todo produzido para remediar o passo em falso que tinha dado.

- Oi Sr. Gustavo! Tudo bem com o senhor? – começou cerimonioso, havia muito tempo que meu pai pediu que o chamasse apenas de Gustavo.

- Fala Yago! Soube que andou aprontando com o Theo e, como pai zeloso, minha obrigação é cortar teu pinto fora para não magoar meu garoto. – meu pai mal conseguia disfarçar o riso.

- Que isso Sr. Gustavo, nem brinca com um troço desses! – exclamou o Yago, cobrindo o volumão com as ambas as mãos. – Eu já tentei me explicar uma porção de vezes com o Theo, mas ele não me perdoa. – continuou.

- Existem outras maneiras de se obter o perdão, sem que seja usando as palavras. – sentenciou meu pai, ao mesmo tempo em que piscava para o Yago.

- Chega de conversa mole, você veio aqui para terminarmos aquele trabalho, não para você ficar de boa com meu pai. – intervi.

Fomos para o meu quarto, mostrei-lhe em que pé o texto do trabalho estava e ele passou os olhos por cima das páginas sem o menor interesse, devolveu-as e veio para cima de mim, apertando meus braços abertos sobre a cama de modo a me impedir de rejeitá-lo.

- Me solta, Yago! Não quero mais nada com você! – afirmei, sem a menor convicção.

- Tem certeza? Pois, não é isso que estou vendo nos teus olhos, nem sentindo nesses mamilos enrijecidos. – declarou, ao colar sua boca à minha e bolinar avidamente minhas tetinhas.

- Vá procurar a Marcela, enfia esse cacetão carente nela, por que eu não tenho nenhuma disposição para arrefecer o tesão dele.

- É só você que eu quero, ninguém mais! Meti na buceta dela, meti, não nego, errei, foi uma merda se te interessa saber, não senti tesão, não senti nada para dizer a verdade. Foi uma merda de sexo, o pior que já fiz. Entrei nela só uma vez durante o final de semana todo, só pensava em você, no seu cuzinho apertado e quente, nas tuas carícias, no tesão e prazer que você me dá. Não consigo mais viver sem isso. Fiz sexo com ela, não tenho e nunca tive nenhum sentimento por aquela garota fácil. Foi o mesmo que foder uma puta, só sexo, nada mais. Desde que estamos juntos nem eu mesmo me reconheço mais, não tenho olhos para mais ninguém. Passa uma gostosona do meu lado e eu nem percebo. É você quem eu quero, é esse teu corpo que me deixa maluco, são esses olhos azuis e esse narizinho empinado pelos quais estou apaixonado, é esse cuzinho que me alucina, Theo! Cacete, moleque, você precisa acreditar em mim! – asseverou, cobrindo meu corpo com o dele, se esfregando em mim até a ereção quase explodir sua calça, bolinando minhas nádegas vorazmente e me deixando com um tesão danado.

Fui cedendo e me entregando aos poucos, saudoso do cheiro do meu homem, do sabor de sua boca, do calor de seu corpo viril, do néctar daquela verga impudica querendo sair da calça dele. Ele me despiu, me virou de bruços, abriu as bandas da minha bunda, lambeu meu cuzinho até eu quase implorar para ele entrar em mim. A sugestão implícita nas palavras do meu pai e naquela piscadela marota, estava funcionando; havia mesmo outras maneiras de se desculpar que não usando apenas palavras.

- Vai me perdoar, ou não? – perguntou, enquanto pincelava o caralhão sobre a minha rosquinha anal excitada.

- Não sei, preciso pensar! – devolvi, resistindo estoicamente até o limite das minhas forças.

- Então pense, mas sentindo isso aqui! – exclamou, metendo abruptamente a cabeçorra no meu cuzinho me fazendo ganir, quando as preguinhas se rasgavam para dar passagem aquele colosso pulsátil que deslizava para dentro de mim.

- Ai, Yago! Devagar, estou há mais de um mês todo fechado. Meu pai vai desconfiar do que estamos fazendo. – argumentei.

- É você quem está fazendo essa barulheira toda. Além disso, eu aposto que ele está feliz por estarmos fazendo as pazes. – afirmou convicto.

O pauzão dele se movimentava no meu ânus como um bate-estacas, esfolando minha mucosa anal sensível, estocando minha próstata e dilacerando meus esfíncteres, comandado pelas semanas de abstinência que eu lhe havia imposto, e pelo tesão descontrolado que incendiava nossos corpos. Meu gozo foi libertador, soltar toda aquela porra foi como me livrar de toda aquela situação que quase me levou a perder o amor da minha vida.

- Amo você, Theo! Juro que nunca mais vou fazer uma besteira como essa que ponha em risco o que sinto por você. – disse ele, enquanto seus jatos de esperma, fartos e cremosos, inseminavam minhas entranhas.

Depois de muitas noites mal dormidas, eu adormeci nos braços dele, recostado em seu ombro e afagando sua virilha onde seus genitais avantajados se deixavam acarinhar sobejamente. Meu amor por ele era maior e mais forte do que o deslize que ele cometeu, e eu estava feliz por enxergar a situação sob esse prisma. Teríamos trocado a nossa felicidade por um capricho de uma vadia se perpetuássemos nossa desavença, e isso não valia a pena.

Acordei antes do Yago na manhã seguinte, não tínhamos as duas primeiras aulas naquele dia, o que nos permitia chegar mais tarde à faculdade. Eu tinha acabado de sair da ducha quando meu pai entrou no quarto.

- Pai, custava ter batido na porta! – exclamei, quando ele entrou e viu o Yago todo esparramado na cama nu em pelo.

- Eu bati, você não deve ter escutado! Ele ainda estar aqui só pode significar que fizeram as pazes. – ponderou.

- É, estamos numa boa! Dá para você me dar licença, é constrangedor você entrar aqui quando estou com meu namorado. – afirmei.

- Você aguenta esse troço todo? Esse moleque não está judiando de você com esse cacetão, está Theo? Não vou permitir que ele te machuque! – advertiu, ao ver o dote priápico do Yago que dormia profundamente relaxado, e com nada cobrindo aquele corpanzil.

- Aguentei o seu, não aguentei? E não quero entrar nesses detalhes com você, paizão, por favor! É constrangedor demais. – retruquei, enquanto ele sorria malicioso.

- Eu só vim para te avisar que estou indo para o trabalho e te dar um beijo. Cuide-se! Nos vemos à noite. – despediu-se colocando um beijo na minha testa. – Tem certeza que esse molecão é cuidadoso com você, Theo? – insistiu, dando uma última espiada antes de fechar a porta.

- Paizão! – exclamei, vexado. – É muito cuidadoso, tanto quanto você! – esclareci. – Tchau! – despachei-o encabulado por ele me fazer esse tipo de perguntas.

Ali deitado dormindo despreocupado e tão sedutoramente nu eu fiquei a observar o Yago em silêncio. O tronco sólido e másculo com aqueles pelos formando uma trilha que ia da altura dos mamilos até os densos pentelhos da região pudenda, se expandia a cada ciclo de sua respiração cadenciada. O rosto anguloso e viril tinha uma expressão serena. Ainda me lembro do primeiro dia em que o observei a certa distância e de como ele me cativou, toda vez que ele sorria meu peito se aquecia e enternecia, mesmo ele não proferindo nada. O Yago acordava todas as manhãs com o cacetão duro, ou à meia-bomba, como embaraçosamente agora quando meu pai havia entrado no quarto. Ele brotava imponente do meio de suas coxas musculosas e peludas, como se fosse um periscópio a sondar os arredores, dava tesão só de ver, e invariavelmente fazia meu cuzinho piscar. A ereção retraía a porção do prepúcio que cobria a gigantesca glande arroxeada, deixando-a provocativamente exposta. Ainda com a toalha enrolada na cintura, me sentei próximo a ele tocando delicadamente suas sobrancelhas com as pontas dos dedos, contornando seu malar anguloso, o contorno descontraído dos lábios e o queixo, os pelos duros e espessos da barba pinicavam meus dedos e o toque sutil o fez mudar a posição de pernas e braços, um deles quase me atingindo. Assim que se acomodou na nova posição, voltei a tocar sutilmente a trilha peluda do abdômen, seguindo com as pontas dos dedos para dentro dos pelos pubianos; instintivamente, o caralhão reagiu ao meu toque enchendo com sangue as veias que o cobriam tornando seu emaranhado mais visível. Cheguei a pensar que o Yago havia acordado, mas uma inspiração profunda provou o contrário, o sono continuava. Lenta e o mais sutilmente possível, segurei o falo grosso e pesado, inclinando-me em sua direção até meus lábios se fecharem carinhosamente ao redor da chapeleta. Quase não movi os lábios, apenas os apertei suavemente, deixando ao encargo da língua contornar a cabeçorra para degustar seu sabor e das narinas aspirarem aquele cheiro peculiar, o cheiro de Yago, o cheiro que se impregnava sob minha pele a cada vez que ele me possuía e deixava seu sêmen em mim. A presença da minha boca quente e úmida fez com que o pré-gozo começasse a minar do orifício uretral se mesclando à minha saliva. O cacetão estava ficando cada vez mais rijo, o Yago soltou um grunhido e começou a despertar tomando consciência das carícias que seu membro estava recebendo.

- Isso é abuso de vulnerável, sabia? – sentenciou com aquela voz grossa e rouca de quem acaba de despertar. – Aproveitar-se de um indefeso é crime! – continuou, enquanto se espreguiçava e com uma das mãos afagava meus cabelos ainda molhados.

- Então vou parar antes que resolvam me denunciar às autoridades competentes! – exclamei, sorvendo o pré-gozo que formou um espesso fio translúcido que ia da glande à minha boca quando a afastei ligeiramente para retrucar.

- Nem se atreva! Agora que começou me conduza até eu me vir, quero te observar tomando meu leite. – obstou determinado.

Passei o quarto de hora seguinte trabalhando zelosamente sua verga, até ele gozar fartamente na minha boca, grunhindo e gemendo enquanto eu engolia um jato após o outro daquele sumo espesso e esbranquiçado de sabor amendoado. Quando terminei, ele me puxou para a cama, lançou-se afoitamente sobre mim e meteu a pirocona sedenta no meu cuzinho, só me soltando quando ele estava todo encharcado de esperma.

- Juro a você, Theo, que nunca mais vou cometer essa besteira! Quando me dei conta de que poderia te perder, percebi que você é meu único tesouro, que não preciso de mais ninguém e mais nada além do seu amor. Obrigado por me perdoar! – declarou, me deixando perdido num beijo longo e arrependido.

Naquela mesma semana, mais um jogador do time de rugby e um terceiranista da engenharia foram vistos trepando com a Marcela pelos cantos isolados da universidade, confirmando a fama de vadia que ela sentia prazer em cultivar. Não que eu abolisse totalmente a culpa do Yago no que rolou entre os dois; mas, de certa forma, fui mais compreensivo com seu deslize e menos severo no meu julgamento. Afinal, ele era um homem movido a testosterona que, naquela idade, ainda se deixava levar mais pela cabeça entre suas pernas do que pela que estava sob seus ombros. E, sabendo que o que ele sentia por mim era muito mais forte e verdadeiro do que um impulso sexual momentâneo, não abdiquei dele, e seguimos felizes, mais entrosados do que nunca.

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Comentários

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Gostei muito da abordagem da traição. Queria q ela fosse colocada na versão inversa. Com o passivo sexual traindo o ativo sexual. E o ativo lidando com todas as reflexões.

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Seu comentário me levou a refletir sobre a questão do passivo trair o ativo, algo que quase nunca abordei, embora não saiba dizer porque. Não que eu goste ou concorde com traições nos relacionamentos, longe disso, mas às vezes numa estória dá para falar sobre o tema. Obrigado e abração!!

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Como disse no comentário anterior, repensei várias coisas em minha vida e isso me fez enxergar essa traição de uma forma menos agressiva.

Olhando para a idade deles, o Yago sendo o capitão de um time de rugby, todo machão (apesar de muitos saberem da relação com o Theo), a pressão que ele pode ser sofrido para comer a vadia, se misturando a imaturidade e a necessidade de afirmação perante os demais, podem ter sido a causa desta traição, o que fez com que ele enxergasse definitivamente que o coração e corpo dele estão completa e exclusivamente ligados ao Theo. Uma coisa ruim que pode ter trazido coisas muito melhores.

O que acho que não pode acontecer é isso se repetir, porque aí vira sacanagem.

Abraço carinhoso!

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Você abordou o cerne da questão; nessa idade onde ainda nem tudo está definido, é comum as pessoas não saberem o que querem da vida e, com isso, magoar os outros. Uma traição nunca é legal, mas acho que perdoá-la, em certas circunstancias avaliando tudo o que está envolvido, não é um sinal de fraqueza. O que não pode, como você bem menciona, é isso virar uma constante, pois aí é puro maucaratismo! Abração!

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Muitas vezes só se dá valor ao que se tem, quando corre-se o risco de perder... Perfeito! E os detalhes picantes foram um plus a mais...rsrs...Adorei!

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Obrigadão TitoJC! Abração carinhoso!

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Que delícia, não creio que essa traição se repita, ele está apaixonado e nem sentiu prazer em comer uma boceta, ele agora sabe que só se realiza com o Theo. Lindo de mais o comportamento e conselho do papai, estou apaixonado por ele. Não é segredo que sou seu fã e adoro sua forma de escrever, suas palavras são como néctar dos deuses, agora vamos combinar que essa riqueza de detalhes quando eles estão juntos deixa qualquer um louco de tesão e comigo não é diferente, decidi que agora só leio seus contos sem roupa, não aguento mais todo vez que acabo de ler ter que lavar cuecas ou shorts todo babado e lógico, tomar banho onde acabo terminando o "serviço". Mais uma vez, parabéns e muito obrigado. Bom final de semana.

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Obrigado pelas palavras elogiosas Roberto! Também penso como você, essa pulada de cerca do Yago não deve se repetir. Não nos esqueçamos que ele é jovem e, como tal, está naquela fase de experimentar de tudo. Essa experiência com a Marcela, uma notória prostituta o fez enxergar o quanto o Theo significa para ele. Quanto a sua tara, estou rindo até agora.....eheheheheh!! Abração, meu querido!

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É muito ruim de ler essas situações como a sua. Você mantém um relacionamento com um cara que sempre foi hétero mas está com você que é gay. Isso não dá liberdade a ele de te trair com uma mulher e ainda a justificativa que você dá é que "ele é um homem movido a testosterona", então vai sempre ta perdoando os deslizes? Ele vai ta sempre te traindo com uma mulher? Fica complicado, traição é fraqueza e falta de amor e empatia com o companheiro/a.

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Oi Cadu06, é um ponto de vista, não sei se isso implica em traições recorrentes como você afirma. Eu, particularmente, não desacredito das boas intenções do ser humano quando se arrependem sinceramente de seus erros. Ninguém é infalível e perfeito por mais que nos esforcemos para isso. Abração e obrigado por acompanhar meus contos!

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