Liliane caminha para seu carro conversando com o marido enquanto combina comida mexicana para a noite. A advogada apressa o passo, preocupada com a mensagem recebida à tarde: "18:30, mesmo lugar de sábado". E ela estremece ao lembrar, sabendo bem seu significado. Algo que se repete há mais de ano, mudando locais e dias, mas não aquilo contra o qual não consegue mais lutar.
Enfrenta a lentidão do rush, mas chega a seu prédio em tempo, seguindo com o som de seus saltos altos ecoando pela garagem. Sai do elevador no térreo, e busca a saleta ao lado da academia. A porta está encostada, e Liliane entra trancando-a atrás de si. Precisa de tempo para a vista se acostumar à penumbra, mas distingue a mesa à sua frente para onde se dirige.
Não precisa procurar, pois sabe que ele a está acompanhando do canto escuro ali dentro. De frente para a mesa, ela ergue lentamente a saia de seu conjuntinho executivo, abrindo sua blusa e tirando os peitos siliconados para fora do sutiã. Logo o sente atrás dela, abaixando sua calcinha até os joelhos e a boca faminta entrando pelo vale de sua bundinha malhada. Ele a fustiga e se embebeda do seu suor do dia de trabalho, misturado agora aos sucos que escorrem de sua fendinha depilada.
Quando ele se levanta, ela já o espera erguendo passiva o traseiro de mulher casada, escutando-o cuspir grosseiramente na cabeça do pau rombudo, antes de o socar num golpe único que a rasga até o fundo da sua grutinha. Liliane geme rouca, jogando a cabeça para trás enquanto lágrimas escorrem por seu rosto.
A foda é violenta, com dedos também fincados em seu cuzinho, território virgem só recentemente deflorado por ele. Apertões se sucedem em suas carnes, os dedos retirados do doce rabinho apenas para irem beliscar suas tetas rosadas, sentindo o peso dos seus peitos balançando com as bombadas. Naquele quartinho, ela se revela como a vagabunda que cede a tudo que lhe ordenam, agindo como uma verdadeira puta por vocação.
O gozo dele vem antes, o esperma volumoso e quente a preenchendo inteira até escorrer por suas coxas quando sai de dentro dela. Liliane permanece parada, com pernas afastadas e sentindo o corpo ainda vibrando, a boceta pulsando e expelindo o excesso da porra ali depositada. Só escuta ele erguendo suas calças e fechando o zíper da mesma, antes de sair calado e encostar a porta.
Usada e humilhada, ela veste sua calcinha que fica manchada pelo esperma dele, ajeitando novamente a saia do conjunto após guardar seus portentosos peitos no sutiã. Ajeita sua decência tentando esconder o pecado, aguardando o tempo combinado para, então, sair daquela alcova.
Dentro do elevador, encarando o reflexo no espelho, não consegue explicar o motivo de fazer aquilo. Mas respira fundo e suspira, antes de entrar em casa e receber o beijo amoroso do marido, com os filhos disputando sua atenção à espera do lanche. O modo normal da vida retomando seu controle.
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Al-BukowskiContos: 91Seguidores: 367Seguindo: 88MensagemAl-Bukowski é minha pequena homenagem ao escritor maldito, Charles Bukowski. Meu e-mail para contato direto: al.bukowski.contos@gmail.com
Valeu Old Ted! Não se saber com quem foi é que deixou o conto interessante. Pois tanto Liliane pode estar sendo submissa a um amante dominador, como pode estar sendo eventualmente chantageada, ou, no fundo, ela seja uma boa esposa e essa uma deliciosa fantasia com o marido.
Pena que eram apenas 500 palavras, e, assim, não teve espaço para revelar a verdade ali oculta! Rsrsrs
Oh Bayoux, seria uma honra inigualável! Mas, pela maneira que ele tratava a todos e outros escritores, provavelmente nos mandaria tomar naquele lugar! Hahaha
Hahaha, bem colocado. Ele provavelmente seguraria um whisky e um cigarro numa mão e nos mostraria o dedo com a outra, sua maneira de felicitar aos demais.
Captou bem esse momento de entrega proibida, de forma excitante sem esquecer o lado psicológico da infidelidade. Parabéns! Também escrevi um conto sucinto, sem porém, o brilhantismo que tenho visto nos colegas da casa. Beijos.
Obrigado Loirinha! E achei legal vc mencionar esse ponto que até agora ninguém comentou: a infidelidade de Liliane.
Meu ponto é, será que Liliane foi mesmo infiel? Ou será que não se trata de um fetiche que ela brinca com o marido na saleta do prédio? Fica aqui a dúvida, só para provocar mesmo!
A tese da infidelidade, acho que é infiel pela seguinte frase do texto"território virgem só recentemente deflorado por ele" Claro que é um conto, mas as probabilidade maiores é que o marido seja o primeiro que o tal estranho comedor.
Faz sentido Maísa. Mas tem também a hipótese de que o fetiche com o marido foi também o que os levou a praticarem o sexo anal mais recentemente, eventualmente algo que Liliane não fazia antes. Que tal?
Mas como explicar a frase "antes de entrar em casa e receber o beijo amoroso do marido" Isso indica que ele estava ou chegou na frente, ai sim faria sentido, é sua lógica tem razão
Sim, por isso deixei preparado antes nessa parte: “aguardando o tempo combinado para sair daquela alcova.”. Bom, mas nunca saberemos, pois essa é a graça desse tipo de conto: a interpretação e fantasia de cada um, imaginando quem seria esse desconhecido!
Viu como é possível o escritor sair de sua zona de conforto? Muitos "Ás" da escrita se atrapalham por tentar algo fora da zona de conhecimento, e vc, conhecido por texto mais longos, fez bem com que foi proposto... 3 estrelas da hora ....
Obrigado Maísa! Com jeitinho consegui até mesmo encaixar uma pequena referência ao seu relato, reparou? Foi depois de quase pronto, e achei legal ajustar inspirado também por seu conto! 😉
Obrigado Leon. Como disse abaixo para o Fabio, foi bem diferente o desafio. Acho, inclusive, que nos leva a desenvolver algumas habilidades interessantes para depois aplicarmos em contos sem esse limite. Bem na linha do que vc comentou no blog, de buscarmos ser sucintos mas conseguindo passar toda a ideia da história. Abs
Obrigado Fábio! Foi um desafio diferente, o de fazer o rascunho e depois ir “esculpindo” o texto até sobrar a essência sem perder o contexto original. Esperando agora o seu conto para esse desafio também! 😉