Eu, tímida, travada, recatada e séria. Só me solto na intimidade com o marido. Galeno, liberal, adora safadeza. Sempre sugere fantasias, ménage, swing, essas coisas. Eu, Lauani, 39, sangue quente mestiço, ficava excitada na hora, adorava cada ideia. Adoro sexo. Transas tórridas, sem frescura. Depois, recuava. Era só fantasia, dizia. Medo de arriscar. Até que Galeno sugeriu, a massagem tântrica. Demorei decidir. Encontrei a clínica do japonês San-go. Atendeu muito bem, educado, sorridente. Fiquei sossegada. Japa baixinho, forte, tatuado, cabelo curtinho. Não era meu tipo, nem oferecia perigo. Não despertava interesse. Eu, morena escura, 1,70 m, corpão de modelo, dançarina. Concordei, para atender desejo do Galeno. Marcamos, tarde de sábado. Ele me levou. Chá quente na recepção, namastê, banho tomado, vesti um roupão, fui para a sala. Futon no chão. Galeno na sala de espera. San-go de roupão igual. Me despi, sem ter vergonha, e me deitei de bruços no futon. Música suave, penumbra, aroma de incenso. Gostei. San-go retira o roupão, se joelha de sunguinha branca. Com óleo aromático começa a massagem. Mãos macias, suaves, relaxando. San-go murmura palavras sem nexo, parecem mantras, sussurra o tempo todo. Fico mais calma, sinto os toques dos dedos, me vejo aquecer, algo no corpo provoca calor vindo de dentro. Excitada, seios reagem, respiração aumenta, meu corpo se entrega às mãos dele. Que mágico! Me acariciam, exploram, apertam. Me viro de frente, os seios expostos, latejam, mamilos durinhos, sem ter pudor. Orgulho da minha beleza. San-go já parece simpático, murmura macio, excitante. As mãos me percorrem, pressionam, deslisam, alisam, suaves, os dedos com óleo penetram nas partes mais íntimas. Meu corpo já treme, mamilos vibrando, meu ventre se aperta, vagina pulsando, desejo forte surgindo de ser possuída. As mãos me invadindo, dedos entrando e saindo, deslizam no óleo, alisam meu grelinho. Seios túrgidos, arrepio desmedido. Eu olho o San-go, está nu, tem um falo potente, empinado, de bela grossura, cabeça de fora, e tamanho incrível, vibrando entre as pernas. Me deixa tremendo, eu olho carente, o safado entende, esfrega em meu púbis, bate com ele, suas mãos me alucinam, eu quase em orgasmo, desejo esse falo de porte invejável. Jamais eu pensava que ia ceder. Mas a tara que eu tenho não mede barreiras, e assim prosseguimos, eu pego, aperto, masturbo, puxo, suspiro, desejo intenso naquela rola. As mãos mágicas do japa me fazem gemer e pedir por ser penetrada. Ele entre as coxas, esfrega a piroca, me beija nos seios, chupa os mamilos. Eu berro tarada, me abro todinha pedindo a rola: “Me fode gostoso”, “enterra essa tora”, o japa tortura, castiga o grelinho, esfrega na racha, eu quero que foda. Camisinha nele. Quando enfia já estou gozando, desesperada, gemendo, agarrada nele, que suga meus seios. Dez minutos gritando, gozando na rola, recebo estocadas profundas, me rendo inteira, perco a conta dos orgasmos que o japinha de mãos deliciosas, rola potente me fez desfrutar. No canto da sala Galeno feliz. Eu digo: “Olha só corninho, finalmente! Sua esposa fez a iniciação".
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Comentários
Excelente conto, parabéns.
Saiu como poesia!Um conto delicioso curto porém rico e exitante adorei. Leva 03 estrelas com louvor.
Interessante como nos dois textos apresentados para o desafio você conduziu o leitor na velocidade que desejava imprimir à cena descrita. Sou um admirador de textos curtos, sei da dificuldade de fazer isso e é justamente aí que está a graça da coisa. Parabéns! Quem gosta de escrever faz peripécias, aceita, e cumpre o desafio.
Tito JC, você como escritor, sabe que escrever é um desafio permanente, quando buscamos nos superar a cada texto. Participar dos desafios é motivo de prazer, de empenho, pois é quando nos vemos mais envolvidos, de forma coletiva, escritores tentando se superar (e não competir) dentro de parâmetros iguais a todos! Isso também nos une, e nos convida a mais trocas e influências de uns e outros. Enriquecedor. Obrigado.
Chega a faltar o folego, dada o ritmo alucinante desse conto.
Muito bom
Obrigado. Essa era a ideia.
Conto muito excitante! Massagem tântrica é algo especial.TrÊs estrelas.⭐⭐⭐
Né? Eu sou um ardoroso defensor do Tantra, e a massagem é libertadora mesmo.
Paulo_Claudia, sou um adepto, defensor e estudioso das massagens, especialmente da tântrica. Se todos tivessem a oportunidade de experimentar, veriam como é benéfica para tudo. Obrigado.
Obrigada pela presença na minha escrivaninha. Uma iniciação assim é garantia de constância na vida liberal. O melhor de tudo é você ter conseguido contar tudo isso com tão poucas palavras. Acho que vou participar desse desafio também. Bezitos.
Marcela, acreditem que dá tempo. Vale o desafio. Obrigado.
Marcela-Ba, quero ver. Muito obrigado. Sua escrivaninha foi muito convidativa e quero voltar.
Nem com essa mísera de palavras a qualidade do seu texto diminui. Foi rápido, sem tempo pra respirar e muito excitante.
⭐⭐⭐
Ocês num vem no desafio? Vão ficar de fora? Arrisquem, é gostoso.
Conseguiu descrever com maestria a iniciação dessa esposa no mundo liberal com apenas 500 palavras. Dando ao luxo de ainda criar o clima para isso com essa massagem oriental e narrando as sensações que ela sentiu para a entrega. Uma tarefa nada fácil. Parabéns! Beijos.
Obrigado Loirinha gostosa. só quem já passou por isso consegue contar desse jeito. Mas muita coisa ficou de fora. Limitações do desafio. Mas acho que contarei a história completa em outra publicação. Merece.
Extra texto: A CÓPIA E A REPRODUÇÃO DESTE CONTO EM OUTROS SITES OU BLOGS ESTÁ PROIBIDA. É EXCLUSIVIDADE DO SITE CASA DOS CONTOS ERÓTICOS.]
Meu e-mail: leonmedrado@gmail.com
A limitação de 500 palavras apenas, para atender as normas do desafio deste mês, obrigaram a uma narrativa enxuta. Sim, uma quebra do padrão. Mas agradeço seu comentário. Talvez eu faça, em outra oportunidade, uma versão estendida deste conto. Não deixa de ser outro desafio.
Contos bons não são apenas os com textos elaborados. Forma e pontuação são essenciais, e servem para o escritor induzir o ritmo que imaginou para a história, compartilhando isso com o leitor.
Deu para sentir a intensidade com que você imaginou Lauani perdendo as resistências e se deixando levar pelo japa massagista. Um tanto de poesia mesmo, mas enquadrada em prosa. Parabéns, excelente!
Se você soubesse o prazer que deu... Fazer e contar...Obrigado.
Texto extremamente corrido e ágil que tira o fôlego e excita na mesma medida! Solução bem inteligente para o desafio.
Fico agradecido. Essa foi a intenção.
Muito bom. Quase todo Bom comedor é Corno. Não são Machistas. Sabem o q as mulheres gostam
O bom comedor não é inseguro, não teme dividir, pelo contrário, se garante, sabe o prazer que dá experimentar diferentes sabores. A vida é curta para se fechar num único deleite que não seja plural. Obrigado.
Isso mesmo Leon. Sabemos viver sem preconceitos e na plenitude do prazer
Cara, está muito bom isso aqui. Eu sempre reclamo de parágrafos longos, mas com o limite de palavras isso ajuda a "tirar o fôlego" do leitor. Poder ser impressão só minha, mas me pareceu que os períodos longos, cheios de vírgulas deram ainda mais sensação de urgência ao texto. Toda a excitação e o sexo foram muito rápidos, de tirar o fôlego. Deu um efeito muito maneiro!
Três estrelas!
Turin, meu bom, que honra, o primeiro a comentar. Pois é, não basta escrever bonito, tem que fazer poesia. Tente ler como tal, frases em estrofes, tem ritmo, batucando as palavras no pulsar das emoções. Se eu contar pode não vai acreditar. Sentei no note às 17:00 e às 19:00 estava pronto e revisado. Nem eu acreditei. Saiu como poesia. Nada como a inspiração que brota na hora do tesão, com a memória recordando bons momentos e o aroma do incenso. Fica fácil quando vimos acontecer. Valeu.
Genial.
A repetição do nome do massagista ajuda a dar o ritmo também.
As melhores coisas que a gente escrever saem assim, "impressas" na hora.
Mas você gostou? Pois é... a gente não tem a dimensão. Saiu, pertence ao leitor. Outra questão: No conto, por culpa do limite de palavras eu não coloquei aquela frase que limita a pirataria. Chato isso. Nestes casos o site deveria prever um limite extra de "rodapé".
Eu gostei na primeira leitura. Gostei mais quando percebi que você brincou com o texto. Entender essas coisas deixa tudo mais interessante.
Se você quisesse, e estivesse disposto a "cortar" um pouco o batato do texto, poderia colocar sua frase lá, mesmo que resumida. A Maisa assinou o texto, por exemplo.
Eu acho que ficaria ainda mais interessante se o autor "abre não" de algumas palavras para colocar uma informação adicional.
vou considerar