Esposas dançaram e sambaram no Carnaval e foram comidas por bloco de lobos maus
Um conto de Marcela Araujo Alencar
Meu nome é Marisa, tenho vinte e oito anos. Casada há seis com Leonel, com trinta anos. Temos dois meninos, Henrique com cinco e Lineu com dois. Leonel é um bem-sucedido comerciante de nossa cidade, no ramo de informática. Nosso amor continua tão intenso como nos primeiros anos de casados. Vivemos felizes numa bela casa que adquirimos pouco depois de nos casarmos e cultivamos um grande círculo de amizade e não raro sairmos em grupo para as baladas, pois nisso tanto eu como Leonel somos fãs ardorosos. É só deixar os meninos com os nossos pais, e lá vamos nós.
Carnaval, então nem se fala; Leonel e eu não perdemos um e caímos na farra. Isso desde antes de nos casarmos. Neste ano Leonel agendou dois bailes pra gente pular. O primeiro na sexta e o outro na terça, pois na nossa cidade, o forte não é desfile de rua, mas as farras nos salões.
Na terça, toda produzida e pouco vestida, eu de odalisca, Leonel de pirata, lá fomos nós, ao lado da ruiva Dalila e Bill, marido e mulher, casal porreta, nossos amigos, ela vestida de Eva e ele de Adão, ou seja, ambos quase pelados. Ela com três folhinhas verdes duas em cima e outra embaixo, atrás só um fio pra segurar a folha da frente. Eu sou linda, bonitona e gostosa, sem falsa modéstia, mas Dalila me bota no chinelo e como Eva, foi um sucesso, com todos os marmanjos querendo a todo o momento morder as suas maçãs. Minha odalisca também não fez feio, e nós duas lá no salão, entupido de foliões, pulando e rebolando, sentíamos a todo o momento, mãos e dedos, tocando na gente, acho que Bill e Leonel, com as caras cheia de uísque, ou champanhe, não sei bem o que, nos davam liberdades, melhor dizendo, liberdade para os foliões que de um modo o de outro, abundavam ao nosso redor... sem trocadilhos.
Eu cansada, suada e com sede, soprei no ouvido de Dalila, que daria um pulinho no nosso camarote, beber algo bem geladinho. Vi Bill e Leonel ao lado de Dalila, ambos com a mãos na cintura da ruiva, indagando o que falei para ela. Na realidade Leonel estava com a mão direita, pousada na bunda nua da ruiva e ela nem ligava. Fiquei puta da vida, mas tudo bem, ela é minha amiga e me lembrei que Bill o marido dela, também tinha apalpado minha bunda e fez ainda pior, um dedo safadinho, foi ver o que eu tinha por baixo da minha odalisca e, eu na euforia do momento, nem pisquei, mas por via das dúvidas, voltei e a puxei para subir comigo, Leonel é homem e Dalila é material que nenhum resiste.
No reservado, retirei da mini geladeira, uma garrafa de champanhe, bem geladinha, como eu gosto. Caímos exausta nas poltronas e com taças nas mãos, em grandes goles no espumante, nos deliciamos. Muitos minutos depois, com a champanhe vazia, nos debruçamos na mureta, e no mar de foliões, nem sinal do meu pirata, nem do Adão da Eva. Natural, pois tinha gente saindo pelo ladrão.
Com a bexiga estourando, sai do nosso reservado e fui procurar uma toalete, com Dalila como escudeira, ambas cambaleando com a cuca entupida de champanhe. Graças que no mesmo corredor, encontrei um banheiro, mas a fila de mulheres, me dizia que ali, só em dois anos eu conseguiria me aliviar. Naquele corredor, não muito longe, outros dois toaletes e fila ainda maior, para meu desespero, pois minha urgência, já me fazia suar frio. Nervosa e cambaleando, desci ligeirinho as escadas e segui as setas indicando banheiro feminino. Encontrei três, um perto do outro, mas as filas eram ainda maiores. A calcinha de minha odalisca, não podia se molhar, pois, seria um vexame horrível. Dalila que não tinha urgência, debochava de mim, me vendo esfregando as coxas uma na outra. Ela viu a seta “saída” e me puxou, aconselhando:
- Faça lá fora criatura!
Não tive dúvidas, a empurrei e sai ligeirinho. Um pátio amplo, com muitos foliões circulando. Olhei ao redor e vi uma reentrância e sem pensar duas vezes, fui para lá, acocorei, levantei a saia da odalisca, puxei a calcinha para o meio das coxas e a urina saiu em jatos fortes, fazendo chiado, com Dalila na minha frente, fazendo de escudo. Com um suspiro de alívio, fechei os olhos e deixei a natureza agir. Foram quase dez litros de urina, juro que sem exageros. Me secar, só com uma pontinha da minha odalisca, pois a bolsinha, deixei lá no camarote.
Escutei um gritinho de Dalila, abri os olhos e fiquei mais vermelha que tomate maduro. Dalila, como Eva, tinha os olhos do tamanho de um pires e as mãos espalmadas sobre suas maças, digo, sobre seus seios e ao seu redor, sete ou oito rapazes brancos e pude ver, olhos azuis claros, acho que no máximo com vinte anos e estavam trajando a mesma fantasia, shortinho curtos e máscaras de lobo-mau. Nas mãos de alguns, pequenos cilindros, acho que de lança-perfume ou coisa mais pesada. Eles riam e riam me vendo toda atrapalhada puxando a calcinha para esconder minha mijona. O pudor e o embaraço me fizeram de um pulo ficar em pé e me escorar na minha amiga, como forma de proteção mútua.
Só então percebi que ela, estava quase que em choque, com o corpo tremendo, tamanho era o seu medo. Uns dos lobos, exibia para os outros, sobre os mamilos, duas folhinhas verdes e no umbigo, uma terceira. Minha Eva estava ao natural, daí o seu pavor e porque uma pata de um lobo mau sondava sua peladinha e gordinha bucetinha.
Revoltada a puxei para saímos correndo do meio da matilha, que fechavam o círculo à nossa volta. Eles não apreciaram minha iniciativa e gargalhando, fomos sendo empurradas de um para o outro. Dalila, parece que acordou de seu torpor e lascou uma sonora bofetada no focinho de outro lobo mau que com os dedos, sondava suas intimidades.
Ele, furioso, ergueu o frasco metálico que portava e descarregou nuvens no rosto dela, que tossiu, espirrou e levou as mãos aos olhos, que ardiam sobre ação do que quer que fosse aquela merda. Eu o insultei e tentei o empurrar para longe dela. Foi aí que eu mesma me senti envolvida pelo gás que me sufocava e me tonteava. Nos braços de todo o grupo, que percebi serem em oito, talvez dez eu e Dalila, fomos sendo levadas, não sabemos para onde. em meio a tremenda farra. Me apavorei ainda mais, pois achei que eles estavam drogados, pelo modo que falavam e com os olhos vermelhos. Sem nenhum motivo aparente, eles começam a nos dar “cascudos” enquanto nos empurravam para dentro de uma camionete, destas de múltiplos lugares.
Senti quando me aplicaram qualquer droga nas nádegas, mesmo tentando me debater. Estavam me drogando e não disseram o porquê.
Acordei me sentindo muito enjoada e fraca, com dificuldades de abrir até os olhos. Sem noção de quanto tempo fiquei inconsciente. Ao meu lado, ainda inconsciente estava Dalila, e ambas estávamos deitadas nuas em colchonetes no piso do que me parecia ser um grande galpão. A nossa volta todos os rapazes, agora, sem as máscaras. Todos bastante jovens e deu para perceber, pelo que falavam e se comportavam que eram filhinhos de papais, foi isso que achei no momento.
Mesmo ainda fraca, com o pavor que senti, movida pela adrenalina, me levantei e corri para a porta que estava aberta, só para me esbarrar com os dois que vinham entrando no quartinho. Caí de bunda de volta ao quarto e eles começaram a rir, me vendo pelada de pernas aberta no chão.
Eu berrei, me debati e tentei novamente fugir do quartinho, mas o miserável que soube se chamar Esteves, me empurrou de volta ao cobertor e tentava a todo o custo se intrometer no meio de minhas coxas. Me debatia e o xingava de tudo que era palavrão e com as pernas fechadas girava de lado e ele bufava, mas não conseguia entrar no meio de minhas pernas. Seus amigos ficavam só olhando, rindo e debochando dos esforços do homem. Acho que isso o fez ficar com muita raiva e ele me deu um violento tapa na altura do meu umbigo que me deixou sem ar e logo ele estava com a boca na minha boceta, a chupando como um louco e me segurava pela cintura e soube que nada poderia fazer para o evitar e fiquei ali, com os olhos fechados, esperando que ele logo parasse de mamar meus fluidos. Foi quando senti o peso do outro homem, o que chamavam de Belo, sentar-se com a bunda nua sobre meus seios e com as mãos direcionando a glande para os meus lábios e nem pude virar o rosto, pois ele com as pernas em volta de minha cabeça, impedia. Ele ria chicoteando com a cabeça do pau entre meus lábios.
Demorou alguns minutos, mas ele conseguiu entrar com o membro em minha boca, não todo é verdade pois ele é enorme e só a metade cabia em mim. Eu tinha capitulado, pois a língua e a boca do outro em minha buceta, mesmo eu tentando evitar, me fez ficar excitada e quando abri a boca num gemido, Belo entrou agora todo pau como um intruso não convidado.
Eles ficaram se revezando sobre meu exausto corpo e eu não tinha mais força para me opor ao estupro, ainda mais que o terceiro cara, o tal de Leo, veio se juntar aos seus amigos. Isso durou horas e fui penetrada pela bunda, pela boca e pela buceta e engoli por todo os acessos muito esperma.
Os rapazes, eram brutos ao me violentarem e tinham membros enormes, se fosse possível comparar, acho que duas vezes maiores que o do meu marido. Foi impossível não ficar excitada, fui acometida de orgasmos, nem sei quantos pois ele bolinando o meu clitóris, não me deixavam alternativa, pois não sou fria, mas muito fogosa.
No meio de tudo aquilo, pude perceber que quatro destes, carregavam Dalila nos braços para outro lugar, e ela gritava e berrava.
Um mês depois, eu ainda estava trancada, sendo quase que todas as noites fodida, quase sempre em dupla, poucas vezes vinha um só. Mas notei que na arte do sexo, eles eram mestres, me desmanchei toda de tanto que gozei, pois em todas em gemia e gemia em meio orgasmos múltiplos, pois como falei, sou muito fogosa e dispenso anal, oral, 69 e muito menos vaginal.
Só depois é que soube o que aconteceu comigo e com Dalila. Eu fiquei prisioneira de quatro homens e Dalila, por cinco, que depois se reduziu a dois, pois os outros decidiram pular fora desta empreitada. Como tinham posses nos mantiveram presas em casas em um sítio de propriedade de um tal de Leonel, um dos que ficaram com Dalila, o outro se chamava Ricardo.
O nosso cativeiro, era pequeno, mas confortável, tinha quatro recintos, o essencial, sala, quarto, cozinha e banheiro, duas janelas gradeadas e uma só porta. Eles traziam comida e água, quando vinham nos visitar. Dalila, soube depois, entrou em acordo com Leonel, que se apaixonou pela belíssima prisioneira e a liberou e ela informou às autoridades que não sabia quem foram seus sequestradores e fez até retrato falado de dois deles, mulatos fortes de meia-idade.
Gozado, isso, não?
Eu não tive tanta sorte como minha amiga e fiquei esses 32 dias trancada na minha “nova casa”, depois de alguns dias não sei quantos, só Esteves e Luiz vinham ao cativeiro. Perguntei pelos outros e disseram que tinham pulado fora, depois que viram meu marido contratar uma famosa agência de detetives para me procurar. Eram uns dez e estavam chegando perto.
Eu ri de contente e pedi: Se os outros canalhas botaram os rabos entre as pernas e fugiram, façam o mesmo e me solte.
- Não, nós ficaremos com você, Marisa, o quanto for possível! Pois em toda nossa vida nunca fudemos mulher mais fogosa e quente que você. Mas eles ficaram comigo só mais três dias e depois me soltaram e eu fui correndo para casa e depois fui junto com Dalila, fazer o tal retrato falado e acho que ajudei mais as autoridades que ela, pois fui muito mais detalhista que minha amiga, pois os três mulatos que descrevi ficaram perfeitos.
Depois de todo susto, nossas vidas de casadas voltaram ao normal, conosco, agora muito mais intimas, pois agora partilhávamos o mesmo segredo e não raro, ao volante do meu carro ou do dela seguíamos para os arredores da cidade, para um belo e arborizado sítio e num galpão passávamos muitas horas nos braços dos nossos mulatos sequestradores, Esteves, Belo, Leo, Leonel, Ricardo e Luiz, garotões lindos de morrer de olhos azuis e pele branca.
FIM