A madrugada estava fria. A cidade, vista de cima, me pareceu mais cinza do que de costume. Sinto um calafrio que me tocou a alma, agora em desalinho, agitada.
O vento insistiu em me fustigar. Frio e insistente, me balançando a roupa leve que usava, com o intuito de seduzir.
Conseguia sentir meu perfume forte e adocicado se espalhando pelo ar, tudo passava tão rápido, mas tão vívido na minha frente, era como um filme, daqueles que a gente vai perdendo o fôlego, enquanto assiste.
Lembrei do carro prata parando na avenida agitada e iluminada. As meninas todas se curvando em poses sensuais, sem saber a quem ele chamaria.
Um aceno em minha direção e lá estava eu, de minissaia justa, blusinha brilhosa e transparente, curvada na janela do carro acertando o preço.
O prédio velho, decadente, rua mal iluminada no centro velho da cidade, aquela paisagem não combinava com o carrão dele, mas combinava com seu jeito silencioso, sombrio, charmoso.
Nenhum porteiro na recepção, porta aberta com chave, cheiro de coisa antiga no ar. Tive um pouco de medo, mas já tinha combinado o trabalho. No fundo sabia dessas situações inerentes à profissão. Tinha um pouco de excitação. Estava tão vulnerável com aquele macho imenso e másculo.
Porta fechada e a voz rouca e firme ordenou:
— Chupa vadia! Engole meu pau e mama gostoso! – Tentei tirar a blusa, nova ordem firme:
— Continua vestida! Eu quero você assim, toda produzida. Ajoelha e chupa meu pau! – Ordem recebida, ordem executada. Pau imenso e já firme como rocha, lustroso, não cabia em minha boca.
Como boa profissional eu me esforcei e fiz um bom trabalho, enquanto ele gemia forte e puxava minha cabeça de encontro ao seu mastro.
— Levanta! – Novamente obedeci. Senti os dedos dele entrarem em minha boca, comprimindo meus lábios, chupei gulosamente, fazendo um jogo sensual.
Pasmem! Eu realmente estava excitada. Minha calcinha molhada de tesão e um frenesi inexplicável que me tocava por dentro e me arrepiava.
— Assim mesmo! Chupa piranha! Assim que eu gosto! – Lambi novamente seu dedo médio e logo ele me puxou pelos cabelos, me curvou sobre a mesa no canto da sala mal iluminada. Então levantou minha saia e, com um puxão brusco, arrancou minha calcinha minúscula.
— Vou te foder, vadia! – Ouvi isso e soltei um grito, sentido aquela vara imensa me rasgar a boceta num golpe certeiro, entrando bem fundo.
Ele socava com pressa, com vigor, quase com ódio. Seu pau entrava e saía rapidamente, enquanto ele segurava minha cabeça contra à mesa, me imobilizando.
Ele gemia e suava, afinal estava ainda vestido elegantemente.
— Puta vadia! Vou gozar!
— Goza macho gostoso! Foi a única e última frase que falei pra ele, sentindo seu corpo estremecer e um gozo forte me invadir as entranhas.
Volto a sentir o vento da noite transpassar meu corpo perfumado. Olho pra cima e ainda posso ver o sorriso dele ao me jogar da sacada pequena.
Sinto um forte impacto, estrondoso. Meu corpo de encontro ao solo. Tudo se apaga.