Madalena a jovem tímida e inocente e o velho português cheio de tesão
Um conto de Marcela Araujo Alencar
- Madalena, venha aqui, rápido! Ó garota imprestável, só serve pra dormir e comer! Tire este rabo da cama e vá comprar uma garrafa de pinga, que eu e Jordão “tamos” com vontade de entornar umas.... traga da boa, senão vai trocar.
- Mas é muito tarde, dona Magda! O mercadinho da esquina fecha às dez!
- Então vá no boteco de Zé Bigode e diga que é pra mim, pro modo botar na conta.
- É muito longe e sempre está cheio de homens lá e eles ficam me olhando!
- Olhar não tira pedaço, peste. Vá e volte logo que “tamos” com sede.
Madalena, a tímida e bonita jovem coloca sobre o vestidinho um casaco para se abrigar do frio e sai para a noite escura e deserta, pisando nos seus tamancos de madeira de três tiras de couro. A rua não tem calçamento e ainda tem poças da chuva da tarde, casas de vizinhos.... é uma aqui e outra acolá. Iluminação pública, só a da lua. Depois do mercadinho, só um estirão de trilha lamacenta, bois ruminando de um lado e do outro o vazio. São vinte minutos de caminhada medrosa, que tem de segurar para não se molhar, pois calcinha é só aquela que tem.
No boteco de Zé Bigode, só ele e quatro bebuns, todos viram estátuas ao verem a jovem entrar e com balanceio de cabeça a todos cumprimentar. Bigode que há muito a conhece, sabe que é enteada de Magda, e vem ao seu encontro, pois dos olhos de seus clientes a quer afastar. Ele é grandão, com uma barriga enorme, e tem 59 anos, mas assim mesmo, com 41 a mais que Madalena, ele tem uma tara enorme pela jovem, que vez que outra, permite que ele a beije, sempre em troca de uns trocados ou de alguma que possa lhe presentear, como refrigerantes, ou algum doce em lata que ela tanto gosta. O interessante é que ele só tem estes itens pela única razão de a presentear, não costuma ter clientes para estas mercadorias.
- O que está fazendo aqui? Sabes que sozinha, tão tarde, é perigoso para você?
- Eu sei e não queria vir, mas a madrasta me obrigou. Ela quer uma garrafa de cachaça. Hoje ela está com o Jordão lá em casa.
- Que mulher irresponsável! Aqui está o que ela quer.... cadê o dinheiro?
- É pra pôr na conta dela, seu Zé.
- A doida da tua madrasta já estourou a conta, não vendo mais fiado para ela.
- Minha nossa! Agora o que vou fazer?
- Para ela eu não vendo fiado, mas posso fiar pra você.... é só dar um pulinho aqui atras e me dá uns beijinhos.
- Ó seu zé... o senhor sempre vem com essa pra cima de mim! o senhor é um velho gordo e safado. mão tem vergonha na cara?
- Vergonha não tenho, mas tenho uma vontade enorme de te dar umas beijocas.
- Em troca eu quero duas latas de refri e uma barra daquele chocolate ali.... mas será só beijocas, não se esqueças, viu?
- Combinado. Zelito, dê uma olhada aí, que eu vou dar um pulinho ali atrás e já volto.
- O que eu ganho com isso, Bigode?
- O que tu beber hoje e amanhã, tudo por minha conta.
*****
- Não, na cama não... pra beijar não necessita ser deitada!
- Tudo bem, então fique recostada aqui neste balcão.
- Uuiii... tua língua está me sufocando, homem!
- Já foste beijada antes Madalena, por algum rapaz?
- Eu nunca namorei, tu sabes disso. A madrasta não deixa. Só o senhor me beijou antes, mas nunca assim, colocando a língua na minha boca.
- Você está gostando?
- Não sei... acho que sim. Fico toda arrepiada! O teu bigode faz cócegas!
- É assim mesmo que deve ser.... Vou te mostrar que ser beijada nas orelhas, no pescoço e nos ombros é muito mais gostoso.
- Hooooooo.... tu tens razão...... é muiiitoo gosssstosoooo! Estou pegando fogo seu Zé!
- Nããão, nos peitinhos não!!!!
*****
Madalena, a garota tímida, linda e fogosa está “subindo pelas paredes, agora deitada na cama do esperto Zé do Bigode, nua da cintura para cima, com os mamilos sendo chupados pela boca faminta dele. É deste modo, que ela embriagada de tesão, coisa que nunca sentiu, que nem percebe a mão subir pelas coxas acima, por debaixo da saia e logo espalmar sua molhada e virgem boceta. Ela tão excitada está, que o deixa sondar sua boceta, mas quando sente os grossos dedos intrusos forçar o acesso de sua virgem vagina se assusta, acorda e o empurra de cima dela.
- Não, não, assim não quero.... vou embora, que já é muto tarde e Magda vai brigar comigo.
Madalena veste a blusa e o casaco e o Zé que tinha ideia de faturar a boceta da virgem nesta noite, com o pau doendo de tão duro, se ergue e a acompanha para a sala do bar. Conformado embrulha a garrafa de cachaça, as duas latinhas de refrigerantes e a barra de chocolate.
- Tome aqui, tua paga, garota malvada. Pegue esta nota de 50. Não te dou mais porque tu não mereceste.
- Talvez noutro dia, nós possamos brincar mais um pouco.... mas só brincar, como das outras vezes.... nada de fazer o que querias.
Recostado no balcão só o Zelito, os outro bebuns já não estavam. Zé despacha Madalena dizendo para ela ir rapidinho para casa, pois já passava das 23:00. Deu para Zelito, meia garrafa de pinga e começa a passar um pano de chão, só pra secar um molhado. Quer fechar o bar e ir dormir, pensando nas delícias do corpinho delicioso da garota.
Madalena, com o pacote embaixo dos braços, respirou fundo, olhou para todos os lados tomou coragem, sabendo que tão tarde, não toparia com ninguém pelo caminho. Entretanto tão logo, deu uma dúzia de passos, se sentiu agarrada pelo pescoço e uma mão fedorenta tapar sua boca, calando o grito de pavor que estava ensaiando. Se sentindo sufocar foi sendo arrastada por muitas mãos para uma pequena construção de madeira em ruínas, que antigamente serviu de abrigo como parada de ônibus, que agora não passava por estas bandas. Logo percebeu que eram três os seus assaltantes, os bebuns que vira no bar do Zé. Derrubada sobre o chão áspero de pedregulhos, percebeu um pano ser inserido em sua boca e com algumas voltas em torno de sua cabeça ser amordaçada. Mesmo se debatendo em desespero, não pode evitar que o casaco, a blusa a saia e a calcinha voassem em pedaços por mãos rudes e violentas. Se viu sob dois deles segurando seus braços e cada qual com as bocas em seus mamilos, lambendo, sugando e mordendo e o terceiro no meio de suas coxas, com a boca enterrada na sua boceta, a devorando com fortes chupadas.
Apesar de todo pavor, com os mamilos e a buceta sendo tão brutamente devorados, não sabe a razão, começou a se sentir excitada e um prazer estranho a fazendo esmorecer, tendo em mente que estava sendo estuprada e um desejo masoquista a fazendo desejar sentir prazer e dor, que coisa mais bizarra!
*****
Zelito escutou o forte baque da garrafa de cachaça se partir em pedaços quando se chocou com o chão e o surdo som das latas de refri. Se aproximou e viu a garota gostosa ser arrastada pelos três malandros que até a pouco bebiam ao seu lado no bar do Zé. Os seguiu e assistiu quando suas roupas foram rasgadas e seu corpinho nu, tão belo como um anjo, começar a ser devorado. Um forte desejo o assaltou e o fez desejar se unir aos três estupradores. Mas algo em sua mente corroída pelo álcool, lhe disse que isso era errado, então Zelito se afastou aos tropeções e retornou ao bar.
-Zé, Zé, depressa... sua garota está sendo fodida ali atrás!
Zé do Bigode que estava descendo a cortina do seu estabelecimento, rápido como um raio, pegou atrás do balcão o porrete “amansa arruaceiros” e seguiu Zelito, mas logo se adiantou ao escutar, risos e sons vindo dos restos da estrutura de madeira. Ao ver o corpo nu de Madalena sendo devorado pelos três homens embriagados, fez o porrete zunir e os três com as calças penduradas fugirem lambendo suas feridas como cachorros sarnentos.
Ele se aproxima de Madalena que está inconsciente e nua e tenta reanimá-la e como não consegue, a pega no colo e caminha de volta para seu bar pedindo para Zelito pegar as roupas de Madalena que estão jogadas onde ela foi atacada.
Zé do Bigode leva Madalena para suas dependências e a coloca estendida sobre a cama e vai fechar a cortina de seu bar. Ela está suja de terra e com marcas de fortes dentadas e Zé tem dó da jovem e usa um pano úmido para a limpar. Madalena abre os olhos e nervosa percebe que ele a salvou de ser estuprada pelos homens e se sente agradecida e mantém-se quieta enquanto ele passa o pano úmido nas suas coxas, pertinho de sua genitália e dá um gemidinho quando começa a passar o pano em torno dos grandes lábios e não é de dor. Zé tem visão total da boceta de Madalena e se esmera em passar e repassar o pano nesta região e com voz rouca lhe fala:
- Tu tens terra aqui, cachopa linda, vou te limpar pois podes pegar doença... dá licença rapariga.
Zé não espera resposta e desce a boca e beija e lambe a boceta da jovem, que se estica toda ao sentir as lambidas do português e cerra os olhos e os dedos se fecham tão forte que as unhas deixam marcas nas palmas das mãos, e por muitos minutos Zé continua com os chupões. Madalena quer levantar voo, nunca sentiu coisa tão gostosa assim e fica passiva e respira com a boca aberta e o coração dispara e de sua boca saem sons soprados e aspirados, inexprimível, tal o prazer que a toma de assalto e ela explode num orgasmo tão intenso que a faz ficar com o corpo como se estivesse levado um choque.
Tanto ele como ela, embriagados pelo ardor da paixão, se esquecem de tudo e quando Zé do Bigode a monta Madalena o envolve com os braços em seu pescoço e dá um grito de dor quando ele a penetra, mas logo o prazer que sente suplanta a dor e agora ela navega num mar delicioso, sentindo o pau do português deslizar macio dentro de sua vagina e ela quer o envolver com as pernas, como ele é muito “volumoso”, Madalena não consegue e o máximo que pode é ficar com as pernas no ar em torno dele.
Em um par de minutos ela explode em um orgasmo intenso e bufa e bufa e o Zé nada de vir, talvez pela idade, mas isso não a impede, um minuto depois, sentir outro clímax, tão bom e gostoso como o primeiro e louca, no auge, Madalena enterra os dentes no ombro gorducho dele, tão forte que gotículas de sangue carimbam na pele a paixão dela. Finalmente ele explode tão forte que a assusta, pois insipiente, pensa que ele estar urinando nela. Incipiente na arte do sexo, nem imagina que ela aos 18 anos, saudável, forte e fértil, nesse exato momento tem bilhões de nadadores movendo suas caudas em busca do milagre da vida.
O manto escuro da noite já foi embora e agora é a radiante luz do dia que filtra pela janela e incide sobre um estranho casal abraçado nu sobre uma estreita cama. Digo estranho porque ela é esbelta e tem um corpinho lindo, com uma coxa roliça sobre a perna cabeluda de um pesado homem, e os dois dormem o sono dos amantes saciados. Ela na flor de seus 18 anos e ele com 59 anos.
Com a decisão assumida, Madalena não mais voltará a residir com Magda, que esperneia e esbraveja e ameaça de cadeia o luso gorducho e bigodudo, se esquecendo que sua enteada tem 18 anos e tem decisão tomada, morar com a canalha, nunca mais.
Sete meses depois, Madalena com um enorme barrigão, atrás do balcão, ajuda o seu homem a atender a clientela do bar, feliz da vida.
FIM