Trote de marido, não de amante

Um conto erótico de Cantora Samantha
Categoria: Heterossexual
Contém 500 palavras
Data: 01/04/2023 21:10:35
Última revisão: 29/04/2023 13:30:08

Eram 8 horas da noite e meu marido não estava em casa. Tocou o meu celular e era uma ligação restrita. Senti um frio na espinha, e a presença do fantasma do meu amante Rogério, que faleceu há uns meses. Mas o “vivo” que estava do outro lado poderia ser um tarado. Atendi para uma voz meio rouca, mas não totalmente desfigurada:

− Mulher, você é minha! Vem pro papai!

Pobre coitado! Merecia que eu o deixasse falando sozinho, mas não se tratava de um trote comum, já que disse:

− Te pego aí, na rua Flor de Lotus, quadra 15, lote 22 da cidade de Londrina.

Essa descrição aparece no meu talão de água. Vejam só, bastaria ligar os pontos: o tarado era meu marido, restando saber o motivo da brincadeira. Comecei desenvolver a investigação:

− Que tipo de tarado gosta de uma cantora desafinada como eu?

− Tu é cantora? Então canta, que essa alma necessita de ilusão!

− Preciso que acabe comigo hoje, para que não sobre nada para meu marido.

− Será que ele merece, que eu te pegue de todas as formas?

− Claro! E parece que você e ele têm algo em comum. – Pensei e não falei: gostar de putas adúlteras.

− E o que é?

− Não me chamar pelo nome.

− Desculpe, Samantha! Não resisti.

− A sua voz, meu psicopata, parece a do meu marido com faringite. Quer que eu use a lingerie de tigresa?

− Não vai ser possível, já que ela está aqui para abafar o som.

− Me quer totalmente pelada, como há 8 anos?

− Foi há 7 anos e dez meses.

− É que eu pensei que tu fosses anterior a ele.

− Isso depende da pegada de hoje. Pode ser que acabo de surgir na tua vida.

− Então, abre essa porta de uma vez, homem!

Meu marido entrou pela porta da sala. Calcinha na mão esquerda e celular na direita. Me envolveu pelos braços, como há muito não fazia. Eu, incorporando a tigresa, o empurrei para o sofá. Coloquei o pé no peito dele e não deixei levantar. Depois, rasguei a sua camisa e risquei as suas costas, soltando de vez a felina.

Não precisava quebrar tudo, mas algumas coisas foram para o chão, abajur e bibelô, para dar dois exemplos. Ele correspondeu à fúria e me pegou de jeito, me envolvendo com as mãos, alisando-me todas as partes. Estou vivendo um luto de meu suposto amante. Suposto para meu marido, ainda vivo na minha mente. Meu marido perguntou:

− Você vai me ser fiel de hoje em diante?

− Vou continuar como antes. Gosto da tua medida, que me dá prazer!

Ele carcou o pau, na minha perseguida super lubrificada. Mas, a medida que eu citei, claro é do seu cartão de crédito: 9 x 5 cm. De qualquer forma, ele deve saber e, sabe como proceder. Chifre mal dado é infortúnio superado.

Depois da foda alucinante, metida para marcar terreno, demonstração de autoridade, perguntou:

− Vai continuar com as apresentações, Samantha?

− Se o senhor fizer questão, sim.

− Saiba que faço! – concluiu assim.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 13 estrelas.
Incentive Atarefada a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de AtarefadaAtarefadaContos: 95Seguidores: 110Seguindo: 2Mensagem Cantora Samantha, Madame puta e Morena peituda

Comentários

Foto de perfil de Loirinha gostosa

Para manter o fogo aceso durante anos de convivência, só mesmo com pitadas criativas de erotismo. Um amante fictício para um e que deixou saudades para outra. Ótima trama com tão poucas palavras. Parabéns!

0 0
Foto de perfil genérica

Querem marcar o território da Samantha, mas é a Samantha que decide quem pode entrar em seu território

felipemeto88@outlook.com

1 0
Foto de perfil de Maísa Ibida

É o segundo desafio que leio seu e essa cena texto tá ótima

0 0