Depois que Pedro saiu de casa, eu passei á me alimentar mal, dormir pouco, e nem conseguia mais levantar da cama, mas eu recebia constantes visitas dos meus amigos, principalmente do Augusto, ele era um fofo, sempre me trazia milk-shake ou sopinha quando eu não conseguia comer nada, fazia gracejos e palhaçada, me fazia sorrir, na verdade Augusto era um amigo muito querido de fato desde que comecei á trabalhar em sua agência, eu conhecia toda a família dele, o pai dele me adorava, minha mãe também gostava muito dele.
Meu visual era péssimo. Estava com diversas olheiras, não conseguia mais sorrir, nem sentia meu coração bater direito. Estava sem vida, sem cor, sem sentido pra viver. Estava preso em um apartamento sozinho vivendo de solidão no lugar onde eu planejei uma vida a dois. Mas foi aí que eu comecei á olhar mais pra mim, me olhei no espelho, me vi assim e não me reconhecia mais comecei á pensar onde me perdi, nunca mais comprei nada pra mim, nunca mais vi os meus amigos desde que passei á conviver com Pedro, nunca mais desfilei, de repente, me deu uma saudade súbita incontrolável de ir até o clube de festas onde por tantas vezes desfilei para lojas famosas da minha cidade. Era um domingo ensolarado, fazia um calor daqueles, eu fui até o local, que aliás era próximo da praia, era um fim de tarde, o pôr do sol era encantador e no lugar dava pra ter uma bela vista do mar, cheguei ao clube as cadeiras todas no mesmo lugar a passarela onde desfilei tantas vezes, um filme vem na minha memória, e pensar que eu desfilei aqui pela primeira vez com 9 aninhos, foi o lugar onde cresci. De longe fico observando Augusto orientando alguns rapazes, como devem se portar na passarela, e me recordo como o pai dele era atencioso comigo quando eu desfilei pela primeira vez aqui e estava com medo. Uma lágrima desce pelo meu rosto acompanhado do desespero, sim desespero por sentir que esse tempo nunca mais vai voltar, depois do vexame que vivi quando a cidade inteira me viu ser refém no presídio que o meu namorado estava eu passei á receber cada vez menos propostas para desfilar e fazer fotos.
De longe, Augusto me vê, sorri e dá mais algumas instruções rápidas aos meninos, ao que parecem eles eram de uma banda estavam ensaiando para cantar e desfilar no lugar. Augusto vem apressadamente até mim, câmera nas mãos pendurada no pescoço, chega sorridente me cumprimenta e senta.
-"Você estava esperando alguém aqui?"
-"Não...na verdade eu acho que esse alguém nunca vai aparecer..."
-"Já não se faz contos de fada como antigamente..." (Augusto diz em um tom engraçado)
-"E conto de fadas dá tudo certo né Augusto?" (ele ri quando eu falo isso) "Eu tô aqui nesse lugar porquê eu ADORO...(suspiro) é um passado que eu ainda sinto na pele...você entende?"
-"Você passava e arrastava o universo atrás de você" - E ele responde apontando para a passarela seguindo-a com o braço de ponta á ponta
-"Mas é o presente que importa agora, eu entrei nessa luta e vou até o final"
-"Mas essa luta é tua" (ele diz tocando em minhas mãos, arrepio) "você tem o mundo da moda correndo nas tuas veias, é a tua vida...você é a agulha no palheiro que eu encontrei...e é por isso que eu ADOOORO você" - (nós dois rimos)
-"Poxa Augusto, você é como um irmão pra mim"
Ficamos um tempo ali ouvindo os meninos da banda tocando, um deles comenta como eu havia feito parte da infância dele no início da minha carreira e como eu o inspirei á querer seguir nesse ramo artístico, outro pergunta se eu gostei da música deles:
-"Claro que sim deu até pra sonhar" - respondo, de fato os rapazes eram talentosos.
-"Que bom te fazer sonhar Daní" - O terceiro me responde sorridente, eles continuam ensaiando, agora mais confiantes
Voltei pra casa me sentindo melhor... ainda tinha gente que gostava de mim sendo capaz de se lembrar de mim pelo que de bom eu havia feito, ás vezes se reconhecer alguém por erros e tropeços é mais fácil do que reconhecer pelas qualidades e boas ações.
Enquanto isso Augusto vinha voltando pra casa em seu carro, mas não conseguia nem prestar atenção direito na estrada, estava sorridente, não conseguia tirar o meu sorriso da sua cabeça, mais uma vez ele havia conseguido me fazer sorrir e isso para ele é um troféu..."Se ele soubesse como gosto dele..." pensava consigo mesmo.
Augusto chega em casa, come alguma coisa, toma um banho e vai dormir, pensa em me convidar para fazer algo mas está cansado demais para levantar-se da cama, e o lençol está gostoso demais para sair dele, descansa, relaxa e sonha comigo.
NO SONHO...(Augusto narra essa parte)
Eu fungava no seu ouvido, pedindo manhoso e carinhoso: "faz eu gozar, vai dá uma chupadinha, depois eu te faço".
Fui virando-o e deixei o meu pau no seu rosto.
Ele pegou e colocou na boca.
Eu peguei bati uma punheta e coloquei na boca dele. A cabeça. Ele empurrou, quase engasgou.
Ficamos assim. Eu movimentava sua rola e ele a minha.
De repente começo a gemer e falar gostoso. Solto um jato na sua boca. Eu acelerei. Ele terminei esporrando no seu rosto.
EU TAMBÉM SONHO COM ELE...(Daniel volta á narrar essa parte)
Não demorou muito e ele puxou meus braços pra trás e pediu pra que eu abrisse bem a bunda e relaxasse. Ele posicionou a cabeça do pau na porta do meu rabo e começou a forçar. Eu sentia cada centímetro daquele pau entrando dentro de mim.
Em alguns instantes eu já sentia os pentelhos loirinhos do Augusto roçando a minha bunda. Ele então começou os movimentos, inicialmente lentos, mas que foram aumentando cada vez mais, eu delirava de prazer enquanto ouvia o Augusto dizer que esperava por esse dia a muito tempo. Ficamos nessa posição por vários minutos quando finalmente no meu sonho Augusto gozou. Eu acordei completamente gozado, já tinha gozado bem antes, sem sequer ter tocado no meu pau.
Acordei naquela manhã me sentindo completamente estranho, eu não podia estar sentindo tesão no Augusto, em tantos anos de amizade nunca havia pensado nele daquela maneira, na verdade eu nem me sentia capaz de despertar a paixão num homem como ele, Augusto é forte, tem uma pele meio avermelhada pois vive surfando, é branquinho, tem carinha de neném, loirinho e com um jeito meio preguiçoso e safadinho, mas por ser também muito tímido com quem não conhece não seguiu carreira nas passarelas e sempre viveu atrás das câmeras, mas convites não faltaram, eu me sinto até desrespeitando o Augusto por ter tido sonhos eróticos com ele, não merece isso, sempre foi respeitador comigo, acho que só sonhei com ele por estar carente e sentindo falta da presença de Pedro...enquanto me perdia em pensamentos durante o café da manhã minha campainha toca...Corri para atender, seria Augusto?
CONTINUA...
