Não sei por onde começar…. kkkkkk… Bom… Independente do que pensem, eu sempre fui uma menina, independente de como nasci eu sempre pensei em mim mesma como menina, não acho que isso é tão difícil de explicar, é simplesmente assim.
Filha de uma mãe adolescente criada por um padrasto racista, misógeno e homofóbico, eu me vestia de menina desde muito criança, eu tinha postura feminina desde muito criança o que fazia meu relacionamento com meu padrasto ser todo sobre raios, trovões e gritaria.
Minha mãe fingia não ligar que eu estava me vestindo de menina, exceto quando ligava, ela de tempos em tempos acordava um dia e decidia que ia me bater por isso e me dava uma surra de me deixar sem forças para fazer nada que não fosse chorar, mas isso nunca me impediu.
Mesmo porque. Onde me falharam os pais, eu tinha amigos que cresceram comigo e respeitavam esse meu lado. Não é nem respeitavam a palavra eu simplesmente era eu, me tratavam diferente suficiente do que se tratavam entre si, eu era protegida e tratada como a princesinha no meio dos meninos, um tratamento mais próximo do que eles davam para as meninas da rua.
No mesmo quintal na época moravam meus pais, meu irmão, um casal de tios, (irmãos do meu padrasto) e a avó, (mãe do meu padrasto), normalmente quando estava vestida de menina eu evitava os olhares dos tios e da avó para não apanhar do meu padrasto quando a fofoca chegasse nele.
Mas tinha um outro tio que começou a frequentar a casa, havia um ou dois anos que ele vinha sempre, ele vinha nas férias escolares porque trabalhava em escola no interior e isso era tudo o que eu sabia.
Marcos era um homem negro enorme com braços enormes, frequentava academia, levantava peso e parecia estar aqui só por obrigação de prestar respeito há uma mulher que o criou, que dizia que ele era um “filho de criação”, ela e seus filhos não eram negros e isso por si só já era motivos de comentários idiotas quando o tio Marcos ia embora, porque como eu falei aquela família eram todos racistas, misóginos e homofóbicos.
Eu também não sou exatamente uma garota branca vejam vocês a gravidez de adolescência da minha mãe gerou uma menina com fortes traços indígenas, a pele, os cabelos, os olhos, a única coisa que puxei da minha mãe foi o meu cabelo ter facilidade para formar cachos lindos, mas de resto, os traços de índia nunca negaram que eu não era como os “irmãos”, o que obviamente não passava despercebido pela “família”.
Por isso eu e Marcos tivemos uma conexão imediata muito forte. Ele era o filho excluído e pária dentro da família e me via sendo criada igual, ele se sentia preso por uma dívida de respeito para com a mulher que o criou, mas não queria que eu ficasse naquela prisão, por isso se aproximou de mim desde as primeiras visitas.
Me levava para passear, assistia filme comigo, brincava comigo, me dava mais liberdade do que já sabia que eu tinha na casa com qualquer outro adulto, e isso me fazia sentir bem, me dava forças, me deu muitas forças para ser quem eu sou, para brigar por mim mesma.
Mas foi nesse estranho verão que nossa relação deu uma mudadinha…
Minha mãe para tentar fazer eu parar de me vestir de menina tinha contado para todo mundo e me dado uma literal surra pública, no quintal, na frente de tios, primos e amigos, tinha feito isso virar uma conversa que todos sabiam, não mais uma brincadeira entre eu e meus amigos, quando meu tio veio eu ainda estava sem saber o que faria, estava às vezes é claro ainda se vestindo de menina, mas estava me escondendo inclusive da minha mãe.
Só que é claro… Quando o tio Marcos chegou ele ficou sabendo de tudo. Estávamos assistindo um filme, acho que era um filme de terror não lembro muito bem, estávamos vendo aquelas famosas cenas de filme de terror, onde têm o sexo entre duas pessoas que vão morrer na próxima cena, quando o Marcos puxou o assunto que mudaria a minha vida.
— Dani é verdade que você estava se vestindo de menina?
O bom de ter um nome neutro, Daniele, ou Daniel, Dani… Nunca precisei pensar muito em um nome por causa disso. ;) mas a pergunta me pegou de surpresa e eu fiquei toda vermelha na hora, sem saber o que falar, ele continuava olhando para mim e eu fiz que sim com a cabeça, toda tímida, ele deu um sorriso, uma quase risadinha de achar graça da minha timidez em admitir isso.
— Posso ver? Seus pais sairam se quiser assistir o filme vestida de menina ninguém vai saber.
Tenho certeza que meus olhos brilharam na hora, fiquei muito feliz e fiz que sim com a cabeça.
— Claro tio. Já volto.
Me levantei e saí correndo…
Me produzo do jeito que eu mais gostava, uma saia curtinha, tive que enrolar um pouquinho a saia da minha mãe para ela ficar curtinha, uma camiseta e uma calcinha com as laterais enroladinhas, ficando bem cavadinha no meu bumbum, o cabelo preso em um rabo de cavalo e eu volto para a sala me sentindo uma princesa.
Chego na sala quase pulando de tão contente de poder ser eu mesma na frente de alguém da minha família.
— Que tal?
Dou uma voltinha me exibindo.
— Está linda. Porque a saia curtinha?
— Porque eu gosto ué…
Ele sorri com a resposta e faz que sim com a cabeça, me sento do lado dele e continuamos vendo o filme… A mão dele de tempos em tempos escapa para a minha coxa, no começo eu nem liguei, mas depois isso foi me causando arrepios e calafrios que eu sabia muito bem o que eram, nunca tinha transado com ninguém, mas inocente era algo que já tinha ficado para trás fazia algum tempo.
Eu fecho os olhos curtindo e me encosto mais no corpo do tio Marcos, que percebe meu jeito manhoso e me segura pelo queixo em segundos eu ganho um beijo sua língua entra na minha boca, é meu primeiro beijo de verdade, nunca realmente tinha beijado ninguém, nunca me interessei por meninas e nunca tinha tido coragem de realmente beijar um garoto, tinha medo das reações.
Aquilo foi… Ma-ra-vi-lho-so… Sua língua o gosto da sua língua da sua boca, sua mão alisou meu corpo e não demorou para ele perceber que não só eu estava de calcinha, como de forma safadinha ela estava toda cavadinha no meu bumbum.
— Você é muito safada Dani.
— Talvez eu seja… Vai bater no meu bumbum é?
Eu realmente gostava disso… Era a única coisa realmente sexual que eu já tinha praticado com outras pessoas… Tinha uma brincadeira de esconde-esconde, (isso anos antes é óbvio), em que se dá um tapa na bunda antes de correr para se esconder, tinha outras brincadeiras, as famosas brincadeiras de casinha, minha bunda já tinha recebido muito tapa de muitos garotos e garotas e eu sabia que gostava e meu tio sabia que eu gostava, porque já tinha feito ele brincar assim comigo, logo eu sabia que ele não negaria também.
O que eu e ele realmente não contávamos, é que eu não era mais criança, a situação era outra…
Me pegar no colo é a parte fácil com aqueles braços fortes, mesmo eu lutando não era capaz de me desvencilhar, uma menina magrinha contra um homem enorme e musculoso. Me colocar de bruços no colo também não era difícil e até aí eu estava rindo como sempre, era a brincadeira de sempre, nós dois sabíamos que eu ia me contorcer, gritar, pedir desculpas e sair rindo dessa brincadeira… Não dessa vez…
A saia era curtinha e rodada, minha bunda foi exposta até sem querer… Mas o que veio depois…
Ele parou por alguns segundos a mais e eu fiquei sem entender, por alguns segundos, mas aí veio a carícia, uma carícia de mão cheia na minha bunda, aquela mão enorme cobria uma bandinha da minha bunda quase toda, eu me arrepiei inteira, eu me arrepiei dos pés a cabeça, eu senti cada fibra, cada poro do meu corpo se arrepiar com o carinho inesperado na minha bunda de calcinha.
— Você é muito safada…
Ele falou por fim e aí veio o primeiro tapa. Ele nunca me bateu com força, era só uma brincadeira, ele só soltava o peso da mão, só para eu sentir minha bunda ardendo já que era o que eu queria, mas dessa vez, toda arrepiada, eu me contorci, mas foi de prazer, eu estremeci inteira empinando meu bumbum involuntariamente para o próximo.
Ele deu obviamente o segundo que me arrancou outro “ai” manhoso e aí ele percebeu que a sobrinha estava excitada com isso, o terceiro veio firme, forte, me arrancando um gritinho de “aiai”, senti meus olhos lacrimejar, mas também fiquei tão excitada que apertei uma coxa na outra com força, com bastante força.
Dessa vez ele não mandou um quarto, ele começou a acariciar minha bunda novamente, minhas coxas, fazendo eu relaxar, curtir a ardência, eu senti meu corpo todo ficando molinho, mordo o lábio de prazer e me sinto ser forçada a relaxar pelos carinhos dele, aí sim vem o quarto.
Nova sessão de carinho e cuidado, o que me fez tremer inteira no colo dele com a mão dele na minha bunda, me acariciando, me alisando onde já estava ardido e ficando vermelho, antes do quinto e depois o sexto, sétimo, décimo… Ele realmente contou… Ele contou até o quinze.
Eu estava chorando, manhosa, com a bunda ardida ganhando carinho, tremendo inteira, eu sentia que poderia gozar a qualquer momento nessa situação e ele sabia, claro que ele sabia, eu também sabia o que estava acontecendo, só não esperava, não esperava que essa brincadeira, fosse virar sexo, estava adorando, de verdade, queria muito que ele me fizesse gozar desse jeito toda submissa, lá no fundo eu queria.
Ele fica acariciando a bunda ardida, passando a ponta dos dedos no vermelho, brincando com a minha dor, brincando de me causar arrepios de prazer, ele desliza a mão abrindo minha bunda devagar a cada carícia, me arrancando gemidos de prazer, estremeço inteira, as mãos cada vez mais atrevidas quando abrem minha bunda nessas carícias, até que um dedo força de leve a passagem no meu cuzinho mesmo por cima da calcinha forçando a abrir de leve.
Dou um gemidinho de surpresa, não chega a doer, estou tão relaxada e me pegou tão de surpresa, entra só a pontinha do dedo e já é suficiente para me fazer gozar, eu estava quase gozando e isso é como apertar o botão do detonador, ele me segura e deixa eu gozar com a pontinha do dedo por cima da calcinha forçando o meu cuzinho a se abrir.
— aiai… - Suspiro baixinho, ele me solta deixa eu fugir para fora do seu colo, dá para ver que ele também foi pego de surpresa por tudo isso, fomos longe demais, ficamos um tempo nos olhando.
Ele se levanta nervoso e sem jeito, ele não esperava, deixou isso ir longe demais, eu sou sobrinha dele, mesmo que uma sobrinha de “criação”, não temos nem um laço sanguíneo, nem sequer ele possui laço sanguíneo com o meu padrasto, mas se anos me tratando como sobrinha não significassem nada, porque nós dois estamos assim, porque ambos nos sentimos culpados e isso é visível pela forma como nos olhamos não dá para esconder...
— Dani, eu vou comprar cigarros e já volto.
Ele se levanta e se retira como se tivesse visto um fantasma, eu estou igualmente abalada, também não esperava, foi… Gostoso… Eu curti… Mas também era muito forte a culpa que eu sentia por ter deixado ir tão longe, imaginando como ele ia me tratar depois disso, imaginando se eu tinha estragado tudo com o único tio que me tratava como um ser humano, me levanto correndo, vou para o quarto, tiro a calcinha e lavo ela muito bem, tiro as roupas e vou tomar um banho, um longo e demorado banho.
Quando ele volta ambos fingimos que nada aconteceu… Até ele ir embora no dia seguinte, não ficamos distantes nem nada, ele continuou me tratando normal e eu fiquei confusa no começo, mas fiz minha parte, só… Só fingimos que nada disso tinha acontecido, eu estava bem com isso, lá no fundinho doía, mas ao mesmo tempo, não queria perder meu tio Marcos, não queria que ele deixasse de gostar de mim.