Na sala de bate-papo, alguém identificado como Carlos dirigiu-se a mim. Seu modo educado de se expressar me chamou a atenção, em meio a tantas baboseiras e baixarias. Aceitei conversar com ele, que queria, antes de tudo, desabafar com alguém o desejo que o atormentava, que era fazer oral num homem.
— Nunca realizei esse desejo por falta de oportunidade e, também, por medo de me expor — disse ele. — É que sou professor. Eu me encho de tesão quando vejo foto de pênis bonito.
Aquele desabafo mexeu com meu inconsciente, que recalcava o mesmo desejo.
— Carlos é o teu verdadeiro nome? — inquiri.
Sim. Ele apresentou como branco magro, solteiro, 30 anos. Imediatamente relacionei-o com um colega de colégio, pois também sou professor, também magro, 28 anos. Por precaução, não revelei meu nome verdade. Mas confessei:
— Temos o mesmo desejo.
Na sala privativa, posicionei a câmera abaixo da cintura; ele fez o mesmo, mostrando uma pica em ereção que ele disse ter 16 centímetros, mais ou menos como a minha.
— Linda pica — elogiei, sentindo a excitação subir.
— A tua também — retribuiu ele. — Estou com água na boca.
E sugeriu:
— Já que nós dois queremos a mesma coisa, a gente podia fazer um sessenta e nove. O que acha?
Na hora combinada, toquei a campainha.
— Você!? — exclamou ele surpreso e confuso.
Eu não estava surpreso nem confuso, apenas um pouco nervoso. Por isso aceitei de bom grado a taça de vinho que ele me ofereceu. Para descontrair. Mas o constrangimento nos levou a conversar sobre banalidades, sem abordar a finalidade do encontro. Até que, a fim de chegar ao objetivo, ele perguntou se eu não queria tomar um banho.
Aceitei.
Pouco depois, tendo ele também tomado banho, estávamos nus na cama. Deitados lado a lado, ele tomou a iniciativa; pegou no meu pau. Fiz o mesmo. E ficamos alguns minutos assim, apenas masturbando um ao outro levemente.
Havíamos deixado claro, em nossa longa conversa, que nosso interesse quanto ao corpo masculino era apenas o pênis. Ou seja, nada de beijinhos ou demonstrações de afeição. Também havíamos combinado de não recuar no momento da ejaculação; ou seja, deveríamos receber o esperma na boca.
Veio, então, a parte mais aguardada.
Deitando-se ao contrário, Carlos começou a chupar meu pau. Chupava devagar, usufruindo a realização de sua fantasia. Ao mesmo tempo, sua pica, recendendo a sabonete, roçava minha boca, que se abriu. A glande ultrapassou meus lábios, a pica deslizou por minha língua. E comecei a chupar.
— Está gostando? — perguntou ele.
Confirmei.
— Eu estou adorando — disse ele, antes de enfiar todo o meu pau na boca.
Fiz o mesmo, até sentir em meu lábio inferior seus pentelhos e, no superior, a pele enrugada do tecido que guarnece os testículos. Eu sabia o prazer que lhe estava proporcionando; o mesmo que ele me proporcionava.
Dar e receber o mesmo prazer simultaneamente era para lá de excitante. Sentindo frissons de tesão, ora eu engolia todo a pica de Carlos, ora deixava na boca uma parte confortável, que eu estimulava com suaves sucções.
Os músculos faciais, porém, não habituados àquela modalidade de exercício começaram a dar sinais de cansaço. Por isso parei.
Pouco depois, ele fez o mesmo.
De volta à sala, outra taça de vinho.
— Um brinde!
Não estávamos, porém, totalmente satisfeitos, nem psicológica, nem fisicamente. Faltava arrematar a obra iniciada. Por isso ele pediu, eu fui até o sofá onde ele estava sentado. Ele segurou meu pau, acariciou os testículos, depois colocou-o na boca. Em pé à sua frente, eu movimentava os quadris para frente e para trás, fazendo minha pica deslizar entre seus lábios, até que meu gozo veio. Ele aguentou firme, até eu terminar de ejacular. Só então afastou a boca, de onde nada escorreu.
— Tem um gosto bom — disse ele.
Mais um brinde, foi minha vez.
Posições trocadas, chupei seu pau. Em pouco tempo, ele avisou que ia gozar. E gozou. Ao contrário dele, porém, meu organismo repugnou. E corri para o banheiro, a fim de cuspir de modo vergonhosamente ruidoso.
Felizmente, a noite ainda não havia terminado.
Após mais um banho, retornamos à cama, para usufruirmos novamente o prazer recentemente descoberto. Que gostoso... Nossos membros semiflácidos readquiriram a rigidez. Assim, ficamos longo tempo chupando-nos. Cada um para seu próprio prazer. Determinado a não correr na hora H, aguardei o momento da ejaculação de Carlos, que veio antes da minha.
Como a quantidade de esperma foi dessa vez menor, não tive dificuldade nem repugnância para engolir tudo, habituando minhas papilas gustativas para futuras sessões de oral, das quais me tornei fã.