Jornada de um Casal ao Liberal - Capítulo 15 - Alvorecer - Parte 26

Um conto erótico de Nanda
Categoria: Heterossexual
Contém 3241 palavras
Data: 27/05/2023 18:10:52

Ela - MENSAGEM DE ÁUDIO - “Mark… Amor… Não, não… Morrrrrr! Mor, desculpa essa cabeça de vento. Eu erro, mas eu te amo. Não fiz nada de tão errado assim não. Você vai entender. Eu te amo, eu te amo, eu te amo muito, muito, muito, muito… Ara! Acho que bebi demais. Mas já, já, já vou pra casa… Pro hotel! Vou pro hotel… Depois eu vou voando pra casa. kkkkkkkkk! Vou voando foi boa, né? Porque eu vou de avião… kkkkkkk! Ai, ai… Beijo, meu amor! Já vou aí dançar, Aline! Porra, tô beijando meu marido. Arruma um pra você beijar também. Espera, caramba…”

Sinceramente, eu não sabia se aquele áudio melhorava alguma coisa, mas pelo menos acompanhado da foto, serviu para me mostrar que ela aparentemente não estava fazendo nada de errado.

[...]

(CONTINUANDO)

Durante o café da manhã com as meninas, logo após lhes mostrar o último cartãozinho recebido do Rick, muito elogiados pela romântica da Aline, comecei a pensar em tudo o que eu já havia vivido, mas não com ele e sim com o meu marido. Passei então a refletir se eu não estaria sendo injusta ou exagerada na forma como o vinha tratando, praticamente o ignorando nos últimos dias.

Eu ainda estava ardendo de ódio contra ele, mas não podia deixar de considerar que, por mais perfeito que eu esperasse que ele fosse, ele era apenas um homem e homens erram, eu que o diga. Além do mais, em nossa vida juntos, ele havia feito muito, mas muito mais acertos do que erros. Na verdade, erros sérios como aquele, que eu me lembrasse naquele momento, fora o único. Comecei a me sentir mal comigo mesma e decidi lhe enviar algumas mensagens, tentando melhorar um clima que eu sabia que devia estar péssimo. Por fim, passei os dados do meu voo de retorno e prometi explicar tudo quando o encontrasse.

Após isso, subi para meu quarto, me arrumei e enquanto esperava dar a hora da chegada da nossa van, peguei-me pensando naquele último cartãozinho do Rick e de como havia acertado em cheio no meu tendão de Aquiles. Eu nunca consegui dar um menininho para o Mark e, por mais que ele dissesse não sentir falta, eu às vezes o via seguindo com olhos cobiçosos os filhinhos de nossos amigos e parentes. Era uma falta que eu nunca consegui suprir e ele nunca se dispôs a arriscar novamente, pois vivia dizendo que no meu matinho não tinha coelhinho, pois quando ele chacoalhava só saía lebre.

Decidi naquele momento que teria uma última e definitiva conversa com o Rick e assim mandei uma mensagem para ele:

Eu - “Rick, acho que a gente precisa ter uma boa conversa.”

Quase que instantaneamente ele me retornou:

Ele - “Oi, Nanda.”

Ele - “Concordo e vou adorar!”

Ele - “Só me dizer a hora e o lugar.”

Eu - “Hoje, meu treinamento terminará mais cedo.”

Eu - “Então, que tal aqui no restaurante do hotel, hoje à tarde?”

Ele demorou alguns segundos e retornou:

Ele - “Vamos jantar?”

Ele - “Eu quero te levar num local que conheci ontem e tenho certeza que você vai adorar.”

Ele - “É chique na medida certa.”

Eu - “Rick, é só uma conversa, não um encontro.”

Ele - “E qual o problema da gente conversar durante um jantar?”

Ele - “Amigos fazem isso, não fazem?”

“Uai! Amigos!? Será que ele entendeu a mensagem?”, pensei, surpresa e falei:

Eu - “Então, pode ser.”

Eu - “Me manda o nome, endereço e horário.”

Ele - “Eu passo aí para te pegar.”

Eu - “Não, eu vou de Uber.”

Ele - “Pra que isso, Nanda?”

Eu - “Para, Rick!”

Eu - “Ou aceita minhas condições ou nada feito.”

Ele - “Espera um pouco.”

Daí ele sumiu por quase cinco minutos. Quando eu já quase desistia, ele voltou a teclar:

Ele - “Desculpa, fui confirmar a reserva.”

Ele - “O nome é Barollo, estou te mandando a localização.”

Ele - “Reserva está em nome de Ricardo Azambuja de Toledo Neves, para as vinte e uma horas.”

Junto das mensagens, veio uma localização do Google Maps. Então, respondi:

Eu - “Tá. A gente se vê lá.”

Ele - “Ok. Beijos.”

Eu já estava no meu horário, até um pouco atrasada e desci correndo pelas escadas até o saguão e de lá para a frente do hotel, onde a van já me aguardava. Silenciei meu celular porque sabia que o dia seria “parada dura” e fomos para o local do treinamento. Foi pior ainda: dura e azeda. Fizemos as avaliações, trabalhos e relatórios finais, e, de surpresa, tivemos que apresentar os resultados em forma de seminário para uma banca avaliadora composta pelo Paulo, Gonzaga e três outros diretores, dois que eu não havia conhecido até então. Depois disso e após o almoço, fomos liberados para organizarmos nossas coisas para a viagem de volta no dia seguinte.

Quando chegamos ao hotel, isso por volta de quatorze horas, o boy me avisou que a moça da recepção queria falar comigo:

- E como você sabe que é comigo?

- Morena, alta, bonita, formosa e com cara de brava, só vi você, moça!

- Cara de brava!? - Brinquei, encarando-o.

- Desculpa…

Ri do jeitinho daquele menino que certamente não deveria ser sequer maior de idade e ainda lhe dei uma gorjeta pelo trabalho. Fui até a recepção e a moça me entregou uma caixa grande, dentro de uma sacola de uma loja de grife local. Chacoalhei a caixa e ainda brinquei:

- Acho que não é uma bomba.

- Acredito que não, senhora. Ah, veio um cartãozinho também.

Reconheci a letra do Rick de imediato na anotação externa: “Para Nanda, a Mineira”. Abri:

“Nanda, sei que não tenho o direito de exigir nada, mas gostaria muito que você usasse esse vestido que comprei com muito carinho para você. Achei lindo no manequim e tenho certeza que ficará deslumbrante em você. Aguardo ansioso nosso jantar. Beijo.”

Fechei o cartãozinho e o coloquei dentro da sacola. A atendente não resistiu:

- É do moço dos buquês, não é? Achei isso tão romântico!

- É, não é? Acho que ele já está forçando um pouco…

- Forçando!? Nossa! Quem me dera…

Sorri meio incomodada com o comentário, pois sabia que o sentimento por trás do prazer dos presentes já havia me causado muito transtorno com o meu marido e subi para o meu quarto. Ali, protegida pelo sigilo das paredes, abri a caixa e vi um lindo vestido longo de festa, com brilho e muita pompa. Na hora, já imaginei o tipo de restaurante em que o Rick estava pretendendo jantar comigo. Peguei meu celular e já vi uma mensagem do Mark, querendo conversar que eu não havia visto, mas decidi resolver minha questão com o Rick primeiro. Mandei-lhe uma mensagem:

Eu - “Rick, acabei de receber um vestido aqui e, pelo tipo dele, o jantar vai ser num restaurante fresco pra caramba, né?”

Eu -”Eu não queria nada disso.”

Eu - “Só queria conversar com você para esclarecer de uma vez esse rolo em que a gente se meteu.”

Eu - “Inclusive, como faço para te devolver o vestido?”

Ele devia viver com o celular na mão, porque me respondeu quase que imediatamente:

Ele - “Nanda, pelo amor de Deus, é só um presente.”

Ele - “O restaurante é bastante chique, mas nada tão extravagante.”

Ele - “Poderemos conversar tranquilamente e, pode confiar, ainda desfrutar de um cardápio delicioso.”

Ele - “É um presente de amigo.”

Ele - “Por favor, use-o para mim.”

Eu - “Não sei.”

Eu - “Vou pensar.”

Eu - “A gente se vê à noite.”

Comecei a analisar o vestido e era lindo. Como toda mulher, peguei-o e o coloquei na minha frente, de frente para um espelho. “Filho da puta! O pior é que ele tem bom gosto.”, pensei enquanto o olhava e decidi usá-lo para matar sua curiosidade, afinal, era somente uma roupa, um presente sem maldade alguma.

Após mandei algumas mensagens para o Mark, justificando minha ausência em virtude das últimas atividades do treinamento:

Eu - “Desculpa, hoje foi nosso último dia e foi bastante intenso.”

Eu - “Tivemos avaliações, relatórios para entregar, quase um TCC mesmo, chato pra caramba…”

Eu - “Sei que você quer conversar e tem todo o direito.”

Eu - “Estou em falta com você, reconheço isso e sinceramente estou tomando duas decisões que irão impactar diretamente em nossas vidas.”

Eu - “Não sei se você irá gostar, tenho quase certeza que não, mas são decisões que tomei e espero que compreenda e respeite.”

Eu - “Você será o primeiro a saber quando eu chegar.”

Eu - “Nunca deixei ou deixarei de te amar!”

Ele recebeu as mensagens, mas não as visualizou. Pelo horário, imaginei que devia estar ocupado cuidando ou passeando com as meninas. “Ele é um bom pai. Não posso crucificá-lo por ter cometido um erro. Eu já cometi tantos e ele me perdoou, por que eu não o perdoaria?”, pensei e sorri, mais leve comigo mesma por ter alcançado um entendimento que ele merecia ouvir, principalmente pessoalmente.

Comecei a organizar minhas malas, afinal sairíamos no dia seguinte bem cedinho. Procurei deixar praticamente tudo pronto e embalado. Apenas artigos de higiene, maquiagem e outras pequenezas ficaria para depois. Quando terminei já passava das dezoito horas e o Mark ainda não havia visualizado minhas mensagens. “Ara, depois eu é que ignoro ele!”, pensei, mas conclui algo que me deu um calafrio: “Será que ele ficou muito bravo com meu sumiço?”.

Eu precisava me arrumar para meu último evento nas terras manauaras e fiz da melhor forma possível, mas sem exageros ou preparações para uma grande noite. Um penteado bonito, mas não empetecado; uma maquiagem clássica que gosto muito, com ressalto nos olhos, bochechas e lábios; meia calça e uma lingerie que se restringiu apenas à calcinha, pois o vestido tem as costas nuas. Por fim, algumas joias que sempre levo comigo, meus sapatos de salto alto e uma bolsa de mão.

Chamei um Uber que não tardou a chegar e ele já conhecia bem o endereço. Perguntei a respeito do restaurante e ele me informou que era um dos mais exclusivos de Manaus, necessitando de reservas com semanas de antecedência, ou um bom “QI”, ou uma generosa “molhada de mão”:

- Entendi. - Resmunguei baixinho, já imaginando a estratégia dinheirista empreendida pelo Rick para conseguir sua reserva.

- Mas a senhora está mais que à altura, moça. Perdoe minha liberdade, mas a senhora está linda.

- Uai, tá perdoado. Um elogio é sempre bem vindo.

- Algumas mulheres pensam que a gente tá cantando quando elogia.

- E não tá não? - Perguntei, curiosa.

- Tenho alguma chance? - Retrucou, olhando-me pelo espelho.

- Não, nenhuma. Eu sou casada.

Ele apenas sorriu e passamos a conversar amenidades até chegarmos ao restaurante. Ali, logo na portaria, um senhor vestido elegantemente, veio abrir a porta e me ajudou a descer:

- Boa noite, madame.

- Boa noite.

- Acompanhada?

- Ainda não ou talvez ele já tenha chegado…

- É claro, madame. Posso ajudá-la? - Perguntou, dando-me a mão para entrar no restaurante.

Aceitei e logo entrei no hall, sendo recepcionada por uma moça muito bem vestida e extremamente simpática:

- Boa noite.

- Boa noite. É… Há uma reserva para Ricardo Azambuja de Toledo Neves?

Ela passou a procurar em um tablet e confirmou:

- Sim, madame. A experiência ainda está sendo preparada pois a reserva foi feita para as vinte e uma horas, mas posso sugerir um drink no bar enquanto isso?

- Ricardo ainda não chegou?

- Ainda não, madame, mas certamente não tarda chegar. Afinal, deixar uma bela mulher sozinha não é uma opção muito inteligente, concorda?

Ela me acompanhou até um bar, onde um barman se prontificou a me atender. Notei que eles pareciam possuir uma “expertise” em vinhos e então pedi uma batidinha chamada Espanhola, feita justamente de vinho tinto suave, leite condensado e abacaxi:

- Magnífica escolha, madame. Vou prepará-la imediatamente. - Disse e pediu minha licença.

Não sei porque pediu licença, pois se afastou coisa de metros de mim, passando a exibir malabarismos, peripécias, trejeitos, até entregar-me uma taça ricamente enfeitada. Assim que o colocou à minha frente, fiz questão de provar e estava…

- Maravilhosa! - Falei assim que a provei: - Parabéns.

- Grato, madame. Fico feliz que tenha gostado. Desfrute. - Respondeu e foi atender outro cliente que acabara de chegar.

Aliás, chegou, chegando! Arrastando-se para se aproximar de mim e partindo para o ataque:

- Boa noite. - Falou e eu correspondi, com um meneio de cabeça: - Nunca te vi por aqui? Lazer ou trabalho?

Antes que eu pudesse responder, ouvi uma voz máscula, já conhecida, se antecipar:

- Compromisso, e comigo. - Falou Rick, impondo-se, ao que me virei sutilmente para vê-lo e ele me beijou a face: - Oi, Nanda.

- Oi, Rick.

Vencido, o galanteador que sequer teve a chance de se apresentar pediu desculpas e se afastou, desejando uma boa noite para a nós:

- Teremos sim, amigo. Obrigado. - Respondeu Rick, dando-lhe as costas e me encarando: - Você está deslumbrante, magnífica.

- Obrigada. Acho que você exagerou no vestido. Não precisava de tudo isso não, Rick.

- Imagina! Você merece o melhor, sempre! - Disse e se sentou, pedindo um whisky.

Assim que foi servido, emendou nos elogios e contatos de pele com meus braços, mas eu o limitei:

- Rick, viemos conversar como amigos, se lembra?

- Difícil resistir, viu!

- Resista, ou eu saio daqui da mesma forma como entrei.

- Nossa! Dia difícil no treinamento?

- Também, mas eu não costumo misturar o profissional com o pessoal. Só quero deixar claro o que somos, entende?

Ele me olhou enquanto tomava sua bebida, mas o olhar continuava sendo o de um predador e, se não estivéssemos num ambiente público e refinado, eu iria embora dali, sem dúvida alguma. Antes que ele voltasse com seus gracejos, um garçom se aproximou, informando que nossa mesa já estava pronta. Fomos acompanhados até um local estrategicamente preparado para um casal em clima romântico, um pouco mais afastado dos demais. Eu o encarei, cobrando uma explicação e ele se fez de desentendido, conversando com o garçom. Assim que ele se afastou, entrei de sola:

- Rick, é o seguinte, quero continuar sendo sua amiga, mas você precisa entender que seremos apenas isso. Não vou abandonar meu marido por você, nunca mesmo.

- Ué, pensei que já fôssemos amigos, melhores amigos e com privilégios, não é? - Retrucou, brincando.

- Então, olha só, é… Talvez! Mas essa história de buquê pra cá, buquê pra lá tem que acabar.

- Mas já acabou, Nanda. Amanhã a gente vai embora, esqueceu?

- É claro que não, mas não quero isso na minha cidade também, entendeu?

- Mas quem disse que eu iria mandar para você lá na sua cidade?

- Rick, não me trata como uma idiota. Se você fez aqui, poderia muito bem fazer lá também. Não quero isso. Estou voltando para minha casa, para minha família, minhas filhas e meu ma-ri-do! Entendeu?

Ele entendeu. Pela cara que me fez, ele entendeu. Ainda assim não quis se dar por vencido:

- Olha só, Nanda, o que o seu marido tem que eu não tenho?

- O meu amor! - Falei de imediato e sem titubear: - Amo o meu carequinha de paixão e não estou procurando substituto.

- Tá, mas eu acho que você só fala isso porque ele chegou primeiro. Talvez se tivéssemos nos conhecido na mesma época, você poderia ter se decidido por mim, não acha?

- Talvez… No campo das hipóteses, tudo poderia acontecer, Rick. - Disse e tomei um gole do meu drink, continuando: - Mas o que estamos conversando aqui hoje é sobre a realidade e a minha é essa: sou casada, muito bem casada por sinal e não quero me separar do meu marido, ou das minhas filhas, ou ele delas, ou elas dele, entendeu?

- O que é ser “muito bem casada”, Nanda? Já parou para pensar que eu te amo a ponto de poder praticamente colocar o mundo a seus pés?

- Tá vendo, Rick? Você me julga como se eu fosse uma qualquer, como se eu tivesse preço. Não sou assim não, cara! Dinheiro é bom, mas está longe de ser o mais importante para mim. Minha família é, minhas filhas, meu marido, a história que nós vivemos até aqui… Isso, meu caro, não tem dinheiro no mundo que pague.

- Desculpa! Desculpa, não foi isso que eu quis dizer. Eu só quis explicar que te amo a ponto de não medir esforços para te fazer feliz.

- Eu sei, Rick, não te levei a mal. Acho você um cara super do bem, mas você está investindo em alguém que não está no mercado, como diria o Mark, você tá colocando dinheiro bom em uma aplicação ruim: vai tomar prejuízo.

- Prejuízo? Com você!? Nunca!

- Foi uma metáfora, Rick! - Comecei a rir da seriedade com que ele enfrentava meus argumentos: - Por favor, relaxa. O que eu quero que você entenda é que nunca vou trocar meu marido por você. Eu preciso de paz e sei que se você quer a minha felicidade, irá entender e respeitar isso.

Dois garçons se aproximaram, um com um vinho, outro com alguns acompanhamentos e nos serviram. Começamos a degustar aqueles petiscos, bebericando e agora o Rick conversava amenidades, desviando daquele assunto que certamente o incomodava tanto. Ele se mostrava uma companhia agradável, hábil e interessada no meu dia-a-dia. Foi algo tão suave e agradável que nem me dei conta que bebia meu drink e uma taça de vinho ao mesmo tempo.

Os pratos se sucediam e era um melhor que o outro. Estranhei porque não vi o Rick fazer nenhum pedido:

- É que eu já tinha vindo aqui anteontem e planejei um cardápio variado para não correr o risco de não te agradar. - Disse enquanto tomava uma boa golada de seu vinho: - E vinho é o que eles mais têm, vários para todos os tipos de gostos.

- A comida daqui é uma coisa de outro mundo mesmo! Não provei nada ainda que não tenha gostado.

- Fico feliz com isso. Poderíamos fazer isso sempre, sabia?

- Riiiiick!

- Poxa, Nanda, eu faço tudo por você, tudo! Basta você pedir. Mas isso, de esquecer você, é algo que vai dar muito trabalho e sinceramente, eu não sei se consigo.

- Claro que consegue! Você só precisa se apaixonar por outra pessoa.

Ele se recostou por um momento e ouvi meu celular chamando. Àquela hora, somente uma pessoa tentaria contato comigo: Mark. Peguei meu aparelho e estava certa, ele estava me ligando. Recusei a chamada, porque não teria como justificar naquele momento o que eu estava fazendo. Ele insistiu e recusei novamente. “Jesus! O que eu estou fazendo?”, me recriminei e descontei no Rick:

- É o Mark, Rick. Olha o que estou tendo que fazer: recusar meu próprio marido!

Ele nem teve tempo de responder e ouvi um som de notificação de mensagem:

Ele - “Nanda, por favor, ATENDA, ou amanhã não irei sequer te buscar.”

Novamente não tive reação e na sequência ele me mandou uma imensa interrogação, cobrando uma ação de minha parte. Eu já estava começando a suar frio e decidi lhe responder de uma forma que parecia apropriada para mim naquele momento:

Eu - “Sei o que estou fazendo.”

Eu - “Por favor, confie em mim!”

Ele nada fez por segundos e decidi ativar o modo “avião” do meu celular. “Eu vou te explicar tudo, mor, mas não agora.”, justifiquei para mim mesma o injustificável. Rick estava distraído, olhando a taça de vinho na mão e depois, por sobre ela, me encarou:

- É verdade! Pensei aqui e realmente essa situação que a gente tem vivido tem duas soluções possíveis e uma delas seria eu deixar de te amar.

- Isso! - Concordei e enfiei um pedaço de vitela assada ao molho madeira na boca, tremendo por ter feito o que havia feito com o Mark, para, enquanto a degustava e o olhava, me toquei de algo que precisei esclarecer: - Duas!? Como assim duas?

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Foto de perfil de Mark da NandaMark da NandaContos: 272Seguidores: 632Seguindo: 24Mensagem Apenas alguém fascinado pela arte literária e apaixonado pela vida, suas possibilidades e surpresas. Liberal ou não, seja bem vindo. Comentários? Tragam! Mas o respeito deverá pautar sempre a conduta de todos, leitores, autores, comentaristas e visitantes. Forte abraço.

Comentários

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Nanda, você está me fazendo te odiar... Kkkk

Caramba, como vocês escrevem algo que a gente se envolve tanto.

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Esse Rick e um cara folgado,pensa que pode conquistar tudo e todos por dinheiro,cartões, flores e presentes pensa que e assim, conheço muitos desses sujeitos em meu dia a dia,não sabem perder, agora já pensou o cara tem tempo suficiente em Manaus,uma pergunta de onde vem a renda deste cara,o que ele faz da vida,tem que se tomar muito cuidado,e sem neura de não dar filho homem ao dr.Mark pois vcs tem duas princesas que já tem duas jóias na vida dele .

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De boas intenções o inferno está cheio, mesmo que acabe o jantar e cada um segue seu destino Fernanda Mariana cometeu o mesmo erro de temporadas atrás quando foi dançar com o acho que o ex ficante da Denise na festa da faculdade dela e não falou seu plano pro Mark e agora tá cometendo o mesmo erro.

Não custava nada ou melhor ela deveria ser contado pra ele.

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Nanda, te adoro e sou um defensor feroz, por isso prefiro não comentar essa situação, apenas endossar o ato o Leon comentou aí abaixo

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Engraçado Nanda sempre que você erra eu te critico, mas dessa vez o errado é o Mark! Em um casamento maravilhoso como é o de vocês, se você não pode pode ter um parceiro fixo que te ama, por que o Mark pode? Afinal a Denise também ama e quer ele! A única diferença é que o Rick não pensa como a Denise ( que toparia uma trisal ou coisas desse tipo ) e o Rick quer você só para ele! Mas para ser sincero, já dei minha opinião desde o começo! A melhor forma de vocês dois, como casal liberal seria seguindo aquelas primeiras regrinhas que vocês dois mesmos criaram! Será que vocês ainda sequer se lembram dessas regras? Coincidência ou não é só vocês não seguirem aquelas regrinhas, e um ou outro acaba pisando na bola! No mais esse é o melhor conto disparado!!!!

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Eu acho que pode ser pq o Mark não é apaixonado pela Denise ou pq por um segundo a Nanda cogitou trocar o Mark pelo Rick.

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Meu que saia justa Nanda kkkkkkk nota mil

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Meus Deus, eu aqui roendo as unhas esperando o próximo capítulo!

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Eu gosto de acompanhar as "aventuras" desse casal, agora me permita falar o seguinte, esse casal só entra em arapucas kkkkkkkk

Conheço vários casais liberais e se juntar todos não dá a quantidade de roubadas que esse casal já passou, graças a Deus superaram tudo e continuam juntos firmes e fortes. Mark já falou que entrou no mundo liberal pra não seguir regras, só que regras servem pra organizar tudo, sem regras tudo vira bagunça, ansioso pra ver a conclusão do arco com o Rick, se bem que a Nanda já soltou um spoiler uns capítulos atrás, falou que a situação já foi resolvida e que inclusive transou com ele com a concordância do Mark.

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Lerê-lerê... E dá-lhe no lombo da Nanda...

A próxima parte está quase pronta, mas não vou posta-la hoje.

E como vocês estão duvidando de mim, serei sádica e darei apenas um gostinho:

"- Como assim? Que proposta é essa?"

"... e eu vou te tratar como eu quero e sei que você merece."

"- Mas não precisa ser tão já, podemos pensar com calma numa data e quanto ao seu marido, você pode inventar uma viagem de negócios, ..."

"- Não dá! Eu não preciso disso e sei que ele não aceitaria."

"- Peraí! Você tá dizendo que dormiria com ele também? Mas isso eu não aceito! Nunca, nunca mesmo!"

Agora, que comecem os jogos!

😈

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Sei que o Mark é advogado, mas se a próxima parte não for postada até no máximo amanhã, entraremos na justiça com processo pra cima dos 2 por causarem ansiedade coletiva... não testem os nobres leitores!

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Putz! Ainda bem que tomo remédio contra ansiedade! NandaMá!

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Poxa aí é matar a gente de ansiedade pelo amor de Deus kkkk posta bo decorrer do domingo por favor kkkk

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Baita sacanagem, mais um ótimo conto, diga se o Rick é um pé no saco riquinho mimado que acha que pode tudo na base do dinheiro, e Nanda vacilo pra caramba, o cara já estava bolado, vc fica uns dias sem conversar direito, não fala das investidas do arqui-inimigo, vai para um encontro, pois isso não é jantar entre amigos, desliga o telefone 2x na cara do Dr., e o pior telefone em modo avião?? Aí não tem defesa!! Só espero de coração, que não de uma foda de despedida pra esse FDP do Rick, pois esse só merece porrada ou tiro na cara!! Mil estrelas

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Nem tudo no seu lombo Nanda. Sua frustração em não ter dado um filho homem ao Mark é totalmente infundada, afinal, geneticamente, quem determina o sexo da criança é o homem, portador do cromossomo Y. Essa culpa não é sua!

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Ainda não li mais só pelos comentários já dá pra saber que ela foi se encontrar com o Rick, cada adulto sabe o que faz.

Quando eu era criança meu pai dizia " não quero você com conversa com fulano, ciclano e beltrano eles são péssimas amizades" o que eu fazia não era amigo deles.

Você não precisa dar justificativas pra não se envolver com algumas pessoas o melhor é evitar até a outra pessoa desistir.

E ainda tem algumas pessoas que ou apoiam ou dão desculpas pra alguns atos.

Fico imaginando se elas fazem o mesmo com seus cônjuges? Acho que não.

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Sei não, esse Rick me lembra as plantas carnívoras, com suas cores (algumas até brilham no escuro!), néctares e aromas agradáveis,

atraem suas presas. Intrigada e sem imaginar o perigo, sua vítimas se aproximam para verificar. Dentro de seu raio de ação a planta carnívora, predadora que é, dispara sua armadilha, a vítima nem vê o que a atingiu.

Talvez eu seja radical, mas quando um terceiro(a) não entende seu papel acessório em uma relação com um casal liberal, deve ser descartado(a) de imediato, não importa se existe afeto, tesão ou amizade. Para usar uma expressão cara a minha advogada: "Não se coloca em risco o principal tentando salvar o acessório".

A história continua magnífica. Três estrelas!

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A famosa frase de quando um não quer dois não brigam, vale muito para essa parte. Pode até ser que não role nada, mas o fato de receber flores e gostar e ainda mostrar orgulhos para as amigas, receber mensagens de amor e ficar balançada, receber vestido aceitar e ainda usar, ir para um restaurante luxuoso, verificar que todo o contexto era sedutor e ainda assim não cortar, revela que nossa heroína estava em total conflito ainda. As palavras que saiam da boca sobre não quere deixar o marido, não condiziam com o seu pensamento, senão nem teria ido.

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Só não entendo uma coisa: por que todos lêem e interpretam como a Nanda indo cometer um erro? Ficou bem claro para mim que ela vai se encontrar com o Rick para por fim em uma situação com um potencial enorme de destruir o seu casamento?

Vai ver, eu desaprendi a interpretar textos... Ou a torcida para o erro da Nanda é tamanho, que as pessoas dão uma bicuda no bom senso e só querem enxergar o que desejam que aconteça...

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Vestiu o vestido, aceitou o presente, e foi lá "resolver o problema". Não é erro, é uma atitude que "ajuda pracaramba" para que história tenha um gatilho de conflito. OU senão, não tem graça. A Nanda apenas deu a munição para o conto continuar em alta. Só isso. Hehehe Erro nenhum!

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Aceitar presentes do cara que causou problemas na relação do casal, e ainda por cima sair com ele sem o consentimento do Mark e nem ao menos avisá-lo do que está ocorrendo, são atitudes no minimo egositas(erros).

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Ela pediu ao marido para confiar. Disse que contaria tudo quando estivessem juntos, não foi? Mark deixou claro que confia, então cabe a nós esperar o desfecho.

Quando se confia, não é mandando mensagem a cada minuto, desesperado para saber o que acontece. Mark está chateado pelos dias anteriores, não pela situação dela com Rick, que ele nem sabe estar acontecendo naquele momento.

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Só não entendo que algumas pessoas só defendem alguns atos e não criticam absolutamente nada

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Por que eu iria criticar a história de vida de alguém? Quem pode se colocar como perfeito e apontar o dedo para alguém? Se for pesquisar a vida de cada um aqui, o que será que iremos encontrar? Todo mundo joga pedra, mas esquece esquece que seu telhado é de vidro. Eu prefiro me manter como sou, imperfeita, ciente dos meus defeitos. Nunca me achando superior a ninguém. Para criticar, é preciso ser melhor. Falar, até papagaio fala.

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Era só ignorar o Rick, ou não?

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