Pelo tom sério que Fagundes falou, pela urgência em me buscar, eu precisava me preparar para o pior. Me lembrei das palavras de Yelena: "Espere o melhor, mas preparado para o pior”.
Momentos como aquele são decisivos na vida de qualquer um. As palavras de Fagundes foram: "As coisas que descobrimos são graves”. O que será que meu pai e Mila andaram fazendo? Lembrei também das palavras de Bá: "Seu pai é um homem vingativo, não o subestime. Mesmo que ele esteja errado, que ele e a Mila estejam traindo vocês, não o confronte. Dê um fim nessa relação com a Mila e siga sua vida, você ainda é jovem, pode achar alguém adequado … seu pai não gosta de perder”. Pelo jeito, eu não conhecia a mulher que estava ao meu lado e, menos ainda, o meu próprio pai. Por que a Bá fez esse alerta? Ela, assim como a Yelena, também já tinha certeza da traição?
Senti, naquele momento, uma dor profunda no peito. Fagundes não teria tanto cuidado se a situação não fosse bem pior do que eu imaginava. Com muita dificuldade, troquei de roupa. Achando que o mais difícil seria informar a Yelena, peguei o telefone e liguei. Sua reação foi surpreendente:
– Eu dizer, você não acreditar. Não querer prova? Entau, elas vindo.
Recebi uma mensagem de Fagundes dizendo que me esperava em frente de casa e saí. Caminhei devagar, tentando atrasar o tempo, achando que tudo não passava de um sonho ruim, um pesadelo do qual eu iria acordar a qualquer momento. No fundo, bem lá no fundo mesmo, eu já me preparava, mas ter certeza de que tudo poderia ser real, era devastador.
Entrei no carro e apenas cumprimentei Fagundes. Seguimos calados. Ele respeitava minha dor. Eu me sentia em um velório, e aqueles vinte minutos até a clínica de Yelena eram a marcha fúnebre para o enterro do meu relacionamento. Ela já nos esperava em frente à clínica, mas preferiu ir com seu próprio carro.
Não demoramos para chegar até a agência de Fagundes e o técnico nos esperava em uma das salas, preparada exclusivamente para mim e Yelena. Não era uma sala grande, porém, era uma sala com isolamento acústico, própria para manter a privacidade dos clientes e dos dados conseguidos por Fagundes e sua equipe. No centro da mesa, um monitor de bom tamanho e um aparelho de reprodução de vídeos. Tinha também água, café e algumas guloseimas para os clientes. Recusei tudo o que me foi oferecido, assim como Yelena. Ela, em uma calma estranha, não condizente com a situação.
Aquele dia seria longo e surpreendente, doloroso e inesquecível, mas também, ele marcaria o rumo inesperado que nossas vidas tomariam. Quando digo nossas, me refiro a todos os quatro, tanto Yelena e eu, como os dois traidores.
Yelena e eu nos sentamos bem próximos, quase colados. O técnico, parecendo muito constrangido, disse:
– A escolha é de vocês. Podemos mostrar tudo em ordem cronológica, ou apenas nos ater aos fatos determi…
Yelena, se levantando da cadeira e abandonando sua calma forçada, o interrompeu:
– Nau! Querer saber tuda. Desde a começo.
Ao se sentar, talvez buscando o apoio que eu também precisava, ela me deu a mão, entrelaçando nossos dedos. Ela suava frio, sua mão estava escorregadia.
Fagundes ligou o monitor da sala e antes de passar os vídeos, disse:
– Não tem muito o que a gente possa falar, as imagens são autoexplicativas. A equipe técnica editou para parecer um filme, então é só continuar assistindo, parando quando achar melhor.
Ele me entregou o controle do equipamento e pediu que todos saíssem da sala, deixando Yelena e eu a sós. Ela estava impaciente:
– Começar logo.
Eu apertei o play:
"Mila se arruma enquanto fala sozinha:
– Estamos em casa e o dia está muito quente. Será que o Hélio vai se importar se eu for para o escritório com uma roupa mais leve? Acho que não, né?
Ela separa um shortinho mais solto, de tecido fino e uma blusinha também bem solta, levinha e se troca. Ela volta a falar sozinha:
– Não posso deixar que o Toni saiba que eu trabalho dessa forma. Não vai pegar bem. Preciso criar uma rotina e tomar meu banho sempre antes dele chegar, assim evito problemas.
Ela sai da nossa casa e a imagem muda para o escritório, ainda vazio. Mila entra e começa a trabalhar normalmente no computador. Alguns minutos depois meu pai aparece e a cumprimenta normalmente. Quando ela se levanta, para deixar que ele se sente, ele a olha de cima a baixo, percebendo que a blusa deixa os seios quase à mostra. Ao se cruzarem, de costas para ele, ela sorri um sorriso safado, parecendo que conseguiu causar a impressão que queria. Ela diz:
– Sei que a roupa pode não ser adequada, mas está muito calor e nós estamos em casa. Se o senhor achar melhor, eu posso trocar.
Meu pai entendeu o jogo dela:
– Bobagem, fique à vontade.
Mila puxa uma cadeira e se senta bem ao lado dele. Os dois falam sobre finanças durante quase uma hora. Naquele momento a equipe tinha acelerado o vídeo. Quando a velocidade volta ao normal, é possível perceber a ereção marcando a bermuda do meu pai e os olhos de Mila sempre encarando o local. Ela chega a morder os lábios algumas vezes. Meu pai também puxa a cadeira mais pra trás, facilitando a visão. Os dois ainda estão se estudando".
Yelena, já com os olhos marejados, pega o controle e pausa o vídeo:
– O vadia seduzir ele …
Eu não queria falar nada. Ela continuou:
– E ele, uma safada, se deixar levar.
Voltamos a assistir:
"Alguns dias depois, Mila, com outra roupa ousada para quem está trabalhando, entra no escritório, olha o celular e vai até o banheiro”. Naquele momento, a imagem na tela se divide em duas: o banheiro e o escritório.
Mila abaixa o short e a calcinha e ao ouvir o barulho da porta se abrindo, com meu pai entrando no escritório na outra imagem, ela arrebita bem a bunda em direção a porta do banheiro, meio metro de distância, no máximo, e fica esperando.
Meu pai segue diretamente para onde ela está, já tirando o pau para fora da bermuda, acho que apertado para mijar, mas se depara com aquela bunda maravilhosa bem na sua frente. Ele trava, sem saber o que fazer, com o pau na mão, encarando aquela raba linda.
Mila, fingindo se assustar, simula surpresa e, aproveitando que tem que recompor suas roupas, esfrega a bunda no pau dele, durante poucos segundos, mas o suficiente para deixar o homem louco e com o pau ganhando vida. Ela se recompõe rapidamente e sai correndo do escritório, pedindo desculpas e indo se refugiar na nossa casa”.
Yelena está vermelha, furiosa e pausa o vídeo novamente. Ela me encara:
– Nós nau merecer … eles pagar caro, você prometer.
Mesmo sem condições, devastado por descobrir a verdade sobre Mila, pois é ela que inicia tudo, eu tentei acalmá-la:
– Eu prometi, mas nós precisamos agora, ir até o final. – Olhei o tempo total do vídeo. – Estamos apenas no começo, tente se concentrar.
Peguei o controle dela e voltei a assistir:
"No nosso quarto, Mila fala sozinha:
– Eu sabia que o velho não ia resistir. Homem é tudo igual, ainda mais os do tipo dele. – Ela olha as horas. – Toni vai chegar daqui a pouco, preciso voltar ao papel de namorada apaixonada. Até quando vou ter que suportar isso?".
Yelena percebeu o quanto aquilo mexeu comigo. Ela me abraçou carinhosamente, sem falar nada, apenas me consolando.
"No escritório, meu pai fala ao celular:
– Sim, isso mesmo … Eu quero uma investigação completa sobre essa garota ... Eu acho que meu filho é um grande otário. Preciso ter certeza.
Aquele jogo de sedução continua por mais alguns vídeos, Mila se insinuando cada vez mais e meu pai já começando a partir para o ataque. Uma encoxada ao se cruzarem no corredor, elogios constantes, as conversas deixam de ser sobre o trabalho e começam a avançar sobre a intimidade dos dois. Perguntada sobre nosso relacionamento, Mila mente:
– Seu filho está diferente, parece que não me deseja mais.
Meu pai aproveita:
– Aquele lá não me puxou. – E parte para o ataque, a tratando como a puta que ela demonstra ser: – Com uma cavala safada como você, eu ia te deixar acabada. Não ia te dar descanso.
Mila é esperta:
– Mas Yelena é linda, e acho que até mais gostosa do que eu, mal você não está passando …
Meu pai não alivia:
– Homens como eu precisam de variedade. Uma só, por mais incrível que seja, não consegue dar conta.
Mila tenta brincar com ele:
– Para seu bobo! Você adora a Lena, está só brincando comigo …
Meu pai é perito naquele jogo, não brinca. Ele tira o pau duro da bermuda e o exibe para Mila:
– Olha como você me deixa sua safada. – Os olhos de Mila chegam a brilhar. – Pega nele um pouquinho, eu sei que você quer.
Como uma donzela, ela segura de forma delicada no pau, aperta um pouco, sente a grossura, mas para manter o seu disfarce, novamente sai correndo do escritório, como se fosse uma garotinha inexperiente e envergonhada".
Eu pauso o vídeo novamente, respirando fundo e entendendo o que aconteceria a seguir. Hesito por alguns minutos, mas Yelena me traz de volta:
– Você precisar ser forte, ver todo verdade de vez. Incerteza não ter mais espaço.
Encorajado, sabendo que mesmo machucado, ainda tenho com quem contar, volto a assistir:
"Meu pai está no escritório, lendo demoradamente um arquivo (vídeo acelerado). Ele sorri satisfeito e manda uma mensagem pelo celular. Minutos depois, Mila aparece:
– Me chamou? Do que precisa?
As roupas vão ficando cada vez mais ousadas: uma mini, ou melhor, microssaia e um top branco. Meu pai não perde tempo, com um gravador em mãos, deixa que ela ouça:
– A Ludmila era só alegria, não tinha garota igual. Com aquela lá não existia tempo ruim. Cada “after party” virava uma verdadeira suruba. Durante as festas estava sempre com o namoradinho, parecia uma santa, a namorada perfeita, mas assim que o trouxa a deixava em casa, um carro já estava pronto para trazê-la de volta. alugávamos uma suíte grande naquele motel próximo ao campus e íamos até a tarde do dia seguinte. Lud era sempre a mais animada, a mais safada, a que topava tudo.
Alguém perguntava:
– E como o namorado dela não sabia de nada? Ele nunca desconfiou?
Após uma risada forte, o rapaz disse:
– Ninguém gostava daquele cara. Ele era calado, arrogante, solitário. Ninguém entendia o que a Lud viu nele. E ela também nunca deixava ninguém se aproximar. E não era uma coisa pública na faculdade, poucas pessoas sabiam. Algumas garotas, as melhores amigas, e alguns poucos caras, os que não queriam perder a safada metedeira. Todos se mantinham calados e aproveitando.
Meu pai desligou o aparelho, Mila o encarava desesperada:
– Como o senhor conseguiu isso? Não é verdade …
Meu pai, com um sorriso maquiavélico no rosto, se aproximou dela:
– E o que importa se é verdade ou não? Quer que eu traga o rapaz que deu esse depoimento para conversar com o Antônio?
Mila se rendeu:
– Não! Isso não. – E tentou barganhar. – O que o senhor quer de mim?
Meu pai levou as mãos ao top, puxou para cima e deixou os seios dela à mostra. Enquanto brincava com os biquinhos dos seios, beliscando e apertando, disse:
– Ainda não sei … por enquanto, vamos manter esse segredo entre a gente, o que me diz?
Mila já foi se ajoelhando, tirando o pau dele pra fora e engolindo a rola com vontade. Encostado em sua mesa de trabalho, meu pai curtia as sensações daquele boquete".
Novamente eu fui obrigado a pausar o vídeo. Emoções mais fortes tomavam conta de mim, mas por incrível que pudesse parecer, eu não me permitia chorar. Mila não merecia uma lágrima sequer de mim. Yelena estava arrasada ao meu lado. Impaciente, ela pegou o controle de volta e voltou a assistir:
"Enquanto mamava, meu pai a provocava:
– Você é uma putinha chupeteira de respeito. Será que mete tão bem quanto o nosso informante diz?
Meu pai a agarrou pelos cabelos, fazendo com que ela ficasse apoiada na mesa, levantou a saia que já não cobria nada, arrancou sua calcinha e foi forçando o pau em sua boceta. Mila protestou:
– Assim não, está me machucando …
Meu pai não se importou com nada:
– É isso que você merece. O que achou que ia acontecer aqui? Que ia brincar comigo, me seduzir e depois me chantagear? Você achou que seria capaz de me manipular? Pensou que era mais inteligente do que eu?
O pau já estava todo dentro e meu pai começou a socar com raiva, enquanto Mila gemia. Não sei se por prazer ou por dor. Por quase cinco minutos, ele socou forte dentro dela, tirando o pau no final e gozando onde bem quis: costas, bunda, coxas … Mila arriou no chão, derrotada, humilhada".
Tentei pegar o controle novamente e pausar o vídeo, mas Yelena parecia gostar do que acontecia, de ver Mila sendo nocauteada.
"Meu pai pegou o gravador novamente e colocou outro áudio para Mila ouvir:
– Lud não gosta de concorrência. Era só aparecer uma novinha mais gostosinha, chamando a atenção, que ela se transformava, querendo mostrar que era a rainha do pedaço. Se não reinasse soberana, Lud acabava com a festa de todo mundo.
Mila já olhava para meu pai com raiva, mas sabia que estava em uma situação crítica. Ele perguntou:
– É assim que você vê Yelena? Se faz de amiga, mas quer o que é dela? Não consegue aceitar que ela é mais bonita do que você?
Mila não disse nada, mas meu pai a pegou novamente pelos cabelos, fazendo com que olhasse para ele:
– Responde, puta! Ou tudo que eu tenho aqui vai para as mãos de Antônio. O que você prefere?
Sem alternativas, ela tentou enrolar:
– Eu adoro a Lena, foi você mesmo que disse que ela não o satisfaz …
Dando um tapa na cara dela, meu pai a interrompeu:
– Não distorça minhas palavras. Eu preciso de variedade, somente isso. Foi o que eu disse. Yelena está num patamar muito acima do seu, como não me satisfazer com uma perfeição daquelas? A esposinha troféu perfeita, mas até caviar todo dia, enjoa. De vez em quando, um arroz com feijão faz falta.
Mila não esboçava reação, olhando para baixo, com lágrimas caindo ao chão. Meu pai pensou um pouco, olhou o celular, depois o computador e disse:
– Vá se lavar, você não pode sair daqui assim.
Mila obedecia de forma automática. Por alguns minutos, ela ficou sozinha no banheiro, mas logo o meu pai foi atrás:
– Por enquanto, você será minha putinha. Se prepare! As coisas continuam como estão.
Mila queria acreditar que existia uma luz no fim do túnel, mas meu pai esmagou os seus sonhos:
– Mantenha Antônio feliz até eu decidir o que fazer com você. Nem pense em fazer planos de casamento ou filhos, pois isso não vai acontecer. Se for uma boa menina, prometo que não sairá daqui com uma mão na frente e outra atrás. Eu cuido do que é meu.
Mila terminou o banho, se enxugou e foi chorar no nosso quarto".
A prova da traição era muito mais profunda do que eu imaginava. Além de dar para o meu pai, Mila me traía desde a faculdade. Yelena tremia, mal conseguindo tomar um pouco de água. Eu já me sentia o maior idiota do mundo:
– Como eu pude ter sido tão cego? Pensando agora, faz todo o sentido … Mila implicava com qualquer amizade que eu fizesse, me mantendo sempre para ela. Era ela que decidia qualquer programa, viagens, passeios … feliz, apaixonado, eu aceitava tudo, achando que ela estava apenas fazendo o seu papel de namorada. Como eu pude ser tão idiota.
Yelena, tirando forças não sei de onde, ainda me consolou:
– Você ser passado pro trás. Não ter culpa. As duas nós enganar, mentir, conspirar … nós ser vítimas, não ter culpa nenhum. Nau pensar assim, você ser cara incrível.
Nos abraçamos, tentando consolar um ao outro. Yelena chorou por vários minutos em meu peito, enquanto eu acariciava seus cabelos. Assim que ela se acalmou, voltamos a assistir:
"Um mês depois, em um colchonete no chão do escritório, meu pai pegava Mila de quatro:
– Isso, putinha! Que cu apertado, gostoso. O idiota do meu filho não fode esse rabo?
Entre gemidos, Mila parecia querer me humilhar:
– Seu filho é gostosinho, mas não mete como você. Precisa aprender muito. Eu tento ensinar, mas ele não se esforça, eu acabo me frustrando".
Eu sempre pedia para comer o cuzinho da Mila, mas ela dizia que aquilo deveria ser especial, nos momentos certos. Geralmente ela só liberava para mim depois que eu estava esgotado, após ter gozado muito.
"Meu pai socava com vontade, fazendo a bunda da Mila se contrair com as estocadas, o barulho era alto, os dois molhados de suor:
– Putinha do cuzinho quente, que delícia … estou viciado nesse cu.
Mila era penetrada sem dó e estava adorando:
– Isso … mete na sua putinha, mete … enche esse cu de leite …
Meu pai gozou urrando, fazendo o pau atolar inteiro, até o fundo naquele cu guloso. Mila incentivava:
– Assim que eu gosto … estou toda arrombada … vou ter que inventar uma desculpa pro Toni … hoje não aguento mais nada.
Para completar, os dois transavam sem camisinha.
Meu pai não queria saber, fez ela se deitar e caiu de boca na xoxota. Ela gemia ainda mais:
– Sabia que você não ia esquecer de mim, macho gostoso… meu fodedor …
Yelena tinha razão, meu pai era um especialista em chupar boceta, deixando Mila em êxtase:
– Aí, caralho … não para! Vou gozar, seu puto … assim, continua …
Em poucos minutos ela se contorcia inteira, agarrando o lençol, esfregando a boceta na cara dele, sem parar de gritar:
– Puta que pariu, macho gostoso … você acaba comigo … estou destruída.
Ficaram deitados por cerca de cinco minutos, quando meu pai puxou o assunto:
– Como você conseguiu passar esse tempo todo que está aqui sem trair o Toni? Você é uma safada, por que demorou tanto a dar em cima de mim?
Para a minha surpresa e de Yelena, Mila parecia ser sincera:
– Eu estava a fim de fazer as coisas direito, me comportar, mas Toni e eu acabamos caindo naquela rotina de casados, ele cansado e eu entediada …
Ela pensou por alguns segundos, mas não correu da resposta:
– E Yelena começou a me falar de vocês, do quanto você é um homem insaciável, as coisas que fazia com ela … a propaganda é foda, mexeu comigo. Sem querer, ela mesmo acabou sendo a culpada por tudo."
Yelena socou a mesa com força:
– шлюха! непослушный! лжец! (Puta! Safada! Vagabunda!)
Ela acabou machucando a mão e eu tentei acalmá-la:
– Mila é uma mentirosa, está falando aquilo como uma desculpa para justificar seu caráter ruim …
Decidida, Yelena se virou para mim:
– Sair daqui, precisar pensar, mas vir comigo. Prometer nós pagar no mesma moeda.
Revoltado, me sentindo ferido, querendo que eles sentissem o mesmo que eu, deixei que Yelena me puxasse, seguindo-a para fora da sala. Ao nos ver saindo, Fagundes veio atrás:
– Esperem, o que aconteceu?
Yelena estava impaciente:
– Nós ter problema pra resolver. Nada com vocês.
Eu sabia que não teria como parar o ímpeto de Yelena e nem queria. Eu disse ao Fagundes:
– Guarde tudo, eu entro em contato assim que possível.
Ele me alertou:
– Não façam besteira, é assim que se perde a razão. Sejam inteligentes, não busquem o confronto.
Eu o acalmei:
– E como poderíamos? Eles estão na Argentina, transando sem se preocupar com a gente.
Sem argumentos, Fagundes parou de insistir.
Yelena e eu entramos no carro, indo direto para casa. Nenhum dos dois dizia uma palavra. Já passava das dezessete horas e todos os empregados já deveriam ter ido embora. Por mais estressada que estivesse, Yelena parecia segura do que queria. Eu só queria machucá-los da mesma forma que fizeram comigo.
Chegamos e Yelena estacionou. Assim que entramos, após ela ter revistado a casa, tendo a certeza de que estávamos sozinhos, ela me pegou pelas mãos e me levou até o quarto que dividia com o meu pai. Eu tentei protestar:
– Não! Aqui …
Yelena calou a minha boca com o beijo mais maravilhoso de toda a minha vida.
Continua.
Consultoria, revisão e co-autoria: Id@