O conto a seguir, na verdade, é sobre a primeira vez de um amigo, o relato é feito a partir das palavras dele.
Seu nome é Jhonny, tem 23 anos; 1,85 de altura; pele morena clara, olhos castanhos; cabelos castanhos também, curtos nas laterais e mais cumpridos em cima; é magro e as pessoas dizem que ele tem a boca bonita. Esse relato é sobre um boyzinho que trabalhava no mesmo lugar que eu e percebia seus olhares estranhos pra mim, mas até então ele não havia demonstrado que realmente tinha interesse e ficávamos apenas naquela troca tímida de olhares. Um dia cheguei no serviço e notei a ausência dele, mas pensei que ele estava de folga, passado alguns dias um amigo me disse que ele havia pedido conta, confesso que fiquei triste, mas segui minha vida afinal não tivemos nada para que eu ficasse choramingando pelos cantos ou com cara triste.
Aos domingos na minha folga, goste de me exercitar, fazer caminhada na universidade da minha cidade, é um lugar legal aonde muitas pessoas vão, pois tem muito espaço para caminhar, correr, pedalar ou apenas passear com suas famílias. Tem uma trilha por uma estradinha de terra, com bastante árvores ao redor e uma lagoa também, o contato com a natureza para mim é muito terapêutico. No último domingo, fui lá como de costume, peguei meu telefone, coloquei meu fone de ouvidos e selecionei minha playlist da Taylor Swift, caminhava distraidamente e quando estava a poucos metros da entrada da trilha e fui prestar atenção as pessoas que passavam ao meu redor, no momento tocava “Anti-hero”, bem na parte que a Taylor fala, It’s me, Hi!, meu coração parou, senti um frio na barriga ao deparar com aquele boyzinho do meu serviço. Seu nome é Mateus, temos a mesma idade, ele é um pouco mais baixo que eu, cabelos pretos e curtos, magro mais ou menos 72 kg, um olhar expressivo e uma bundinha que era a coisa mais perfeita que eu já havia visto.
Nos olhamos subitamente e parece que esse momento passou igual aquelas cenas de filme romântico quando o casal se encontra e parece que tudo passa em câmera lenta, fiquei muito encabulado, falei um “Oi!” por entre os lábios e nem esperei pela resposta e fui embora, entrei na trilha e continuei com a minha caminhada e Mateus seguiu seu caminho, pelo menos era o que eu tinha pensado. Depois de andar por aproximadamente 30 minutos, cheguei à lagoa que eu havia falado, como o sol estava muito confortável, pois era o sol da manhã, por volta de 8h da manhã, me sentei em uma pedra que estava na beirada e fiquei aproveitando aquele calorzinho gostoso do sol batendo em meu rosto. Estava muito concentrado ouvindo “All to Well (10 MinutesVersion)”, uma das minha músicas favoritas da Taylor, que nem percebi quando Mateus se aproximou calmamente e sentou-se ao meu lado, só percebi que ele estava ali, quando a música acabou e abri meus olhos, confesso que na hora tomei um susto, o que fez ele dar uma boa gargalhada da minha cara.
Ele pediu desculpa por ter me assustado, eu dei um sorriso meio sem graça e disso que tudo bem, que eu que estava muito distraído com a música. Ele me perguntou o que eu ouvia pra estar tão distraído, quando disse que era Taylor Swift e ele disse que não conhecia e perguntou se eu podia mostrar uma música dela para ele, quando ele pegou um dos fones, eu não havia olhado que música estava tocando, quando vi que era “Love Story” fiquei constrangido porque estava na parte que ela diz: “I’ll be waiting, all there’s left to do is run. You’ll be the prince, and I’ll be the princess. It’s a love story…”. Pausei a música para que pudéssemos conversar e então ele começou a compartilhar coisas da sua vida pessoal, como que ele fazia faculdade, mas teve que para por questões pessoais e por esse mesmo motivo teve que sair do serviço, pois não estava conseguindo conciliar vida pessoal, acadêmica e profissional. Perguntei se ele não queria me acompanhar na caminhada e ele aceitou, seguimos pela trilha até sairmos do outro lado e chegar novamente na parte asfaltada, essa parte fica perto dos prédios da faculdade onde tem as aulas, aproveitei que estávamos perto de um bebedouro e fui beber água.
O tempo todo percebia que ele me olhava com muito desejo, com aquele olhar expressivo e eu me sentia como um filhote diante de um predador, resolvi dar uma provocada pra ver o que ele faria, bebi mais um pouco de água e escorreu um pouco pele lateral dos meus lábios, passei o dedão lentamente pra secar a boca e pude ver nitidamente seus olhos desejando meus lábios, ele engolindo seco e quando seus olhos encontraram os meus, senti um arrepio percorrer minhas costas e senti aquele gosto metálico na boca. Pra fugir daquela situação, disse que ia ao banheiro que estava próximo e já voltava, quando estava lá dentro vi que ele entrou também, se aproximou, agarrou-me pelo braço, sua outra mão agarrou minha cintura, foi aproximando lentamente seu rosto do meu, conseguia sentir sua respiração ofegante e eu estava tremulo, ele chegou seus lábios próximos aos meus e podia sentir seu hálito fresco e quente, senti seus lábios macios pressionando contra os meus e fiquei estático, na minha mente, a minha vontade naquele momento era agarrá-lo, jogá-lo na parede e dar os beijos mais doces e calorosos que ele já havia sentido, mas pra minha frustração o que fiz foi afastá-lo e sair correndo do banheiro. Sentei-me em um banco do lado de fora tentando me recuperar, ele se aproximou preocupado:
Mateus: Fiz alguma coisa errada? Alguma coisa que você não queria?
Tive que me explicar para ele, afinal não queria que ele ficasse preocupado achando que tinha agido de forma inapropriada comigo.
Jhonny: Não é isso, sabe!? O que acontece é que eu nunca tinha beijado um cara antes e você me pegou de surpresa, eu fiquei sem saber como agir e aquele lugar não era dos melhores pra eu dar meu primeiro beijo.
Mateus: Me desculpe, sinto muito por estragar esse momento.
Jhonny: Não se preocupe, eu que sou meio romântico e fico idealizando coisas que provavelmente nunca irão acontecer.
Mateus: Não tem nada de errado com isso. Você sabia que isso te deixa ainda mais fofo?!
Fiquei com um pouco de vergonha, senti minha bochecha corar e ele apenas sorria, um sorriso meio de lado que me deixava meio bobo. Ele me entregou seu telefone e pediu que eu salvasse meu número no telefone dele, salvei, mas não tive muitas esperanças que ele me mandasse mensagem, depois do vexame que dei ao sair correndo dele. Passaram-se alguns dias e eu já havia desistido de esperar qualquer sinal de vida dele, até que na quinta-feira, no finalzinho da tarde, eu estava indo embora pra casa, apareceu uma notificação no Whatsapp, de um número desconhecido e sem foto, não dei muita moral, porque estava indo pra casa e estava ouvindo Taylor Swift como de costume. Somente quando cheguei a minha casa que fui olhar a mensagem, como não havia se identificado, perguntei quem era e pra minha surpresa e felicidade disfarçada, era ele, Mateus.
Naquele dia conversamos até 1h da manhã, só não estendemos mais a conversa porque tínhamos que acordar cedo no dia seguinte. Na sexta-feira, acordei e já havia uma mensagem dele me desejando bom dia, eu todo bobo respondi e seguimos conversando o dia todo. Depois de termos falado de vários assuntos e resolveu avançar um pouco mais e me convidou para sairmos pra tomar um sorvete ou comer alguma coisa ou apenas pra bater um papo no banco da praça, segundo ele não importava o que fosse, ele só queria me ver pessoalmente. Como relutei um pouco em aceitar seu convite para sairmos, ele resolveu me convidar para ir a sua casa para assistirmos um filme, disse que seus colegas de república estariam lá e que então só assistiríamos a um filme mesmo. Pensei um pouco e acabei aceitando.
Cheguei a sua casa por volta das 19h, era uma casa grande, com uma sala imensa contava com três sofás, uma mesa de sinuca no centro da sala, uma TV de 52 polegadas, um rack com algumas correspondências e uma mesa de jantar com seis lugares. Seguimos por um corredor e passamos pela cozinha, três cômodos com a porta fechada, pelo banheiro e lá no fundo estava seu quarto, quando entrei me espantei com a organização, havia uma cama de casal, uma mesinha com o notebook, uma pequena estante com alguns livros, o guarda roupas e uma smartTV na parede. Olhei ao redor e cada coisa estava no devido lugar, me chamou para entrar e me disse para ficar a vontade, perguntei pelos seus colegas de república e ele disse que eles haviam saído e me garantiu que a minha ida até lá não tinha nada a ver com eles terem saído.
Escolhemos o filme que iriamos assistir, ele deitou-se na cama e me chamou para deitar também, tirei meus tênis e meio sem jeito subi na cama e me encostei-me à cabeceira, ele estava com uma regata branca estampada com uma folha de costela de adão e um short preto curto que deixava um pouco de suas coxas a mostra. O filme começou a rolar, ele apagou a luz e se esparramou na cama, a visão dele todo despojado na cama era surreal.
Mateus: Você está confortável encostado assim? Por que não se deita?
Meio sem graça, deixei meu corpo deslizar até estar deitado, já haviam se passado uns trinta minutos de filme, quando sinto seus dedos acariciando meus cabelos, me viro para o seu lado e ele está olhando fixamente para mim, ele se arrasta um pouco para o meu lado, passa os dedos pelo meu rosto, até chegar a minha boca, dessa vez não demonstro resistência, ele se aproxima mais e mais, agora seu rosto estava colado ao meu e novamente eu podia sentir seu hálito fresco e quente, senti uma vontade súbita me invadir, abri meus lábios e pude sentir nos lábios se entrelaçarem, aquela sensação maravilhosa de seus lábios úmidos sorvendo os meus lábios como se fossem a fruta mais saborosa e suculenta que existe. O frio na barriga já havia desaparecido, já não estava mais tremulo, tinha total controle sobre minhas ações e pude fazer tudo que não fiz na primeira vez que ele me beijou.
Suas mãos percorriam meu corpo e às vezes me arrancava alguns suspiros, ele chegou com sua boca até minhas orelhas dando pequenas lambidas no meu lóbulo o que me fazia arrepiar, desceu um pouco mais até meu pescoço e quando me beijou levemente no pescoço, um arrepio percorreu meu corpo todo me deixando quase sem ar. Ele parou, olhou nos meus olhos e beijou minha boca novamente, estava totalmente entregue a ele e deixei que ele me guiasse.
Ele tirou sua regata, me olhou com olhos de desejo, tirou minha camisa e nesse momento comecei a ficar nervoso novamente, ele me beijou e disse para eu ficar tranquilo, desfivelou meu sinto, abriu o zíper da calça e foi descendo a lentamente, eu engolia seco, pois estava apreensivo, aquela era a minha primeira vez. Ele continuou a se despir, quando tirou sua bermuda e vi aquela forma pujante dentro de sua cueca, não sabia o que faria dali pra frente, ele apenas me olhou nos olhos e pude sentir seu desejo arder em minha pele, ele se aproximou e me beijou mais uma vez, um beijo tão ardente, com tanta volúpia que me entreguei ao seu desejo, à luxúria me invadiu e ele me penetrou com todo seu amor, senti meu corpo queimar totalmente imerso no fogo da paixão, naquele amor eloquente e frenético nos esquecemos do filme, das horas e do mundo. Depois de me resignar as forças da minha libido, ser invadido por todo aquele vigor e de ele ter derramado seu icor translúcido no âmago do meu ser, nos deitamos lado a lado, ele me puxou, deitou-me em seu peito e ficou acariciando meus cabelos, enquanto eu inocentemente brincava com os dedos por toda sua barriga lisinha, tomados pelo cansaço, adormecemos abraçados.
Fim
