Doce vingança 6.

Um conto erótico de Toni
Categoria: Heterossexual
Contém 4281 palavras
Data: 29/05/2023 19:21:59
Última revisão: 29/05/2023 19:33:48

Consultoria, revisão e co-autoria: Id@

Yelena e eu entramos no carro, indo direto para casa. Nenhum dos dois dizia uma palavra. Já passava das dezessete horas e todos os empregados já deveriam ter ido embora. Por mais estressada que estivesse, Yelena parecia mais segura do que queria. Eu só queria machucá-los da mesma forma que fizeram comigo.

Chegamos e Yelena estacionou. Assim que entramos, após ela ter revistado a casa, tendo certeza de que estávamos sozinhos, ela me pegou pelas mãos e me levou até o quarto que dividia com o meu pai. Eu tentei protestar:

– Não! Aqui …

Yelena calou a minha boca com o beijo mais maravilhoso de toda a minha vida. Um beijo intenso, dado com desejo. Sua língua procurando a minha, nossos lábios se apertando. Um beijo demorado, cheio de significado. Quando nos desgrudamos ela me empurrou, me fazendo sentar na cama e montou sobre mim. Eu ainda tentei dizer:

– Eu quero tanto quanto você, mas precisa ser aqui?

Ela me deu mais um beijo demorado e disse:

– Cama da casal, sua pai merecer.

Ela tinha razão, meu pai usou a tentativa de Mila de seduzi-lo para se dar bem, os dois eram farinha do mesmo saco. Ela começou, mas ele fez questão de continuar.

Abracei Yelena com força, virando meu corpo e a lançando sobre a cama. Me enfiei entre suas pernas e passei a retribuir seus beijos com a intensidade que ela merecia. Tentando tirar a minha camisa, me prendendo com suas pernas, ela pediu:

– Fazer comigo o que querer, ser sua, todo sua. Vingança ser doce, pois eu querer muita você. Nau ser só vingança, eu desejar também.

Ela abriu o zíper da minha calça e eu a ajudei, me livrando rapidamente de tudo, partindo para cima dela com uma vontade renovada. Escutar aquelas palavras, saber que além de querer se vingar, ela também me desejava, devolveu minha autoestima, que despencava fortemente desde a certeza da traição.

Tirei sua blusa e admirei aqueles lindos seios médios, perfeitos, as auréolas quase da cor da pele, pequeninas e delicadas. Os biquinhos se enrijecendo ao toque dos meus dedos, sua pele se arrepiando com o toque das minhas mãos.

Dei mais um beijo naquela boca de lábios bem desenhados, descendo pelo pescoço, sentindo a firmeza dos seios … passei a língua delicadamente e suguei o biquinho do seio direito, arrancando um gemido fininho dela:

– как восхитительно! (Que delícia!).

Beijei o biquinho do seio esquerdo também e passei a sugar cada um deles carinhosamente. Yelena se entregava para mim:

– Это трусость! Моя грудь - мое слабое место. (Aí é covardia! Meus seios são o meu ponto fraco).

Seus gemidos em russo eram incompreensíveis, mas soavam muito excitantes nos meus ouvidos. Eu caprichava ainda mais. Noventa por cento da minha atenção era para Yelena, o resto, era para mostrar aos dois desgraçados que eu não era um amante tão ruim quanto Mila fazia parecer. Posso ter tido apenas uma mulher durante a minha vida, mas por ela, me dediquei e aprendi a ser bom, a dar prazer, mesmo que suas atitudes tenham me mostrado que me dediquei à pessoa errada.

Chupei demais aqueles seios espetaculares, brinquei com a língua nos biquinhos, apertava carinhosamente um enquanto minha boca se deliciava no outro. A mãozinha de Yelena tentava alcançar o meu pau. Ela o acariciava ainda por cima da cueca.

Desci com a boca por sua barriga, fazendo movimentos circulares com a língua em seu umbigo. Respondendo as minhas carícias, ela arqueava as costas, se debatia levemente, mas não parava de gemer:

– Очень хороший! Действительно хорошо. (Muito bom! Muito bom mesmo).

Acho que apesar de se entregar, ela também pensava como eu, pois voltou a falar em português:

– Mostrar pra safadas como você ser maravilhosa. Como vocês dizer: bala trocada nau dói. Você ser macho incrível, Toni!

Tirei sua calça, revelando uma calcinha de renda muito bonita. Envaidecido, e ainda mais excitado pelos seus incentivos e elogios, dei um beijo na testa da xoxota, ainda por cima da calcinha. Yelena rebolava, se esfregando no meu rosto:

– Невероятный! Вкусный. (Incrível! Delicioso). Tira meu calcinha, querer sentir seu boca.

Eu apenas obedeci, beijando cada centímetro de pele que se revelava. Que xoxotinha linda! De lábios vaginais externos maiores, cobrindo os pequenos lábios. Uma xoxotinha toda depilada e que escondia o seu conteúdo, um presente a ser revelado. Passei o rosto de leve, sentindo o odor da excitação que começava. Seu cheiro era diferente, mais suave que o da Mila. Parecia doce aos meus sentidos, me deixando inebriado.

Abri aquela bocetinha delicadamente, passando os dedos com cuidado. Era toda rosinha, um tom bem claro de rosa. "Bocetinha de loira". Pensei. Dei um beijo em seu grelo e ela segurou o meu rosto:

– Querer muita você. Nem aí para sua pai ou o vadia. Querer muita estar com você.

Suas palavras me incendiavam. Meu pau latejava, vibrando preso na cueca. Comecei a lamber e a sugar aquela xaninha linda, de lábios delicados, enquanto o grelinho inchava pelo tesão. Seus gemidos eram mais altos:

– Это, будь моим мужчиной... делает меня твоей женщиной... эта идиотка не знает своего мужчину. (Isso, seja meu homem … me faz seu mulher … aquela idiota não sabe o homem que tinha).

Enfiei fundo a língua naquela xoxota deliciosa e cheirosa, sentindo o mel doce que brotava:

– Не останавливайся! У тебя есть талант, он очень напоминает тебе твоего отца. (Não para! Você tem talento, lembra muito sua pai).

Seus gemidos em russo me davam ainda mais vontade de dar a ela todo o prazer do mundo. Eu me desdobrava para fazer direito, lambendo toda a xoxota, sugando o grelo, enfiando a língua na entradinha … ela gemia e esfregava a buceta no meu rosto, me deixando ainda mais doido:

– Vai gozar … muita bom, nau parar … você ser boa nisso, Toni, … chupa madrasta … tá gozando … горячий язык, это убивает меня ... Я кончаю слишком жарко. (língua gostosa, está acabando comigo ... estou gozando gostoso demais).

Yelena se contorcia e tremia inteira na minha boca, agarrando meu cabelo e gemendo cada vez mais alto e forte. Eu quase me sufocava no meio das suas pernas. Ela respirava depressa, tentando se recuperar. O aperto no meu cabelo virou uma carícia:

– Você ser bom demais … o que ser isso?

Yelena tentou me puxar para cima dela e eu a ajudei. Voltamos a nos beijar, mas de forma mais calma, carinhosa. Ela repousou a cabeça no meu ombro e ficou acariciando o meu peito:

– Ir embora daqui, nau querer mais viver com sua pai.

Eu não sabia o que dizer. Ela pediu:

– Ir junto, podemos ser ajuda da outro. Eu conhecer gente na mundo inteira. Ir embora junto?

Não sei se tentando me convencer, mas ela acariciava o meu pau por cima da cueca. Sinceramente, eu estava perdido, sem ter a mínima noção do que faria a seguir. A única certeza que eu tinha era de que iria terminar o namoro com Mila, expurgá-la da minha vida. Yelena levou a mão por dentro da minha cueca e segurou firme no meu pau, dizendo:

– Nau dever nada a sua pai … acho até que ser maior.

Acho que ela tentava me animar, elogiando o meu dote. Qual homem não gosta? O pau, completamente ereto, latejava e vibrava na mãozinha dela:

– Nau, ser maior …

Ela me deu mais um beijo gostoso na boca e uma leve mordida no lábio. Foi descendo pelo meu peito, sem parar de beijar, me punhetando devagar. Encarou meu pau por alguns segundos, vendo o líquido seminal, aquele fluído lubrificante liberado pelo pênis durante a excitação sexual, brotar e escorrer pela glande. Ele limpou com o dedo e depois levou até a boca, sorrindo para mim:

– Gastosa … docinha.

Não resistindo mais, Yelena deu um beijo demorado na cabeça da pica e foi abocanhando devagar, fazendo uma sucção gostosa, me deixando admirado por ser tão melhor do que Mila naquilo. Ela me masturbava pela base e ia lambendo e sugando a cabeça. Que chupada espetacular, maravilhosa.

Sem que eu esperasse, ela mudou de posição, passou uma perna sobre mim, me montando, se apoiou nos joelhos e apontou a pica na entrada da xoxota. Eu apenas a encarava, sentindo-a esfregar a glande na xoxota, lubrificando meu pau e se preparando para descer.

Senti sua xoxota se abrindo e a glande ganhando terreno, sendo engolida devagar. Aquela xoxotinha era pequena e muito apertada. A pica foi invadindo a boceta, entrando aos poucos, enquanto ela gemia:

– Ser mais grossa … quase nau entrar…

Ela apoiou as mãos no meu peito e foi forçando o quadril para baixo, sendo completamente preenchida. De olhos fechados, ela se acostumava com o volume, mexendo devagar, procurando o melhor jeito para começar a subir e descer. Me levantei, a abraçando e fazendo o pau entrar um pouco mais. Ela gemeu mais forte no meu ouvido:

– Ter calma, ir devagar!

Yelena rebolava levemente o quadril, beijando minha boca, me abraçando forte. Ela me apertava ainda mais, parando de se mexer e estimulando apenas os músculos vaginais, ordenhando meu pau, me deixando completamente atônito e extasiado com aquela habilidade incrível. Precisei me segurar ao máximo para não gozar.

Não resisti e tornei a jogá-la na cama outra vez, sem tirar o pau de dentro dela, mudando a posição para um papai-e-mamãe delicioso. Eu estocava com carinho, ainda sentindo o quanto aquela bucetinha permanecia apertada. Aumentava o ritmo um pouco, depois voltava a meter devagar, sempre aos beijos e com ela sempre gemendo manhosa:

– Как хорошо ты трахаешься... это слишком хорошо... Я приду снова. (Como você fode gostoso ... está bom demais ... vou gozar de novo).

Estoquei por vários minutos, sentindo os espasmos começarem a tomar conta dela, suas unhas se cravando em minhas costas, a bucetinha apertada mastigando freneticamente o meu pau:

– Gozar de novo … você acabar comigo … Gastosa demais você, Toni!

Incapaz de manter a concentração, deixei toda a tensão explodir, tirando o pau de dentro daquela buceta quente, gozando poucos segundos depois dela. Os jatos saíam fortes, chegando a alcançar o pescoço e os seios de Yelena. Desmontei ao seu lado, sendo abraçado por ela, que me beijava enquanto eu tentava recuperar o fôlego. Não falávamos nada, nossos sorrisos de satisfação diziam tudo.

Ficamos apenas deitados ali por algum tempo, nos curtindo. Se o que fizemos estava certo ou errado, não era importante, pois eu havia cumprido a minha promessa, minha palavra se manteve sagrada para Yelena e as câmeras do meu pai eram nossas testemunhas.

Recuperado, me levantei de supetão, assustando Yelena, e sem dar tempo de ela pensar, a peguei no colo, atravessando a casa e indo direto para o chuveiro do meu quarto. Fodemos gostoso uma segunda vez dentro do box e ainda uma terceira, bem carinhosa, na minha cama. Exausta, Yelena apagou. Achei melhor deixá-la descansar ali mesmo, do meu lado, imaginando que ela pudesse acordar a qualquer momento e ficar brava por eu deixá-la sozinha ou levá-la de volta para o seu quarto. Foda-se que estávamos sendo gravados, era essa a intenção: esfregar na cara dos desgraçados, fazê-los provar do próprio veneno.

Naquela noite de sexta-feira, eu pensava seriamente na proposta de Yelena: "Ir embora daqui, não querer mais viver com sua pai. Vir junto, podemos ser ajuda do outro. Eu conhecer gente na mundo inteira. Ir embora junto?" Confuso, esgotado mentalmente, não consegui dormir. Olhei as horas no celular e mal tinha passado das vinte uma.

Fui à cozinha e esquentei um pedaço de carne assada no micro-ondas. Comi devagar, pensando qual seria a melhor decisão a tomar: confrontar os dois traidores? Apenas ir embora com Yelena sem olhar para trás e ser caçado pelo meu pai? Ou ir sozinho, sabendo ser arriscado ter uma relação com minha madrasta? Esse encantamento que existia entre nós dois poderia ser apenas a dor comum da traição, passando rápido quando estivéssemos a sós, vivendo o dia a dia.

Lembrei de Fagundes e, como ainda era cedo, fiz uma chamada para ele. Fui atendido rapidamente:

– Espero que estejam bem e não tenha feito nenhuma bobagem? Agora é hora de colocar a cabeça no lugar para tomar as melhores decisões. Protegeu o seu patrimônio como eu te aconselhei?

Conversamos por mais de meia hora e combinamos que ele e o técnico viriam na manhã seguinte, para que a gente pudesse terminar de assistir ao vídeo. Agora eu queria ir até o fim, tendo a certeza de que Yelena gostaria da mesma coisa.

Voltei ao quarto, me deitei ao lado de Yelena, mas, ainda sem sono, peguei o notebook e voltei a navegar pelo Reddit e seus milhares de casos de traição. Eu queria entender mais sobre tudo aquilo, quem sabe até alguém estivesse na mesma situação e o seu depoimento poderia me ajudar? Li um pouco de tudo, até me deparar com uma página específica, "as vinte melhores vinganças."

Era mais do mesmo, em sua maioria: chumbo trocado, barracos, noivas destruindo carros, noivos revelando a traição no dia do casamento com a igreja cheia, outros postando vídeos eróticos da traição na internet, … mas uma, em especial, chamou a minha atenção, pois o nível de imaginação envolvido era surreal, parecia um filme de Hollywood ou uma série de fantasia. Não sei por qual razão minha mente começou a adaptar aquele evento específico para a minha situação. O que eu precisaria fazer ia apenas brotando na minha mente, se adaptando a minha vida, se casando perfeitamente com a minha realidade.

Alguma coisa cruel e insana despertou dentro de mim. Aquele sentimento começou a me fazer pensar seriamente se o risco era válido. Bá me alertou sobre o meu pai, mas até quando todos iriam se render a sua vontade? Será que o dinheiro pode tudo e todos tem o seu preço? E Mila, me enganando desde sempre, merecia sair impune? Sem Yelena, talvez ela até se tornasse a "esposa" oficial. Uma voz imaginária e sombria falou ao meu ouvido:

– “Eles têm que pagar. Eles merecem sentir a dor da derrota, do desespero e do infortúnio. Mãos à obra, você é capaz”.

Empolgado pela primeira vez em meses, tirando o sexo incrível com Yelena, lógico, eu sentia que precisava ir em frente. Olhei para Yelena, dormindo com um sorriso no rosto e prometi a mim mesmo que eles pagariam pelo que fizeram a nós dois.

Com o vigor renovado, a acordei. Ela me olhou sem entender:

– Querer mais? Eu também querer, mas ter sono …

Levei algum tempo para tirá-la da cama, pedindo que me acompanhasse até a cozinha. Passei um café e deixei que ela despertasse completamente. Por quase duas horas, contei a ela sobre o que li, sobre o que pensei e o que pretendia fazer. Mostrei a página da internet que me inspirou e, aos poucos, comecei a notar que ela se contagiou da mesma forma que eu, começando até a sugerir ideias. Eu disse:

– Mas para isso dar certo, vamos precisar de algum tempo de preparação, um mês e meio, no mínimo.

Yelena, com cara de moleca, menina levada, era só sorrisos. Eu precisava ter certeza de apenas uma coisa:

– Você consegue fingir durante esse tempo? Vai precisar continuar sendo a esposa do meu pai em todos os sentidos, assim como eu precisarei fingir para aquela vadia.

Ela se levantou e preparou um sanduíche, pensando e me pedindo para esperar. Ela terminou de comer e foi direta:

– Eu topar, mas continuar relaçau eu e você ser meu única exigência.

Eu não esperava aquilo:

– Como assim? Como faremos isso?

Yelena pensou mais um pouco e deu a solução:

– Nós almoçar na motel. – E se acabou de rir.

Ela me puxou e beijou minha boca:

– Eu adorar ser seu. Nau querer parar.

Eu sentia o mesmo:

– Eu também, sua gostosa.

Mandei uma mensagem para a Bá, pedindo que viesse no sábado de manhã para podermos conversar. Ela seria uma peça fundamental em todo o esquema. Yelena, preocupada, perguntou:

– Poder confiar? Bárbara estar da nossa lado?

Contei a ela os conselhos anteriores de Fagundes sobre o meu dinheiro e sobre a minha relação de mãe e filho com a Bá. Ela entendeu e ficou aliviada por saber que não estávamos sozinhos em tudo o que precisaríamos fazer.

Namoramos por um tempo ali na cozinha, mas cansados, exauridos, ao nos deitarmos, apagamos em questão de minutos no meu quarto. Dormimos colados, sempre nos procurando durante a noite.

Na manhã de sábado, acordei sozinho na cama, sentindo o perfume de Yelena que estava impregnado no travesseiro. Me levantei, fiz minha higiene matinal e fui até a casa grande. Yelena conversava com a Bá:

– Entau você cuidar da Toni. Ele contar que você ser verdadeiro mãe.

Ela respondeu:

– Ele sempre foi um menino de ouro. Estudioso, respeitador, educado … uma pena que não tenha conhecido sua verdadeira mãe. Se eu já tenho tanto orgulho dele, imagine ela, se pudesse ter visto o quanto ele é especial.

Yelena divagou:

– Ele ser especial sim. E como …

Bá a advertiu:

– Vocês estão jogando um jogo perigoso. Mesmo errado, Hélio não gosta de perder. Vocês não deveriam ter ficado juntos aqui …

Ao me ver, entrando na cozinha, ela se assustou, mas completou sua advertência:

– Eu já disse isso ao Antônio, vocês estão brincando com fogo.

Me sentei ao lado de Yelena e depois que a Bá me serviu uma xícara de café, pedi que se sentasse também. Contei a ela os nossos planos e pedi sua ajuda. Sem ela, nada daquilo iria funcionar. Foi uma conversa tensa, com Bá desconfiada, mas no final, com medo de que eu pudesse navegar por águas desconhecidas, e ciente que meu pai seria um adversário mais difícil do que eu imaginava, ela foi até sua bolsa, buscou um contato no celular, anotou um nome, um endereço e um número de telefone num pedaço de papel e me entregou:

– Eu vou ajudar, mas com uma condição: procure essa pessoa, ela tem muito a acrescentar aos seus planos.

Peguei o papel que ela me entregou e li. A pessoa, uma mulher chamada Miriam Nascimento, morava em um bairro conhecido por ser violento e considerado um dos mais barra-pesada da cidade.

Abracei a Bá, agradecendo por sua lealdade e ouvi a notificação de chamada no celular. Fagundes e o técnico chegaram. Yelena, em um de seus baby-dolls minúsculos, foi trocar de roupa para recebê-los junto comigo.

Pedi que a Bá me esperasse, mas ela preferiu ir embora. Eu disse que contaria tudo a ela depois, que ela precisava saber de toda a sujeira e sacanagem que meu pai e Mila estavam fazendo com a gente. Ainda disse que não se preocupasse com as imagens dela conversando com a gente, pois eu tinha todo o sistema de vigilância do meu pai sob o meu controle a partir daquele momento. Ela disse:

– Se quiser, posso ir com você para se encontrar com a pessoa que indiquei. Talvez seja até melhor assim. – Eu concordei e ela se foi.

Voltei minha atenção para Fagundes e para o técnico. E como veríamos o final daquele vídeo ali em casa mesmo, eles trouxerem consigo o reprodutor de vídeo, me entregaram e disseram que assim que acabássemos de assistir, era só informar que eles voltariam.

Yelena e eu nos olhamos por algum tempo, mas a tristeza já não era a mesma do dia anterior. Sabíamos o que esperar, o que viria pela frente. Só não contávamos que o que vimos no dia anterior, era apenas a ponta do iceberg, a traição dos dois era muito mais profunda do que a gente imaginava.

Liguei o reprodutor na TV da sala de televisão e nos sentamos para assistir:

"De volta ao escritório do meu pai, Mila, trabalhando com os seios de fora e apenas de calcinha, sentada no colo do meu pai. Ele apalpava os seios dela enquanto dizia:

– A partir dessa semana vamos passar algumas tardes fora. Quero te apresentar a algumas pessoas.

Mila o questionou:

– Mas a gente volta antes dos dois chegarem, né?

Meu pai concordou:

– Claro! Por enquanto, você tem feito tudo o que eu mando, ainda não decidi quando irá terminar com o Toni.

Mila protestou:

– Mas eu não quero terminar, Toni é um bom homem, será um marido maravilhoso.

Meu pai se estressou:

– Eu já te avisei sobre isso. Não vai acontecer. Acha que eu iria deixar meu filho se casar com uma vadia, biscate e golpista?

Mila tentou mudar a abordagem, achando que poderia ganhar aquele jogo. Saiu do colo dele e se ajoelhou, começando a mamar sua rola:

– Mas por que não? Todos ganham. Eu mantenho as aparências e você continua me fodendo como sempre. Eles nunca vão desconfiar.

Meu pai deu uma risada sinistra, agarrando a vadia pelos cabelos e dizendo:

– Toni vai encontrar uma mulher direita, alguma filha de um amigo qualquer influente que eu irei preparar para ele. Você acha mesmo que eu deixaria o meu patrimônio para alguém como você? Em um mês após a minha morte, você mandaria matá-lo ou o mataria com as próprias mãos. Ponha-se no seu lugar.

Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, meu pai a encarou bastante sério:

– Meus planos para você estão prontos. Você será a gerente dos estabelecimentos que acabei de investir. Aqueles que você me pediu para levá-la.

Mila sorriu satisfeita. Meu pai concluiu:

– Tem pessoas que você precisa muito agradar. Todos aqueles velhos idiotas adoraram saber que você seria parte do pagamento.

Mila tentou brincar:

– Agora além de sua puta, você será meu cafetão também?

Meu pai a segurou forte pelos cabelos novamente, fazendo ela quase se engasgar com pau, enterrado fundo em sua garganta:

– Puta serve pra isso, ser compartilhada com amigos e trazer benefícios.

Assim que ele a soltou, enquanto ela tentava se recuperar, puxando a ar em desespero, ele ainda disse:

– Amanhã nós vamos visitar a primeira casa que compramos. Quero você bem safada, liberando tudo. Prometi que você daria uma tarde inesquecível para um dos meus sócios.

Mila ainda tentou falar:

– Mas você tinha …

Meu pai não deixou que ela continuasse a falar, dando um tapa forte em seu rosto:

– Eu já prometi. É isso ou o Toni fica sabendo de tudo e você sai daqui com uma mão na frente e outra atrás. Não pense que pode contar a Yelena, ir à justiça, tentar me processar ou algo do gênero, você viu por si própria o tamanho da minha influência, quer tentar a sorte?

Derrotada novamente, Mila apenas se resignou."

Eu pausei o vídeo e Yelena me encarava sem saber o que dizer. Eu não resisti:

– Bem-feito! Se achou esperta e acabou virando escrava de alguém pior do que ela.

Acelerei os vídeos, pois tinha muito sexo entre Mila e meu pai, conversas muito parecidas, mas sempre com ela tendo que agradar homens diferentes, mas nenhuma imagem sobre esses "serviços de convencimento" que ela estava fazendo para ele.

Peguei o telefone e pedi que Fagundes voltasse. Tentamos assistir mais um pouco, mas era muita coisa repetitiva e que não agregava nada. Paramos o vídeo e esperamos o Fagundes chegar. Quando ele entrou, Yelena foi direta:

– Nau ter cenas meus ou da Toni, par que?

Ele explicou:

– Fique tranquila. As câmeras do seu quarto foram assistidas apenas por mulheres e não tinha sentido colocá-las no vídeo. Assim como as cenas do Toni e da Mila. Focamos apenas na traição.

O técnico completou a explicação dele:

– Também já alteramos as imagens de toda essa semana. Não existe nada comprometedor entre vocês dois que eles possam chegar e descobrir.

Para o meu plano funcionar, a vingança de Yelena teria que ser substituída pela minha. Eles não poderiam saber que estávamos fazendo sexo também. Tive que revelar o que aconteceu entre Yelena e eu aos dois e o técnico me acalmou:

- Já vou agora mesmo apagar e substituir as imagens de ontem e hoje e te ensinar como operar o sistema. Quando seu pai chegar, vai pensar que tudo está normal.

Eu pedi ao Fagundes:

– Você pode começar a investigar? Preciso saber com quem e onde Mila está fazendo esses serviços para o meu pai. Vou precisar de todas as provas possíveis.

Fagundes, objetivo, perguntou:

– Você está me contratando oficialmente para um serviço de investigação?

Eu balancei positivamente a cabeça e ele concluiu:

– Então vá à agência na segunda-feira para falarmos sobre preços e definir tudo certinho.

Eu tinha coisas mais importantes para falar, mas não queria que Fagundes pensasse que eu estava tentando fazer com que ele infringisse a lei. Pensei com calma e cheguei à conclusão do que eu precisava dele, por fora, para colocar os meus planos em prática. Junto com Yelena, tivemos uma conversa de quase duas horas com ele e o técnico. Mesmo achando engraçado o que queríamos fazer, eles decidiram nos ajudar. Logicamente, que cobrando uma quantia bastante razoável por seus serviços.

O técnico disse que precisava de apenas algumas horas para reunir o material necessário e que ele tinha os equipamentos perfeitos e pediu dez mil reais em dinheiro. Já Fagundes foi dizendo que já iria começar a bolar o seu plano de investigação.

Agora não tinha mais volta, mesmo que feito às pressas, e sem pensar muito, nosso plano estava prestes a começar.

Uma coisa passou o dia martelando na minha cabeça: "Quem seria Mirian Nascimento e por que a Bá disse que ela poderia me ajudar? Seria uma pessoa que o meu pai prejudicou no passado? Ou alguém que a Bá usaria apenas para tentar me proteger?".

Curioso, peguei o telefone e fiz a ligação. Ao ser atendido, eu disse:

- Boa tarde, meu nome é Antônio Kouris, a Bá, ou melhor, a senhora Bárbara, me deu o seu nome e telefone e disse que você poderia me ajudar.

Do outro lado da linha, ao invés de me responder, quem atendeu, começou a chorar, me deixando sem entender nada."

Continua.

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Comentários

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Puts isso tá melhor que, qualquer série feita em qualquer lugar, haha já podem procurar uma produtora, pra fazer um filme ou série, é pelo visto Míriam é a mãe do Toni. Bom seria se ele fosse com a Yelena e Ba fazer uma visita.

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Adoro quando chega um novo leitor !!! Muito grata por nos acompanhar !!!

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Disponha, sou fã do site, comecei a ler a poucos meses aqui , ante lia muito no CNN mais as histórias lá estavam horríveis, já tenho os meu autores prediletos na casa, Bob Barbanegra, Katita, Forrest Gump, Jessica Alves autores de contos de lésbicas, entre outros, e vcs dois estão de parabéns pelo trabalho de vcs.

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Um suspense digno de série da Netflix! Excelente!

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Tenso!

Tenso, tenso, tenso...

Milha é uma mulher sem escrúpulos. Ponto! Agora, esse pai do Toni, usar ela como uma "moeda de troca", puta que o pariu!

Esses dois estão entrando para o rol dos piores vilões do CDC, na minha modesta opinião.

Ótima história! Estamos adorando.

Beijos e estrelas.

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Nanda, aguarde. Não existe algo que está ruim … que não possa piorar !!!!

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Lukinha e Ida, vcs estão indo muito bem. Grande história. Tudo na medida certa. O fim deste capítulo, em particular, levantou a bola na pinta e deixou na medida para a cortada fulminante... se não estou errado no q imagino sobre quem atendeu a ligação (e parece q outros leitores imaginam a mesma coisa), essa foi uma grande sacada q vai dar muito mais tempero, ainda, ao restante da novvela. Boa sorte!

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Lukinha, que transa foi essa deles dois??? excitante demais...

quando começar a vingança deles dois, o pai e e namorada vão se surpreender por eles terem descoberto, mas eles tinham tanta confiança que nunca seriam descobertos que relaxaram e isso foi um enorme erro, ainda bem que erraram, assim os dois traídos vão poder tocar a vida em frente..

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Conto está ótimo, agora virou roteiro de novela, vamos aguardar o desenrolar dessa história, que prende nossa atenção, parabéns Lukinha!!

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Agora começará a vingança,e a verdade virar a tona,Mila mexeu com um velho tubarão e se deu mal,viro moeda de troca, presentinho para os amigos,pobre pessoa, agora está pessoa Miriam pode ser a pessoa mas importante da vida do Toni,um segredo guardado durante anos.

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Muito bom! Apesar de eu pensar que um erro não justifica outro! Sou totalmente contra esse lance de pagar na mesma moeda! Se você está certo e faz o mesmo erro que o outro fez, se torna errado também!

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Amigo que coisa sinistra adorei, com certeza só pode ser a mãe dele kkkkk será nota mil parabéns.

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Sei não acho que Tony e Yelena vacilarão,transando dentro de casa.

Mila se deu mal,além de ter que dar para o sogro,virou uma puta induzida a satisfazer os clientes do sogro cafajeste,mesmo com a vingança foi a que vai levar mais prejuízo e o pai do Antonio vai sair ileso disso tudo,Antonio corre o risco de tomar um tiro do pai traidor.

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Será que Mirian é a mãe de Toni?

Tudo indica também que o pai de Toni está abrindo uma "empresa" voltada pra sexo mediante pagamento kkkk.

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Desculpe nem te dei os parabéns pela história, fiquei tão empolgado pelo conto e dar minha opinião que acabei não dando os parabéns.

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