Nos dias que se passaram, Charles não conseguia parar de pensar na voz rouca e sedutora, nas mãos robustas, no peitoral peludo e talhado, e naquele membro descomunal que o havia deixado completamente aberto. Acordava cheio de tesão mesmo depois das poluções noturnas e via-se obrigado a masturbar-se inevitavelmente antes de iniciar a jornada de trabalho. Mas depois de alguns dias e poucas mensagens trocadas, Betão havia como que desaparecido no ar, levando o médico a duvidar da veracidade dos sentimentos de seu amante.
O mais difícil, no entanto, era conseguir focar sua atenção no trabalho. Charles não conseguia tirar Betão da cabeça. E a recordação da cena lúbrica que havia se passado na maca que estava logo ali às suas costas era como uma pontada no cu. Mas sabia que não podia misturar sua vida profissional com sua vida pessoal. Ocupava em se concentrar nos pacientes, mas sentia-se dividido.
Por um lado queria explorar mais sua sexualidade e se permitir a novas experiências, e por outro, sentia-se inseguro e temia as possíveis consequências de seus atos.
Charles precisava tomar uma decisão sobre como lidar com seus desejos e fantasias sexuais, mas sabia que no fundo a decisão já havia sido tomada. O tesão dele estava cada vez mais descontrolado, e o cuzinho piscava cada vez que um homem entrava no consultório. Sempre imaginava que era Betão quem estaria entrando por aquela porta.
Certa noite, tomado de carência e tesão, ao voltar do consultório, Charles passou em frente a um sex shop e resolveu entrar, indo direto à sessão de consolos. Examinou detidamente os exemplares disponíveis, até que se viu deliciosamente surpreso ao encontrar um que tinha o formato muito semelhante ao de Betão, incluindo uma veia grossa que subia pela lateral e contornava até a cabeça do pau. Na embalagem, constava a métrica do seu desejo: 23 centímetros!
Não seria o mesmo que estar com Betão, mas esperava que pudesse aplacar a falta que o rapaz lhe fazia. Assim que chegou em casa, desempacotou o pênis de brinquedo, e fechando os olhos, deitado nu sobre a cama, imaginou que era Betão quem o penetrava, imprimindo o mesmo ritmo enérgico que o rapaz havia imposto quando o penetrou curvado sobre a maca do consultório. Logo chegou ao orgasmo, despejando jatos de porra sobre a barriga, enquanto o cuzinho, envolvendo o pau de borracha, contraía-se lubricamente.
Soltou um suspiro não totalmente satisfeito, porque ainda sentia falta de Betão. Deixou o consolo cravado no seu cu para que prolongasse a sensação de sentir-se preenchido. Ficou pulsando suavemente o cu em volta do brinquedo, recordando daquela macetada que parecia ser insubstituível, e acabou por adormecer com o avantajado consolo dentro de si.
Acordou no dia seguinte com o brinquedo melado sobre a cama. O corpo naturalmente havia expelido o desejo de estar preenchido, que ele havia se esforçado por prolongar. E logo veio a sensação de vazio, a falta, a saudade de Betão.
Arrumou-se sem pressa, tomou o café sem muita vontade, vestiu o jaleco, e antes de sair, vendo o consolo largado sobre a cama, resolveu que iria levá-lo para o consultório, para o caso de a falta de Betão se tornar insuportável. Depois do terceiro paciente, Charles já estava inquieto. Olhou para a mochila e lembrou-se do consolo. Então, num gesto desesperado, introduziu o grande membro em seu reto, ficando somente as bolas de borracha para fora. Vestiu-se novamente e acomodou-se na cadeira acolchoada, sentindo o membro penetrar-lhe mais fundo, tal como Betão houvera feito na segunda vez, quando montou sobre ele de quatro na maca. Nenhum de seus pacientes imaginaria que, sentado do outro lado da mesa, o médico, de tão excelente reputação, os atendia com um grande consolo enfiado no cu.
Charles lutava para manter a concentração na clínica, o que estava se tornando cada vez mais difícil, já que o consolo comprimia as paredes de seu reto, intensificando o tesão e a volúpia. Ele tentava disfarçar o desconforto e a excitação, mas a cada movimento, o membro de borracha pressionava ainda mais seu esfíncter interno.
A próxima paciente foi uma mulher de meia idade, que pouco notou as caras esdrúxulas que Charles fazia durante a consulta. Mas, quando o tesão já atingia os limites suportáveis, entrou um homem negro e parrudo, aparentando não mais do que quarenta anos, cavanhaque bem desenhado, e vestindo uma calça cáqui apertada o suficiente para marcar um volume que fez a imaginação de Charles viajar.
Charles tentou manter a compostura, mas seus olhos se fixaram nas pernas musculosas do paciente e no volume que se destacava na calça de tecido. Esforçou-se por concentrar-se no diagnóstico, mas sua mente estava em outro lugar, no desejo de ser possuído por aquele paciente, tal como Betão havia feito uma semana atrás.
Ricardo pareceu notar o descontrole de Charles, remexendo-se involuntariamente sobre a cadeira, fechando os dedos nervosamente a cada pergunta, e a mão que, vez ou outra, inconscientemente, apertava o membro sob a calça de forma sensual. Ricardo ficou invulgarmente atiçado.
Charles tentava sem muito sucesso disfarçar o tesão. Mas, em certo momento, quando deitou os olhos sobre a calça de Ricardo, viu um grande volume pulsar. Charles ficou desnorteado, o que foi facilmente percebido por Ricardo, tornando a tensão sexual entre eles irresistível. Charles então olhou no fundos dos olhos de Ricardo, que prontamente retribuiu o olhar.
- Posso te examinar na cama? Digo, na maca - perguntou quase gaguejando.
Ricardo abriu um leve sorriso e levantou-se desabotoando a camisa de mangas compridas. A visão da pele negra e lustrosa recobrindo o corpo musculoso deixou Charles visivelmente excitado. Quando chegou a hora de examinar a região genital, Charles sentiu um frio na barriga. Sua mão tremia, relembrando o dia não muito distante em que Betão puxou sua mão para junto de si, fazendo-o sentir o membro cavalar pulsar entre seus dedos delicados.
A cena se repetia. Mas desta vez Charles não conseguiria esperar pela iniciativa do outro. Deixou a mão escorregar sobre o abdômen liso e definido, até que repousasse sobre o membro duro de Ricardo.
Ricardo gemeu suavemente, o que fez o coração de Charles acelerar. O cuzinho pulsava, em sincronia, em torno do membro de borracha. Charles então puxou a cueca para baixo, fazendo saltar uma grande rola preta, que de tanta excitação, derramava uma poça pegajosa na extremidade esquerda do quadril.
Charles abocanhou o membro de Ricardo e o chupou com vontade, sentindo o gosto picante do melzinho que era gentilmente expelido. Ricardo gemia baixo, jogando a cabeça para trás, enquanto Charles o chupava, sentindo o membro crescer ainda mais em sua boca, ao mesmo tempo que o consolo pressionava seu reto com mais intensidade.
Ricardo então se levantou segurando a cabeça de Charles contra seu grande pau, fazendo-o afundar na garganta do médico sedento.
Charles chupava com tesao, sentindo a respiração ofegante de Ricardo, que num lance o puxou para junto de si, beijando-o com paixão enquanto desabotoava-lhe as calças. Ao apalpá-lo nas nádegas por cima da cueca sentiu um volume rígido e imprevisto entre as duas bandas, o que lhe despertou uma natural curiosidade. Charles sorriu desconcertado, lançando o corpo sobre a maca, enquanto Ricardo, agora por cima, descobria-lhe a cueca, até saltar as bolas de um imprevisto consolo de borracha.
Ricardo retirou suavemente o consolo, impressionando-se com as proporções do membro escondido, que logo saltou sobre suas mãos, envolvido numa gosma lúbrica e untuosa, deixando o cu do médico aberto como uma rosa desejosa por ser devorada.
- Que puto safado! - murmurou Ricardo.
Charles sorriu com malícia, sentindo-se ainda mais excitado com a aceitação de Ricardo. Ele não conseguia resistir ao desejo de ser possuído por aquele macho forte e viril. Ricardo terminou de abaixar a cueca e admirou o corpo bem trabalhado e definido do médico, acariciando sua pele alva e macia e deslizando as mãos por suas nádegas firmes. Charles arfava de prazer, sentindo o toque de Ricardo se intensificar. Desejoso por ser logo possuído com paixão por aquele homem, ofereceu-lhe o rabo branco de quatro. Ricardo posicionou-se entre as pernas de Charles, segurando firmemente suas coxas e, com uma estocada só, penetrou-o com força. Charles gritou de prazer e dor, sentindo o corpo do outro se chocar contra o seu. Ele agarrou-se à maca, deliciando-se com a sensação de ser novamente preenchido. Completamente.
Ricardo começou a estocar com força, gemendo de volúpia. E aumentou o ritmo e agarrou-se ao corpo de Charles e acelerou as estocadas, que entravam e saíam sem dificuldade do cuzinho já amaciado pelo tempo que havia permanecido cravado com o pau de borracha.
- Quer leitinho?! - perguntou arquejando.
Charles respondeu com um gemido de prazer, mal conseguindo formular uma resposta. Ele queria sentir Ricardo gozando dentro dele, preenchendo-o completamente com seu leite quente. Ricardo continuou a estocar com força, movendo-se cada vez mais rápido até que, finalmente, não conseguindo mais resistir, gozou com força dentro do médico, que sentiu o líquido viscoso esquentá-lo por dentro. Charles gemeu alto, sentindo o prazer intenso do orgasmo, enquanto Ricardo arfava e continuava a se mover dentro dele.
Depois do último espasmo de prazer, Ricardo manteve-se, ainda teso, por mais um tempo, dentro do médico, cujo cuzinho piscava libidinosamente.
Após alguns minutos de recuperação, Ricardo finalmente se retirou do corpo de Charles, deixando-o deitado na maca, ofegante e satisfeito. Ele se deitou ao lado do médico, acariciando-lhe o cabelo.
Nada disseram, apenas se permitiram ser atravessados pelas ondas de prazer que exalavam de seus corpos quentes.
- Você trabalha com esse consolo enfiado no seu cu? - perguntou quebrando o silêncio.
Charles sorriu envergonhado, ainda sentindo o corpo pulsar pelo orgasmo intenso.
- Às vezes... quando estou me sentindo muito carente.
- Acho que deveríamos fazer isso mais vezes pra preencher sua carência - disse enquanto vestia as calças.
- Quando você estiver estourando de tesão, venha fazer uma consulta - respondeu com um sorriso cínico - Talvez eu deva adicionar "sexo com pacientes" aos meus serviços - brincou ele. Mas, reconhecendo que poderia estar fazendo uma confissão comprometedora, tornou a ficar sério. - Brincadeiras à parte, não quero que isso interfira na nossa relação como médico-paciente. Ricardo concordou, compreendendo a preocupação do médico.
- Claro, você tem razão. Mas não há nada de errado em uma pequena diversão de vez em quando, não é mesmo?
- Não há nada de errado, desde que ninguém fique sabendo - completou, fitando-o seriamente.
Ricardo concordou e vestiu a camisa sem pressa, deixando que o médico admirasse pelos últimos segundos seu corpo esculpido. Despediu-se apertando a bunda torneada do médico, que retornou ao trabalho com o corpo ainda tremendo de tesão.
Charles passou o resto do dia com a porra de Ricardo dentro, que escorreu de seu cu delicadamente ao longo das últimas consultas. Naquela noite, Charles voltou para casa com as calças brancas manchadas de tesão.