Continuação. Parte 3.
Guida deitada ao meu lado, virou-se de bruços, na cama. Ela estava me olhando com expressão meio triste, tomou fôlego para começar a contar:
— Você me conheceu eu ainda era menor de idade. Estava prestando vestibular, certo?
— Certo. Tem pouco mais de um ano.
— Então, você se lembra do começo, que eu disse que não ia fazer sexo com você até eu fazer dezoito anos?
— Claro, e eu respeitei.
— Mas você sabia que eu não era virgem, não é?
— Sabia, mas eu respeitei a sua vontade. Até que foi pouco tempo de espera.
— E você recorda que eu não era inexperiente quando começamos. Certo?
— Sim, eu sabia que você já tinha namorado antes, um outro rapaz. Mas isso nunca me preocupou. Nossa relação sempre foi muito franca.
— Mas você não fez perguntas, e isso foi o mais importante para que eu gostasse de você, me aceitou como eu era.
— Bom, e continuo aceitando. Eu gosto mesmo de você.
— Então, mas preciso agora contar um pouco do passado. Eu tive um namoradinho, muito safado, um pouco mais velho do que eu. E foi com ele que comecei e aprendi sexo. Só que ele era muito safado e gostava de coisas meio diferentes e arrojadas. Para mim tudo era experiência, e fui na onda dele.
— Diferentes? Como?
— Ele me ensinou sexo anal. Aprendi 69. Depois, fazia inversão com ele, eu com um pênis de silicone, ele era bissexual.
— Nossa, novinho, e safado assim?
— Pois é, mas eu sem nenhuma experiência, estava achando tudo muito bom, aprendendo sem tabus.
— Que iniciação! Caramba!
Eu estava mesmo admirado com aquela narrativa. Ela seguiu:
— E como éramos conhecidos, desde bem novos, e morávamos no mesmo bairro, meus pais tinham muita confiança nele, a gente ia junto para tudo, acampar, festival de surf, show de música, e com isso tínhamos liberdade. Foram alguns meses de grande aprendizado. Até que ele começou a chamar um amigo dele para transar com a gente. No começo foi gostoso, eu tinha dois homens que me davam prazer, e aprendi com eles a fazer dupla penetração. Vem daí o meu prazer por isso.
— Caralho, Gui, e você não me contou nada?
Gui passou a mão sobre os cabelos, e eu sabia que quando ela mexia nos cabelos é porque estava nervosa. Esperei que ela explicasse:
— Pois, deixa eu contar. Vai entender. Esse amigo do meu namorado, era um cara mais velho um pouco, tinha uns vinte e cinco anos, vivia de umas atividades ilícitas, e foi ficando meio agressivo, pois era viciado em dominação. Eu percebi, depois de algumas situações, que ele estava extrapolando e falei com o meu namorado que não queria mais aquilo. Ele estava sendo cada vez mais subjugado por aquele sujeito. E como meu namorado era bissexual, acabava se submetendo a ele. Eu então quis terminar e marcamos um dia de ir a um lugar mais tranquilo para conversar. Ele concordou. E fomos no carro do pai dele para uma região periférica onde tem um bosque, que muita gente usa para fazer trilhas. Só que era uma estradinha de terra, atravessando um parque, perto do subúrbio da cidade, e no meio do caminho, um outro carro nos interceptou. Era um assalto. Desceram três pessoas armadas, com capuz, e nos renderam. Colocaram mordaças e sacos pretos nas nossas cabeças. E nos levaram para um lugar distante, fora da cidade. Eu estava crente que era sequestro e iriam pedir resgate. E lá esses três encapuzados nos violentaram por um dia inteiro. Foi uma situação muito tensa, e foi quando meu namorado me recomendou que devíamos colaborar para evitar que nos maltratassem muito.
Naquele ponto da narrativa, eu notei que a Gui estava tensa, e apertava os lençóis com suas mãos crispadas. Eu estivera naquela situação e sabia o quanto era tensa. Eu disse:
— Se faz mal a você nem precisa continuar.
— Não, eu quero contar. Para você saber de tudo. Prefiro isso, me alivia.
Ela deu outra pausa, mas logo retomou:
— Nosso cativeiro foi uma casa abandonada na zona rural, e eles abusaram muito da gente. E usavam um pouco de maldade, nos machucaram. Depois nos deixaram lá, amarrados, muito traumatizados, e só conseguimos nos desvencilhar já era noite. Saímos e encontramos o carro parado na trilha perto da casa.
— Ué? Afinal, deixaram vocês assim? Qual o objetivo?
Guida continuou:
— Eles tinham deixado o carro já sabendo que a gente ia se soltar. Mas tinham avisado que não era para contar a ninguém o que aconteceu, devíamos manter segredo, e nada aconteceria a nenhum de nós. Eles tinham todos os nossos dados.
Eu ouvia revoltado, e tenso. Perguntei:
— Nossa, Gui, eu não sabia nada disso! Vocês não deram parte?
— Ficamos com medo. Na época eu preferi não me expor.
Eu não podia imaginar que a minha namorada, uma garota tão doce, tão amorosa, tivesse passado uma coisa daquelas. Fiquei admirado sem saber o que dizer. Senti ódio daqueles a quem eu nem conhecia. Ela continuou:
— E eu fiquei tão traumatizada que me separei desse namorado, nunca mais falei com ele, e fiquei sem vontade de sair e de me divertir por muito tempo, entrei em depressão. Meus pais, desconfiaram que eu não estava bem, e me levaram para uma terapeuta. Foi a minha salvação.
Eu comentei:
— Quem conheceu você, como eu, sempre bem animada e alegre, não imagina que viveu isso.
Gui concordou com a cabeça, e comentou:
— Foi minha terapeuta que me ajudou. Por sorte ela é uma pessoa de mente aberta e muito preparada. Em poucos meses eu estava recuperada. Mas ficam umas sequelas. Você já ouviu falar na síndrome de Estocolmo?
Eu não conhecia e perguntei:
— Não, o que é?
— A síndrome de Estocolmo é um fenômeno psicológico no qual uma pessoa mantida em cativeiro desenvolve sentimentos de empatia, simpatia e até mesmo amor pelos seus sequestradores, apesar do abuso e das condições adversas do cativeiro. O nome da síndrome vem do fato de ter ocorrido inicialmente em um assalto bancário ocorrido em Estocolmo, na Suécia, em 1973. Os reféns que foram tomados pelos assaltantes desenvolveram laços emocionais com seus captores, mesmo após terem sido liberados.
Eu olhava para ela admirado, imaginando novamente como ela deveria ter se sentido no nosso acampamento, com os abusadores. Perguntei:
— Você teve uma segunda crise, agora? Como foi isso?
— Não, não tive, eu superei meu trauma da primeira vez, com a terapeuta. Mas teve uma consequência. Em função do que aconteceu, meus pais resolveram mudar de cidade, e foi quando viemos para cá. Logo que cheguei, comecei vida nova, e conheci você. A crise com a síndrome de Estocolmo, aconteceu na primeira vez. Eu fiquei de tal forma marcada pelo que vivenciei naquele dia, que acabei desenvolvendo certos comportamentos que me dificultavam bastante. Sonhava com as sensações vividas, e cheguei a sentir saudade de certos momentos. Mas com terapia eu superei. Nesse ponto, namorar você foi uma grande mudança. Construímos uma cumplicidade sincera.
Eu não sabia o que deveria dizer. Mas arrisquei:
— Nossa, e eu nem fazia ideia de nada disso. Que surpresa.
Guida comentou:
— Acha que teria agido diferente comigo se soubesse do que eu passei?
— Não sei, difícil dizer. Hoje, saber de tudo, me faz ver você de uma forma muito mais segura e confiável, amadurecida.
— Mas, você sempre sentiu e soube que eu era safadinha, e que eu gosto de sexo. Sempre gostei. Agora você me conhece muito mais.
— É verdade, mas você não me esclareceu a sua desconfiança com o que aconteceu com a gente no acampamento.
Guida fez que sim com a cabeça, mas não disse nada logo de início. Ela apenas se ajeitou melhor sobre a cama, e ficou sentada com as pernas cruzadas. Eu podia ver a bocetinha dela e não cansava de olhar. É uma gracinha, estufadinha e cor-de-rosa. Guida começou:
— Não tinha pensado em nada disso, até voltar do sítio. Achava que era um fato isolado. Mas na segunda-feira, eu fui trabalhar na academia, bastante dolorida, e abalada pelo fato de sentir que talvez aquilo afetasse a nossa relação. Eu estava muito mal e deprimida com o ocorrido, e aquela moça tatuada que eu contei percebeu. Ela puxou conversa e foi bom ter uma pessoa para conversar. Ela é uma mulher descolada, experiente, e sem frescura. Gosto dela e senti confiança. Me ajudou bastante, me confessou que passou por uma situação semelhante, e indicou a tal psicóloga e terapeuta que me aconselhou.
Exclamei:
— Mais uma! Nossa, que sociedade essa! Machismo excessivo, violência, e como tem gente abusada! Onde a gente olha encontra gente que foi abusada. E abusadores vivem ocultos entre nós.
Guida esclareceu:
— Você não imagina! Um estudo publicado recentemente estima que aconteçam por ano mais de 800 mil estupros no Brasil, o equivalente a dois casos por minuto!
— Que absurdo! Não se divulga isso como deveriam!
— Não dão tanta importância. Essa é a verdade. Machismo até se torna cúmplice disso. Parece até intencional. Nos jornais a parte destinada a esporte é imensamente maior do que o espaço para noticiar e apresentar esse problema. Essa terapeuta me mostrou a matéria recente com os dados do estudo. Calcula-se que apenas cerca de 8 % desses casos são reportados à polícia, e só 4 % são identificados pelo sistema de saúde. Ou seja, além da impunidade para o agressor, a maior parte das vítimas também não recebe assistência médica depois do abuso.
Ouvindo a Guida falar, fiquei até meio constrangido de ter ficado excitado com as cenas que eu havia visto. Por isso não disse mais nada. Me sentia meio culpado. Guida continuou:
— Os dados apontam maior ocorrência de violência sexual em vítimas entre 13 e 16 anos de idade, que foi quando aconteceu comigo, e em sua maioria mulheres. Homens que parecem normais, abusando e violentando parentes e amigos. O estudo destaca que existem quatro grupos principais de agressores: parceiros e ex-parceiros; familiares; amigos ou colegas; e minoritariamente, desconhecidos.
Cada vez eu me sentia mais incomodado. Olhava para a Guida sem ter o que dizer. Exclamei:
— É impressionante! Saber esses números me assusta!
Ela prosseguiu:
— Os registros de violência sexual dependem muito da decisão da vítima ou da família da vítima em denunciar ou buscar ajuda, o que faz com que o número de casos notificados seja bem inferior ao número real. Muitas vítimas não registram o crime em nenhum órgão público, seja por vergonha, sentimento de culpa, pressão da família ou outros fatores. Acobertar parentes próximos é o mais comum.
Enquanto eu ouvia a Guida falar, percebi que ela estava abatida, triste, e senti necessidade de a abraçar. Imaginando o quanto ela teria enfrentado de pressão. Algumas lágrimas escorriam em sua face, e ela ainda com voz abatida falou:
— A violência sexual está frequentemente associada à causa de depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor, alteração na qualidade de sono, além de ser um fator de risco para comportamento suicida.
Entendi que ela estava também justificando a atitude dos pais ao evitar irem atrás dos agressores. Talvez temendo envolver uma exposição da filha. Tentei tirar aquela dúvida:
— Seu pais evitaram ir atrás dos agressores para protege você?
Guida parecia mais recuperada:
— Iria mexer num tapete que tinha muita coisa suja por baixo, eu era menor de idade, e temia revelar o que eu e o namorado já fazíamos. Eu e ele éramos muito devassos mesmo. Ele é doente, fizemos até sexo com animais. Eu já tinha noção disso. Seria péssimo para meus pais. Eu pedi para não ir atrás. Mas desconfiei do namorado envolvido com o tal amigo dominador e por isso quis deixar aquilo no passado.
— O que fez você desconfiar disso?
— O namorado se mudou da cidade. Depois de um tempo, esse amigo do meu namorado, me abordou na rua, numa lanchonete, e pediu para conversar. Ele contou que a ideia do sequestro, era uma simulação, havia partido do namorado, mas para dar realismo, fizeram todo aquele teatro e as coisas saíram um pouco do controle. Aí que eu percebi que estava doente, pois não consegui evitar a abordagem dele, e não só, acabei saindo com ele e fiquei uma tarde inteira no apartamento dele, fazendo sexo. Eu sentia um tesão enorme. E dois dias depois eu ainda repeti uma segunda vez.
Eu ouvia aquilo admirado. Minha barriga gelou ao saber daqueles fatos. Na verdade, estava incrédulo:
— Que loucura! Como você saiu dessa?
— Na segunda vez, ele não ficou só na tara do sexo, novamente voltou a abusar de um pouco de violência, me machucou, e usando termos humilhantes, e aquilo me revoltou. Acendeu uma luz na minha mente. Estava prisioneira daquela loucura. Fiquei muito mal e foi quando decidi voltar para a terapia.
Enquanto a Guida contava aqueles detalhes, eu me perguntava o que teria a ver o que aconteceu no nosso acampamento. Então fui direto:
— Qual a ligação que você fez desse seu trauma passado, com o que nos ocorreu?
— A psicóloga me fez botar tudo para fora, não ocultar nada, me abrir e ser totalmente verdadeira. Ela me ensinou que, segundo Jung, a mesma força destrutiva de um trauma pode criar uma força paralela para lutar contra este mal. Não me deixar dominar pelos sentimentos negativos, utilizar a racionalidade diante dos traumas críticos, me abrir em ambiente terapêutico. Foi o que eu fiz. Assumi o que eu gosto de fazer.
— Nossa! Você passou por um processo louco!
— Consegui depois de um tempo, me libertar dos traumas, e ressignificar o meu gosto natural por sexo, coisa que depois de conhecer você, eu assumi sem nenhuma culpa.
— Gui, que bom, mas ainda não entendi a conexão com o ocorrido.
Guida me olhava muito atenta, e perguntou:
— Não quer deixar essa parte para outro momento? O importante é que estamos juntos hoje, matando a saudade, tudo volta ao normal, e temos que aproveitar.
Achei que ela estava evitando revelar algo, ou alguém, e ao mesmo tempo, achei que poderia dar uma relaxada na tensão. Então, perguntei:
— Você continua gostando de práticas sexuais mais arrojadas? Gostaria que eu fosse diferente, ou mais devasso?
Guida sorriu e novamente me abraçou, e me beijou:
— Não, acho que você é safado na medida certa. Agora que eu sei que gosta de ser provocado, que tem esse fetiche, que gosta de ser meu corninho, podemos nos divertir mais usando isso, se você quiser.
Fui direto:
— Você deseja colocar outro ou outros nas nossas relações?
— Só se você quiser amor. Se você gostar, aceitar, e ficar com vontade, e à vontade, eu topo, pois eu gosto. Não tem nada a ver com gostar de outra pessoa, eu gosto de você, amo você e sou feliz. Mas se tiver mais pessoas eventuais para a gente se divertir juntos, eu vou gostar. Eu sou assim, safada mesmo.
Ouvindo a Guida falar eu fiquei excitado, e meu pau voltou a ficar duro. Ela notou e disse:
— Só em falar de safadeza você logo fica como eu, né? Taradinho!
Guida já se achegou perto e segurou meu pau, masturbando. Os bicos dos seios dela estavam novamente empinados. Eu respondi:
— Não sei quem é mais safado, o ovo ou a galinha!
— Como assim?
— Não sei se é a minha safadeza que permite que você seja assim, ou se é a sua safadeza que me deixa tarado.
Guida sorriu, e me deu um beijo muito gostoso. Depois disse baixinho:
— Meu corninho fica tarado com a putinha safada? Fomos feitos um para o outro.
Eu nem podia pensar em negar, meu pau duro dava pulos na mão da Gui, e os beijos dela, cada vez mais demorados e intensos, revelavam que ela novamente estava tomada pelo tesão.
Então, puxei para que ela novamente montasse sobre a minha cintura, pois eu adorava sentir a Gui se esfregar com a bocetinha melada no meu cacete. Ela sabia o que fazer e encaixou minha rola na xoxota, por fora, de modo que podia deslizar a rachinha sobre o pau duro prensado no meu ventre. Minhas duas mãos apertavam os seios dela, e a Guida ofegava. Eu provoquei:
— Gosta de uma rola se esfregando na sua boceta né, puta safada?
— Adoro, corninho, e fico pensando que poderia ter uma outra rola se esfregando na minha bunda.
Ouvi aquilo e quase gozei. Suspirei fundo e exclamei:
— Caralho, Gui, sua puta devassa, quer mesmo um outro macho com a gente?
Guida sorria, me beijava gostoso, lambia meus lábios, e gemeu:
— Quero, e sei que o meu corninho também fantasia isso e vai delirar de tesão.
Nossa, eu estava quase gozando com aquelas provocações, e nem tinha metido na bocetinha molhada. Falei:
— Se você continuar a esfregar essa boceta no meu pau e me provocar desse jeito eu gozo antes de entrar em você.
A Guida deu uma ligeira afastada da xoxota e pegando meu pau com uma das mãos, conduziu para a boceta. Ela disse:
— Não vai gozar fora não corninho, você tem que esperar a sua putinha ficar no ponto. Me fode como eu gosto. Soca essa pica na minha boceta.
Ela foi se remexendo suavemente com meu pau enfiado nela e eu sentia a bocetinha se contraindo e apertando a rola. Guida tinha um pompoarismo incrível. Era uma sensação deliciosa. Puxei para que ela viesse ao meu encontro, e me beijasse. Depois me ergui um pouco tirando as costas da cama, ficando meio sentado, e passei a chupar os bicos dos seios. Guida, no meu colo, ofegava, rebolava e gemia:
— Ah, amor, que delícia, eu adoro fazer amor assim. Nada se compara ao prazer de estar com você aqui dentro, duro e cheio de tesão na sua putinha.
Eu precisava de me desconcentrar, e disse:
— Mesmo assim, você quer mais outro, né? Sua safada!
Guida muito ofegante, exclamou:
— Outro só não, corninho, quero outros. Vamos foder com outros. Agora você sabe que eu sou assim. Vou ficar maluca de ver você tarado de novo, me vendo dar para dois. E você assistindo cheio de tesão!
— Caralho!
A onda de tesão que me agitou o corpo, o arrepio que me deixou quase em choque, anunciou que eu ia gozar em breve. E a Guida também passou a gemer deliciada.
Eu vi que ela também estava já em orgasmo, e escorrendo muito líquido de sua xoxota. Afinal, dada a tara enorme dela, eu conseguira fazer com que ela gozasse antes.
Por dois segundos, aquele efeito de me molhar com o “squirt” me desconcertou e o meu gozo não veio, o pau ficou pulsando forte, latejando. A safada se ergueu, de joelhos na cama e segurando a rola por trás da bunda retirou da xoxota e encaixou a glande na entrada do ânus. Senti as pregas do cu se contraindo, ainda piscando com o gozo dela, e a Gui desceu o corpo forçando a minha penetração. Estava muito melada e depois de uma resistência de alguns segundos, o pau penetrou o cuzinho e ela ofegou:
— Isso! Mete e goza no cu da sua putinha! Aproveita, que eu estou louca de tesão!
Três ou quatro cavalgadas dela atolando o pau inteiro e eu senti que chegara a hora. Meu corpo parecia ter febre, uma onda intensa de prazer, que vinha desde o meu ânus até na base do pau, projetou os jatos de porra que eu despejei aos borbotões dentro dela. Guida exclamava:
— Goza, corninho, gozaaaaa, ahhhh que delícia, me enche de porra amor!
Senti meu pau dar violentos repuxos dentro dela, e as contrações que ela fazia no ânus, para me ajudar.
— Ahhhh, safadaaaa!
— Eu adoro um pau gozando no meu cu!
Foi algo delicioso demais. Exausta a Guida se debruçou sobre o meu peito, lutando por respirar e exclamou:
— Ahhhh, que loucura! Amor, nada é igual a isso.
Ficamos abraçados por algum tempo, até que ela mesma percebeu que eu estava tendo mais dificuldade de respirar, porque o peso dela sobre o meu peito me comprimia o pulmão.
Guida foi escorregando para o lado, e meu pau escapou de dentro. Não nos movemos por uns quinze minutos. Apenas deitados e esperando voltar o fôlego ao normal.
Exclamei:
—Nossa! Cada vez fica melhor!
— Assim que eu gosto, corninho!
Senti que um caldo quente escorria nas minhas coxas, e decidi me levantar e levar a Guida de volta ao banheiro. Levei-a nos meus braços. Abri as duchas quente e fria, temperei a água e nos metemos debaixo dos jatos reconfortantes.
Eu adoro a sensação da água caindo no corpo na hora do banho, é mesmo revigorante. Eu e a Guida nos lavamos carinhosos um com o outro, e quando já estávamos nos enxugando, eu achei que podia cutucar novamente a Guida. A curiosidade sobre os fatos e a ligação do que havia acontecido com ela no passado me atormentava:
— Gui. Por favor, vai, esclarece a história direito.
Guida estava saindo do banheiro embrulhada na toalha e eu fiquei sem resposta. Logo que terminei de me enxugar voltei ao quarto e a encontrei deitada na cama à minha espera.
Fui me deitar ao seu lado, e dei um beijo, com cara de quem espera algo.
Guida é novinha, linda, loirinha, olhos claros como um pedaço de céu limpo. Quem olhasse para ela ali, deitada, já despida da toalha, e numa postura delicada, jamais poderia imaginar o que ela já tinha passado, e que fosse tão experiente em sexo. Fiquei ali calado e queria que ela entendesse que eu desejava que ela me esclarecesse. Guida me olhou pensativa, e disse:
— Sabe, eu fico muito em dúvida do que fazer.
— Qual dúvida? Me esclarece?
— Por um lado, eu desejo enterrar esse episódio, e colocar uma pedra nesse assunto. Mas…
Ela parou e eu insisti:
— Mas, mas o quê?
— La, meu amor, sabe aquela sensação de que mexer vai feder? É como cocô de gato, fede muito, mas se você mexer fica muito pior.
— Porra, Gui, assim eu fico mais invocado. Vai, desembucha logo!
— É o seguinte. Eu não ia falar nada mesmo. Pois eu achava que era assunto encerrado. Aconteceu e pronto. Mas, teve uma coisa que me deixou intrigada.
Ela parou novamente, fazendo uma pausa longa. Insisti:
— O que foi? Conta logo!
— Na semana que a gente combinou de acampar, eu soube que teve uma pessoa perguntando por mim na academia. Mas foi um horário em que eu não trabalho. Como eu indico a academia para várias pessoas, imaginei que seria alguém buscando orientação para conhecer a academia. Disseram o meu horário de trabalho e a pessoa falou que voltava. Soube disso no dia seguinte. E não dei importância. Os dias passaram, e eu não me lembrei mais. Até que na véspera da gente acampar, eu fui pegar a minha mochila que fica no vestiário pendurada, e vi que ela estava em um outro cabide, diferente daquele que eu deixei.
— Caralho, Gui! Que é isso?
— Na hora, me vestindo com pressa para sair, nem me toquei que pudesse ter sido mexida. Fui embora, e quando cheguei na faculdade, é que notei que minhas coisas dentro da mochila estavam meio bagunçadas. E eu sou certinha, sou do signo de Virgem, maníaca por organizar tudo. Imaginei apenas que a mochila tivesse caído do cabide no vestiário, e a pessoa que derrubou, pegou e colocou em outro cabide. Não liguei mais. Não faltava nada.
Guida parou novamente, pensativa.
Eu esperava e cutuquei sua coxa:
— Vai, então… Aí tem!
— Amor, por favor, eu quero que prometa. Não mexe nesse assunto, pode ser? Vou contar o que eu desconfiei, mas quero que morra aqui.
Em vez de dizer que sim ou não, eu insisti:
— Me conta, então.
— Mas você promete que não vai mexer no assunto?
— Guida, do que é que você tem medo?
— Não quero mexer com ninguém que possa estar envolvido no que aconteceu. Só isso. Pode ser perigoso.
— Porra, então desembucha de uma vez. Estou ficando irritado.
Eu estava mesmo pilhado e cheguei a me sentar na cama. Ia me levantar. A Guida pegou na minha mão e me puxou:
— Então, tá. Depois que eu contei o que tinha acontecido comigo, para a minha colega tatuada, na academia, ela me fez uma pergunta:
“Você se encontrou com o rapaz que veio procurar você?” – Eu neguei, e disse que a pessoa não votou a me procurar, e ela falou:
“Não, ele voltou sim. Eu estava de saída, e cruzei com ele na entrada. Você estava nos aparelhos lá no fundo. É um magro, alto, que tem uma tattoo no braço.”
Quando ouvi a Guida contar aquilo eu gelei. Meu corpo se arrepiou inteiro. Exclamei:
— Caralho Gui! Porra!
Guida me olhava, preocupada e disse:
— Pois é. Lembrou de quem? Fiquei muito intrigada. Depois me lembrei que eu tinha os mapas que você fez da localização da fazenda, dentro da mochila. Aí, fiquei com essa sensação de que tudo foi armado e planejado.
Eu olhava para ela, mas não estava mais vendo. Minha cabeça voava célere pelas informações, detalhes, minúcias que poderiam ajudar a entender melhor o que poderia estar acontecendo.
Guida, preocupada me disse:
— Por favor, vamos ficar calmos. Não faço ideia do que poderia estar por trás disso se for um plano, uma vingança, sei lá. Mas eu não quero você mexendo com isso. Se foi alguém querendo nos prejudicar, também sabe quem é você, e se você for atrás, podem voltar a nos procurar. Melhor deixar quieto. Já foi.
Eu não tinha sossego para mais nada. Fiquei calado pensando e a Guida pediu:
— Eu disse que tinha fome. Vamos pedir o tal filezinho de peixe empanado com molho tártaro?
Me levantei e peguei o telefone do motel. Fiz o pedido e depois voltei a me deitar ao lado dela. Ia voltar ao assunto, mas a Guida me beijou:
— Pronto, eu contei o que sabia. Chega, não estrague a nossa noite. Ainda quero abusar mais de você.
Dei risada e ficamos nos beijando. Namorar era muito gostoso, mas alguma coisa lá no fundo da minha mente, me dizia que faltava alguma peça naquele jogo.
Continua
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